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CONCEITO: recurso ou instrumento técnico utilizado pelo psicólogo no processo de psicodiagnóstico com
a finalidade de conhecer a realidade da criança trazida à consulta.
➔ HDJD: processo que tem começo, desenvolvimento e fim em si mesma, operando como uma
unidade e interpretado como tal
➔ HDJT: elo mais amplo em um continuum, onde novos aspectos e modificações estruturais surgem
pela intervenção do terapeuta
➔ Quarto não muito pequeno, com mobiliário escasso para possibilitas a liberdade de movimentos à
criança
➔ Paredes e pisos preferencialmente laváveis
➔ Oferecer à criança, caso deseje, a possibilidade de brincar com água
➔ Elementos expostos sobre a mesa, ao lado da caixa aberta. Aleatoriamente distribuídos
➔ Evitar um panorama caótico
Observação: a apresentação dos brinquedos, fora da caixa, evita a ansiedade persecutória que pode
surgir no primeiro contato diante de um continente-caixa-desconhecido, fechado
➔ Erick Ericson sugere brinquedos em função de respostas específicas que provocam: sensório-
motor, de integração cognitiva, do funcionamento, etc.
➔ É necessário pensar também sobre a funcionalidade do brinquedo (tamanhos, formas e texturas
diferentes)
➔ Materiais excessivos são distraem e confundem o entrevistado
➔ Bick (da escola inglesa), sugere material não estruturado
➔ Esse enfoque (Bick), antagônico ao anterior (Erickson), permite interpretar símbolos não
correspondentes ao que a criança realmente deseja transmitir
➔ Critério intermediário (proposto pela autora): materiais de diferentes tipos (estruturados e não
estruturados), possibilitando a expressão sem que a experiência se torne invasora (papel tamanho
carta, lápis pretos e de cor. Lápis de cera, tesoura sem ponta, massas de modelar coloridas,
borracha, cola, apontador, papel glacê, barbante, bonecos articulados, famílias de animais
selvagens e domésticos, carrinhos de tamanhos diferentes, aviõezinhos, xícaras com pires,
colherinhas, cubos de tamanho médio, trapinhos, giz e bola
➔ Evitar materiais de baixa qualidade ou perigosos, além disso, devem estar em bom estado
INSTRUÇÕES
➔ O psicólogo deve usar uma linguagem clara e objetiva ao definir os papéis, limitar o tempo e o
espaço, orientar sobre o material a ser utilizado e os objetivos
➔ Também explicitar, caso necessário e no momento indicado, os limites gerais de realização das
ações perigosas para a integridade física do entrevistador e do entrevistado, bem como da sala, do
mobiliário
PAPEL DO PSICÓLOGO
TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA
➔ Imagem mútua construída por ambas as partes a partir dos relatos dos pais, a qual condiciona
determinadas expectativas que precisam ser ajustadas na primeira entrevista por meio do vínculo
real e concreto com a criança
➔ O psicólogo deve recuperar esse material e integrá-lo aos elementos verbais e pré-verbais na
totalidade do processo
Contratransferência: elemento que pode auxiliar na compreensão da criança desde que integrada de
modo consciente pelo psicólogo, que deve saber discriminar suas ações e impulsos
INDICADORES DA HDJD
MODALIDADES DE BRINCADEIRAS
PERSONIFICAÇÃO
MOTRICIDADE
➔ Indicador que permite averiguar se a idade evolutiva está adequada à motricidade da criança
➔ Problemas motores podem corresponder a fatores ambientais, neurológicos ou psicológicos, com
predominância de um ou a uma interrelação entre eles
➔ HDJD: permite ao psicólogo observar a falta de funcionalidade motora
➔ Instrumentos mais sensíveis são necessários para averiguar a qualidade, a intensidade e a origem
do problema
➔ É importante levar em consideração o estágio evolutivo da criança, bem como as recorrências que
podem ser encontradas dentro do processo psicodiagnóstico
➔ Manipulação adequada das possibilidades motoras: permite o domínio dos objetos do mundo
externo e a possibilidade de satisfação das necessidades com autonomia relativa
➔ Comunicação gestual e postural: enriquece a mensagem e pode mostrar aspectos dissociados
que manifestam discordância entre o que é dito e expresso corporalmente
➔ O bom uso do corpo produz prazer e resulta no fortalecimento egóico (permite o alcance de novos
ganhos, facilita a sublimação, quando a criança está preparada para isso)
CRIATIVIDADE
TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
➔ Durante a HDJD, é percebida pela possibilidade de aceitar instruções com as limitações que elas
impõem e pelo desenvolvimento da atividade lúdica
➔ É importante em nível diagnóstico, mas é fundamental quanto ao prognóstico
➔ É necessário averiguar onde está localizada a fonte de frustração: mundo interno (desenhar algo
além de suas capacidades) ou no mundo externo (desejar algo que não está presente), bem como
a reação ante ela (encontrar elementos substitutivos oi desorganizar-se
➔ Capacidade de tolerância à frustração: relaciona-se ao princípio do prazer e de realidade
CAPACIDADE SIMBÓLICA
1) A riqueza expressiva
2) A capacidade intelectual
3) A qualidade do conflito
ADEQUAÇÃO À REALIDADE
➔ A dificuldade de brincar é o índice mais evidente das características psicóticas presentes numa
criança seriamente perturbada
➔ Brincar implica a possibilidade de simbolizar
➔ No psicótico, significante e significado são a mesma coisa (equação simbólica)
➔ No entanto, a criança pode apresentar partes da personalidade mais preservadas ou que
conseguiram uma organização não psicótica
➔ A possibilidade de expressão do conflito depende da quantidade e da qualidade da interrelação
destas partes (da inibição total ou parcial até a desorganização da conduta)
➔ Pseudobrincadeira: a criança aparenta brincar, mas há ausência total ou parcial da simbolização
(ela só descarrega uma fantasia)
➔ Não se adequa à realidade (se manipula com predomínio do processo primário, distorcendo a
percepção do mundo externo e, na situação diagnóstica, a relação ou o vínculo com o psicólogo)
➔ A capacidade simbólica fica relegada pela predominância de equações simbólicas
➔ Perseverança ou estereotipia na conduta verbal e pré-verbal (ainda que também ocorram em
quadros orgânicos ou em neuroses graves)
➔ Dificuldade de tolerância e aprendizagem
➔ Prognóstico: deve-se considerar, no desenvolvimento da HDJD, os elementos que impliquem uma
possibilidade de conexão com o psicólogo e/ou com o objeto intermediário
➔ Conflito não é sinônimo de doença (cada período evolutivo possui situações conflitivas
➔ O equilíbrio estrutural permite à criança normal a superação dos conflitos e, por consequência, que
ela saia enriquecida
➔ Personificação no brincar: modelos atuais aproximam-se dos objetos reais representados
➔ A criança dá livre curso à fantasia (atribui e assume diferentes papéis na situação de vínculo com
o psicólogo, ampliando as possibilidades comunicativas)
➔ A HDJD pode apresentar momentos alternantes com diferentes qualidades ou características
➔ Da normalidade à psicose, passando pela neurose estabelece-se um continuum, dentro do qual
estes matizes determinam as diferenças quantitativas e qualitativas