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A Psicologia tem um longo passado e uma curta história. Longo passado porque a
maior parte dos problemas já tinham sido levantados por outras áreas e uma curta história
porque só no século XIX é que nasce a Psicologia como ciência.
1. Sangue
2. Fleuma ou Linfa
3. Bílis Amarela
4. Bílis Negra
A doença e a cura
Sócrates
A psicologia para Sócrates liga-se imediatamente à ética. A felicidade, o fim do homem,
sentido metafisico.
Os afetos da alma são dados como um corpo tais como: coragem, brandura, temor,
piedade, audácia, alegria, amor e ódio.
Alemão
Professor de filosofia em Leipzig
1873/4 lança a revista “princípios da psicologia”
1881 lança outra
Contributos:
Promoção da experimentação
Promover a Psicologia a ciência independente
Analise da estrutura da experiencia imediata
Analise dos comportamentos mais elementares
Método introspetivo:
Concluímos então, que a Psicologia tem evoluído ao longo dos tempos e que se tem
afirmado como uma disciplina independente apesar do seu longo passado e da sua curta
história.
A ciência estava em franco desenvolvimento na maior parte da Europa como por exemplo
na Inglaterra, na França e na Alemanha. No entanto, a psicologia experimental começou na
Alemanha devido a algumas características exclusivas da ciência alemã que, tornaram a
Alemanha o solo mais fértil para o crescimento da nova psicologia. Algumas dessas
características são a abordagem cientifica alemã e o movimento reformista nas universidades
alemãs
Portanto, não havia outro local com melhores oportunidades para a pesquisa cientifica
como na Alemanha.
Todavia é preciso ter em conta que, embora Wundt seja considerado o fundador da
psicologia, ele não foi quem a criou porque a psicologia é o resultado de uma longa sequência
de esforços criativos.
Wilhelm Wundt passou os primeiros anos da sua vida na Alemanha, a sua terra natal.
Teve uma infância solitária e sonhava em tornar-se um escritor famoso.
Nos primeiros anos o rendimento escolar de Wundt era baixo e apesar da sua família
ser dotada de forte tradição académica o mesmo não acontecia com Wundt. Apesar de a sua
relação não ser a melhor com os professores e os seus colegas, Wundt aprendeu a controlar os
seus desvaneios e consequentemente tornou-se popular. Apesar de não ter grande interesse
pela escola conseguiu desenvolver a sua capacidade intelectual o que fez com que aos 19
estivesse preparado para prosseguir os estudos universitários. Decidiu então estudar medicina
porem no decorrer do curso, percebeu não ter tanta inclinação para a medicina e decidiu
especializar-se me fisiologia completando o doutoramento em 1855.
Wundt começou por sintetizar as ideias no livro intitulado por Contributions to the
theory of sensory perception, publicado em partes entre 1858 e 1862. Descreveu as suas
originais experiencias feitas realizadas num laboratório improvisado em sua casa e os métodos
que considerava adequados para a nova psicologia utilizando, pela primeira vez o termo
“Psicologia Experimental”.
No ano seguinte, em 1863, Wundt publicou outro livro que intitulou de “Lectures on
the minds of men and animals”.
Os anos em Leipzig
Wundt começou a mais longa e importante fase da sua carreira em 1875, ao tornar-se
professor de filosofia da University of Leipzig, onde trabalhou durante 45 anos.
A psicologia cultural
(Outra área em que Wundt concentrou o seu grande talento foi na criação da psicologia
social.)
Wundt acreditava que as funções mentais mais simples tais como a sensação e a perceção,
deveriam ser estudadas por meio de métodos de laboratório.
Graças ao seu estilo de vida organizado, Wundt conseguiu completar e organizar os seus
estudos pouco antes de morrer. Analises foram feitas, e constatou-se que Wundt escreveu
cerca de 54.000 paginas entre os anos 1853 e 1920.
Concluímos então que Wundt, concretizou o sonho da sua infância, tornar-se um famoso
escritor.
O método de introspeção
Wundt descrevia a sua psicologia como a ciência da experiência consciente. Sendo assim, o
método da psicologia cientifica deve abranger as observações da experiência consciente. No
entanto somente o individuo que passa pela experiencia é capaz de observá-la. Wundt
estabeleceu que o método de observação devia necessariamente utilizar-se da introspeção, ou
seja, do autoexame do estado mental. Ele referia-se a esse método como perceção interna.
Wundt não foi o criador do método da introspeção porque este já existia no tempo de
Sócrates.
Na física a introspeção foi utilizada para estudar a luz e o som e na fisiologia foi aplicada na
pesquisa dos órgãos dos sentidos. Por exemplo, para obter informações sobre os sentidos, o
pesquisador aplicava um estímulo e pedia ao individuo para descrever a sensação produzida.
Wundt acreditava que a sua forma de introspeção – a perceção interna – permitia fornecer
todos os dados básicos necessários para o estudo dos problemas de interesse da psicologia,
assim como a perceção externa proporcionava os dados para as ciências como a astronomia e
a química. Na perceção externa o foco de observação encontrava-se fora do observador. Por
exemplo, uma estrela ou reação da mistura química no tubo de ensaio. Na perceção interna, o
foco encontra-se dentro do observador – na sua experiência consciente.
Sensações – Wundt alegava ser a sensação uma das duas formas básicas de experiencia. A
sensação surge sempre que um órgão do sentido é estimulado e os impulsos resultantes
atingem o cérebro. Pode ser classificada pela intensidade, duração e modalidade do sentido.
1. prazer/desprazer
2. tensão/relaxamento
3. excitação/depressão
Apesar da sua enfase nos elementos da experiencia consciente, Wundt reconheceu que,
ao olharmos para os objetos do mundo real a nossa perceção é dotada de unidade ou de
totalidade. Por exemplo, ao olharmos por uma janela, vemos uma árvore e não sensações
individuais ou experiencias conscientes de brilho, cor ou formato que os observadores
treinados do laboratório descrevem como resultado das suas introspeções. A nossa
experiencia visual do mundo real abrange a árvore inteira e não como as sensações e os
sentimentos básico constituintes da árvore.
Para Wundt, a aperceção consiste num processo ativo. Nossa consciência não atua apenas
sobre sensações e sentimentos básicos que experimentamos. Ao contrario, a mente atua
nesses elementos de forma criativa para compor a unidade. Desse modo, Wundt não
acreditava no processo da associação mecânica e passiva defendido pela maioria dos
empiristas e associacionistas britânicos.
Desse modo, apesar da sua aceitação nas universidades de vários países, a evolução da
psicologia wundtiana como a ciência distinta foi relativamente lenta na própria Alemanha. Na
Alemanha apenas quatro estudiosos constavam nas listas oficiais como psicólogos e não como
Nos EUA, nesse mesmo período, existiam muitos mais psicólogos e departamentos de
psicologia. O conhecimento e as técnicas de psicologia estavam a ser aplicados aos problemas
práticos na economia e na educação. Ainda assim, deveríamos reconhecer que a origem para
pensar o campo da psicologia nos EUA era derivada do pensamento de Wundt.
A posição de Wundt, assim como a de qualquer outro inovador, estava sujeita a criticas.
Especialmente vulnerável era o método da perceção interna ou da introspeção. Os críticos
questionavam: “quando a introspeção realizada por diferentes observadores produz
resultados distintos, como saber qual é o resultado correto?”. As experiências realizadas com o
uso da técnica de introspeção nem sempre produzem o mesmo resultado, já que se trata de
uma auto-observação – é definitivamente uma experiência particular. As opiniões políticas de
Wundt também eram alvo de criticas.
A herança de Wundt
O ato de instalação do primeiro laboratório de psicologia exigia uma pessoa com o vasto
conhecimento da fisiologia e da filosofia contemporâneas e com a capacidade para sintetizar
efetivamente as ideias e os métodos dessas disciplinas. Para Wundt cumprir a meta de fundar
uma nova ciência, teve de rejeitar o pensamento não cientifico do passado e eliminar as
relações intelectuais entre a nossa psicologia científica e a antiga filosofia mental. Ao restringir
o objeto de estudo da psicologia à experiência consciente e definir a disciplina como uma
ciência baseada na experiência, Wundt conseguiu evitar discussões sobre a imortalidade da
alma e as suas relações com a mortalidade do corpo. Ele apenas alegava enfaticamente que a
psicologia não lidava com essas questões e essa afirmação foi um grande passo adiante.
Wundt deu inicio a um novo domínio da ciência e conduziu pesquisas no laboratório que
instalara exclusivamente para esse fim. Publicou os resultados na sua própria revista e tentou
desenvolver uma teoria sistemática da natureza da mente humana. Alguns dos seus alunos
deram continuidade ao trabalho, criando laboratórios para prosseguir com as experiencias
relacionadas com as questões estabelecidas por ele e empregando as suas técnicas, desse
modo, Wundt proporcionou à psicologia todos os acessórios de uma ciência moderna.
Os resultados dos seus esforços representam uma conquista tão extraordinária que Wundt
merece ocupar uma posição exclusiva de destaque ente os psicólogos do período moderno.
Wundt deteve o monopólio da nossa psicologia por pouco tempo. A ciência também
começava a florescer noutros laboratórios alemães. Embora Wundt fosse obviamente o mais
importante organizador e sistematizador dos primeiros passos da psicologia, outras figuras
também exerceram influencia na evolução inicial da área. Os pesquisadores que não
concordavam com o ponto de vista de Wundt propunham ideias diferentes, embora todos
estivessem comprometidos com um objetivo comum: a expansão da psicologia como ciência.
O trabalho desses psicólogos aliado ao de Wundt, transformou a Alemanha indiscutivelmente
no centro do movimento.
Além disso, os primeiros psicólogos americanos, muitos dos quais formados sob a
orientação de Wundt em Leipzig, retornaram aos EUA e transformaram a psicologia wundtiana
em algo tipicamente americano.
A biografia de Titchener
De 1893 a 1900, Titchener criou o seu laboratório, conduziu pesquisas, escreveu artigos
académicos e por fim, publicou mais de 60 trabalhos. Devido ao grande número de alunos,
atraídos e fascinados pela sua psicologia, Titchener teve que abrir mão da tarefa de participar
pessoalmente nos estudos de pesquisa, deixando essa tarefa a cargo dos estudantes. Desse
modo, a sua posição sistemática atingiu o auge do desenvolvimento por meio da sua
orientação das pesquisas realizadas pelos alunos. Titchener orientou mais de 50 doutorados
em psicóloga, cujas dissertações na maioria, continham marcas das suas ideias. Selecionou os
temas de pesquisa e atribuiu-lhes questões do seu maior interesse. Dessa forma, criou o
sistema do estruturalismo, que mais tarde alegou ser a “única psicologia científica digna do
nome”.
Entre as obras da sua autoria estão “Na outline of psychocology” (1896), “Primer of
psychology” (1998) e, publicado em 4 volumes, “experimental psycology: a manual of
laboratoty”. Esses últimos, mais conhecidos como manuais, incentivaram o trabalho de
laboratorio da psicologia dos EUA e influenciaram a geração dos psicólogos experimentalistas.
Titchener dividia a sua energia entre o trabalho com a psicologia e diversos passatempos.
Regia um pequeno grupo musical que se reunia todos os domingos à tarde na sua casa,
colecionada moedas entre outros passatempos.
Com o passar dos anos, Titchener trabalhava em casa e, a partir de 1909, lecionava apenas
às segundas à tarde durante o período primaveril. A sua esposa selecionava as pessoas que os
procuravam de modo a protege-lo de estranhos e, os alunos, eram orientados a procura-lo
somente em caso de urgência.
As vezes as relações de Titchener com os psicólogos fora do seu grupo também eram
tensas. Eleito pelos fundadores como membro da APA em 1892, renunciou logo em seguida
porque a associação negou-se a expulsar um membro que ele acusava de plagiário.
Apesar de Titchener não abrir mão da proibição das mulheres participarem nas reuniões
experimentalistas, ele empenhava-se para que os psicólogos experimentalistas deixassem de
ser um grupo exclusivamente masculino e apenas deixaram de o ser ate 1924, dois anos após a
morte de Titchener.
As outras ciências não dependem da experiencia pessoal. Titchener citou, como exemplo
da física, a temperatura de uma sala pode ser de 30ºC, haja ou não uma pessoa para senti-la.
Todavia, quando há observadores que relatam sentir um calor desconfortável, essa sensação –
a experiencia da temperatura elevada – depende das experiencias individuais dos presentes.
Para Titchener, esse tipo de experiência consciente é o único enfoque adequado para a
pesquisa psicológica. Ele descreveu a diferença entre a experiencia dependente e a
independente no livro “A textbook of psychology”, publicado em 1909.
Erro de estímulo – confusão entre o processo mental que está sendo estudado e o
estímulo ou objeto que está sendo observado.
A psicologia experimental, na visão de Titchener, era uma ciência puera. Ele não se
preocupava com a aplicação do conhecimento psicológico. A psicologia, afirmava, não se
propõe a curar mentes doentias nem a reformar a sociedade. O único propósito legítimo da
psicologia é descobrir os fatores estruturais da mente. Ele acreditava que os psicólogos deviam
manter-se distantes das especulações sobre o valor prático do seu trabalho. Por isso,
posicionou-se contra o desenvolvimento da psicologia infantil, animal e outras áreas
incompatíveis com a psicologia introspetiva experimental do conteúdo da experiência
consciente.
Introspeção
Titchener empregava a introspeção, ou auto-observação, com base em observadores
rigorosamente treinados para descrever os elementos no seu estado consciente, em vez de
relatar o estimulo observado ou percebido, utilizando apenas nomes conhecidos. Percebeu
que todos aprendemos a descrever a experiencia em termos do estimulo, por exemplo,
chamar o objeto vermelho, redondo e brilhante de maça é o suficiente e útil para o
quotidiano. Todavia no seu laboratório de psicologia, essa pratica teve de ser desaprendida.
Titchener adotou a mesma definição de Külpe para descrever o seu método, introspeção
experimental sistemática. Como Külpe, ele utilizava relatos detalhados, subjetivos e
qualitativos das atividades mentais dos indivíduos durante o ato da introspeção. Ele opunha-se
à abordagem de Wundt cujo foco eram as medições quantitativas e objetivas porque
acreditava não serem uteis na analise das sensações e imagens elementares da consciência,
ponto central da sua psicologia.
Por outras palavras, Titchener divergia de Wundt porque estava interessado em analisar a
experiência consciente complexa a partir das partes componentes, e não a síntese dos
elementos mediante a aperceção. Titchener dava enfase às partes, enquanto Wundt, ao todo.
Alinhado com a maioria dos empiristas e associacionistas britânicos, o objetivo de Titchener
era descobrir os chamados átomos da mente.
O seu conceito de introspeção aparentemente já era formado antes de ele estudar com
Wundt em Leipzig. O espirito mecanicista também influenciou Titchener.
Os elementos da consciência
Titchener reconhecia que algumas qualidades mal definidas podem ocorrer durante o
pensamento, no entanto afirmava que, ainda assim, consistiam em sensações ou imagens.
No final da sua vida, Titchener alterou de forma significativa a sua psicologia estrutural.
Começou a trabalhar no que imaginava ser a exposição completa do seu sistema. Por volta de
1918 não abordava mais o conceito de elementos mentais nas aulas e afirmava que a
psicologia devia dedicar-se ao estudo das dimensões ou dos processos mentais mais amplos –
qualidade, intensidade, duração, nitidez e extensão - enão nos elementos básicos.
Essa mudança de perspetiva foi drástica e, se Titchener tivesse vivido tempo suficiente
para implementá-la, ela teria alterado radicalmente o destino e a visão da psicologia
estrutural.
Críticas ao estruturalismo
Titchener acreditava estar a estabelecer uma base para a psicologia, no entanto os seus
esforços fizeram parte apenas de uma fase da historia da disciplina. O estruturalismo morreu
juntamente com Titchener. O facto de ser mantido por tanto tempo deve-se exclusivamente à
admiração da sua personalidade dominadora.
Criticas à introspeção
O médico inglês Henry Maudsley também fez criticas à introspeção e falou sobre a
psicopatologia.
Um dos alvos das criticas era a definição, já que Titchener aparentemente tinha
dificuldade em definir exatamente o significado do método introspetivo. Ele tentava explica-lo,
relacionando-o com condições experimentais específicas.
A introspeção não era o único alvo das criticas. O movimento estruturalista foi acusado
de artificial e estéril na tentativa de analisar os processos conscientes a partir dos elementos
básicos. Os críticos afirmavam não ser possível resgar a totalidade da experiencia partindo
posteriormente de qualquer associação ou combinação das partes elementares.
Contribuições do estruturalismo
Precursores do funcionalismo
A maior parte dos trabalhos a respeito das funções da consciência, das diferenças
individuais e do comportamento animal estava a realizar-se ao mesmo tempo que Wundt e
Titchener optavam por excluir essas áreas das suas definições de psicologia. Somente com a
chegada da nova psicologia aos EUA é que as funções mentais, as diferenças pessoais e os
ratos de laboratório ganharam destaque na psicologia.
A obra de charles Darwin, “on the origin of species by means of natural selection”,
publicada em 1959 é um dos livros mais importante de todos os tempos. A teoria da evolução
apresentada no seu trabalho teve um enorme impacto na psicologia contemporânea
americana, que deve a sua forma e substancia a Darwin, mais do que a qualquer outra ideia ou
pessoa.
As pessoas desejavam saber o que aqueles fosseis e ossadas poderiam revelar sobre a
origem do homem. Para os cientistas o crescente numero desses artefactos dava indicações de
que as formas vivas não poderiam ser consideradas constantes, imutáveis desde o inicio dos
tempos e deviam ser vistas como sujeitas mudanças e modificações. As espécies antigas
evidentemente tornaram-se extintas dando lugar a novas, sendo algumas delas versões
alteradas das formas existentes. Talvez tudo na natureza tivesse resultado de mudanças e
ainda continuasse no processo de evolução.
A biografia de Darwin
Quando era criança, Darwin dava poucas indicações de que se tornaria um cientista
tao dedicado e entusiasmado. Era rude e maldoso, mentia e roubava para chamar a atenção.
Ele parecia tao pouco promissor que o seu pai, médico rico, acreditavam que o jovem Darwin
acabaria por ser o desgraçado da família. Embora o seu desempenho escolar fosse fraco,
demonstrava interesse pela historia natural e colecionava moedas, minérios e rochas. O pai de
Darwin mandou-o para a universidade de Edinburgh para estudar medicina, mas o jovem
fartou-se e começou a mostrar-se entediado. Como resposta, o pai disse-lhe que Darwin se
deveria de tornar clérigo.
Casou-se em 1839 e três anos depois mudou-se com a esposa para um local longe da
agitação urbana de londres e pode, finalmente, concentrar-se no seu trabalho. Sempre teve
uma saúde frágil tendo a sua casa de transformado numa verdadeira “enfermaria onde
ninguém era saudável, onde a doença era regra e a saúde exceção”.
Ninguém sabe ao certo quanto tempo mais ele teria estendido o seu trabalho se não
tivesse recebido uma carta chocante de uma pessoa chamada Alfred Russel Wallace 14 anos
mais novo que Darwin. Wallace esboçou uma teoria da evolução nitidamente semelhante à de
Darwin embora não estivesse tão rica como a dele, e apenas demorou 3 dias a ficar completa.
Wallace pedia opinião a Darwin para publicá-la.
A seleção natural não foi o único mecanismo da evolução reconhecido por Darwin. Ele
também concordava com a doutrina de Lamarck de que as modificações na forma, derivadas
da experiencia durante o ciclo de vida do animal, podem ser transferidas ás gerações
subsequentes.
Outros trabalhos de Darwin – Darwin logo desviou a sua atenção dos debates da
época e desenvolveu outro trabalho importante para a psicologia. O segundo importante
trabalho sobre a evolução, The descent of man, reunia as provas da evolução humana a partir
das formas de vida mais simples, enfatizando a semelhança entre os processos mentais
humanos e animais.
Darwin realizou um estudo intensivo das expressões emocionais nos humanos e nos
animais. Sugeriu que as mudanças dos gestos e das posturas típicas de vários estados
emocionais poderiam ser interpretadas com base no evolucionismo. Na obra “the expression
of the emotions in man and animals”, explicou expressões emocionais com vestígios dos
movimentos que em dado momento tiveram alguma função pratica.
Darwin realizou varias das suas observações a respeito da variação entre as espécies
quando esteve nas ilhas Galápagos, no oceano pacifico, próximo à costa da América do sul.
Observou como os animais da mesma espécie tinham evoluído de formas diferentes em
respostas às diversas condições ambientais.
Logo vieram as chuvas, com enormes tempestades e enchentes que varreram da ilha
as sementes graúdas, deixando apenas as miúdas como forte da alimentação dos pássaros.
Agora as aves de bicos mais grossos estavam em desvantagem, pois não conseguiam comer a
quantidade desejada. Era nítida a necessidade de bicos mais finos para a sobrevivência. A
partir dai, é fácil deduzir o que aconteceu.
Na geração seguinte o tamanho médio do bico era menor. Mais uma vez a espécie
tinha evoluído, adaptando-se às mudanças do seu ambiente. Assim como Darwin previu,
apenas os mais aptos sobreviveram.
O livro de Huarte teve alguma repercussão, no entanto as suas ideias não eram
formalmente seguidas antes de Galton.
A biografia de Galton
Galton era o mais novo de nove filhos e nasceu em 1822, nas proximidades
Birmingham na Inglaterra. O seu pai era banqueiro prospero cuja família era abastada
e socialmente destacada. Aos 16 anos Galton começou a aprender medicina no
hospital de Birmingham, como assistente de medico. Entretanto, não achava uma
experiencia prazerosa e continuava somente por pressão do pai.
Viajou por toda a africa, relatou todas as viagens o que lhe rendeu uma medalha
da Royal Geographic Society. Na década de 1850, parou de viajar, alegando como
causas o casamento e a sua saúde frágil, mas manteve o interesse pela exploração e
escreveu um famoso guia intitulado “The art of travel”. Livro fez tanto sucesso que foi
publicado em 8 edições em 8 anos e reimpresso em 2001. Galton também organizava
expedições para exploradores e dava orientações sobre a vida no campo a soldados
em treinamento para servirem nos países estrangeiros.
Quando o seu primo Darwin publicou OTOOS, Galton ficou fascinado com a nova
teoria. O primeiro ponto a chamar-lhe à atenção foi o apeto biológico da evolução, e
assim ele realizou uma pesquisa sobre os efeitos das transfusões de sangue entre os
coelhos para descobrir se as características adquiridas seriam herdadas. Embora o seu
interesse pelo lado genético do evolucionismo não tivesse durado muito tempo, as
implicações sociais da teoria direcionaram o seu trabalho subsequente e
determinaram a sua influência na psicologia moderna.
A herança mental
Métodos estatísticos
Galton nunca ficava totalmente satisfeito com um problema ate encontrar alguma
maneira de quantificar os dados e analisa-los estatisticamente. Quando precisava ate
desenvolvia os próprios métodos.
Testes mentais
A expressão testes mentais foi cunhada por James Mckeen Cattell, discípulo americano
de Galton e aluno de Wundt. Entretanto foi Galton quem deu origem ao conceito de testes
mentais. Ele imagina que a inteligência podia ser medida com base na capacidade sensorial
individual e que, quanto mais inteligente, mais alto seria o nível de funcionamento sensorial do
individuo. Galton extraiu essa ideia da visão empirista de John Locke de que todo o
conhecimento é adquirido por meio dos sentidos. Se Locke estivesse correto, as pessoas mais
inteligentes teriam os sentidos mais apurados.
Entre outros instrumentos usados por Galton estão o fotômetro, para medir a precisão
com que uma pessoa consegue encontrar dois pontos da mesma cor, um pendulo calibrado
para medir a velocidade de reação à luz e ao som e uma serie de pensos ordenados para medir
a sinestesia ou a sensibilidade muscular. Criou ainda uma barra co varias medidas de distancia
para testar a estimativa de extensão visual e conjuntos de recipientes contendo diversas
Munido dos seus testes Galton prosseguiu e juntou uma enorme quantidade de dados.
Fundou o laboratório antropométrico na international health exhibiton, 1884.
A associação de ideias
Um dos métodos usados por Galton para estudar a diversidade de associações era
caminhar cerca de 400m pela rua de pall mall (londres) concentrando a sua atenção
num objeto ate que ele lhe incitasse uma ou duas associações de ideias.
Preparou uma lista de 75 palavras e escreveu cada qual numa tira de papel
separada. Depois de uma semana, leu uma palavra de cada vez e, com o cronometro,
registou o tempo que levou para produzir duas associações para cada palavra. Muitas
delas consistiam em apenas uma palavra, mas algumas eram imagens e figuras
mentais que exigiam diversas palavras para descreve-las. A tarefa seguinte era
determinar a origem dessas associações. Identificou cerca de 40% dos acontecimentos
da infância e da adolescência, demonstração inicial da influência das experiencias da
infância na personalidade adulta.
Imagens mentais
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