Você está na página 1de 7

Mentoria, Martim Paiva

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA MAIA


Escola Secundária da Maia
Atividade de Português nº1 de Português – 8º ano
Nome: _________________________________________________________ Ano letivo: 2023-2024
Ano/Turma: _________ Nº ________ Data: ____/____/______

CLASSIFICAÇÃO Classificado por:


DOMÍNIO D1 D2 D3 D4 D5 TOTAL
PONTOS 10 14 34 22 20
PONTUAÇÃO 100
MENÇÃO Em ____/____/______

*D1 – Oralidade; D2 – Leitura; D3 – Educação Literária; D4 – Gramática; D5 – Escrita.

I – Oralidade

Segue estes passos:


a. Lê, com atenção, os itens abaixo.
b. Ouve a gravação áudio de um texto de enciclopédia intitulado “Climas” e toma notas que te ajudem a responder aos itens
solicitados.
c. Responde aos itens que se seguem.
d. Ouve o texto pela segunda vez, para verificares as tuas respostas.

1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.
1.1. As florestas tropicais são exemplos de regiões
(A) localizadas no Ártico.
(B) em que os invernos são longos e rigorosos.
(C) com clima quente e húmido.

1.2. “Clima” e “tempo atmosférico” são expressões com sentido


(A) equivalente.
(B) distinto.
(C) oposto.

1.3. As paisagens das diferentes regiões


(A) não se alteram ao longo do tempo.
(B) são influenciadas pelo clima.
(C) são estudadas pelos climatologistas.

1.4. As regiões mediterrânicas são zonas climáticas


(A) tropicais.
(B) temperadas.
(C) desérticas.

1.5. Nas regiões com clima polar,


(A) só há florestas de coníferas.
(B) há culturas variadas.
(C) não há culturas.

Página 1 de 7
Mentoria, Martim Paiva
II – Leitura

Texto A

Compromisso geracional
A questão ambiental surge como problema significativo a nível mundial por volta dos anos 70,
evidenciando um conjunto de contradições entre o modelo dominante de desenvolvimento económico e
industrial, baseado no crescimento sem regras, e a realidade social e ambiental. Essas contradições revelaram-
se na degradação dos ecossistemas e da qualidade de vida das populações levantando ameaças à continuidade
5 da vida, primeiro de algumas espécies e por fim dos seres humanos, a longo prazo. O problema dos resíduos
nucleares, a contaminação de linhas de água e o desaparecimento da floresta tropical foram os primeiros
sinais sérios de aviso.
[...]
A questão ambiental veio agregar à realidade contemporânea uma faceta inovadora pela sua capacidade
10 de relacionar problemas até então aparentemente desligados, por mostrar a universalidade – embora com
variações regionais – dos temas ambientais contemporâneos e por alertar para a necessidade de se
promoverem mudanças efetivas que garantam a continuidade e a qualidade da vida a longo prazo.
O nosso tempo colocou o problema de um compromisso geracional, da necessidade de um pacto de
preservação das gerações futuras e o princípio da utilização prudente e racional dos recursos naturais, bem
15 como a noção da sua finitude e universalidade. Em suma, o conceito de desenvolvimento sustentável. Tudo
isto significa que, às ameaças sociais, políticas e económicas de sempre, acrescem agora os imperativos
ambientais de como administrar e garantir recursos vitais e finitos como o ar, o solo, a água e os recursos
energéticos – para citar os mais óbvios.
O crescimento ininterrupto da população e a globalização (que levou a cultura do consumo ao mundo
20 todo) levaram a um aumento fenomenal do uso de energia. A procura de petróleo e gás continua a crescer.
Concomitantemente, cresce exponencialmente a poluição do ar e dos solos.
[...]
No leque de escolhas que se nos apresentam, algumas realidades quotidianas clamam que não haja
leviandade na resposta aos apelos de reintrodução de hábitos de frugalidade e de procura de soluções
25 energéticas de longo prazo. O aumento de doenças relacionadas com a alimentação, com os níveis de ruído e
com a poluição do ar, bem como as alterações climáticas são apenas exemplos.
Podemos reinventar a escrita, a arte, o design, a moda e a arquitetura. Podemos reinventar a economia, o
direito, a sociologia e todas as outras criações humanas. O mesmo não acontece ao ar, à água e ao solo. Esses
não são nossos, sempre lá estiveram e lá continuarão, se os deixarem. É uma decisão coletiva e muito, muito
urgente.
Manuel Tavares, in Notícias Sábado, 26 de abril de 2008

1. Seleciona, em cada item (1.1. a 1.7.), a opção correta relativamente ao sentido do texto.

1.1. Na década de 70, tornaram-se evidentes


(A) os confrontos sociais devido a questões ambientais e económicas.
(B) as contradições entre o modelo de desenvolvimento económico e a indústria.
(C) as contradições entre a realidade ambiental e o desenvolvimento económico.

1.2. Os primeiros indícios de que o modelo vigente poderá contribuir para o fim da espécie humana
foram
(A) a existência de resíduos nucleares, a contaminação das águas e o desaparecimento da floresta
tropical.
(B) o fim de algumas espécies, a construção de mais indústrias e o crescimento desregrado da
população.
(C) o consumo cada vez maior de energias não renováveis, a alteração genética de plantas e a
preservação da diversidade das espécies.

Página 2 de 7
Mentoria, Martim Paiva

1.3. A tese defendida pelo autor ao longo do texto é a seguinte:


(A) a questão ambiental é um problema de todos nós.
(B) os problemas ambientais derivam da industrialização.
(C) a responsabilidade de resolução das questões ambientais é das gerações futuras.

1.4. O compromisso geracional é


(A) um acordo entre pais e filhos para preservar a Natureza, plantando uma árvore.
(B) a necessidade de preservar os recursos naturais para as gerações futuras.
(C) a ideia de que os recursos naturais são infinitos e devem ser geridos localmente.

1.5. O cronista refere uma série de criações humanas que podem ser reinventadas para demonstrar que
(A) a Terra possui recursos finitos que não podemos recriar.
(B) o ser humano é uma espécie extremamente criativa.
(C) as artes e outras criações humanas serão eternas.

1.6. A locução “bem como” (linha 25) pode ser substituída por
(A)

(B) nomeadamente. (C) por outras palavras. (D) e ainda.

1.7. O maior consumo de energia a nível global deveu-se


(A) à existência de mais eletrodomésticos e ao consumismo.
(B) ao aumento da população e à globalização.
(C) ao crescente número de automóveis e indústrias.

III – Educação Literária

Lê o seguinte texto, com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta o glossário que é apresentado a
seguir ao texto.

Texto B
Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o ato de sorrir. E sorrir [...] é rir sem fazer ruído e executando
contração muscular da boca e dos olhos. [...]
O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor
do dicionário no ato de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se
5 vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a
sonhar um dicionário que desse precisamente, exatamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-
prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.
Não há dois sorrisos iguais. [...] temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde,
o de ternura, o de ceticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o
10 deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o
Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúscula) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda,
não tem nada que ver com as contrações musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por
um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do
15 ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós
sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas?

Página 3 de 7
Mentoria, Martim Paiva
Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E
contudo era um sorriso.
Mas eu falava de gente, de nós, que fazemos a aprendizagem do sorriso e dos sorrisos ao longo da
20 vida própria e das alheias. [...]
A tudo isto é que eu chamo sabedoria. [...]
Dir-me-ão que não cabe tanto no sorriso. Eu digo que cabe. Soube-o a noite passada, quando foi ele a
única resposta para a insónia e para os monstros do pesadelo nascido no sono onde o corpo acabou por
deslizar, cansado e aflito. Sorrir assim, mesmo sem olhos que nos recebam, é o verbo mais transitivo de todas
as gramáticas. Pessoal e rigorosamente transmissível. O ponto está em haver quem o conjugue.
25
José Saramago, «O sorriso», Deste Mundo e do Outro, 5.ª edição, Lisboa, Editorial Caminho, 1997

VOCABULÁRIO:
verbete (linha 4) – conjunto de significados respeitantes a um vocábulo num dicionário.
diferir (linha 5) – ser diferente, divergir.
devaneio (linha 5) – imaginação, sonho, fantasia.
fio-de-prumo (linha 6/7) – instrumento usado para verificar a direção vertical de uma parede.
ceticismo (linha 9) – dúvida, incredulidade.
condescendência (linha 9) – tolerância, indulgência.
frémito (linha 13) – estremecimento, tremor.
insónia (linha 22) – falta de sono, dificuldade em dormir.

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

1. Nos dois primeiros parágrafos do texto (linhas 1-7), o autor dá a sua opinião sobre o significado que
encontrou, num verbete de dicionário, para a palavra «sorriso».

Indica a opinião apresentada pelo autor sobre o conteúdo desse verbete do dicionário, justificando a
tua resposta com uma expressão do texto.

2. No terceiro parágrafo (linhas 8-10), o autor enumera vários sorrisos possíveis.

Explica o que ele pretende mostrar com essa enumeração.

3. Relê o excerto: «Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e
inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas?» (linhas 14-15)

3.1. Transcreve uma metáfora.

Página 4 de 7
Mentoria, Martim Paiva
3.2. Transcreve uma dupla adjetivação.

3.3. Explica de que forma a expressão «... sorrisos que são rápidos clarões...» valoriza a descrição de
«sorriso».

4. No final do texto, o autor declara: «Sorrir assim, mesmo sem olhos que nos recebam, é o verbo mais
transitivo de todas as gramáticas. Pessoal e rigorosamente transmissível. O ponto está em haver quem
o conjugue.» (linhas 24-25)

Explica o sentido deste excerto.

IV – Gramática

1. Escreve uma palavra que corresponda a cada alínea, respeitando a classe de palavras identificada em
cada coluna. Preenche cada linha de modo que, na horizontal, figurem só palavras da mesma família.

Nome Verbo Adjetivo


(a) (b) ambiental
(c) globalizar (d)
(e) (f) sustentável

2. Para cada uma das afirmações que se seguem (itens 2.1. e 2.2.), seleciona a alternativa que completa
cada afirmação corretamente.

2.1. A frase em que se estabelece uma relação de subordinação causal é:


(A) O ambiente é uma prioridade da UE, visto que o futuro depende dos recursos naturais.
(B) O ambiente é uma prioridade da UE, embora haja muitos outros valores a defender.
(C) O ambiente é uma prioridade da UE, para que o futuro possa valer a pena.
(D) O ambiente é uma prioridade da UE, assim como a educação e a saúde são apostas essenciais.

2.2. A frase em que se estabelece uma relação de subordinação condicional é:


(A) Os objetivos serão atingidos, porque o interesse é comum a todos nós.
(B) Os objetivos serão atingidos quando houver uma efetiva mudança de comportamentos.
(C) Os objetivos serão atingidos se a contribuição de todos for significativa.
(D) Os objetivos serão atingidos, embora a mudança de comportamentos seja uma meta ambiciosa.

Página 5 de 7
Mentoria, Martim Paiva

3. Considera a seguinte conversa entre o Francisco e a Maria, que teve lugar no mês passado e reescreve
no discurso indireto a fala do Francisco, procedendo a todas as alterações necessárias.

O Francisco disse à Maria:


− Amanhã irei propor a criação, na minha escola, de um grupo de debate sobre o ambiente, pois esta é para
mim uma questão fundamental.

4. Escreve, para cada alínea, a forma do verbo apresentado entre parênteses, de acordo com o tempo e o
modo indicados.

a) Pretérito perfeito simples do indicativo – A UE (distinguir) alguns Estados-membros pela


implementação de boas práticas ambientais.

b) Pretérito imperfeito simples do indicativo – Já em 1993, (haver) instituições preocupadas com o


desenvolvimento sustentável.

c) Presente do indicativo – Algumas organizações não-governamentais (intervir) na definição das


políticas ambientais.

d) Futuro do indicativo – Acreditamos que os jovens (fazer) a diferença.

V – Escrita

O texto B apresenta uma reflexão sobre o valor do sorriso. Um sorriso pode ser muito especial. Redige um
texto narrativo em que recordes ou imagines uma situação na qual um sorriso tenha tido um papel
fundamental.

Constrói a narrativa, desenvolvendo a ação num espaço e num tempo determinados e descrevendo a
personagem ou as personagens interveniente(s).

Escreve um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.

Toma atenção às instruções que se seguem.

 Organiza as ideias de forma coerente.

 Revê o texto com cuidado e, se necessário, corrige-o.

Página 6 de 7
Mentoria, Martim Paiva

Bom trabalho!

Página 7 de 7

Você também pode gostar