Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3.1. Kuhn distingue duas formas de fazer ciência. De acordo com o Texto 2, em qual
dessas formas de fazer ciência se enquadram as descobertas que levaram ao
preenchimento da tabela periódica? Justifique.
Na sua resposta, integre adequadamente a informação do texto.
3.2. No Texto 2, a «Revolução química» é descrita como «perturbação gigantesca da
teoria e da prática químicas».
Mostre que a expressão «perturbação gigantesca da teoria e da prática» é
adequada à descrição das revoluções científicas, tal como Kuhn as concebe.
4. Leia o Texto 2 e considere-o na resposta aos itens 13 e 14 (2020 – Especial)
Texto 2
“Estamos todos no fundo de uma caverna, presos à corrente da nossa ignorância,
dos nossos preconceitos, e os nossos fracos sentidos mostram-nos sombras.
Tentar ver mais longe muitas vezes confunde-nos: não estamos habituados. Mas
experimentamos. A ciência é isto. O pensamento científico explora e redesenha o
mundo, e oferece-nos imagens cada vez melhores dele: ensina-nos a pensá-lo de
modo mais eficaz. A ciência é uma exploração contínua de formas de pensamento.
A sua força é a capacidade visionária de fazer derrubar ideias preconcebidas,
desvendar territórios novos do real e construir novas e mais eficientes imagens do
mundo. Esta aventura assenta sobre todo o conhecimento acumulado, mas a sua
alma é a mudança. Ver mais longe.” Carlo Rovelli, A realidade não é o que parece.
A natureza alucinante do Universo, Lisboa, Contraponto, 2019, p. 15.
4.1. De acordo com o Texto 2, o pensamento científico oferece-nos imagens cada vez
melhores do mundo. Será que a tese da incomensurabilidade dos paradigmas
científicos é compatível com esta ideia?
Justifique.
5. Popper defende que, quanto mais falsificável for uma dada afirmação, mais
interessante ela é para a ciência. Qual das afirmações seguintes é, de acordo com
Popper, mais interessante? (2019 – 1º Fase)
(A) Não existem corvos brancos.
(B) Todos os corvos são negros.
(C) Alguns corvos são negros.
(D) Existem corvos brancos.
6. Popper afirma que a ciência começou com a invenção do método crítico e
considera que os cientistas agem de modo conscientemente crítico sobretudo
quando (2019 – 1º Fase)
(A) inventam teorias.
(B) formulam conjeturas.
(C) procuram eliminar erros.
(D) tentam confirmar hipóteses.
7. Há grandes diferenças entre a teoria newtoniana da gravitação e a teoria
einsteiniana da gravitação. No entanto, a teoria newtoniana da gravitação pode
ser traduzida em linguagem einsteiniana. Tal tradução foi feita, por exemplo, pelo
professor de Física Peter Havas.
Este facto contraria a ideia, defendida por Kuhn, de que (2019 – 1º Fase)
(A) há ciência extraordinária.
(B) os cientistas resistem à crítica.
(C) os paradigmas são incomensuráveis.
(D) a escolha entre teorias rivais é subjetiva.
8. Leia os textos seguintes.
“Claro que o cientista individual pode desejar estabelecer a sua teoria, em vez de a
refutar. Mas, do ponto de vista do progresso na ciência, esse desejo pode induzi-lo
seriamente em erro. Mais ainda, se não examinar a sua teoria preferida de modo
crítico, outros o farão por ele. […] Para que uma nova teoria constitua uma
descoberta ou um passo em frente, deve entrar em confronto com a que a
antecedeu [...]. Neste sentido, o progresso na ciência – ou, pelo menos, o
progresso significativo – é sempre revolucionário.” K. Popper, O Mito do Contexto.
Em defesa da ciência e da racionalidade, Lisboa, Edições 70, 2009, pp. 32, 41-42.
(Texto adaptado)
“Sir Karl [Popper] acentua os testes realizados para explorar as limitações da teoria
aceite ou para submeter à tensão máxima uma teoria vulgar. Entre os seus
exemplos favoritos […] estão as experiências de Lavoisier sobre a calcinação e as
expedições para observar o eclipse solar de 1919 […]. Claro que estes são testes
clássicos, mas, ao usá-los para caracterizar a atividade científica, Sir Karl omite algo
de muito importante a seu respeito. Episódios como estes são muito raros no
desenvolvimento da ciência. […] São aspetos ou exemplos do que algures chamei
«investigação extraordinária» [...]. Sugiro, portanto, que Sir Karl caracterizou todo
o empreendimento científico em termos que só se aplicam às suas partes
ocasionalmente revolucionárias.” T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70,
1989, pp. 329-330. (Texto adaptado)
Nos textos anteriores, são apresentadas duas perspetivas diferentes acerca do
desenvolvimento da ciência. Confronte as duas perspetivas expressas nos textos
anteriores.
Na sua resposta, integre adequadamente informação dos textos.
9. As teorias científicas têm mudado ao longo da história. Será que isso põe em causa
a objetividade da ciência? (2019 – F. E)
Na sua resposta, deve:
‒ clarificar o problema da objetividade da ciência;
‒ apresentar inequivocamente a sua posição;
‒ argumentar a favor da sua posição.
10. Leia o texto seguinte.
“Em 1900, num notável momento de arrogância, o célebre físico britânico Lord
Kelvin declarou: «Já não há nada de novo para se descobrir na física. Restam
apenas medições cada vez mais precisas.» B. Dupré, 50 Ideias de Filosofia que
precisa mesmo de saber, Alfragide, Publicações D. Quixote, 2011, p. 138.
De acordo com a perspetiva de Kuhn acerca da ciência, a declaração de Lord Kelvin
exemplifica a maneira de encarar a atividade científica nos períodos (2018 – 1º
Fase)
(A) de ciência normal.
(B) de ciência extraordinária.
(C) de crise da ciência.
(D) de revolução na ciência.
11. Leia o texto seguinte.
“Uma coisa requerida para uma nova teoria ser um avanço claro em relação a uma
teoria prevalecente até então é que a nova teoria tenha mais conteúdo testável do
que a teoria anterior. Mas Kuhn [...] nega que uma revolução científica resulte
alguma vez nesta espécie de superioridade nítida. A ideia subjacente é que numa
revolução científica há ganhos mas também perdas, de modo que as duas teorias
são incomparáveis quanto ao conteúdo.” J. Watkins, Ciência e Cepticismo, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 1990, p. 189 (texto adaptado).
Que crítica a Kuhn pode ser extraída do texto anterior? (2018 – 1º Fase)
(A) Numa revolução científica, os ganhos são sempre inferiores às perdas.
(B) Se as novas teorias constituem avanços claros, a incomensurabilidade é falsa.
(C) Nenhum cientista admite que alguma teoria empírica seja preferível a outra.
(D) O conteúdo testável de uma teoria não é relevante para a sua avaliação.
12. Que razões levaram Popper a opor-se à perspetiva segundo a qual a ciência
começa com a observação? (2019 – 1º Fase)
14. Será que a avaliação das teorias científicas é determinada por critérios objetivos?
Compare as respostas de Popper e de Kuhn a esta questão. (2019 – 2º Fase)
15. Na descrição seguinte, encontram-se várias características da ciência.
«A ciência é uma das maneiras de compreender o mundo. Os cientistas
distinguem-se por terem boas ideias, mas a observação desempenha também um
papel muito importante na ciência. Além disso, descobrir leis da natureza exige
trabalho metódico. A formulação matemática dessas leis contribui para que sejam
feitas previsões rigorosas.»
Identifique a opção que reúne apenas as características da ciência que não são
próprias do senso comum. (2019 – F.E)
17. Popper considera que a ciência é uma busca incessante da verdade e que as novas
teorias científicas são, geralmente, passos que ainda não tinham sido dados em
direção à verdade.
De acordo com Popper, que condições uma nova teoria científica tem de satisfazer
para constituir um passo em direção à verdade? (2018 – F.E)
18. Kuhn considera que, nos períodos de ciência normal (2017 – 1º Fase)
(A) o progresso científico é inexistente.
(B) os cientistas aderem a diferentes paradigmas.
(C) as anomalias do paradigma são resolvidas.
(D) o progresso da ciência é cumulativo.
19. Leia o texto seguinte (2017 – 1º Fase)
“O método da discussão crítica não estabelece coisa alguma. […] O mais que
consegue fazer – e que realmente faz – é chegar ao veredicto de que uma
determinada teoria [científica] parece ser a melhor que está disponível […], parece
resolver grande parte do problema que pretende resolver e sobreviveu a testes
rigorosos.” K. Popper, O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70, 2009, p. 175
(adaptado)
Como é que Popper justifica que o método da discussão crítica não estabeleça
coisa alguma? Na sua resposta,
– explicite os aspetos relevantes da perspetiva falsificacionista de Popper;
– integre adequadamente a informação do texto
40. De acordo com Kuhn, em que condições ocorrem crises na ciência? (2014 – F.E)
44. O conhecimento científico caracteriza-se, entre outros aspetos, por ser (2013 – 2º
Fase)
(A) metódico e subjetivo.
(B) qualitativo e assistemático.
(C) metódico e explicativo.
(D) verdadeiro e definitivo
45. Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da
natureza das teorias científicas. (2013 – 2º Fase)
1. As teorias científicas são refutáveis e conjeturais.
2. A função da experiência consiste em verificar ou em confirmar as teorias
científicas.
3. As teorias científicas surgem, por indução, a partir de factos e de observações
simples.
4. O critério de cientificidade de uma teoria é a sua falsificabilidade.
Texto E
“[…] Se dos dados da observação vulgar se conclui que «todos os corpos caem», a
generalização indutiva consistiu somente em considerar permanente uma relação
ocasionalmente conhecida, o que levou, consequentemente, a procurar a
justificação causal dessa permanência e a falar de gravidade. Quando, no mesmo
domínio, se concluiu da experiência, por exemplo, que «todos os corpos caem no
vácuo com igual velocidade», e se determinou a velocidade da queda livre, a
indução generalizou um dado experimental, elevando-o à categoria de relação
constante.” Vieira de Almeida, «A Crise Socrática», in Obra Filosófica II, Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian,1987
Explicite dois aspetos que distinguem a ciência do senso comum, a partir do texto.