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Estratégias de
Produção de Si e a
Humanização no SUS
Strategies of self-production
and the humanization of SUS
Neuza Guareschi
Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul
Artigo
Este artigo tem, como objetivo, a discussão A humanização da saúde é uma política pública
da relação entre a Política Nacional de intitulada Política Nacional de Humanização,
1
Humanização e as formas de subjetivação desenvolvida em meio às discussões de
no campo da saúde pública. Entende-se a qualificação do Sistema Único de Saúde. A
política de Humanização como uma das proposta sustenta-se nas proposições do SUS
estratégias políticas estabelecidas pelo SUS no de que saúde é um direito de todos e um
campo da saúde. Essa política provoca uma dever do Estado, em que se lida com a defesa
formação existencial – a humanização – e da vida por meio do direito à saúde. Trata-se 1 Quando o conceito
Humanização aparecer
torna-se a marca que produz modos de viver. de uma política, e não de um programa, pois com letra maiúscula, diz
respeito à Política Nacional;
Para tanto, é analisada a cartilha o intuito não é apenas “tecnologizar” os quando aparecer com letra
“HumanizaSUS” (BRASIL, 2003) mediante as sistemas de saúde, mas modificar o modo de minúscula, refere-se às
estratégias cotidianas
ferramentas foucaultianas. compreensão dos princípios que norteiam a criadas pela Política.
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Estratégias de Produção de Si e a Humanização no SUS
humanização dos sistemas de saúde face aos e reforçou-se a epidemiologia com base na
mecanismos tecnocientíficos da saúde. A produção de sujeitos da razão. O sujeito da
humanização aparece, então, na esteira de razão amparava-se em condições de
discussões do SUS, como mais um de seus possibilidade da noção cartesiana do “penso,
princípios, “lidar com a dimensão subjetiva logo existo”, ou seja, o pensamento, como
que toda prática de saúde supõe” (BRASIL, forma de conhecer a si mesmo, tornava o
2003, p.6). Surge o personagem humanizado, indivíduo um sujeito da razão. Aqueles sujeitos
nos sistemas de saúde, que deve olhar o outro que, de alguma forma, não se enquadravam
em sua dimensão de sujeito-vida, “sujeito da na categoria “razão” eram enquadrados na da
história de muitas vidas” (BRASIL, 2003). “des-razão”. Para Foucault, na História da
Loucura (1978), a “des-razão” é considerada o
Assim, a discussão deste texto volta-se para a inverso da razão, ou seja, ou se tinha o atributo
objetivação e a reflexão da Humanização da razão ou não. Essa discussão do outro (des-
A análise da
política de
como modos de viver, como formas de razão) deriva da problematização de
Humanização tem, subjetivação constituídas no campo da saúde. Canguilhem (1978) sobre a formação das
como ferramenta, A Humanização será discutida, então, como categorias de normal e patológico. Desse modo,
as tecnologias de
poder subsidiadas tecnologia da vida que forja determinadas a Razão é colocada em relação a um conjunto
pelo pensamento maneiras de o indivíduo relacionar-se consigo de objetos, entre eles, a loucura, com seu
de Foucault (2003):
mesmo, de tornar-se objeto de si por meio domínio de coordenação e coexistência, ao
tecnologias de
controle, da humanização de si – um si edificado pela passo que o homem é colocado no centro do
tecnologias relação que se estabelece entre saúde, vida universo enquanto estratégia de produção de
epistemológicas e
tecnologias de si. e tecnologias (Foucault, 1996, p. 6). Para conhecimento. Essas mesmas condições – razão
desenvolver essa problematização, em um e produção do conhecimento – criam a
primeiro momento, é feita uma análise das possibilidade do desaparecimento, visto que,
objetivações da humanização em diferentes ao tornar-se objeto da ciência, o homem entra
formações históricas. A partir disso, é discutida na esteira de classificações dos seres vivos e,
uma aproximação da humanização com o como tal, está fadado a morrer (Foucault, 1970).
campo da saúde mediante o Sistema Único
de Saúde. A análise da política de A possibilidade de vida encontra-se na liberdade
Humanização tem, como ferramenta, as que se alcança por meio de tecnologias de
tecnologias de poder subsidiadas pelo conhecer a si mesmo, ou seja, uma
pensamento de Foucault (2003): tecnologias racionalidade que possibilite ao sujeito dar-se
de controle, tecnologias epistemológicas e a conhecer a si mesmo. Esses atributos de
tecnologias de si. liberdade e conhecimento de si conformam a
razão como um atributo humano; entretanto,
Humanização: não qualquer humano, mas aquele que tem a
a vida como política possibilidade de, por meio do pensamento,
perceber que existe. A humanização, nesse
A forma de pensar a Humanização diz respeito
momento, diz respeito ao sujeito da razão. A
à interrogação que fazemos sobre a maneira humanização do sujeito que conhece a si
como essa se torna objeto de estratégias mesmo por meio do pensamento tem, como
políticas. Foucault (1984) descreve como, na regras de existência, a racionalidade cartesiana.
modernidade, a Razão foi tomada como vetor Nesse sentido, a humanização, na
de subjetivação no discurso psiquiátrico/ modernidade, alojava-se em um espaço
psicológico. Com isso, criaram-se taxionomias considerado da Razão. A humanização, assim
Desse modo, no Brasil, na década de 80, A reforma sanitária abre espaço para outras
elabora-se a constituição do SUS, em 1988, a formas de objetivação da humanização. A
partir de movimentos que emergem na área razão e o progresso por meio do capital privado
da saúde, tais como os de técnicos da saúde, deixam de ser vetores fundamentais na
sindicatos e trabalhadores, agrupados no que constituição da humanização, e esta passa a
se denominou reforma sanitária. São traçadas assumir uma outra forma. Essa outra forma é
diretrizes políticas para o campo da saúde, marcada pelas discussões em saúde coletiva,
amparadas tanto em dados epidemiológicos isto é, tomam-se por base as formas de
quanto em ideais a serem atingidos em termos objetivação do sujeito segundo um conjunto
de saúde coletiva e cidadania. O avanço de regras e relações de força, sustentado pelas
tecnocientífico não se torna um advento em lutas entre o campo tecnocientífico e a reforma
termos de promoção de saúde da população sanitária. Enquanto o campo tecnocientífico se
e sim, critério de universalização, eqüidade e caracteriza pelas aplicações científicas na vida
integralidade. cotidiana e pelo estreito vínculo com o capital
privado, a reforma sanitária toma como base
As biopolíticas da saúde pública, entre as as necessidades sociais, tais como saúde,
3 Alma-Ata é a titulação
da Conferência Mundial décadas de 60 e 80, haviam promovido o educação, moradia, alimentação. A
de Saúde, realizada no recrudescimento do setor privado, na medida humanização começa a ser tecida nesse solo
ano de 1978, na qual
fica acordada a em que se assentavam no seguinte tripé: “a) que articula relações entre ciência e
priorização da atenção
e dos cuidados primários o Estado como financiador do sistema por meio necessidades de sobrevivência da população.
de saúde em âmbito
internacional.
da previdência social; b) o setor privado A humanização começa a engendrar-se sobre
e controle, bem como formas de subjetivação. a quem se destina o SUS, de que modo essas
Tomar a Humanização como um efeito do doutrinas e princípios organizativos se
discurso do SUS não é considerá-la como a materializam no cotidiano. Nesse sentido, a
etapa final desse discurso, mas como a própria Humanização entra como uma micropolítica,
possibilidade de existência do discurso. A pois, com os modelos de atenção integral à
Humanização não é exterior ao discurso, mas saúde, bem como com a educação
possível pelo discurso. Por meio da descrição permanente em saúde, vai produzir corpos e
do discurso é que se delineia o sistema de sujeitos do Sistema Único de Saúde.
regras colocadas em prática para que surjam Micropolítica é uma ferramenta conceitual
certos objetos, conceitos e sujeitos. Saúde, utilizada por Foucault (2003) para problematizar
enquanto direito do cidadão e dever do Estado, as relações de poder. Ao considerar que o
ramifica-se em usuários, trabalhadores, rede poder não é um atributo do indivíduo nem
pública de saúde, integralidade, tampouco uma superestrutura, o autor entende
universalização, eqüidade, o que dá forma à que o poder se refere às relações de força, de
Humanização (BRASIL, 2001). A política de jogos políticos que se estendem por todo o
Humanização sustenta-se nas regras do SUS, tecido social, nas relações do cotidiano, nas
nos seus objetos, conceitos e sujeitos, mas, micropolíticas entre homens e mulheres, entre
ao mesmo tempo, começa a formar seus crianças e adultos, entre alunos e professores,
objetos, conceitos e sujeitos: co- entre trabalhadores e o trabalho, por exemplo.
responsabilidade na produção de saúde, o
sujeito história de muitas vidas. Enfim, não se Essa produção de corpos e sujeitos acontece
trata de definir o que é a Humanização, e mediante a noção de que a atenção tem que
sim, o que ela produz. A partir disso, marca- ser integral: deve-se voltar para o humano em
se o modo como problematizamos a sua integralidade, ou seja, para aquilo que está
Humanização. visível enquanto sinais e sintomas enunciativos
do campo da saúde bem como para os modos
A Humanização é forjada como uma linha de viver, para o modo como o sujeito narra a
que atravessa todo o Sistema Único de Saúde, si mesmo (Foucault, 1999). Entende-se que,
reforçando-o por meio de estratégias políticas, para compreender o usuário como um sujeito
isto é, a Humanização estabelece um integral, um ser que vive, trabalha e fala, é
conjunto de regras coercitivas que colocam necessária uma formação permanente do
em jogo a relação entre gestores, trabalhador. Nesse sentido, entra, na esteira
trabalhadores da saúde e usuários. Como de discussões e articulações do SUS, a
política nacional, a Humanização torna-se uma necessidade de formação, ou seja, um
estratégia de controle dos sistemas de saúde, programa de educação permanente do
uma forma de estabelecer o modo de trabalhador.
funcionamento e as maneiras de
relacionamento que devem caracterizar as A educação permanente, como estratégia de
relações entre gestores, trabalhadores da saúde produção de trabalhadores, acaba por
e usuários. sustentar-se em duas noções distintas. A
primeira considera o humano historicamente
É importante entender que falar em discurso, e, desse modo, é necessária uma
aqui, é marcar um modo de entender aquilo transformação perene no modo como se
que organiza o tecido social, ou seja, quem é objetiva o humano, pois ele não é uma forma
usuário, quem é trabalhador, quem é gestor, estável, e sim, efeito de uma série de
produtividade da saúde. Não pode mais ser Essas práticas de avaliação, acompanhamento
um personagem passivo, como se considerava e criação de indicadores produzem tanto um
o paciente (que aguardava pelas ações), mas modelo de atenção à saúde quanto o sujeito
um sujeito ativo – ativo em sua comunidade, desse modelo. Esse modelo de atenção implica
um agente de saúde. Não é uma questão de o sujeito tornar-se ator desse processo de
poder participar, mas de dever participar, é institucionalização da Humanização, que deve
um estado de direitos e de deveres. Para ser sistematicamente avaliado e acompanhado
tornar-se cidadão e não ser apenas usuário, o por meio de indicadores. Os indicadores são
sujeito, assim como tem direito de acesso aos conjuntos de regras que estabelecem o que é
sistemas de saúde, tem o dever de co-gerir e da ordem do verdadeiro, como, por exemplo,
de se co-responsabilizar pela estruturação e indicadores de saúde sobre taxas de
funcionamento desses sistemas. Controlam- natalidade, mortalidade, saneamento básico e
se o dever e o direito mediante a co-gestão e habitação, que estabelecem o grau de saúde
a co-responsabilização. O “eu” é um sujeito de uma determinada comunidade.
protagonista e autônomo, uma empresa de si
próprio que, ao ter que gerir, também se Assim, a saúde não é apenas ausência de
responsabiliza e participa, organizado em doença, e essa concepção deve ser trabalhada
coletivos por meio da cooperação e da nos sistemas de saúde mediante a educação
solidariedade. permanente. Dessa forma, o controle não é
exercido pela grande autoridade estatal, mas
A Humanização objetiva a desconstrução dos devem ser criados localmente núcleos de
processos burocráticos da saúde, mas cria controle, como grupos ou comitês. As formas
“...não é outras formas que também produzem divisões de controle não são verticalizadas, mas
necessário saber sociais: gestores, trabalhadores e usuários transversalizadas, no que tange às
exatamente quem micropolíticas da rede de saúde, e estendidas
se é, mas o modo
(BRASIL, 2003, p.6). Para dar conta dessas
como a vida e o diferenças estabelecidas, o discurso da pelo tecido social, que é organizado em grupos,
trabalho permitem Humanização as equaliza (gestores, em comunidades, ou seja, em protagonistas
que o sujeito se
torne diferente do trabalhadores e usuários) por meio do dos processos de produção de saúde.
que é”. personagem cidadão que participa, se Entretanto, por tratar-se de uma diretriz do
responsabiliza e gere os cuidados com a SUS, as formas de implantação da política são
Foucault
própria saúde e a saúde de sua comunidade. verticalizadas; são determinações que, apesar
de serem construções locais, seguem uma
As formas de controle de si encontram imposição nacional, fabricam-se como um
diretrizes nas formas de controle da política dever da rede de saúde: os sujeitos da saúde
de Humanização, pois, ao fazer-se enquanto devem humanizar-se, pois é uma política em
política, a Humanização deve: saúde.
controle sobre si mesmo, mas também uma como sujeito psicológico capaz de narrar a si
transformação na forma de conhecer-se. A mesmo. Essa narração de si é importante no
necessidade de conhecer a si mesmo não é que tange à modificação das posições do
um atributo inato do humano, mas uma conhecimento: não é o outro que tem a
fabricação de formas de se relacionar consigo verdade sobre o sujeito, como na relação
mesmo por meio da objetivação do verticalizada entre Medicina e clientela, mas
conhecimento e do pensamento como é o próprio sujeito que faz uma inflexão sobre
estratégias de governo dos indivíduos. A si mesmo para desvelar suas necessidades,
política de Humanização também agencia desejos e histórias de vida. A contrapartida
relações epistemológicas do sujeito consigo desse processo de constituição de um sujeito-
mesmo. O conhecer a si mesmo torna-se protagonista na saúde é operar com uma
necessário, pois as categorias de “profissionais racionalidade que é herdeira da modernidade:
da saúde, usuários e cidadãos” (BRASIL, 2003, o indivíduo, como uma identidade psíquica,
p.11) são constituídas pela “mudança na que, por meio dos atributos do pensamento e
cultura da atenção dos usuários e da gestão dos afetos, é capaz de modificar a si mesmo.
dos processos de trabalho” (idem, p.10), o
que envolve trabalhos e diálogos em equipes Tecnologias de si
multiprofissionais, fundamentados em
necessidades, desejos e interesses dos As formas de cuidados de si forjadas pela
“diferentes atores do campo da saúde” (idem). Humanização estabelecem um sujeito vivo,
A Humanização, ao considerar as ativo e produtivo, que deve cuidar e ser
necessidades, os desejos, os interesses, bem cuidado pela política. A Humanização cola a
como as histórias de vida ou histórias de muitas saúde às noções de participação,
vidas, cria tecnologias de transformação das responsabilidade, processos de gestão e
“mentalidades” ou, como nomeia Rose (2001), produção de vida. Os cuidados com a vida
“técnicas intelectuais”, por meio de “debates referem-se aos indicadores de saúde: doenças,
orgânicos, salas de conversas, ouvidorias e epidemias, mas também habitação,
educação permanente”. Essas práticas de natalidade, saneamento e emprego. Todas
domínio do conhecimento da relação que o essas categorias formam a estrutura de um
sujeito estabelece consigo mesmo a partir de modo de vida saudável. A política de
questões epistemológicas também constituem Humanização, ao tornar o sujeito vivo, ativo e
o protagonista, ator das ações em saúde. Para produtivo, transforma-o também em
ser um ator-protagonista, deve-se conhecer o responsável pelo cuidado de si mesmo. É um
perfil do personagem: seus gostos, seus dever do Estado, mas, como condição de
desejos, suas necessidades, suas histórias de direito, de cidadania, o sujeito deve participar
vida. Os debates, as conversas e a educação da gestão em saúde, deve cuidar de si mesmo.
permanente criam a possibilidade de esse “eu” Cuidar de si mesmo é um compromisso com
protagonista surgir, um “eu” participativo, “a defesa da vida” (BRASIL, 2003, p.11)
encorajado a falar de si, a descobrir e revelar voltado para “prevenir, cuidar, proteger, tratar,
necessidades, desejos e histórias de vida. recuperar, promover, enfim, produzir saúde”
(idem, p.5). O ator-protagonista, cidadão que
Essa tecnologia de poder reforça a noção de deve cuidar de si mesmo, é uma necessidade
um “eu”, de uma autoria nos processos de para o desenvolvimento e “contágio” da
saúde. As questões epistemológicas operam política de Humanização. A transformação no
e produzem uma forma de o indivíduo modelo de gestão em saúde implica o
experimentar-se como sujeito “cognoscente”, envolvimento de todas as instâncias
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Estratégias de Produção de Si e a Humanização no SUS
Neuza Guareschi
Professora/pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS.
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