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Primeira Parte.
[1].
Primeira Seção.
Do Espaço [2].
[3].
Consideração Final:
“o conceito transcendental dos fenômenos no espaço é uma advertência crítica de que
nada, em suma, do que é intuído no espaço é uma coisa em si, de que o espaço não é
uma forma das coisas, forma que lhes seria própria, de certa maneira, em si, mas que
nenhum objeto em si mesmo nos é conhecido e que os chamados objetos exteriores são
apenas representações da nossa sensibilidade, cuja forma é o espaço, mas cujo
verdadeiro correlato, isto é, a coisa em si, não é nem pode ser conhecida por seu
intermédio; de resto, jamais se pergunta por ela na experiência”.
Sedunda Seção.
Do Tempo [4].
Consideração Final:
1- “Se a representação do tempo não fosse intuição (interna) a priori, nenhum conceito,
fosse qual fosse, permitiria tornar inteligível a possibilidade de uma mudança, isto é, a
possibilidade de uma ligação de predicados contraditoriamente opostos num só e
mesmo objeto”;
2- “Só no tempo sucessivamente, é que ambas as determinações, contraditoriamente
opostas, se podem encontrar numa coisa”;
3- Por isso “o nosso conceito do tempo explica a possibilidade de tantos conhecimentos
sintéticos a priori quantos os da teoria geral do movimento, teoria que não é pouco
fecunda”.
[6].
a) O tempo é a condição formal a priori de todos os fenômenos em geral”;
b) O espaço, enquanto forma pura de toda intuição externa, limita-se, como condição a
priori, simplesmente aos fenômenos externos;
c) Se posso dizer a priori: “todos os fenômenos exteriores são determinados a priori no
espaço e segundo as relações do espaço, posso igualmente dizer com inteira
generalidade, a partir do princípio do sentido interno, que todos os fenômenos em geral,
isto é, todos os objetos dos sentidos, estão no tempo e necessariamente sujeitos às
relações do tempo”;
d) O tempo é uma condição subjetiva da nossa intuição, pelo fato de ser sempre
sensível, ou seja, na medida em que somos afetados pelos objetos, e não é nada em si,
fora do sujeito;
e) Intuição: “é a condição própria pela qual o tempo pertence à representação dos
objetos”;
f) Essa condição aplicada ao conceito gera o seguinte:
“todas as coisas, enquanto fenômenos (objetos da intuição sensível), estão no tempo, o
princípio adquire a conveniente validade objetiva e universalidade a priori”;
g) Realidade Empírica do Tempo: “a sua validade objetiva em relação a todos os
objetos que possam apresentar-se aos nossos sentidos”;
h) Idealidade Transcendental do Tempo: “o tempo nada é, se abstrairmos das condições
subjetivas da intuição sensível e não pode ser atribuída aos objetos em si
(independentemente da sua relação com a nossa intuição), nem a título de substância
nem de acidente”;
Explicação [7].
a) “O tempo não é inerente aos próprios objetos, mas unicamente ao sujeito que os
intui”;
b) “O tempo e o espaço são portanto duas fontes de conhecimento das quais se podem
extrair a priori diversos conhecimentos sintéticos, do que nos dá brilhante exemplo,
sobretudo, a matemática pura, no que se refere ao conhecimento do espaço e das suas
relações”;
c) “Tomados conjuntamente (o espaço e o tempo), são formas puras de toda a intuição
sensível, possibilitando assim proposições sintéticas a priori”;
Consideração Final:
a) Estética Transcendental: “resulta claramente de todos os outros conceitos
pertencentes à sensibilidade, mesmo o do movimento, que reúne ambos os elementos (o espaço
e o tempo [pressupõe]), algo de empírico”;
b) Pressuposição da percepção de algo que se move; porém, no espaço, considerado em
si próprio, nada é móvel;
c) Necessidade de que “o móvel seja algo que não se encontre no espaço a não ser pela
experiência, sendo portanto, um dado empírico”;
d) A Estética Transcendental exclui o conceito de mudança de entre os seus dados a
priori;
Motivo: “Não é o próprio tempo que muda, apenas muda algo que está no tempo” (dado
empírico [?]);
e) Necessidade da percepção de uma certa existência e sucessão de suas determinações,
por conseguinte a Experiência.
Observações Finais [8].
Razão: “Nas intuições puras a priori (o espaço e o tempo), quando num juízo a priori
queremos sair do conceito dado, encontramos aquilo que pode ser descoberto a priori,
não no conceito, mas certamente na intuição correspondente, e pode estar ligado
sinteticamente a esse conceito”.