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[1936] 1949 – “O estádio do espelho como formador da função do eu tal como nos é
revelado na experiência psicanalítica”
1945 – Tempo Lógico e asserção da certeza antecipada um novo sofisma
RSI
Estruturalismo de Lévi-Strauss
Lacan
1) Metáfora – condensação
2) Metonimea – deslocamento
ESTRUTURALISMO
Ferdinand de Saussure (1916), que se propunha a abordar qualquer língua como um sistema no qual
cada um dos elementos só pode ser definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém
com os demais elementos. Esse conjunto de relações forma a estrutura.
De um modo geral, o estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas") através das
quais o significado é produzido dentro de uma cultura. Um uso secundário do estruturalismo tem sido
visto recentemente nafilosofia da matemática. De acordo com a teoria estrutural, os significados dentro
de uma cultura são produzidos e reproduzidos através de várias práticas, fenômenos e atividades que
servem como sistemas de significação. Um estruturalista estuda atividades tão diversas como rituais de
preparação e do servir de alimentos, rituais religiosos, jogos, textos (literários e não-literários) e outras
formas de entretenimento para descobrir as estruturas profundas pelas quais o significado é produzido e
reproduzido em uma cultura.
Claude Lévi-Strauss , analisou fenômenos culturais incluindo mitologia, relações de família e
preparação de alimentos.
Lévi-Strauss explicou que os antônimos estão na base da estrutura sócio-cultural. Em seus primeiros
trabalhos demonstrou que os grupos familiares tribais eram geralmente encontrados em pares, ou em
grupos emparelhados nos quais ambos se opunham e se necessitavam ao mesmo tempo. Na
Bacia Amazônica, por exemplo, duas grandes famílias construíam suas casas em dois semi-círculos
frente-a-frente, formando um grande círculo. Também mostrou que os mapas cognitivos, as maneiras
através das quais os povos categorizavam animais, árvores, e assim por diante, eram baseados em séries
de antônimos. Mais tarde, em seu trabalho mais popular, "O Cru e o Cozido", descreveu contos
populares amplamente dispersos da América do Sul tribal como inter-relacionados através de uma série
de transformações - como um antônimo aqui transformava-se em outro antônimo ali.
RSI – TÓPICA
REAL
Termo empregado como substantivo por Jacques Lacan*,
introduzido em 1953 e extraído, simultaneamente, do
vocabulário da filosofia e do conceito freudiano de
realidade psíquica*, para designar uma realidade
fenomênica que é imanente à representação e impossível
de simbolizar.
Utilizado no contexto de uma tópica*, o conceito de real é
inseparável dos outros dois componentes desta, o
imaginário* e o simbólico*, e forma com eles uma
estrutura.
Designa a realidade própria da psicose* (delírio,
alucinação), na medida em que é composto dos
significantes* foracluídos (rejeitados) do simbólico.
“Os símbolos são mais reais do que aquilo que
simbolizam. O significante precede e determina
o significado.”
SIMBÓLICO Lacan
O instante de olhar : A primeira evidência do raciocínio é o momento de fulguração em que o tempo é igual a zero. Essa
combinação corresponde a um sujeito impessoal, estando diante de dois pretos, sabe-se que é branco. Aqui, ainda não há um
raciocínio ou subjetivação, apenas a constatação do que se pode ver.
O tempo de compreender: Tempo de formulação de uma hipótese e de meditação ao colocar-se no lugar dos outros e raciocinar.
Se eu fosse preto, os outros se reconheceriam como brancos. Esse tempo é incomensurável. Sobre isso, Lacan acrescenta:
“Mas, desse tempo assim objetivado em seu sentido, como medir o limite? O tempo de compreender pode reduzir-se ao instante do
olhar, mas esse olhar, em seu instante, pode incluir todo tempo necessário para compreender. Assim, a objetividade desse tempo
vacila com seu limite” (Lacan, 1998a, p. 205).
O momento de concluir: Nesse terceiro tempo, encontramos a função da pressa, já que é preciso concluir em certa urgência,
antes que os outros o ultrapassem. É como se a resposta já chegasse com certo atraso. Esse tempo é o prosseguimento do tempo
de compreender e figura uma certeza antecipada, pois só é possível se verificar nela mesma. Como afirma Erik Porge (1994, p.
84), "A certeza está ligada a uma lógica de ação; mais ainda, ela é antecipada por essa ação, ato de concluir". Nesse caso,
evidenciamos uma pressa no advento de uma verdade, diferentemente da pressa contida na aceleração que ressaltamos no
movimento da cultura em relação ao consumo.
NOVOS CONCEITOS
OUTRO
l. Andere (der); esp. otro; fr. Autre; ing. other
Termo utilizado por Jacques Lacan* para designar um
lugar simbólico — o significante*, a lei, a linguagem, o
inconsciente, ou, ainda, Deus — que determina o
sujeito*, ora de maneira externa a ele, ora de maneira
intra-subjetiva em sua relação com o desejo*.
Pode ser simplesmente escrito com maiúscula, opondo-se
então a um outro com letra minúscula, definido como
outro imaginário ou lugar da alteridade especular.
Mas pode também receber a grafia grande Outro ou
grande A, opondo-se então quer ao pequeno outro, quer
ao pequeno a, definido como objeto (pequeno) a*.
OBJETO A
objeto (pequeno) a
Termo introduzido por Jacques Lacan*, em 1960, para
designar o objeto desejado pelo sujeito* e que se furta a
ele a ponto de ser não representável, ou de se tornar
um “resto” não simbolizável. Nessas condições, ele
aparece apenas como uma “falhaa-ser”, ou então de
forma fragmentada, através de quatro objetos parciais
desligados do corpo: o seio, objeto da sucção, as fezes
(matéria fecal), objeto da excreção, e a voz e o olhar,
objetos do próprio desejo*.
DESEJO
Termo empregado em filosofia, psicanálise* e psicologia para designar, ao
mesmo tempo, a propensão, o anseio, a necessidade, a cobiça ou o apetite, isto
é, qualquer forma de movimento em direção a um objeto cuja atração
espiritual ou sexual é sentida pela alma e pelo corpo.
Sigmund Freud: a propensão e a realização da propensão. Nesse sentido, o
desejo é a realização de um anseio ou voto (Wunsch) inconsciente.
Lacan: conceituou a idéia de desejo em psicanálise a partir da tradição
filosófica, para dela fazer a expressão de uma cobiça ou apetite que tendem a
se satisfazer no absoluto, isto é, fora de qualquer realização de um anseio ou de
uma propensão.