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A entrevista com o paciente

A entrevista com o paciente (pp. 67-83 - Dalgalarrondo, P. (2008).


Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre:
Artmed.)

Clarissa Pinto Pizarro de Freitas


Professora, Doutora em Psicologia
Leitura recomendada
Entrevista com o Paciente
 A Entrevista com o paciente constitui a maior parte do
processo do Psicodiagnóstico

 A entrevista requer que o(a) Entrevistador(a) tenha


habilidades para realizá-la

Como fazer com que o indivíduo se sinta acolhido?

Como fazer com que o indivíduo fale suas percepções e
sentimentos para um “estranho(a)”?

Quais são as perguntas “certas”?

Quais perguntas podem afastar o(a) avaliando(a)?
Entrevista com o Paciente
 Podemos aprender a como realizar boas entrevistas

 De qualquer forma, isso requer que o(a) Entrevistador(a)



Tenha paciência

Acolha os materiais apresentados pelo(a) avaliando(a)

Identifique quais pontos são

Importantes

Desviam do foco da avaliação

Tentativas de “afastar” ou agredir o(a) Entrevistador(a)
Entrevista com o Paciente
 A fim de realizar uma boa entrevista, precisamos

Saber ouvir

Saber quais perguntas são importantes

Saber quais perguntas não são importantes ou podem
afastar o(a) avaliando(a)

 Toda entrevista depende da interação com o(a)


avaliando(a)

Não há uma “receita” ou um conjunto de perguntas que
irão realizar uma entrevista “bem-sucedida”

Há entrevistas semi-estruturadas que auxiliam no
processo da avaliação
Entrevista com o Paciente
 Alguns pontos definem a forma que a entrevista deve ser
conduzida

Características do(a) avaliando(a)

Avaliando(a)

Colabora com a entrevista e fala muito, vamos ouvi-lo(a)

Fala pouco durante a entrevista, vamos ser diretivos(a)

Características do contexto da entrevista

Objetivo da entrevista

Personalidade do(a) Entrevistador(a)

Entrevistador(a) mais diretivo

Entrevistador(a) mais introvertido(a)
Entrevista com o Paciente
 Alguns comportamentos devem ser evitados

Posturas rígidas, estereotipadas

Deve-se ter flexibilidade na técnica

Entrevistador(a) deve “encontrar” o(a) avaliando(a)

Atitude excessivamente neutra ou fria

Não devemos dar nossa opinião

É discutível o “envolvimento” que o(a) profissional pode
ter com o(a) avaliando(a)

Mas devemos demonstrar empatia

Falta de empatia pode demonstrar desprezo ou falta de
interesse
Entrevista com o Paciente
 Alguns comportamentos devem ser evitados

Reações exageradamente emotivas

Deve-se criar um clima acolhedor e de confiança

Comentários valorativos ou emitir julgamentos
sobre o que o paciente relata ou apresenta

Reações emocionais intensas de pena ou compaixão

Deve-se ter empatia com o(a) avaliando(a)

Responder com hostilidade ou agressão

Em situações que o(a) avaliando agrida verbalmente, pode-
se pontuar a agressão e questionar o porquê disso

Em situações de agressão física, o(a) entrevistador(a) deve
interromper a sessão e buscar auxílio de outras pessoas
Vídeo 1
Entrevista com o Paciente
 Alguns comportamentos devem ser evitados

Entrevistas excessivamente prolixas

Avaliando(a) fala sobre diversos assuntos, que não o foco
da intervenção

Entrevistador(a) pode interromper o(a) avaliando(a) para
retornar o foco da entrevista

Fazer muitas anotações durante a entrevista

Avaliando(a) pode se sentir “menosprezado(a)”

Observar a reação do avaliando(a) as anotações

Interrompe a fala

Demonstra desconforto
Entrevista com o Paciente
 Deve-se observar

Postura geral

Ativa

Avaliando(a) apresenta iniciativa e envolve-se no
processo

Pode apresentar comportamentos agressivos e/ou
arrogantes

Passiva

Avaliando(a) apresenta-se de forma apática, e/ou
indiferente, e/ou introspectiva

Pode ter dificuldades em interagir com o(a)
Entrevistador(a)
Entrevista com o Paciente
 Deve-se observar

Apresentação física

A avaliação da apresentação física indica “sinais”, não é fixa
e nem deve rotular o(a) avaliando(a)

Condições de higiene

Presença de roupas ou acessórios que não tem uma
“função estética” no estilo do indivíduo

“Medalhas” que não tenham função estética

Casacos durante o verão no Rio de Janeiro

A forma de se vestir pode ter uma “função estética” e
indicar a presença de algum sintoma

Usar mangas compridas para esconder cortes
Entrevista com o Paciente
 Deve-se observar

Atitudes globais

Fala

Dificuldades de falar

Uso de expressões complexas

Indiferença ou arrogância ou ironia

Hostil

Confusa (discurso confuso)

Lacônico

Prolixo
Entrevista com o Paciente
 Deve-se observar

Atitudes globais

Comportamentos não verbais

Desconforto

Indica desconfiança

Comportamentos estereotipados

Simula sintomas

Postura esquiva

Postura hostil
Vídeo 2
Postura do(a) Entrevistador(a)
 O(a) Entrevistador(a) deve

Ter paciência

Ter interesse do que está sendo falado pelo(a) avaliando(a)

Buscar entrevistar de forma neutra

 A importância da neutralidade é que motiva que o(a)


avaliando(a) não tenha “vínculos” próximos com o(a)
profissional de psicologia que realiza a entrevista

Por exemplo, recomenda-se que o(a) profissional de
psicologia escolar da Escola não seja o responsável pela
avaliação dos estudantes
Postura do(a) Entrevistador(a)
- Profundidade
 Profundidade das  Dificuldades do(a) Avaliando
perguntas se comunicar

Perguntas neutras 
Ansiedade, sintomas de

Nome, idade transtornos psicológicos

Introspecção
 Perguntas

Preocupação com as
relacionadas à consequências da entrevista
demanda  Disponibilidade do(a)
Avaliando(a) colaborar com a
+ Profundidade entrevista
Entrevistas Iniciais
 As entrevistas iniciais são essenciais para

Formar o vínculo com o(a) avaliando(a)

Compreender qual o “impacto” que o(a) avaliando(a) causa
em um primeiro contato

 Importância do(a) Entrevistador(a)



Dedicar atenção ao avaliando(a)

Demonstrar interesse ao avaliando(a)

 Entrevistas iniciais negativas pode dificultar a adesão ao


processo de avaliação psicológica e/ou psicoterápico
Estrutura da Entrevista
 Primeiro passo

Apresentar-se

Explicar quem você é

Realizar o contrato com o(a) avaliando(a)

Sigilo e discrição

As informações serão reveladas apenas quando necessário
e não irão prejudicar o indivíduo

Destacar que o sigilo será rompido em casos de violência
ou ideias, planos ou atos seriamente auto ou
heterodestrutivos
Estrutura da Entrevista
 Primeiro passo (continuação)

Realizar o contrato terapêutico

Explicar a importância do indivíduo e familiares (quando
presentes), colaborarem no processo de avaliação
psicológica

Realizar a anamnese

Investigar as características sociodemográficas do(a)
avaliando(a)

Investigar as percepções do(a) avaliando(a) para a
realização da avaliação psicológica
Vídeo 3
Estrutura da Entrevista
 Segundo passo

Pode-se realizar o Exame do Estado Mental

Especialmente em casos de uso abusivo de substâncias,
questões neuropsicológicas (especialmente entre idosos) e
nos quais há suspeita de transtorno esquizoafetivo

Deve ser realizado em “conjunto” com a entrevista inicial

Ao final podem ser realizadas perguntas para explorar a
suspeita de um aspecto específico ou realizar mais
perguntas para confirmar ou refutar uma suspeita
Estrutura da Entrevista
 Segundo passo

No Exame do Estado Mental investiga-se
Funções mais afetadas Funções mais afetadas Funções mais afetadas
em transtornos psico- em transtornos afetivos em transtorno
orgânicos esquizoafetivo
Nível de consciência Afetividade Sensopercepção

Atenção* Vontade Pensamento

Memória Psicomotricidade Juízo de realidade

Inteligência Personalidade Vivência do Eu


Linguagem**

* Pode ser afetada nos transtornos afetivos


** Pode ser afetada no transtorno esquizoafetivo
(Este quadro está na página 86 do livro – Capítulo - As funções psíquicas
elementares e suas alterações)
Estrutura da Entrevista
 Segundo passo

Linguagem, atenção, memória, podem ser avaliadas de forma
superficial na entrevista

Caso haja suspeitas de alterações dessas funções, essas
devem ser investigadas ao longo do processo da
avaliação psicológica

Afetividade e vontade podem ser avaliadas superficialmente
na entrevista

Sensoperção, vivência do eu, juízo de realidade raramente
serão passíveis de avaliação nas entrevistas iniciais e deverão
ser investigada ao longo do processo da avaliação
psicológica ou por meio de perguntas específicas
Estrutura da Entrevista
 Terceiro passo

Permitir que o indivíduo fale de forma livre

O(a) entrevistador(a) deve ter a “estrutura” do processo de
avaliação em mente

O(a) entrevistador(a) deve direcionar a entrevista para
compreender as demandas que originaram o processo de
avaliação psicológica

A “fala livre” do(a) avaliando(a) deve ser seguida (quando
for oportuno) de perguntas que direcionam a uma melhor
compreensão da demanda
Vídeo 4
Estrutura da Entrevista
 Terceiro passo

Por exemplo

Adolescente inicia processo de avaliação psicológica por
suspeita de transtorno depressivo

Psi: Como tu te sentes na escola?

Avaliando(a) - “Fala livre”: Ué, me sinto mal. Tenho muitas
dificuldades de me concentrar e os Professores estão sempre
exigindo que eu estude coisas chatas. Antes eu gostava, mas
hoje não tem sentido aprender … (segue falando).

Psi: Quando estudar se tornou chato estudar? (Pergunta
diretiva)

Avaliando(a): Depois que mudei de escola e perdi meus
amigues.
Estrutura da Entrevista
 Exames complementares, avaliação neurológica, avaliação
fonoaudiológica, podem ser solicitadas conforme o
profissional de psicologia perceber que podem contribuir
no caso
 Qualquer sintoma que possa estar associado a aspectos
fisiológicos deve ser investigado por exames específicos

Mesmo que o sintoma esteja associado ao
funcionamento psicológico do(a) avaliando(a)
Interação entre o(a) Avaliando(a) e o(a)
Entrevistador(a)
 Isso pode ocorre durante todo o processo da avaliação
psicológica e/ou psicoterapia
 Geralmente, mais frequente nas entrevistas iniciais
 O(a) avaliando(a) pode se sentir desconfortável nas
entrevistas iniciais, e, para evitar discutir as suas demandas,
pode

Ficar em silêncio

Fazer perguntas ao entrevistador(a)

Você é casado(a)?

O que você faria na minha situação?

Fazer comentários sobre o(a) entrevistador(a)
Vídeo 6
Interação entre o(a) Avaliando(a) e o(a)
Entrevistador(a)
 Não há uma forma ideal de responder a esses comentários
ou perguntas

Com a prática refina-se a sensibilidade para saber quando
deve-se responder essas perguntas ou se nunca deve-se
responder essas perguntas
 Apesar de não haver uma forma ideal de responder, sempre
deve-se voltar o foco ao avaliando(a)

Avaliando(a): Vi que você usa aliança. Você é casada(a)?

Psi: Sim. Tu poderias me falar mais sobre o que te motivou a
iniciar esse processo?
OU

Sim. Antes tu estavas falando sobre “isso”, poderias falar
mais sobre “isso”.
Interação entre o(a) Avaliando(a) e o(a)
Entrevistador(a)
 Os longos silêncios devem ser evitados nas entrevistas
iniciais da avaliação psicológica
 Algumas estratégias para interromper os silêncios são:

Retomar o que o(a) avaliando(a) acabou de falar

Pedir para o(a) avaliando falar mais sobre o algo

Evitar perguntas que permitem respostas monossilábicas

Evitar perguntas muito complexas

Realizar uma pergunta de cada vez

Incentivar o indivíduo a falar mais

Como foi isso? Como você se sentiu?
Transferência e Contratransferência
 Transferência

Engloba atitudes e sentimentos cuja origem são basicamente
inconscientes para o paciente

Originam-se das relações iniciais do(a) avaliando(a) com
os primeiros objetos de sua vida

O(a) avaliando(a) “repete” ou projeta no(a)
entrevistador(a) esses sentimentos e “repete” essa relação

Pode se sentir

Ameaçado

Valorizado

Rejeitado
Transferência e Contratransferência
 Transferência

A projeção da transferência pode ocorrer em qualquer
relação íntima entre duas pessoas se estabelece

A transferência destaca a importância do Entrevistador(a)
suportar esse investimento inconsciente do(a) avaliando(a)

Ações agressivas “sem explicações” aparentes

Demonstrações de afetos positivos

O(a) entrevistador precisa “gerenciar” essa transferência e
buscar utilizar como um recurso para o processo de
avaliação psicológica

Questionar ao entrevistado(a) porquê ele se sente
assim?
Vídeo 7
Transferência e Contratransferência
 Transferência

Por exemplo, uma criança projeta a raiva que sente dos
cuidadores de “precisar” ir a escola

Criança: (Brinca com animais sem envolver o(a)
Entrevistador(a)). Olha, o cachorro é pequeno, mas ele
consegue matar o leão com uma mordida. Agora todo
mundo tem medo do cachorro.

Psi: Olha só, que cachorro forte. E como é todo mundo
ter medo do cachorro?

Criança: (Brinca com animais). É bom, ele pode fazer o que
ele quiser. O cachorro manda em tudo agora.
Transferência e Contratransferência
 Transferência

Por exemplo, um adolescente/adulto que sente raiva de
precisar realizar o processo de avaliação psicológica de
forma compulsória

Avaliando(a): Imagino que para você isso é importante, né,
porque assim você garante seu ganha pão.

Psi: Como assim?

Avaliando(a): Ué, eu precisar vir aqui ficar olhando para ti.
Isso é o que mantém teu salário.

Psi: O que você gostaria de estar fazendo? OU
Como você se sente vindo aqui? OU
Como você se sente sobre isso?
Transferência e Contratransferência
 Contratransferência

Refere-se à transferência que o(a) entrevistador estabelece
com seus pacientes

Por questões inconscientes, o(a) entrevistador projeta
inconscientemente, no(a) avaliando(a), sentimentos que
nutria no passado por pessoas significativas de sua vida

A contratransferência DEVE ser identificada

Em qualquer situação (avaliação psicológica, psicoterapia,
intervenções psicológicas) o profissional de psicologia DEVE
agir de forma mais racional e objetiva e “gerenciar” suas
questões pessoais para não prejudicar o atendimento do(a)
avaliando(a), paciente e/ou cliente
Transferência e Contratransferência
 Contratransferência

Exemplos

Esquecer sistematicamente o horário do(a) avaliando(a)

Sentir raiva ou desmerecer o relato do(a) avaliando(a)

“Identificar-se” com o(a) avaliando(a) e sentir raiva de
seus familiares

Envolver-se de forma significativa na vida do(a)
avaliando(a)
Confiabilidade das informações
 No processo de avaliação psicológica o(a) profissional de
psicologia precisa estar ciente que o funcionamento psíquico
do indivíduo irá afetar na avaliação dele sobre suas
experiências

Indivíduos que estejam em possuam um Transtorno
Neurocognitivo podem ter dificuldades relatar sua rotina

Indivíduos que tenham um Transtorno de Espectro Autista
podem ter dificuldades em manter uma interação com o(a)
Entrevistador

Indivíduos que estejam vivenciando um Transtorno
Depressivo podem avaliar sua vida com maior negatividade
Confiabilidade das informações
 A interferência das avaliações subjetivas do(a) avaliando(a)
fazem parte do processo de avaliação psicológica
 Estratégias para aumentar a confiabilidade das informações
envolvem

Uso de testes psicológicos

Aplicação de técnicas psicológicas

Entrevistas com indivíduos relevantes na vida do(a)
avaliando(a)

As entrevistas com os indivíduos relevantes terão as
interferências das avaliações subjetivas desses indivíduos
Dissimulação e simulação

 Deve-se estar atento para a simulação e a dissimulação, a fim


de prevenir que as informações sejam subestimadas ou
superestimadas no processo da avaliação psicológica

 Dissimulação

 Simulação
Dissimulação e simulação

 Dissimulação
 Refere-se ao ato de esconder ou negar voluntariamente a
presença de sinais e sintomas psicopatológicos

 Avaliando(a) pode temer as consequências de falar sobre


esses sintomas

Pessoas com transtornos alimentares podem negar se
preocupar excessivamente com o seu peso

Pessoas com alucinações podem negar a presença de
pensamentos ou “vozes”
Dissimulação e simulação
 Simulação
 Refere-se ao ato de criar, apresentar, como o faria um ator,
voluntariamente, um sintoma, sinal ou vivência que de fato
não tem

Relata ouvir vozes ou que vivencia sintomas depressivos

Pode ser percebido ao realizar uma avaliação extensa do
discurso do indivíduo

Pode ser avaliado por meio de testes psicológicos
 Geralmente a simulação envolve um ganho secundário

Afastamento do trabalho

Atenção de outras pessoas
Dissimulação e simulação
 Simulação
 A simulação SEMPRE é voluntária
 Sintomas histéricos, no qual não se identifica causas orgânicas
para o sintoma, NÃO SÃO VOLUNTÁRIOS e por isso não
devem ser compreendidos como simulação
 Sintomas histéricos, no DSM-V, podem ser categorizados
como Transtornos de Sintomas Somáticos e Transtornos
Relacionados
Insight
 A capacidade de insight do(a) avaliando(a) pode variar,
dependendo do seu quadro psicopatológico
 O insight pode ser categorizado por meio

Consciência do transtorno


Modo de nomear ou renomear os sintomas


Adesão aos tratamentos propostos
Insight
 Consciência do transtorno

Indivíduo pode perceber que possui um transtorno e
necessita de uma intervenção

Pode não ter crítica sobre seu transtorno

Pode ter crítica sobre um transtorno, mas não perceber a
comorbidade com outro transtorno

Por exemplo

Não compreende que vivencia um transtorno de anorexia,
porque não entende que a preocupação com o seu peso é
excessiva, mas percebe que suas “manias” causam prejuízo
e podem se caracterizar como um transtorno obsessivo-
compulsivo
Insight
 A falta de insight pode ser observada nas dificuldades do
indivíduo compreender os seus sintomas

Ninguém precisa saber nomear os sintomas, mas é
importante que o indivíduo perceba que o comportamento
pode ser prejudicial a ele(a), aos seus familiares e/ou
sociedade


Por exemplo

Não percebe o uso abusivo de substâncias como algo
problemático, mas compreende que têm uma tristeza
crônica
Insight
 A adesão aos tratamentos propostos está diretamente
associada a capacidade de insight do indivíduo
 No processo de avaliação psicológica deve-se buscar
sensibilizar ou auxiliar o processo de insight do(a)
avaliando(a)
 Se o indivíduo não compreende que o transtorno pode ser
prejudicial a ele(a) ou que ele pode se beneficiar com o
tratamento, a adesão será limitada
Perspectiva Transversal e Longitudinal
 Apesar da avaliação psicológica ser transversal, as entrevistas
e o processo da avaliação deve valorizar o processo
longitudinal
 Ao longo das entrevistas, deve-se investigar os eventos que
contribuíram para a demanda se apresentar desta forma e
planejar quais ações serão realizadas
Relato do Caso
 Ao término das entrevistas iniciais, deve-se realizar o relato
do Caso
 O relato deve ser organizado e coerente

Esse relato objetiva o estabelecimento de hipóteses
diagnosticas e o planejamento terapêutico adequado
 No caso deve ser possível compreender

De forma ampla personalidade do(a) avaliando(a)

Dinâmica de sua família

Aspectos relevantes do seu meio sociocultural imediato
Relato do Caso
 O relato escrito de um caso pode ter um importante valor
legal

 O relato do caso deve ser redigido com uma linguagem


simples, precisa e compreensível

Devem ser incluídos detalhes, mas mantido o sigilo do caso

Apresentar o que é essencial para a compreensão do caso

Manter-se conciso naquilo que é secundário

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