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O PSICÓLOGO NAS EQUIPES DE

SAÚDE DA ABS

Profa Espc. Mae Soares da Silva


Política Nacional de Atenção Basica

Ato Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006

I – Acesso universal e contínuo a serviços de saúde com qualidade e


resolutividade, como porta de entrada, com território traçado para
planejamento e programação;

II – Efetivar a integralidade, articulações das ações de promoção,


prevenção, vigilância, tratamento e reabilitação em saúde,
interdisciplinarmente;

III – Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre


equipes e à população inscrita, garantindo a continuidade das ações;
lV - Valorizar profissionais de saúde, acompanhamento
constante e capacitação;

V - Realizar avaliação e acompanhamento sistemático


dos resultados alcançados, como parte do processo de
planejamento e programação;

VI - Estimular a participação popular e o controle social.


Áreas Estratégicas da Atenção Básica

-Eliminação da hanseníase;
- Controle da tuberculose;
- Controle da hipertensão arterial;
- Controle da diabetes mellitus;
- Eliminação da desnutrição infantil;
- Saúde da criança;
- Saúde da mulher;
- Saúde do idoso;
- Saúde bucal e a promoção de saúde.
A Inserção da Psicologia na Saúde: Novas formas
de pensar a clínica

História das Psicologias: Atuação e Contexto Histórico

• Prática da Clínica Privada

Para Rotter (1964), a concepção de Psicologia clínica, como


campo de aplicação de princípios psicológicos que se
preocupam com o ajustamento psicológico do indivíduo
envolve as atividades de psicodiagnóstico e psicoterapia, tendo
em vista a superação de problemas relativos à felicidade,
sentimentos de desconforto, ansiedade, tensão, tanto no íntimo
do indivíduo como na sua relação com os outros, envolvendo,
ainda, o ajustamento às solicitações, metas e costumes da
sociedade.
• Saúde Mental: Dois momentos

A entrada do Psicólogo na saúde mental é marcada por uma


transferência da práxis do contexto da clínica clássica, para os
manicômios. Numa atuação de caráter higienista.

Com a Reforma Psiquiátrica, a assistência aos chamados


“pacientes psiquiátricos” passa a considerar alternativas à
internação (movimento antimanicomial). Envolvendo inúmeros
grupos e segmentos sociais – familiares, trabalhadores, sindicatos,
universidades, conselhos – esse movimento buscava “através de
iniciativas assistenciais, teóricas, culturais e legislativas, abrir
perspectivas de uma nova ética na convivência social com a
loucura.
• Psicologia Hospitalar e Ambulatorial

A inserção do Psicólogo na equipe de saúde hospitalar se dá


como facilitador do processo de tratamento, , havendo poucas
oportunidades para contribuir nesse processo como profissional
autônomo.

Mais do que zelar pelos aspectos emocionais dos pacientes


internados, o Psicólogo tem assumido um papel mais amplo,
atuando em vários planos da organização hospitalar, não se
limitando a lidar com o indivíduo isoladamente.
• O Psicólogo na Rede Básica de Saúde

Já no final dos anos setenta, a sociedade retoma de forma mais


intensiva, os movimentos que pressionam pela democratização do
estado brasileiro, sob a discussão da atenção integral à saúde.

A organização dos serviços de saúde preconizada pelo SUS,


envolve uma organização cujos níveis vão desde as ações
preventivas (atenção primária), às ações especializadas (atenção
secundária), até as ações especializadas específicas às situações
hospitalares (atenção terciária).
O Psicólogo na Rede Básica de Saúde

A atuação na rede básica de saúde requer do Psicólogo


um engajamento diferente, até então formado para lidar
com distúrbios psicológicos já instalados em uma
clientela distinta daquela que freqüenta os serviços
públicos de saúde no nosso país.
Tal atuação exige uma redefinição de funções, que considere esse
novo contexto e problematize o sujeito inserido no social,
demandando:

 Reconhecimento do processo saúde/doença como um


fenômeno também social;
 Apreensão do objeto de trabalho como coletivo e planejar
coletivamente em equipes as práticas de atuação;
 Desenvolvimento de habilidades para trabalhar em equipes
multiprofissionais: integração de vários saberes e práticas
profissionais.
Algumas Considerações:

“O ato clínico tem que ser contextualizado (...) Não há mais


lugar para as atuações profissionais que desconsiderem o
contexto onde se inserem a clientela” .

“A Clínica não é uma psicologia que se faz dentro de um


consultório, a clinica é uma psicologia que se faz dentro de
todas as instituições, que tenham vínculos com o campo da
saúde, quer dizer, sejam hospitais, sejam postos de saúde, sejam
unidades básicas” .

(CFP, Psicólogo Brasileiro: Práticas emergente e desafios para a formação, 2001)

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