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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
BEIRA
2023
SOZINHO FELISBERTO SOZINHO
BEIRA
2023
ÍNDICE
CAPÍTULO: INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO................................................................................................................4
1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................................4
1.2.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................................................4
1.2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................................4
1.3 METODOLOGIAS........................................................................................................................5
CAPITULO II:....................................................................................................................................5
1.1 Contextualização
1.2 Objetivos
1.3 Metodologias
Este trabalho serviu de leituras das próprias obras, proposta pelo docente na sala de
aula, servindo assim de leitura minuciosa, interpretação. A metodologia e técnicas de pesquisa
usadas para a elaboração desse trabalho, consistiram também em seleção, leituras, interpretação
dos textos, análises de artigos científicos creditados pelas universidades das mesmas, em seguida
que culminou com a compilação de dados em trabalho final.
CAPITULO II:
Digamos, KANT (2008) pois, primeiro: se encontramos uma proposição que tem que ser
pensada com caráter de necessidade, tal proposição é um juízo “a priori". Se, além disso, não é
derivada e só se concebe como valendo por si mesma como necessária, será então absolutamente
“a priori” (pp.8).
Segundo: a experiência não fornece nunca juízos com uma universalidade verdadeira e
rigorosa, mas apenas com uma generalidade suposta e relativa (por indução), o que.
propriamente quer dizer que não se observou até agora uma exceção a determinadas leis. Um
juízo, pois, pensado com rigorosa universalidade, quer dizer, que não admite exceção alguma,
não se deriva da experiência e sem valor absoluto “a priori” (ibidem. 10).
Aparentemente, o que Kant quis chamar a atenção foi a dependência entre a propriedade
da metafísica e o uso racional dos sentidos. Há elementos que são racionalmente percebidos por
meio dos sentidos, não requerendo de nenhuma propriedade empírica para experimentação. Por
isso mesmo que os conhecimentos a priori são absolutamente livres de toda e qualquer forma de
verificação empírica, por já poderem ser admitidos racionalmente por meio de toda forma de
sensibilidade.
A crítica da razão pura representa, para a teoria do conhecimento, uma rejeição virulenta à
fragilidade estrutural do discurso metafísico, cuja tentativa de sistematizar princípios universais
esbarrava nas próprias limitações do entendimento, bem como à postura inconclusiva dos
céticos, cuja suspensão do juízo resultava numa desordem generalizada.
Mediante autoavaliação e rigorosamente coordenada, a razão transformaria o paradigma
da tradição filosófica ao demonstrar a impossibilidade gnosiológica do postulado greco-medieval
sem recorrer à interdição do ceticismo.
o caminho seguro da ciência alterando seus métodos portanto, conclui Kant, pelo parentesco com
o conhecimento da metafísica, que também é racional, a priori, é conhecimento por conceitos (cf.
KANT, 2010, p.664), poder-se-ia entrar também alterar seu método e, dessa forma, Kant realiza
o que é chamado de “revolução copernicana”.
à própria razão pura estabelecendo, assim, quais são as suas possibilidades e os seus limites,
se ela é capaz ou não de formular juízos sintéticos a priori na metafísica e, uma vez chegado a
esse resultado, o que se pode fazer com ele. Crítica, então, ganha um significado mais específico
na filosofia de Kant: é a determinação dos poderes e limites da razão, indispensáveis para
qualquer investigação e conhecimento metafísico (cf. LONGUENESSE, 2007, p. 4).
Tais ideias, a saber, Deus, a alma, e a liberdade, que são os objetos da metafísica, não
podem, segundo Kant, ser conhecidas por nós unicamente através da razão pura teórica, embora
possam por nós ser pensadas porque se permanecemos apenas com a razão teórica, ela não dá
conta da natureza de tais ideias, visto que, para KANT, 2010, a natureza dessas ideias é prática.
Devemos pensar em tais ideias como se fossem primeiros princípios ou “unidades sintéticas
incondicionadas de todas as condições em geral” (p. 321).
Assim, para Kant, a metafisica deve explicitar qual o uso de seus princípios, qual o uso da
razão: na medida em que considera apenas o modo pelo qual os objetos nos são dados, ainda que
não precisemos dos objetos eles mesmos para essa investigação, ela é filosofia transcendental e
seu uso é físico ou imanente, uma vez que se reporta aos objetos como nos aparecem na
experiência; na medida em que, no entanto, considera os objetos eles mesmos, seu uso é hiper
físico ou transcendente, já que não podemos conhecer os objetos neles mesmos, mas somente
como nos aparecem, embora possamos pensar esses objetos, ultrapassando a experiência.
segundo KANT (2008) as suas conclusões, tudo o que denominamos metafísica descansaria
sobre uma simples opinião de um pretendido conhecimento racional, que no fato nasce
simplesmente da experiência e que recebe, do hábito, certo aspecto de necessidade (pp.23).
No tocante à Metafísica, como seus passos têm sido até hoje tão desditosos, tão distantes do
fim essencial da mesma, que pode dizer-se que todos têm sido em vão, perfeitamente explica-se
a dúvida de sua possibilidade e de sua existência.
Se a crítica não toma o nome de Filosofia transcendental é só porque deveria, para ser um
sistema completo, conter uma análise detalhada de todos os conhecimentos humanos “a priori”.
olhos uma perfeita enumeração de todos os conceitos fundamentais que constituem o
conhecimento puro; mas se abstém da detalhada análise deles, em parte, porque essa
decomposição não seria conforme com seu fim.
Segundo KANT (2008) isto, tudo o que constitui a Filosofia transcendental pertence à
crítica da razão pura, que é a ideia completa da Filosofia transcendental; mas não está ciência
mesma, porque na análise só se estende até o que lhe é indispensável para o perfeito juízo do
conhecimento sintético “a priori” (pp.23).
Donde se segue que a Filosofia transcendental é a filosofia da razão pura simplesmente
especulativa, porque todo o concernente à prática, que contém móveis, refere-se aos sentimentos
que pertencem às fontes empíricas do conhecimento.
CAPÍTULO III
O homem, com seu aparato intelectual, está separado do mundo que, por sua vez, sendo
objeto, deve ser representado pelo sujeito para adquirir realidade e legitimidade. Para Heidegger,
a relação de sujeito e objeto destitui o homem da sua relação originária com o mundo.
Heidegger pensou o homem como existência com uma constituição ontológica primordial
com o mundo, denominando-o ser-aí, Dasein, enquanto ser-no-mundo. Essa constituição
primordial tem sido esquecida pela metafísica, mas, Heidegger a constata, ou seja, retira de seu
âmbito de esquecimento partindo da análise crítica da metafísica tradicional realizada no interior
de uma analítica existencial do homem, e posta em questão.
Para esclarecer essa questão é necessária uma investigação ontológica sobre o sentido
do ser. Nosso objetivo divide-se em três partes: a primeira, constitui-se em mostrar os pré-
conceitos que proporcionaram o esquecimento do ser. A segunda, consiste em apresentar a
analítica existencial do ser-aí. E na terceira e última parte, mostrar como a metafisica é superada.
3.1 Metafísica e a questão do ser em si
Em razão de a diferença antológica vigorar num esquecimento reduplicativa de si mesma,
segundo HEIDEGGER (1987) a questão sobre o Sentido do Ser não pode ser hoje posta senão na
própria luz em que eeé ilumina a história da metafísica. Porque esquecemos tanto à diferença
antológica como que a esquecemos, só se poderá investigar a Verdade e o Sentido do Ser numa
superação da tradição. Essa superação não é uma negação. Não pretende destruir e aniquilar a
metafísica (pp.19).
Não se trata de progredir além para um domínio interior e sim regredir a quem para dar
espaço exterior da metafísica. Nesse sentido o exórdio da metafísica, é o ponto de partida
inevitável e obrigatório de toda investigação sobre o Sentido com a Verdade do Ser.
Segundo HEIDEGGER (1987) Por outro lado, uma vez que para pensar nessa estrutura, o
pensamento metafísico já está determinado pela diferença antológica, a recondução do ente a seu
ser implica a configuração lógica da diferença. Essa implicação não é um nada. Ê antes a
dimensão do não pensado no pensamento metafísico. Assim o horizonte dentro do qual pensam
os pensadores da tradição ocidental, exclui diretamente e ao mesmo tempo inclui obliquamente a
dimensão do não pensado que nutra coisa não é senão a dimensão da Verdade do Ser. Por isso
diz Heidegger "o não-pensado constituía mais alto legado que nos pode oferecer um
pensamento"(pp.26).
Em todo caso, quer seja mesmo investigada ou quer, ignorada como questão, perpasse pela
existência conto um hálito tênue, quer nos pressione mais duramente ou quer se veja preterida e
recalcada por qualquer pretexto, de fato nunca é a questão que na ordem cronológica
investigamos por primeiro. A questão cobre o máximo de envergadura. Não se detém em
nenhum ente de qualquer espécie. Abrange todo ente.
Segundo HEIDEGGER (1987) O arco da questão encontra seus limites apenas no que
absolutamente nunca pode ser, no Nada. Tudo, que não for nada, cai sob seu alcance, no fim até
mesmo o próprio Nada, não certamente por ser alguma coisa, um ente, de vez que dele falamos,
mas por "ser” o Nada. É tão vasto o âmbito da questão, que nunca o poderemos ultrapassar. Não
investigamos esse ou aquele nem mesmo, percorrendo um por um, todos os entes, mas
antecipadamente o ente todo, ou como dizemos, por razões a serem discutidas ainda, o ente como
tal na totalidade (pp.36).
Para satisfazer, portanto, a questão, "Por que há simplesmente o ente e não antes o Nada? no
sentido correto de sua investigação, devemos eliminar a preferência de qualquer ente em
particular, inclusive a referência ao homem. Nesse tríplice sentido a questão é a primeira em
dignidade. E, a primeira em dignidade, na hierarquia de investigação dentro daquele setor, que
essa primeira questão instaura e funda, dando-lhe a medida originária. É a questão de todas as
questões verdadeiras (ibidem.37).
A filosofia nunca nasce da ciência nem pela ciência. Também jamais se poderá
equipará-la às ciências. É-lhes antes anteposta e não apenas "logicamente” ou num quadro do
sistema das ciências. A filosofia situa-se num domínio e num plano da existência espiritual
inteiramente diverso. Na mesma dimensão da filosofia e de seu modo de pensar situa-se apenas a
poesia. Entretanto, pensar e poetar não são por sua vez. coisas iguais. Falar do Nada constituirá
sempre para a ciência um tormento e uma insensatez (pp.50).
Metafísica e filosofia não são, de forma alguma, uma ciência nem poderão vir a sê-lo, pelo
fato de ser a sua investigação fundamentalmente histórica.
4.1. CONCLUSÃO
Chegado ao fim de um trabalho extenso coberto de extensa leitura, os dois autores
tentam levar a metafísica a ser uma ciência dando várias provas e vários caminhos de como de
ver ser feito, pra que a metafísica esteja a um caminho de uma ciência o mesmo Kant argumenta
que A ciência cujo fim e processos tendem à resolução dessas questões denomina-se metafísica.
Sua marcha, é, no princípio, dogmática; quer dizer, ela enceta confiadamente o seu trabalho sem
ter provas na potência ou impotência de nossa razão para tão grande empresa.
Assim, para Kant, a metafisica deve explicitar qual o uso de seus princípios, qual o uso da
razão: na medida em que considera apenas o modo pelo qual os objetos nos são dados, ainda que
não precisemos dos objetos eles mesmos para essa investigação.
Já pra Heidegger a metafísica seria uma muralha de questões, que primeiro nos remete
ao nada, Heidegger desenvolve sua interrogação metafísica ao questionar as preocupações da
ciência. Se a ciência dá ao nada um lugar além do ente, este nada transcende o ente e se tudo que
transcende o ente é uma questão metafísica, o nada surge como uma questão metafísica.