Você está na página 1de 9

2.

De acordo com Hume, a suposição de que a natureza é uniforme está implicitamente


contida nas inferências indutivas. Porquê?

2ª fase 2019

POPPER KUHN

GRUPO IV 3. Leia o texto seguinte.

Texto F

Aquilo em que nós acreditamos (bem ou mal) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein
sejam verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, [...] podendo ser superadas por
outras melhores.
Karl Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1997

Concorda com a posição de Popper relativamente ao problema da evolução da ciência?


Justifique a resposta, fundamentando a sua posição em, pelo menos, duas razões.

2ª fase 2012

3. Leia o texto seguinte.

Texto E

[…] Se dos dados da observação vulgar se conclui que «todos os corpos caem», a generalização
indutiva consistiu somente em considerar permanente uma relação ocasionalmente
conhecida, o que levou, consequentemente, a procurar a justificação causal dessa
permanência e a falar de gravidade. Quando, no mesmo domínio, se concluiu da experiência,
por exemplo, que «todos os corpos caem no vácuo com igual velocidade», e se determinou a
velocidade da queda livre, a indução generalizou um dado experimental, elevando-o à
categoria de relação constante.
Vieira de Almeida, «A Crise Socrática», in Obra Filosófica II, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1987

3.1. Identifique as duas vantagens da indução a partir dos «dados da observação vulgar» a que
o texto faz referência.

3.2. Exponha uma crítica de Popper à conceção indutivista do método científico.

1ª fase 2012

9. Segundo Thomas Kuhn,

(A) as revoluções científicas são frequentes na história da ciência.

(B) um excesso de anomalias pode originar um período de crise da ciência.

(C) uma simples anomalia é suficiente para derrubar um paradigma.

(D) a «ciência normal» desenvolve-se à margem de qualquer paradigma.

1ª fase2013

9. Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da natureza


das teorias científicas.
1. As teorias científicas são refutáveis e conjeturais.
2. A função da experiência consiste em verificar ou em confirmar as teorias científicas.
3. As teorias científicas surgem, por indução, a partir de factos e de observações simples.
4. O critério de cientificidade de uma teoria é a sua falsificabilidade.

Deve afirmar-se que

(A) 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.

(B) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.

(C) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.

(D) 3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos.

2ª fase 2013

10. Segundo Popper, o método científico começa por

(A) problemas.

(B) observações.

(C) experiências.

(D) generalizações.

1ª fase 2014

10. Segundo Kuhn, existem períodos de ciência normal, durante os quais

(A) se registam progressos cumulativos.

(B) diversos paradigmas competem entre si.

(C) os cientistas procuram a falsificação de teorias.

(D) nunca se descobrem anomalias.

2ª fase 2014

10. Leia o texto.

Considere-se, para usar outro exemplo, os homens que chamaram louco a Copérnico por este
proclamar que a Terra se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente
errados. Para eles, a ideia de posição fixa fazia parte do significado de «Terra». [...] De modo
correspondente, a inovação de Copérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso,
todo um novo modo de olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar
que mudava necessariamente o significado quer de «Terra», quer de «movimento».

T. Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas, Lisboa, Guerra & Paz, 2009, p. 205 (adaptado)

Para Kuhn, exemplos como o do texto anterior apoiam a ideia de que paradigmas diferentes
são

(A) extraordinários.
(B) comparáveis.

(C) incomensuráveis.

(D) revolucionários 1ª fase 2015

2. Leia o texto.

Nenhum empreendimento de solução de enigmas pode existir a menos que os seus


praticantes partilhem critérios que, para esse grupo e para essa época, determinem quando é
que um enigma particular foi resolvido. Os mesmos critérios determinam necessariamente o
fracasso em obter uma solução, e quem quer que tenha de escolher poderá ver nesse fracasso
o fiasco de uma teoria submetida à prova. [Mas] normalmente […] não se vê assim o assunto.
Só o praticante é censurado, não os seus instrumentos. Mas em circunstâncias especiais que
provocam uma crise na profissão (por exemplo, um grande fracasso, ou fracassos repetidos
dos profissionais mais brilhantes), a opinião do grupo pode mudar. Um fiasco que
anteriormente fora pessoal pode então acabar por parecer o insucesso de uma teoria
submetida a testes.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 331-332

2.1. De acordo com Kuhn, como se explica a passagem da ciência normal para a ciência
extraordinária?

Na sua resposta:

– Esclareça as noções de ciência normal e de ciência extraordinária;

– Integre adequadamente a informação do texto.

2.2. Apresente uma crítica à perspetiva de Kuhn acerca do desenvolvimento da ciência. Na sua
resposta, comece por explicitar o aspeto da perspetiva de Kuhn a que a crítica apresentada diz
respeito.

2ª fase 2015

10. Kuhn considera que há períodos de consenso e períodos de divergência na comunidade


científica. O fim de um período de consenso e a consequente entrada num período de
divergência devem-se

(A) ao aprofundamento do paradigma.

(B) à acumulação de anomalias.

(C) à resolução de enigmas.

(D) à atitude crítica própria da ciência normal

1ª fase 2016

5. Kuhn considera que, nos períodos de ciência normal,


a) o progresso científico é inexistente.

b) os cientistas aderem a diferentes paradigmas.

c) as anomalias do paradigma são resolvidas.

d) o progresso da ciência é cumulativo.

1ª fase 2017

8. De acordo com Popper, qual das afirmações seguintes é empiricamente falsificável?

a) Há seres inteligentes extraterrestres.

b) Alguns planetas são habitados.

c) Nenhum planeta extrassolar é habitado.

d) Pode haver extraterrestres inteligentes.

9. Leia o texto seguinte.

Barry Marshall, médico [...] na Austrália, descobriu que muitos cancros do estômago [...] são
causados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Embora as suas descobertas fossem
fáceis de comprovar, o conceito era tão radical que iria passar mais de uma década até ser
aceite entre a comunidade médica. Os institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos, por
exemplo, só subscreveram oficialmente a ideia em 1994. «Devem ter morrido sem
necessidade centenas, mesmo milhares de pessoas com úlceras», disse Marshall [...] em 1999.

O caso apresentado no texto anterior corresponde à descrição feita por Kuhn da comunidade
científica num período de ciência normal, uma vez que

a) a atitude da comunidade médica foi de conservadorismo e de resistência à mudança.

b) a comunidade médica mostrou que procura comprovar cuidadosamente teorias radicais.

c) a corroboração das teorias através de testes é suficiente para produzir mudanças


paradigmáticas.

d) as teorias radicais, ainda que a comunidade científica as considere atraentes, são difíceis de
comprovar.

10. Kuhn defende que

a) não existe qualquer forma de progresso científico.

b) a ciência permite descobrir como é realmente a natureza.

c) cada teoria representa melhor a realidade do que as teorias anteriores.

d) o desenvolvimento da ciência não é uma aproximação à verdade objetiva.

2ª fase 2017
5. Leia o texto seguinte.

Em 1900, num notável momento de arrogância, o célebre físico britânico Lord Kelvin declarou:
«Já não há nada de novo para se descobrir na física. Restam apenas medições cada vez mais
precisas.»
B. Dupré, 50 Ideias de Filosofia que precisa mesmo de saber, Alfragide, Publicações D. Quixote, 2011, p. 138.

De acordo com a perspetiva de Kuhn acerca da ciência, a declaração de Lord Kelvin exemplifica
a maneira de encarar a atividade científica nos períodos

(A) de ciência normal.

(B) de ciência extraordinária.

(C) de crise da ciência.

(D) de revolução na ciência.

6. Leia o texto seguinte.

Uma coisa requerida para uma nova teoria ser um avanço claro em relação a uma teoria
prevalecente até então é que a nova teoria tenha mais conteúdo testável do que a teoria
anterior. Mas Kuhn [...] nega que uma revolução científica resulte alguma vez nesta espécie de
superioridade nítida. A ideia subjacente é que numa revolução científica há ganhos mas
também perdas, de modo que as duas teorias são incomparáveis quanto ao conteúdo.
J. Watkins, Ciência e Cepticismo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1990, p. 189 (texto adaptado).

Que crítica a Kuhn pode ser extraída do texto anterior?

(A) Numa revolução científica, os ganhos são sempre inferiores às perdas.

(B) Se as novas teorias constituem avanços claros, a incomensurabilidade é falsa.

(C) Nenhum cientista admite que alguma teoria empírica seja preferível a outra.

(D) O conteúdo testável de uma teoria não é relevante para a sua avaliação.

Grupo IV 3. Que razões levaram Popper a opor-se à perspetiva segundo a qual a ciência
começa com a observação?

1ª fase 2018

2. Considere as proposições seguintes.

a) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres caem.
b) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres
alteram-se.

Qual das proposições seria mais interessante para um cientista que usasse o método proposto
por Popper? Justifique a sua resposta.

3. Será que a avaliação das teorias científicas é determinada por critérios objetivos?

Compare as respostas de Popper e de Kuhn a esta questão.

2ª fase 2018

5. Popper defende que, quanto mais falsificável for uma dada afirmação, mais interessante ela
é para a ciência.

Qual das afirmações seguintes é, de acordo com Popper, mais interessante?

(A) Não existem corvos brancos.

(B) Todos os corvos são negros.

(C) Alguns corvos são negros.

(D) Existem corvos brancos.

6. Popper afirma que a ciência começou com a invenção do método crítico e considera que os
cientistas agem de modo conscientemente crítico sobretudo quando

(A) inventam teorias.

(B) formulam conjeturas.

(C) procuram eliminar erros.

(D) tentam confirmar hipóteses.

7. Há grandes diferenças entre a teoria newtoniana da gravitação e a teoria einsteiniana da


gravitação. No entanto, a teoria newtoniana da gravitação pode ser traduzida em linguagem
einsteiniana. Tal tradução foi feita, por exemplo, pelo professor de Física Peter Havas. Este
facto contraria a ideia, defendida por Kuhn, de que

(A) há ciência extraordinária.

(B) os cientistas resistem à crítica.

(C) os paradigmas são incomensuráveis.

(D) a escolha entre teorias rivais é subjetiva

1ª fase 2019

GRUPO IV
3. Leia os textos seguintes.

Claro que o cientista individual pode desejar estabelecer a sua teoria, em vez de a refutar.
Mas, do ponto de vista do progresso na ciência, esse desejo pode induzi-lo seriamente em
erro. Mais ainda, se não examinar a sua teoria preferida de modo crítico, outros o farão por
ele. […] Para que uma nova teoria constitua uma descoberta ou um passo em frente, deve
entrar em confronto com a que a antecedeu [...]. Neste sentido, o progresso na ciência – ou,
pelo menos, o progresso significativo – é sempre revolucionário.
K. Popper, O Mito do Contexto. Em defesa da ciência e da racionalidade, Lisboa, Edições 70, 2009, pp. 32, 41-42.
(Texto adaptado)

Sir Karl [Popper] acentua os testes realizados para explorar as limitações da teoria aceite ou
para submeter à tensão máxima uma teoria vulgar. Entre os seus exemplos favoritos […] estão
as experiências de Lavoisier sobre a calcinação e as expedições para observar o eclipse solar de
1919 […]. Claro que estes são testes clássicos, mas, ao usá-los para caracterizar a atividade
científica, Sir Karl omite algo de muito importante a seu respeito. Episódios como estes são
muito raros no desenvolvimento da ciência. […] São aspetos ou exemplos do que algures
chamei «investigação extraordinária» [...]. Sugiro, portanto, que Sir Karl caracterizou todo o
empreendimento científico em termos que só se aplicam às suas partes ocasionalmente
revolucionárias.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 329-330. (Texto adaptado)

Nos textos anteriores, são apresentadas duas perspetivas diferentes acerca do


desenvolvimento da ciência.

Confronte as duas perspetivas expressas nos textos anteriores.

Na sua resposta, integre adequadamente informação dos textos.

2ª fase 2019

ARTE E RELIGIÃO

GRUPO V

PERCURSO A – A experiência estética

A seguinte estrofe do poema Gozo e Dor, de Almeida Garrett, é um exemplo de que a arte
transmite sentimentos.

Dói-me a alma, sim;


e a tristeza Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.

Será que toda a arte transmite sentimentos?

Na sua resposta:
– identifique, referindo o seu nome, a teoria da arte segundo a qual toda a arte transmite
sentimentos;

– apresente inequivocamente a sua posição;

– argumente a favor da sua posição.

PERCURSO B – A experiência religiosa

Muitas pessoas – filósofos, teólogos e cientistas – afirmam que temos bons argumentos a
favor da existência de Deus: uns defendem que a própria ideia de Deus implica a sua
existência; outros sustentam que tem de haver uma causa para o Universo e que essa causa só
pode ser Deus; outros, ainda, alegam que a ordem que encontramos na natureza não pode ser
fruto do acaso e que Deus é a melhor explicação para essa ordem; e há quem considere outros
argumentos.

Será que a existência de Deus pode ser provada?

Na sua resposta, considere o argumento (ou prova) que estudou a favor da existência de Deus
e:

– identifique, referindo o seu nome, esse argumento (ou prova) a favor da existência de Deus;
– apresente inequivocamente a sua posição; – argumente a favor da sua posição

1ª fase 2015

GRUPO V

PERCURSO A – A experiência estética

Será que julgar a beleza das coisas é simplesmente dar voz aos nossos sentimentos?

Na sua resposta,

– identifique e esclareça o problema proposto;

– apresente inequivocamente a sua posição;

– argumente a favor da sua posição.

PERCURSO B – A experiência religiosa

Será que a resposta religiosa para o problema do sentido da vida é satisfatória? Na sua
resposta,

– formule e esclareça o problema do sentido da vida;

– apresente inequivocamente a sua posição;

– argumente a favor da sua posição.

2ª fase 2017
PERCURSO A – A experiência estética

9. Considere as afirmações seguintes.

1. Salieri era simultaneamente um rival e um admirador de Mozart.


2. Mozart teve uma grande influência na história da música.
3. As composições de Mozart são mais belas do que as de Salieri.

(A) 2 e 3 exprimem juízos estéticos; 1 não exprime um juízo estético.

(B) 1 exprime um juízo estético; 2 e 3 não exprimem juízos estéticos.

(C) 1 e 2 exprimem juízos estéticos; 3 não exprime um juízo estético.

(D) 3 exprime um juízo estético; 1 e 2 não exprimem juízos estéticos.

10. O problema da definição da arte é o problema de

(A) identificar as propriedades que fazem algo ser arte.

(B) distinguir as obras-primas das outras obras de arte.

(C) justificar o que torna a arte valiosa para as nossas vidas.

(D) explicar o significado estético de cada obra de arte.

PERCURSO B – A experiência religiosa

9. Qual das afirmações seguintes exprime adequadamente a perspetiva religiosa sobre o


sentido da vida?

(A) Se Deus não existisse, nós também não existiríamos.

(B) Se Deus não existisse, a nossa vida teria um sentido diferente.

(C) Se Deus não existisse, não saberíamos o que devemos fazer.

(D) Se Deus não existisse, a nossa vida não teria propósito.

10. O problema da existência de Deus consiste em

(A) explicar como Deus surgiu.

(B) compreender porque existe Deus.

(C) apurar se Deus existe de facto.

(D) determinar qual é o Deus verdadeiro.

2ª fase 2018

Você também pode gostar