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5. Leia o texto seguinte. Em 1900, num notável momento de arrogância, o célebre físico
britânico Lord Kelvin declarou: «Já não há nada de novo para se descobrir na física. Restam
apenas medições cada vez mais precisas.»
De acordo com a perspetiva de Kuhn acerca da ciência, a declaração de Lord Kelvin exemplifica
a maneira de encarar a atividade científica nos períodos
6. Leia o texto seguinte. Uma coisa requerida para uma nova teoria ser um avanço claro em
relação a uma teoria prevalecente até então é que a nova teoria tenha mais conteúdo testável
do que a teoria anterior. Mas Kuhn [...] nega que uma revolução científica resulte alguma vez
nesta espécie de superioridade nítida. A ideia subjacente é que numa revolução científica há
ganhos mas também perdas, de modo que as duas teorias são incomparáveis quanto ao
conteúdo.
(C) Nenhum cientista admite que alguma teoria empírica seja preferível a outra.
(D) O conteúdo testável de uma teoria não é relevante para a sua avaliação.
3. Que razões levaram Popper a opor-se à perspetiva segundo a qual a ciência começa com a
observação?
EXAME 2018 2º
a) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres caem.
b) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres
alteram-se. Qual das proposições seria mais interessante para um cientista que usasse o
método proposto por Popper? Justifique a sua resposta.
3. Será que a avaliação das teorias científicas é determinada por critérios objetivos? Compare
as respostas de Popper e de Kuhn a esta questão.
10. Leia o texto seguinte. As teorias são, mais do que os instrumentos laboratoriais, as
ferramentas essenciais do ofício do cientista. Sem o seu constante auxílio, mesmo as
observações e medições feitas pelo cientista dificilmente seriam científicas. Uma ameaça à
teoria é, por conseguinte, uma ameaça à vida científica e, embora o empreendimento
científico progrida por meio dessas ameaças, o cientista individual ignora-as enquanto puder.
Em particular, ignora-as se a sua própria prática anterior já o levou a empenhar-se no uso da
teoria ameaçada. Segue-se daí que novas sugestões teóricas, destrutivas de velhas práticas,
raramente ou nunca emergem na ausência de uma crise que já não pode ser suprimida.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 256 (texto adaptado). O texto visa
sustentar que
(B) os cientistas procuram criticar as teorias e apenas se empenham na sua defesa perante a
acumulação de anomalias
(D) durante uma crise científica, os cientistas procuram observações e medições capazes de
corroborarem as teorias.
3. Popper considera que a ciência é uma busca incessante da verdade e que as novas teorias
científicas são, geralmente, passos que ainda não tinham sido dados em direção à verdade. De
acordo com Popper, que condições uma nova teoria científica tem de satisfazer para constituir
um passo em direção à verdade?
EXAME 2017 1º
(A) o progresso científico é inexistente.
O método da discussão crítica não estabelece coisa alguma. […] O mais que consegue fazer –
e que realmente faz –
é chegar ao veredicto de que uma determinada teoria [científica] parece ser a
melhor que está disponível […], parece resolver grande parte do problema que pretende
resolver e sobreviveu a testes rigorosos. K. Popper, O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70,
2009, p. 175 (adaptado)
Como é que Popper justifica que o método da discussão crítica não estabeleça coisa
alguma?
Na sua resposta,
–explicite os aspetos relevantes da perspetiva falsificacionista de Popper;
Barry Marshall, médico [...] na Austrália, descobriu que muitos cancros do estômago [...] são
causados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Embora as suas descobertas fossem
fáceis de comprovar, o conceito era tão radical que iria passar mais de uma década até ser
aceite entre a comunidade médica. Os institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos, por
exemplo, só subscreveram oficialmente a ideia em 1994. «Devem ter morrido sem
necessidade centenas, mesmo milhares de pessoas com úlceras», disse Marshall [...] em 1999.
O caso apresentado no texto anterior corresponde à descrição feita por Kuhn da comunidade
científica num período de ciência normal, uma vez que
(B) a comunidade médica mostrou que procura comprovar cuidadosamente teorias radicais.
(C) a corroboração das teorias através de testes é suficiente para produzir mudanças
paradigmáticas.
(D) as teorias radicais, ainda que a comunidade científica as considere atraentes, são difíceis de
comprovar.
3. Popper entende que todas as proposições científicas são falsificáveis. E será que todas as
proposições falsificáveis são científicas? Justifique a sua resposta, tendo em conta a perspetiva
de Popper.
EXAME 2016 1º
3. Leia o texto.
[Para uns,] a comunidade científica avança com base em argumentação sólida sustentada por
indícios empíricos sólidos. De acordo com eles, o estilo de raciocínio promovido pela ciência,
modelado pelo método científico, é o estilo que melhor contribui para o conhecimento. [...]
[Outros, porém,] comparam [...] a substituição de uma teoria científica dominante numa área
de investigação a uma conversão religiosa. A comunidade científica não é um agente racional
coletivo que, de uma maneira objetiva, pesa razões a favor e contra teorias concorrentes.
L. Bortolotti, Introdução à Filosofia da Ciência, Lisboa, Gradiva, 2008, pp. 210-211 (adaptado)
2. Explique o que, de acordo com Popper, é requerido para que uma teoria seja aceite pelos
cientistas.
EXAME 2015 1º
Considere-se, para usar outro exemplo, os homens que chamaram louco a Copérnico por este
proclamar que a Terra se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente
errados. Para eles, a ideia de posição fixa fazia parte do significado de «Terra». [...] De modo
correspondente, a inovação de Copérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso,
todo um novo modo de olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar
que mudava necessariamente o significado quer de «Terra», quer de «movimento».
Para Kuhn, exemplos como o do texto anterior apoiam a ideia de que paradigmas diferentes
são
EXAME 2015 2º
(A) todas as teorias falsificáveis são científicas. (B) todas as teorias científicas são falsificáveis.
(C) todas as teorias falsificáveis são falsificadas. (D) todas as teorias científicas são falsificadas.
2. Leia o texto.
2.1. De acordo com Kuhn, como se explica a passagem da ciência normal para a ciência
extraordinária?
10. Segundo Kuhn, quando uma comunidade científica se dedica sobretudo à resolução de
enigmas, a ciência encontra-se num período
(A) revolucionário. (B) não paradigmático. (C) de ciência extraordinária. (D) de ciência normal.
2. Leia o texto. As repetidas observações e experiências funcionam como testes das nossas
conjeturas ou hipóteses, isto é, como tentativas de refutação.
Apresente uma crítica à tese de Popper enunciada no texto. Na sua resposta, comece
por explicar essa tese.
EXAME 2014 1º
Concorda com a perspetiva de Kuhn expressa no texto? Justifique a sua resposta. Na sua
resposta, deve:
EXAME 2014 2º
A ciência começa com a observação, afirma Bacon […]. Proponho-me substituir esta fórmula
baconiana por outra. A ciência […] começa por problemas, problemas práticos ou problemas
teóricos.
Concorda com a perspetiva de Popper expressa no texto? Justifique a sua resposta. Na sua
resposta, deve:
O destino de uma teoria, a sua aceitação ou rejeição, é decidido pela observação e pela
experiência – pelo resultado dos testes. Enquanto uma teoria resistir aos mais rigorosos testes
que conseguirmos conceber, será aceite; quando não resistir, será rejeitada. Mas não é nunca
inferida, em nenhum sentido, das provas empíricas. […] Só a falsidade da teoria pode ser
inferida das provas empíricas, e essa inferência é puramente dedutiva.
«Só a falsidade da teoria pode ser inferida das provas empíricas, e essa inferência é puramente
dedutiva.» Explique esta afirmação de Popper.
EXAME 2013 1º
(A) o primeiro usa uma linguagem rigorosa e o segundo usa uma linguagem simples, que se
adapta ao imediato.
(B) o primeiro tem por base a experiência do quotidiano e o segundo tem por base a
observação rigorosa dos fenómenos.
EXAME 2013 2º
EXAME 2012 1º
Texto F
Aquilo em que nós acreditamos (bem ou mal) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein
sejam verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, [...] podendo ser superadas por
outras melhores.
Texto E
[…] Se dos dados da observação vulgar se conclui que «todos os corpos caem», a generalização
indutiva consistiu somente em considerar permanente uma relação ocasionalmente
conhecida, o que levou, consequentemente, a procurar a justificação causal dessa
permanência e a falar de gravidade. Quando, no mesmo domínio, se concluiu da experiência,
por exemplo, que «todos os corpos caem no vácuo com igual velocidade», e se determinou a
velocidade da queda livre, a indução generalizou um dado experimental, elevando-o à
categoria de relação constante.
Vieira de Almeida, «A Crise Socrática», in Obra Filosófica II, Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian,1987
3.1. Identifique as duas vantagens da indução a partir dos «dados da observação vulgar» a que
o texto faz referência.
O desenvolvimento da ciência – e isto vale em larga medida também para as ciências humanas
– fez-se no sentido do aprofundamento da cisão entre as atividades ordinárias do homem,
contextualizadas na perceção e na língua, e um ideal de objetividade que já no século XVII se
designava como não podendo deixar de ser artificial. Os constrangimentos na base da
averiguação científica da natureza contrariam as convicções do sentido comum e sobrepõem-
se, corrigindo-as, às ambiguidades e incertezas da língua.
Explicite dois aspetos que distinguem a ciência do senso comum, a partir do texto.
3. Compare a perspetiva de Popper com a perspetiva de Kuhn acerca do conhecimento
científico.
Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos
EXAME 2007
4. Considere a tese do texto seguinte, segundo a qual «é falso que a observação seja a origem
de todos os resultados do conhecimento físico».
Não há dúvida de que a observação deve proporcionar algum conhecimento rudimentar. Mas
mesmo o conhecimento comum vai muito além da observação quando postula a existência de
entidades inobserváveis, tais como o interior de um corpo sólido e as ondas de rádio. E a física
chega a ir mais longe, ao inventar ideias que não seria possível extrair da experiência comum,
como o conceito de mesão e a lei da inércia. Em suma, é falso que a observação seja a origem
de todos os resultados do conhecimento físico.
M. Bunge, Filosofia da Física, trad. port., Lisboa, Ed. 70, s.d., p.13 (adaptado)
4.2. Concorda com essa tese? Justifique, relacionando a sua resposta com uma teoria
estudada.
EXAME 2007 2º
Quando os cientistas têm de escolher entre teorias rivais, dois homens completamente
comprometidos com a mesma lista de critérios de escolha podem, contudo, chegar a
conclusões diferentes. Talvez interpretem o critério da simplicidade de maneira diferente ou
tenham convicções diferentes sobre os campos a que o critério de consistência se deva aplicar.
Ou talvez concordem sobre estas matérias, mas divirjam quanto a pesos relativos a atribuir a
esses e a outros critérios. No que respeita a divergências deste género, nenhum conjunto de
critérios de escolha já proposto é útil. Quer dizer, há que lidar com características que variam
de um cientista para outro.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, trad. port., Lisboa, Ed. 70, 1989, p. 388 (adaptado)
4.1. Formule o problema de filosofia da ciência acerca do qual o autor toma posição. 4.2.
Concorda com a tese central defendida? Justifique, relacionando a sua resposta com uma
teoria estudada.
EXAME 2006 1º
EXAME 2006 2º