Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este estudo tem por finalidade refletir acerca da Gestão e Fiscalização de Obras
Públicas Municipais. Para tanto, iniciaremos pela importância do Planejamento Urbano na
Gestão Pública Municipal, sendo este tema um dos maiores problemas enfrentado pelas
metrópoles na atualidade, e que ocorre devido ao fato das cidades não terem sido
projetadas para suportar o crescimento.
O planejamento urbano de uma cidade, também conhecido como Plano Diretor
busca melhorias na qualidade de vida dos habitantes e na criação de uma área urbana,
no desenvolvimento de sua estruturação e apropriação do espaço urbano. Cada cidade
possui o seu planejamento elaborado por órgãos e pessoas envolvidas no assunto. No
entanto, são necessários que os estudos e assuntos abordados saiam do papel e tornem-
se realidade, para que a cidade possa desenvolver com qualidade, e de acordo com o
que foi planejado e definido no seu Plano Diretor.
Destarte, com base nessas perspectivas, objetiva-se estruturar uma análise mais
aprofundada da situação vigente desse contexto.
[...] é importante destacar que durante o período, do final do século XIX aos
anos 60, foram se configurando duas linhas de Urbanismo; uma que se iniciou
nos planos de melhoramentos [...] em seguida, se ampliaram para o conjunto da
área urbana, para a aglomeração e receberam a denominação, já na década de
70, de Planos Diretores de Desenvolvimento Integrado (LEME, 1999).
(Não por acaso, os conceitos de urbanismo e planejamento urbano se
confundem, muitas vezes. Enquanto o primeiro identifica-se com o modo de
organização da infraestrutura urbana, o Segundo se alia mais aos sistemas
estruturantes de uma cidade, aí englobando a organização da cidade e a sua
sociedade).
Leme cita que do final do século XIX até os anos 60, o Urbanismo foi sendo
construído em duas vertentes. A primeira originada nos sucessivos planos de
melhoramentos transformados para uma segunda fase que na década de 70
denominou-se, plano diretor de desenvolvimento integrado (LEME, 1999) [grifos
nossos].
Segundo Secchi (2005), o conceito de urbanismo, pode ser definido como sendo:
processos que a constroem, ainda que indiretamente, sempre atuando no desenho das
cidades.
O Planejamento Urbano é atividade, por excelência, multidisciplinar, enquanto
que o Urbanismo, ao longo da história, se caracterizou como uma área de conhecimento
autônoma, especialmente do ponto de vista profissional.
Porém, os limites entre o Planejamento e o Urbanismo são pouco claros na
prática: intervenções urbanísticas na cidade são comumente tratadas como "obras de
planejamento", enquanto que atividades típicas do planejamento, como a criação de um
plano diretor, são eventualmente tratadas como "obras de urbanismo".
Desta maneira, a história das cidades, ou da urbanização, para ser mais preciso,
ocorre paralelamente com a história do homem em sociedade, embora o estudo da
intervenção do homem na cidade seja mais recente. A partir do momento em que se
considera que o planejamento urbano trabalha basicamente com o conjunto de normas
que regem o uso do espaço urbano, assim como sua produção e apropriação, sua história
seria bastante diversa daquela referente ao desenho das cidades.
1
Segundo Miller (2007, p. 26): Sustentabilidade: é a capacidade dos diversos sistemas da Terra, incluindo
as economias e sistemas culturais humanos de sobreviverem e se adaptarem às condições ambientais em
mudança. Atende às necessidades atuais de sua população em relação a alimentos, água e ar e outros
recursos básicos sem comprometer as gerações futuras [grifos nossos].
10
Atuar nesta realidade significa uma ação concentrada por parte de governos, e
não resta dúvida que o alcance de uma sociedade justa e sustentável, está intimamente
relacionado ao avanço da democracia, afirmadas na expressão do conceito de Barbosa,
Soeiro e Bustilhos(1998, p. 9):
1.3.1 Sustentabilidade
Desta forma, o vocábulo passa a ser adotado pelo documento das Nações Unidas
em 1987. A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, com a
participação da primeira-ministra da Noruega, GroHarlemBrundtland, no evento Rio +20
em 2012, publicação do relatório chamado “Nosso futuro comum” (CARVALHO, 2013).
Não podemos deixar de mencionar, a crítica feita na época ao termo
“Desenvolvimento Sustentável”, mais pela palavra “desenvolvimento”, que era vista como
“progresso e crescimento”, ligado ao acúmulo de riqueza de um país, e sua capacidade
15
[...] que os países do Sul tinham que crescer, pois crescendo eles eliminam a
pobreza, porque ela, sim, é a poluidora. É a geradora de iniquidade social, de
um ambiente totalmente desgastado; ela é a geradora do que chamamos hoje em
dia de poluição da pobreza. É daí que vem essa cobrança por parte dos países
desenvolvidos, essa necessidade de crescimento que até hoje podemos ver na
forma do nosso PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, mas na verdade
a ideia era o desenvolvimento sustentável. A ideia de desenvolvimento
sustentável era o crescimento econômico, a distribuição de riquezas e a
proteção ambiental [grifos nossos].
responsáveis pelo seu lixo, pela água que joga fora e, ainda deveriam ser
responsáveis pelo produto que vendem e pelo que acontece com ele depois.
Recentemente houve um grande avanço: a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, em
que teoricamente a indústria é responsável pelos resíduos [grifos nossos].
No entanto, são fatores que ao serem considerados, não podem ser vistos
desconexos dos valores, crenças e noções que desenham a cultura de um povo, como
também não pode estar dissociado das influências do pensamento único, da produção e
reprodução de práticas que ainda não permitem a construção de uma sociedade
igualitária, justa e sustentável.
Ao avaliar a administração pública observa-se uma estrutura ainda muito pesada,
conforme análise de Matias-Pereira (2009, p.10):
3 Segundo o Ministério das Cidades (2007): O plano diretor municipal de cada atividade deve servir para
incentivar os municípios, a avaliar e implantar todo sistema de planejamento municipal e tem como um dos
aspectos importantes à participação da população.
4 Segundo Garcez e Silveira, (2002, p.36): O Plano Plurianual é um instrumento para planejar o Município
na qual estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública por um prazo de pelo menos
quatro anos. Elaborar esse plano é decidir quais são os investimentos mais importantes para o
desenvolvimento do Município, e com isso permitir mudanças de impacto no sistema de planejamento e
orçamentos federais, assim como na gestão pública.
18
Os primeiros “Planos Diretores”, tem sua origem, ao final do século XIX e no início
do século XX, a partir das necessidades provenientes da industrialização e do
desenvolvimento econômico de grandes centros europeus.
A segunda fase desses planos foi compreendida entre as décadas de 50 e 70, no
contexto do acentuado crescimento demográficos do período, com a incorporação do
pensamento estratégico em realizar o planejamento em uma projeção de 25 a 30 anos.
Nesse período, foi considerado o conceito de dinâmica urbana, tendo em vista o
crescimento demasiado da população, o êxodo rural, as necessidades presentes e
futuras, de moradia, saneamento, transporte, emprego, e outros.
No Brasil, as primeiras práticas de planejamento urbano, foram isoladas e, de
maneira geral, refletiram a iniciativa de governos locais, não conseguindo concretizar uma
política urbana para o país. Inicialmente, foram desenvolvidos apenas para as grandes
cidades.
Até a Constituição Federal de 1988, a articulação em termos de planejamento
urbano, consistia em programas aos quais somente os estados e municípios que tivessem
condições de obter financiamentos para projetos específicos poderiam participar.
20
Por sua vez, Baracat (2006) exemplifica que pela cooperação entre o poder
público e a iniciativa privada, uma área destinada a um grande empreendimento pode ser
recuperada ambientalmente mediante a alteração de coeficientes, ficando o empresário
encarregado de medidas compensatórias e mitigadoras como a recuperação de áreas
degradadas de preservação permanente, relocação de famílias nelas residentes, criação
de áreas verdes e outras obras ou serviços no mesmo local do investimento.
Segundo Sandroni (2005), são exemplos de Operação Consorciada os
Certificados de Títulos de Potencial de Construção Adicionais (CEPACs) emitidos pela
prefeitura de São Paulo, e que foram vendidos em leilões eletrônicos na Bolsa de Valores
de Paulo (BOVESPA). Eles dão aos portadores direitos de construção adicional, como
uma área de piso maior e a capacidade de alterar o uso do imóvel. Financeiramente os
CEPACs são a compensação econômica. Um empreendedor dá à administração pública
em troca de novos edifícios direitos. Exemplo deste instrumento se deu em 1995, na
operação urbana de Faria Lima, mas que só começou a operar em 2004, após a
aprovação de 2001 pelo Estatuto da Cidade, que incluiu o CEPAC como instrumento que
poderia ser usado em todo o território do Brasil.
Os CEPACs funcionam tanto como atração pelo investimento privado, como
forma de induzir desenvolvimentos para ajustar as transformações desejadas na política
urbana. Os incentivos, que foram definidos pelas leis específicas, foram estabelecidos no
estatuto da cidade, são modificações de índices e características de uso do solo.
Em termos práticos, os CEPACs fazem parte de uma intervenção em uma grande
área da cidade que exige infraestrutura e melhorias urbanas, como avenidas, drenagem,
casas para pessoas que vivem em favelas, áreas públicas, equipamentos públicos e
outros investimentos. O financiamento deve vir do valor incremental originado em
mudanças no zoneamento. Os proprietários e / ou investidores de lotes localizados dentro
do perímetro urbano, podem apresentar projetos e pagar com CEPACs pelos direitos
adicionais de construir.
A administração pública examina o projeto e analisa se é adequado do ponto de
vista arquitetônico e urbano. Se for aprovado, o próximo passo é estimar o incremento de
valor e como esse valor será compartilhado, entre o proprietário / investidor e o setor
público. Cada operação consorciada possui uma porcentagem específica de participação
do setor público, no valor criado pelos novos coeficientes de zoneamento.
Em algumas situações, como da Operação Consorciada Água Branca, a
participação mínima foi de 60% (sessenta por cento). Já na Operação Consorciada da
27
Faria Lima, foi de 50% (cinquenta por cento) até 2004, quando o sistema começou a
vender CEPACs (SANDRONI, 2000).
De 1990 a 2002, as administrações de São Paulo propuseram e aprovaramquatro
Operações Consorciadas, sendo elas:
1-Anhangabaú-Centro;
2-Água Branca;
3- Faria Lima e
4- Água Espraiada.
O Plano Diretor de São Paulo de 2002 consolidou estas quatro operações e criou
mais nove: Diagonal Sul, Diagonal Norte, Carandiru-Vila Maria, Rio Verde-Jacu, Vila
Leopoldina, Vila Sônia, Celso Garcia, Santo Amaro e Tiquatira. Destes e até abril de
2008, apenas a operação consorciada do Rio Verde-Jacu foi aprovada pelo conselho da
cidade.
1.4.4Direito de Preempção
No entanto, Pedro Luiz Baccarat (2008) nos ensina que o direito de preempção é
a preferencia de aquisição pelo poder municipal de um imóvel, que seja objeto de
alienação onerosa entre particulares, para preservação ambiental quando o Município
necessitar de áreas verdes e de lazer, preservação de unidades ambientais, conservação
de patrimônio histórico e cultural.
O direito de preempção para ser utilizado deve estar baseado na lei do plano
diretor, e posteriormente regulamentado em lei específica que defina os critérios para a sua
efetiva aplicação. Por exemplo, pode-se prever que determinado imóvel ao ser
comercializado deva primeiramente ser oferecido ao poder público.
a)Reflexões Iniciais
b) Definições pertinentes
Porém, no artigo 30, o referido dispositivo legal dispõe que a ocupação do solo é a
maneira como a edificação ocupa o lote, em função das normas e índices urbanísticos
incidentes sobre aquele, que são:
c)Classificação
Nessa zona será permitido o uso residencial e os usos de comércio e serviços que
não gerem poluição sonora ou ambiental, para esse zoneamento os objetivos são:
Esta zona permite os usos de caráter comercial e toda e qualquer atividade que se
destaque na área econômica e que estimule as possibilidades econômicas,
caracterizada pela relação de troca, ou atividade caracterizada pelos préstimos de
mão de obra. Também deve aprimorar a infraestrutura existente, com a ocupação
adequada dos parcelamentos e edificações, bem como, priorizar o atendimento de
novos empreendimentos.
5
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMITAL. Lei nº 045/2011. Disponível
em:<http://www.palmital.pr.gov.br/portal/uploads/db8f435ec0e935ca4855c6f348c1eea1.pdf>>Acesso em: 10
ago. 2017.
32
Nesta zona situa-se as áreas verdes públicas, que são as áreas destinadas às
atividades recreativas e de lazer destinadas ao uso da população.
Com o objetivo de incrementar a qualidade de vida e oferecer opções de interação
com o meio ambiente por meio de praças, parques, reservas, pedreiras, lagos, rios
e nascentes com ciclovias em áreas que ainda têm uma cobertura vegetal
expressiva, a interação no conjunto oferece maior beleza para a cidade e
qualidade de vida à população, tais usos permitidos para essa zona deverão
respeitar os permitidos pela Resolução n° 369/2006 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) e está dividida em quatro porções e corresponde às áreas
de melhorias urbanas, ao norte, ao noroeste, outra a sudeste e a sudoeste, nas
quais deverão ser implantados projetos de reurbanização, de integração
educacional e área de lazer, interligadas por ciclovias abrangendo todo o
perímetro urbano proposto com a implantação do Parque Municipal, tendo por
objetivos:
Nesta zona situam-se as áreas que de Interesse Social que visam à promoção da
regularização fundiária, relocação ou remoção da população quando avaliado
como necessário pelo órgão responsável.
d)Tabelas
Mínimo Básico Máximo Taxa de Taxa de Lote Frente Gabarito Frente Lateral Fundos
Ocupação permeabilidade Mínimo Mínima de (m)
(%) e Mínima (%) (m²) (m) Altura
(m)
ZIT 0,05 1 3 50 30 300 12 10 3 1,5 2
ZR 0,10 1 1,0 50 30 250 10 10 4 1,5 2
ZRC 0,15 1 1,5 50 30 200 10 10 3 1,5 2
ZCS 0,2 1 2,5 80 15 150 06 25 Não 1,5 2
ZS 0,05 1 1 80 15 200 10 10 3 1,5 2
ZI - - - 80 20 1000 20 - 10 - -
APP - - - - - - - - - - -
AVP Estudo de cada caso pelo Executivo
ZEU - - - - - - - - - - -
ZEIS - - - - - - - - - - -
FIGURA 14 – MACHADO, Gisele. Revista Apartes nº 17. Por dentro das edificações. Disponível
em:<http://www.camara.sp.gov.br/apartes/revista-apartes/numero-17/por-dentro-das-edificacoes/>. Acesso
em: 12 ago.2017.
6
IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Pública.
37
TÍTULO I
CAPÍTULO I
SEÇÃO I – Do Proprietário
SEÇÃO II – Do Responsável Técnico
TÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS
Neste capítulo são expostas as condições gerais para concessão de alvarás e
licenças.
CAPÍTULO I
DO ALVARÁ PARA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
SEÇÃO I – Da Consulta Prévia
SEÇÃO II – Da Concessão de Licença
SEÇÃO III – Do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra ou Habite- se
SEÇÃO IV – Do Certificado de Alteração de Uso
SEÇÃO V – Do Alinhamento e Nivelamento
CAPÍTULO II
Neste capítulo são expostas as condições gerais para a elaboração de projetos.
DOS PROJETOS
SEÇÃO I – Do Projeto Arquitetônico
SEÇÃO II – Do Projeto Estrutural
SEÇÃO III – Do Projeto de Instalações Elétricas e de Telefonia
SEÇÃO IV – Do Projeto de Instalações Hidrossanitárias
SEÇÃO V – Do Projeto de Instalações de Gás
SEÇÃO VI – Do Projeto de Instalações de Proteção e Combate e Incêndio
TÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS OBRAS
39
Neste capítulo são expostas as condições gerais para execução de obras por
etapas construtivas.
CAPÍTULO I
DO CANTEIRO DE OBRAS
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS A EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I – Das Escavações e Aterros
SEÇÃO II – Do Terreno e das Fundações
SEÇÃO III – Das Paredes e dos Pisos
SEÇÃO IV – Das Coberturas
SEÇÃO V – Dos Vãos De Passagens e das Portas
SEÇÃO VI – Dos Corredores, Escadas ou Rampas
SEÇÃO VII – Das Fachadas e dos Corpos em Balanço
SEÇÃO VIII – Das Disposições para Conforto Ambiental
SEÇÃO IX – Dos Pés-Direitos
SEÇÃO X – Das Áreas de Estacionamento de Veículos
SEÇÃO XI – Das Áreas de Recreação
SEÇÃO XII – Dos Passeios e Muros
CAPÍTULO III
DAS INSTALAÇÕES EM GERAL
SEÇÃO I – Das Instalações de Águas Pluviais
SEÇÃO II – Da Implantação dos Mecanismos de Contenção de Cheias
SEÇÃO III – Das Instalações Para Antenas
SEÇÃO IV – Das Instalações de Para-Raios
SEÇÃO V – Das Instalações de Proteção Contra Incêndio
SEÇÃO VI – Das Instalações Telefônicas
SEÇÃO VII – Das Instalações de Elevadores
SEÇÃO VIII – Das Instalações Para Depósito de Lixo
CAPÍTULO IV
DAS EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I – Das Edificações Residenciais
Subseção I - Dos Edifícios Multifamiliares
Subseção II - Das Residências Geminadas
40
CAPÍTULO V
DAS EDIFICAÇÕES DE ANTENAS DE TRANSMISSÃO DE RADIO, TELEVISÃO,
TELEFONIA E ANTENAS DE TRANSMISSÃO DE RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA
TÍTULO IV
CAPÍTULO II
DO AUTO DE INFRAÇÃO
CAPÍTULO III
DAS SANÇÕES
SEÇÃO I – Do Embargo Da Obra
SEÇÃO II – Das Multas
SEÇÃO III – Da Interdição
SEÇÃO IV – Da Demolição
SEÇÃO V – Da Apreensão de Material
CAPÍTULO IV
DA DEFESA DO AUTUADO
CAPÍTULO V
DO RECURSO
SEÇÃO I – Dos efeitos das Decisões
TÍTULO V
Neste capítulo são expostas as disposições para a construção de
estacionamentos, parâmetros de edificações, formulários e demais parâmetros
construtivos.
FIGURA 18 – DOMINGUES, João. Você sabia que é possível perder o seu imóvel por abandono?
Disponível em: <https://www.rodriguesedomingues.adv.br/single-post/2016/12/20/Voc%C3%AA-sabia-que-
%C3%A9-poss%C3%ADvel-perder-seu>. Acesso em: 11 ago.2017.
padrões culturais, seja de um bairro, região ou cidade. Esse processo envolve necessariamente a troca de
um grupo por outro com maior poder aquisitivo em um determinado espaço, e que passa a ser visto como
mais qualificado que o outro (MARTINS, 2014).
48
Assim, essa lei visa além de assegurar o direito à habitação, otimizar e qualificar o
uso racional do espaço edificado e seu entorno, bem como, o dos recursos humanos,
técnicos e econômicos dos recursos empregados no projeto e construção da edificação.
Igualmente vislumbra formalizar o processo de edificação perante o Município, bem como,
evitar a ocupação de áreas de risco e de interesse ambiental.
A Lei de Assistência Técnica define que cabe aos Municípios a seleção dos
beneficiários, mediante a participação de órgãos colegiados com representação paritária
entre o poder público e a sociedade civil.
A contratação de profissionais terá o apoio das entidades de classe, mediante
convênio entre o ente público e o dos profissionais. Os recursos para ressarcir os serviços
de assistência técnica vieram de fundos federais direcionados à habitação de interesse
social, com a gestão da Caixa Econômica Federal.
49
1.6.3Direito de Superfície
Segundo Faria (2006) o Código de Posturas tem sua origem na época do Brasil
Colonial, quando os pequenos povoados e vilas, apesar de todo o poder centralizador das
Capitanias Hereditárias, assumiram por iniciativa própria, funções importantes de
governo, entre elas o estabelecimento de regras e normas, seguindo padrões éticos,
50
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES E DEFINIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS
SEÇÃO I
Das Infrações e Penas
SEÇÃO II
Da Apreensão de Bens
51
SEÇÃO III
Da Responsabilidade das Penas
SEÇÃO IV
Do Processo de Execução das Penalidades
SUBSEÇÃO I
Da Notificação Preliminar
SUBSEÇÃO II
Do Auto de Infração
SUBSEÇÃO III
Da Defesa
SUBSEÇÃO IV
Do Julgamento da Defesa e Execução das Decisões
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SEÇÃO II
Do Trânsito Público
SEÇÃO III
Das Obras e Serviços Executados nos Logradouros Públicos
SEÇÃO IV
Dos Inflamáveis e Explosivos
SEÇÃO V
Do Transporte de Cargas Perigosas
SEÇÃO VI
Das Obras de Transformação Ambiental, Exploração Mineral e Terraplanagem
CAPÍTULO IV
DA HIGIENE PÚBLICA
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SEÇÃO II
Da Higiene das Vias e Logradouros Públicos
SEÇÃO III
Da Limpeza e Desobstrução dos Cursos D’água, Valas e Valetas
SEÇÃO IV
52
SEÇÃO VI
Do Horário de Funcionamento
SEÇÃO VII
Das Medidas Referentes aos Animais
SEÇÃO VIII
Do Uso e Ocupação dos Logradouros Públicos
SUBESEÇÃO I
Das Disposições Gerais
SUBSEÇÃO II
Dos Passeios, Muros, Cercas e Muralhas de Sustentação
SUBSEÇÃO III
Da Ocupação dos Logradouros por Mesas e Cadeiras
SUBSEÇÃO IV
Dos Toldos
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Neste sentido, o Brasil elaborou uma legislação muito rica, do ponto de vista
ambiental, porque, são as primeiras leis que levantam questionamentos de interesse
público, acima das questões do interesse privado.
Relata-se ainda, que em 1965, o Código Florestal Brasileiro deliberava sobre o
interesse coletivo, a conveniências de todos os cidadãos está acima do direito da
propriedade. Não é à toa que demorou um pouco, porque essa lei irritava quem era dono
de terra. Dizia que aquilo que interessava ao povo estava acima daquilo que interessava
ao fazendeiro.
No entanto, com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma
Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas
públicas de meio ambiente, a serem desenvolvidas pelos entes federativos.
Anteriormente, a esse fato cada Estado ou Município tinha autonomia para eleger
as suas diretrizes políticas em relação ao meio ambiente de forma independente, embora
na prática poucos realmente demonstrassem interesse pela temática.
Em 1988 foi aprovada a Constituição Federal vigente, um documento
extremamente importante que preconiza no caput do art. 225: “Todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as futuras gerações” (BRASIL, 1988) [grifos nossos].
Dessa forma, estabeleceu-se o instrumento legal da Política Nacional do Meio
Ambiente que tem como objetivo, tornar efetivo o direito de todos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, como prevê o princípio matriz contido na Carta Magna/88. E
por meio ambiente ecologicamente equilibrado se entende a qualidade ambiental
propícia à vida das presentes e das futuras gerações.
Como mencionamos anteriormente, a urbanização foi um dos mais importantes
subprodutos da Revolução Industrial, e criou um ambiente sem precedentes nas cidades.
Por volta de 1850, havia mais cidadãos britânicos morando em cidades do que no campo,
e quase um terço da população total vivia em cidades com mais de 50.000 (cinquenta mil)
habitantes. Essas cidades eram cobertas de fumaça e impregnadas de imundice, e os
57
GRÁFICO 1 - Crescimento da população mundial segundo a ONU. Os dados pós-2010 são apenas
projeções. Disponível em:>http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u28717.shtml>.Acesso em: 12
ago.2017.
Podemos perceber, com a leitura desse gráfico, que, pela primeira vez na história,
a humanidade está se tornando majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são
apenas estimativas, mas revelam que a tendência desse processo é se intensificar nas
décadas subsequentes. Note também, que a velocidade com que a urbanização acontece
é cada vez maior, deixando a curva que representa a população urbana cada vez mais
acentuada.
Em geral, o que se observa, portanto, é a industrialização funcionando como um
motor para a urbanização das sociedades. Em seguida, ampliam-se as divisões
econômicas e produtivas, com o campo produzindo matérias-primas, e as cidades
58
O fato de o Brasil ter sediado a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92 contribuiu para reforçar e disseminar a consciência
ambiental no país (GEO BRASIL, 2002), trazendo importantes discussões acerca da
globalização dos problemas ambientais no âmbito das políticas públicas.
Após os acontecimentos citados anteriormente, o homem entra num processo de
sensibilização ambiental e o contingente de pessoas preocupadas com o meio ambiente,
que já é significativo, tende a crescer ainda mais à medida que as populações se dão
conta de que estes problemas não só afetam a qualidade de vida atual, mas
comprometem a sobrevivência do próprio homem.
A partir desses eventos significativos, um conjunto de ações dos setores
governamental, empresarial e da sociedade, foi empreendido no sentido de fomentar um
novo modelo de gestão focado no desenvolvimento sustentável.
Assim, o processo de descentralização da gestão ambiental que já estava
presente na esfera estadual, estendeu-se ao âmbito municipal. Entendemos que o
Município é a instância mais adequada para resolver os problemas ambientais, visto que
todo impacto ambiental é, antes de tudo, local, o que fortalece o slogan ambientalista
“pensar globalmente, agir localmente”.
Com a implantação da Política Nacional de Meio Ambiente, os Municípios
passaram a desempenhar um importante papel na defesa do meio ambiente, reforçado na
Constituição da República/88, que reconheceu o Município como ente federativo, que
pode e deve legislar sobre assuntos de interesse local, portanto tomando para si decisões
em defesa do patrimônio natural e cultural, e consequentemente, proporcionando bem-
estar aos cidadãos. Para a efetividade esperada é necessário que os Municípios estejam
estruturados e capacitados para o enfrentamento dos conflitos gerados por diversos
interesses. Como consequência desse processo, o Município passou a integrar o Sistema
Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), cumprindo o dever de promover o equilíbrio
ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser assegurado e
protegido.
59
10
SGA-Sistema de Gestão Ambiental que corresponde a um conjunto interrelacionado de políticas, práticas
e procedimentos organizacionais, técnicos e administrativos de uma empresa que objetiva obter
melhor desempenho ambiental, bem como, controle e redução dos seus impactos ambientais.
62
FIGURA 23 - CAGNA, Carlos Eduardo. O que é um SGA e qual a importância para sua empresa.
Disponível em: https://ecohospedagem.com/o-que-e-um-sga-e-qual-a-importancia-de-implementa-lo-em-
sua-empresa/. Acesso em: 10 ago.2017.
11
QUINTAS, José Silva. Introdução à gestão ambiental pública. Disponível
em:<http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/biblioteca/educacao_ambiental/. Acesso
em: 10 julho 2017.
63
Biosfera– “a fina camada de cobertura do planeta que contém e sustenta a vida. Alguns
autores distinguem a biosfera (vida), a hidrosfera (água), a atmosfera e litosfera (rocha,
crosta terrestre).” (UICN/PNUMA/WWF, 1991). Para uma descrição mais completa dos
quatro sistemas que compõem o que se denomina meio físico-natural ou meio ambiente
terrestre, consultar OLIVEIRA, 1996.
Ecossistemas –
[...] é o sistema aberto que inclui emcerta área, todos os fatores físicos e
biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e suas interações, o que
resulta em uma diversidade biótica com estrutura trófica claramente definida e na
troca de energia e matéria entre esses fatores (MORAIS, 1990).
Sociedade Civil–
[...] é a esfera das relações entre indivíduos, entre grupos, entre classes sociais
que se desenvolvem à margem das relações de poder que caracterizam as
instituições estatais. Em outras palavras, sociedade civil é representada como o
terreno dos conflitos econômicos, ideológicos, sociais e religiosos que o Estado
tem ao seu encargo resolver, intervindo como mediador ou suprimindo-os...
(BOBBIO, MATTEUCCI & PASQUINO, 1992).
Estado –
[...] é o conjunto organizado das instituições políticas, jurídicas, policiais,
administrativas, econômicas etc., sob um governo autônomo e ocupando um
território próprio e independente. Diferentemente de governo (conjunto das
pessoas às quais a sociedade civil delega direta ou indiretamente o poder de
dirigir o Estado). (JAPIASSU & MARCONDES, 1991).
[...] a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui um Estado democrático de direito e
tem como fundamento:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
I V – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
(art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil).
SISNAMA– segundo a lei que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente,
Reserva Legal –
Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) para área reconhecida
como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)... (art. 11 do Decreto Federal nº
1.922, de 5/6/1996).
RPPN – “é área de domínio privado a ser especialmente protegida, por iniciativa de seu
proprietário, mediante reconhecimento do Poder Público por ser considerada de relevante
importância pela sua biodiversidade, ou pelo seu aspecto paisagístico, ou ainda por suas
características ambientais que justifiquem ações de recuperação”. (Art. 1º do Decreto
Federal nº 1.992). De acordo com a Lei n0 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), a RPPN é uma categoria de Unidade de
Conservação do “Grupo de Unidades de Uso Sustentável”. Ver também neste glossário
Áreas Protegidas.
2 DRENAGEM URBANA
que aumentam a velocidade do escoamento. Isto tem o efeito de transferir para jusante o
problema dos espaços naturais, ocasionando cheias onde antes não existia (CANHOLI,
2014).
Este cenário demonstra a importância do planejamento integrado incorporando a
drenagem, e a determinação de critérios que orientem os projetos de drenagem. Tais
critérios devem visar o dimensionamento do volume de chuva para os projetos de
engenharia, com o estabelecimento do tempo de recorrência e da intensidade da chuva,
vazões de pico, áreas de acumulação e reservatórios de detenção.
Porém, nos países em desenvolvimento e no Brasil os planos não foram
colocados em prática seja por dificuldades políticas pela pressão por urbanização, seja
por razões econômicas devido à ausência de recursos financeiros.
Convém salientar ainda, que os planos de drenagem urbana fogem as fronteiras
municipais e possuem um caráter regional, pois medidas tomadas em um Município
podem impactar em outro, portanto, é necessário elaborar e aprovar o plano em uma
organização pública de gestão regional.
Assim, o principal objetivo do Plano Diretor de Drenagem Urbana é criar os
mecanismos de gestão da infraestrutura urbana, relacionados com o escoamento das
águas pluviais, dos rios e arroios em áreas urbanas. Este planejamento visa evitar perdas
econômicas, melhorar as condições de saneamento e qualidade do meio ambiente da
cidade, dentro de princípios econômicos, sociais e ambientais definidos pelo Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (CAMPOS, 2004).
Ainda, no que diz respeito aos princípios seguidos durante a elaboração do
PDDU, podemos salientar alguns dos principais, como o controle da vazão máxima a
jusante produzida por novos desenvolvimentos, a qual não pode aumentar em razão dos
mesmos; a consideração da bacia como um todo ao se elaborar o planejamento e
controle dos impactos existentes; integração do horizonte de planejamento ao Plano
Diretor Urbano da cidade e, por fim, a avaliação integrada do controle dos efluentes com o
controle de esgoto sanitário e de resíduos sólidos (TUCCI, 2003).
várias formas, desde o desmatamento e a agricultura, até obras urbanas e viárias, que, de
alguma forma, propiciam a concentração das águas de escoamento superficial.
O fenômeno de erosão vem acarretando, por meio da degradação dos solos e,
por consequência, das águas, um pesado ônus à sociedade, pois além de danos
ambientais irreversíveis, produzem também prejuízos econômicos e sociais, diminuindo a
produtividade agrícola, provocando a redução da produção de energia elétrica e do
volume de água para abastecimento urbano devido ao assoreamento de reservatórios,
além de uma série de transtornos aos demais setores produtivos da economia.
cheias” ou “acabar com as inundações” poderá continuar sendo empregado, devendo ser
substituídos pelo conceito de redução dos riscos para padrões aceitáveis.
Portanto, Scarati (2013) constatou que as falhas dos sistemas de drenagem nas
bacias urbanas, manifestadas pela falta de espaço para escoamento das águas no
período de cheias e todas as suas decorrências, não podem ser imputadas à mãe
natureza, e sim ao uso do solo e ao desrespeito aos princípios da dinâmica fluvial que
rege o comportamento dos cursos d‘agua naturais.
E preconiza que se deve considerar também, que não existe formação técnica
específica para capacitação de gestor urbano em drenagem e, mesmo naqueles
currículos mais ligados ao tema, à engenheira civil e ambiental, a discussão formativa é
ainda incipiente e restrita aos aperfeiçoamentos e especializações, o que limita muito sua
institucionalização prática.
Não esquece o autor que também do lado legal e administrativo o paradigma é a
ausência de fontes de investimento e custeio para a gestão da drenagem, tanto no âmbito
dos Municípios como das unidades da federação, além da falta de conectividade entre os
organismos de regulação de uso do solo, operacionalização dos sistemas de saneamento
e transportes.
Segundo afirma Martins (2012), a gestão de drenagem urbana compreende um
conjunto de técnicas e ações que pode ser resumido no conceito dos 03 (três)P:
planejamento, procedimento e preparo.
O planejamento inclui atividades como a elaboração dos Planos Diretores, Projeto
e implantação de sistemas de redução de risco e exige o uso maciço de todo o elenco de
medidas com controle em relação à qualidade e à quantidade.
Os procedimentos de gestão da drenagem urbana contam com o
acompanhamento da eficácia das ações, isto levou à introdução de novas medidas como
o uso de dispositivos para incremento de infiltração e aproveitamento das estruturas de
detenção existentes para retenção de detritos e possível melhoria da qualidade das
águas.
82
2.7.1 O Preparo
2-O escoamento durante os eventos chuvosos não pode ser ampliado pela ocupação da
bacia, tanto num simples loteamento, como nas obras de macrodrenagem existentes no
ambiente urbano. Isto se aplica a um simples aterro urbano, como a construção de
pontes, rodovias, e à implantação dos espaços urbanos. O princípio é de que cada
usuário urbano não deve ampliar a cheia natural.
7- O controle deve ser realizado considerando a bacia como um todo e não em trechos
isolados.
Irai. Ainda com essa operação, será preservado o maior centro de abastecimento de água
de Curitiba e da Região Metropolitana (TRIBUNA DO PARANÁ, 2006).
O Jardim Guarituba é uma das maiores ocupações irregulares do Paraná. As
obras no valor de R$ 2,9 milhões foram financiadas pela Secretaria do Desenvolvimento
Urbano (SEDU), e pelo Serviço Social Autônomo PARANACIDADE14, com recursos do
Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU):“É o projeto Novo Guarituba, que contempla,
além da macrodrenagem, a regularização fundiária, um sistema de esgoto, a relocação de
famílias que vivem em áreas de risco, a ampliação da rede de energia elétrica, a
pavimentação de ruas e a construção de creche”, disse o responsável Forte Netto (2006)
2.10.1 Soluções
14O PARANACIDADE tem como missão institucional, fomentar e executar atividades e serviços não
exclusivos do Estado, relacionados necessariamente ao desenvolvimento regional, urbano e institucional
dos Municípios e a administração de recursos e de fundos financeiros públicos, destinados ao
desenvolvimento urbano (Art.2º do Estatuto).
90
intervenções que lhes garantem mais dignidade e cidadania, princípios que norteiam a
atuação do Governo do Paraná (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO PARANÁ, 2006).
a)Canal Paralelo à PR 415 para escoamento das águas de cheias na área do Jardim
Guarituba, com formato da seção transversal em trapézio com as margens protegidas
com grama e colchão reno (são pedras envolvidas por caixas de arame e depois
concretadas) - com 1.746,00 m de extensão (35.000,00 m3 de escavação).
b) Interceptor constituído por tubulação para desvio das águas servidas de estiagem -
com 4.665,00 m de tubos de concreto (ø 0,80m e ø 1,20m).
c) Sifão invertido para transpor as águas servidas de estiagem, constituído de dois poços
de queda interligados por tubulação medindo 54,00 m de tubos de concreto ø 1,50m, que
passa por baixo do canal extravasor.
f) Travessias sob as ruas Betonex e Avenida Philadelfia medindo 42,00 m compostas por
bueiros de seção retangular dupla de concreto armado.
5-PROJETO DO CANAL
7-SIFÃO INVERTIDO
9-RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
11PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
99
13 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
16 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
FOTO 1_ GABIÃO
FOTO 2_GABIÃO
108
FOTO 3_GABIÃO
Segundo Neri (2007) o Brasil vive atualmente, a realidade das cidades europeias
do século XIX quando se olha o saneamento básico. O desordenamento urbano no caso
brasileiro surpreende mais do na Índia, pelo fato de termos mais renda e um estado maior
que o deles. Estas deveriam ser condições para se evitar o caos nas cidades. O mesmo
autor relata ainda, que a falta de saneamento básico é a causa primeira de mortes e
doenças de mulheres grávidas e bebês.
Neri (2007) sustenta que a saúde funciona como um canal condutor dos efeitos
da falta de saneamento, sobre outros aspectos da vida humana como a educação e a
renda. Assim, o autor elabora um esquema que mostra bem, os impactos da falta de
saneamento para a saúde:
Várias pesquisas confirmam que a principal causa de ausência nas escolas são
as doenças, sendo que a presença de saneamento na cidade gera redução das
abstinências no trabalho e nas escolas.
Segundo Motta (2014), o setor de saneamento do Brasil sofreu grandes
modificações nas últimas quatro décadas. A primeira foi com a criação do PLANASA15que
abandonou o sistema municipalista, e por meio das empresas estaduais de saneamento
aumenta a cobertura de água urbana e de rede de esgotos.
Os efeitos do ambiente hiperinflacionário dos anos 1980 e a ausência de
incentivos à eficiência geraram, por outro lado, um alto grau de inadimplência das
empresas estaduais, culminando com a falência do sistema. Com o fim do BNH no início
dos anos 1990, o setor tentou várias formas de aparato institucional para planejamento e
regulação que nunca conseguiram ter continuidade e eficácia, mudando-se desde o
Ministério do Planejamento até o atual Ministério das Cidades.
Motta (2014) explica que em termos de investimentos ensaiou-se, com a
estabilidade macroeconômica iniciada em 1994, uma retomada dos investimentos e de
alinhamento tarifário que foi drasticamente interrompida com a crise fiscal pós-1998.
De um patamar de 0,35% do PIB Municipal, os investimentos caíram para 0,25%.
O setor continua sem um quadro regulatório e institucional. Desde 2001 existe um projeto
de Lei PL 4.14716 no Congresso Nacional que ainda enfrenta controvérsias em suas
questões básicas, tais como: poder concedente e o papel do setor privado, portanto, com
muita dificuldade de aprovação. O projeto prevê a manutenção das empresas estaduais
nas grandes regiões metropolitanas. Atualmente mais de 80% (oitenta por cento) da
população brasileira é servida por empresas estaduais. O restante ainda é coberto por
empresas municipais e algumas intermunicipais.
O saldo atual dos resultados das quatro últimas décadas foi expressivo em termos
de cobertura de água na área urbana (90%) e com quase 60% de acesso à rede de
esgoto. Os sistemas de esgotos podem ser classificados em: individual e coletivos.
Na maior parte das áreas urbanas do Brasil, os sistemas são individuais e
compostos de tratamentos domésticos de edificações unifamiliares. Esse sistema pode
3.2 HISTÓRICO
Em suma, geram muito menos produção por real gasto, embora tenham uma
contribuição maior de recursos “não-onerosos” para seus investimentos. Além disso,
oferecem menor cobertura de coleta de esgoto. Embora ainda cobrindo só 3% (três por
cento) da população brasileira e concentradas na esfera municipal, as empresas privadas
apresentam um desempenho financeiro mais favorável com menores índices de perdas
de distribuição e de inadimplência que as incumbentes públicas.
Em termos de eficiência, ambas parecem gerar um nível equivalente de produção
por real gasto, e atuam com tarifas muito próximas. Essas evidências sugerem que as
empresas públicas estejam sendo ineficientes e, portanto, dissipando as economias de
escala que justificariam sua abrangência regional.
3.3 COLETA
Segundo Neri (2007), também revela que as empresas privadas têm sido mais
dinâmicas nos seus investimentos sem excessos tarifários, além de serem muito mais
saudáveis financeiramente. A experiência brasileira na área de saneamento revela que:
Este tipo de tratamento reduz grande parte do lodo, e é ideal para comunidades
pequenas, normalmente situadas no Interior do Estado.
Lagoa anaeróbia – Neste caso, as lagoas são profundas, entre 3 (três) e 5
(cinco) metros, para reduzir a penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é
lançada uma grande carga de matéria orgânica, para que o oxigênio consumido seja
várias vezes maiores, que o produzido.
O tratamento ocorre em duas etapas. Na primeira, as moléculas da matéria
orgânica são quebradas e transformadas em estruturas mais simples. Já na segunda, a
matéria orgânica é convertida em metano, gás carbônico e água.
Lagoa aerada – O processo necessita de oxigênio e a profundidade das lagoas
varia de 2,5 a 4,0 metros. Os aeradores servem para garantir oxigênio no meio e manter
os sólidos bem separados do líquido (em suspensão). A qualidade do esgoto que vem da
lagoa aerada não é adequada para lançamento direto, pelo fato de conter uma grande
quantidade de sólidos. Por isso, são geralmente seguidas por outras, quando a separação
dessas partículas pode ocorrer.
Baias e valas de infiltração – Trata-se de um tratamento complementar que
consiste na passagem do esgoto por um filtro instalado no solo, formado por pedregulho e
areia.
Flotação – É um processo físico-químico, no qual uma substância coagulante
ajuda na formação de flocos de sujeira. Com isso, as partículas ficam mais concentradas
e fáceis de serem removidas. Para ajudar no tratamento, a água é pressurizada,
formando bolhas que atraem as partículas, fazendo com que elas flutuem na superfície. O
lodo formado é enviado a uma estação de tratamento de esgotos.
Lagoa de maturação – São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5
metros, que possibilitam a complementação de qualquer outro sistema de tratamento de
esgotos. Ela faz a remoção de bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à
incidência da luz solar, já que a radiação ultravioleta atua como um processo de
desinfecção.
Reuso indireto não planejado da água: ocorre quando a água, utilizada em alguma
atividade humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a
jusante, em sua forma diluída, de maneira não intencional e não controlada.
Caminhando até o ponto de captação para o novo usuário, a mesma está sujeita
às ações naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).
117
As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira hoje em dia, como
esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde,
como “solvente universal”, vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas,
ou simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar
desaguando num rio, que por sua vez, vai acabar suprindo uma captação para
Tratamento de Água Potável. Claro que essa água sofreu um processo natural de diluição
e autodepuração, ao longo de seu percurso hídrico, nem sempre suficiente para
realmente depurá-la.
Uma pesquisa da Universidade da Malásia (2010) deixou claro que após o início
da chuva, somente as primeiras águas carregam ácidos, microrganismos, e outros
poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire
características de água destilada, podendo ser coletada em reservatórios fechados.
Para o uso humano, inclusive como água potável, deve sofrer evidentemente
filtração e cloração, o que pode ser feito com equipamento barato e simples, tipo Clorador
Embrapa ou Clorador tipo Venturi automático.
Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e
gratuita. Esta utilização é especialmente indicada para o ambiente rural, chácaras,
condomínios e indústrias. O custo baixo da água nas cidades, pelo menos para
residências, inviabiliza qualquer aproveitamento econômico da água de chuva para beber.
Já para Indústrias, onde a água é bem mais cara, é usualmente viável sim esse uso.
O Semiárido Nordestino tem projetos onde à competência e persistência,
combatem o usual imobilismo do ser humano, com a construção de cisternas para água
de beber para seus habitantes.
Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso
facilita a retirada de matéria orgânica e metais.
Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem para ajustar
o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento.
Fator pH –O índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles
(neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido e um pH acima de 7 é básico
ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5.
Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar
a formação de flocos com as partículas.
Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos
de sujeira formados na etapa anterior.
Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques formados porpedras, areia e carvão
antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da
Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e
vírus até a casa do consumidor.
privada atinja 30% do setor até o final de 2017, quando o marco regulatório completará 10
anos.
3.13 MANANCIAIS
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo,
cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável
aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de
todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são
a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um
dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do
Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são
lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água devem ser manipulada com
racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da
água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando
normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio
depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos
começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é,
sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma
necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as
gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor
econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que
pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De
maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para
que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da
qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma
obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão
não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua
proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade
e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
3.14TRATAMENTO
Para que a água doce, proveniente de rios, lagos e poços, seja consumível é
necessário que seja pura, algo nem sempre garantido a partir de sua fonte natural. Por
125
3.15 DISTRIBUIÇÃO
O Brasil é um país que possui muita água doce, porém, há uma má distribuição
territorial do recurso.
São conhecidos os números da distribuição da água no mundo. Apenas 3% (três
por cento) de todos os recursos hídricos existentes no planeta são de água doce própria
para consumo.
Para dificultar ainda mais a situação, desse total de água doce existente, a maior
parte encontra-se nas geleiras e no lençol freático. Por sorte, o Brasil possui a maior
reserva mundial de água potável, aproximadamente 12% (doze por cento) do montante
total, o que não necessariamente livra o país de sofrer com a falta desse importante
recurso natural.
Uma das grandes questões referentes à problemática da água no Brasil está na
localização geográfica, da disponibilidade desse elemento. A distribuição da água no
Brasil é naturalmente desigual, de modo que justamente as áreas menos povoadas do
país é que concentram a maior parte dos recursos hídricos. Na tabela a seguir, a relação
entre densidade demográfica e a disponibilidade de água entre as diversas regiões do
país.
TABELA 3 – IBGE /Agência Nacional das Águas. Densidade demográfica e a disponibilidade de água.
Disponível em:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-brasil.htm>.Acesso em:
15 ago. 2017.
A região Norte, que possui uma densidade de apenas 4,12 habitantes para cada
quilômetro quadrado, concentra quase 70% (setenta por cento) de todos os recursos
hídricos disponíveis no Brasil. A maior parte desses recursos encontra-se nos rios da
Bacia do Amazonas e, principalmente, no Aquífero Alter do Chão, exclusivo dessa região
127
e com um volume de água superior ao Aquífero Guarani, que se distribui entre as demais
áreas (exceto o Nordeste).
A região nordestina, por outro lado, conta com uma densidade de 34,15 pessoas
para cada quilômetro quadrado, ao passo em que detém apenas 3,3% de todos os
recursos hídricos do país, o que seria mais do que suficiente se houvesse políticas
públicas de combate à seca nessa área. Vale lembrar, que apenas uma parte do Nordeste
– a região do Polígono das Secas – é que eventualmente sofre com a falta d'água, e não
a região nordestina como um todo.
A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade
demográfica apresenta uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e
sua população total representa pouco mais que 6% do total da população brasileira. A
região possui aproximadamente de 15,7% dos recursos hídricos do país, relativamente
bem distribuídos em seu interior, embora o Pantanal mato-grossense detenha a maior
parte.
Já o Sudeste conta com apenas 6% dos recursos hídricos do país e uma
densidade demográfica superior aos 86 habitantes para cada quilômetro quadrado, média
que se acentua muito nas áreas das grandes cidades, principalmente Rio de Janeiro, São
Paulo e Belo Horizonte. A capital paulista é a que mais vem sofrendo com a seca que se
iniciou no ano de 2014, embora as raízes do problema de baixa nos reservatórios sejam
anteriores. Há, inclusive, uma disputa política muito forte entre Rio e São Paulo
envolvendo a transposição do Rio Paraíba do Sul.
A região Sul do Brasil, por sua vez, apresenta um desequilíbrio menor, porém não
menos preocupante. Com uma densidade demográfica de 48,58 habitantes por quilômetro
quadrado e aproximadamente 15% da população brasileira, os sulistas detêm
aproximadamente 6,5% da água potável do país.
Em geral, o que podemos observar é que, apesar da má distribuição da água no
território brasileiro, mesmo as áreas com menor disponibilidade de água podem ser
corretamente abastecidas se existirem planejamentos e ações públicas de interesse
social. Além disso, a conservação de rios, mananciais e também das reservas florestais é
de fundamental importância para a preservação desse estratégico e vital recurso natural.
A causa da escassez de água no Nordeste reside, primeiramente, na baixa
pluviosidade e irregularidade das chuvas da região, além de uma estrutura geológica que
não permite acumular de maneira satisfatória água no subsolo, o que, de certa forma,
interfere inclusive no volume de água dos rios. Contudo, para além de questões
128
FIGURA 30 – SABESP. Vazões anuais afluentes ao Sistema Cantareira (m³/s) – 1930 a 2014.
Disponível em:<http://site.sabesp.com.br/site/uploads/file/crisehidrica/chess_crise_hidrica.pdf>.Acesso
em: 15 ago. 2017.
• Rodízios:
• Aumento dos riscos de vazamentos nas redes que deixa uma “herança” nas
tubulações após o final do rodizio, com grande impacto no aumento das
perdas;
• Necessidade de criação de contingência para os serviços essenciais;
• Regiões mais distantes e altas podem ficar dias sem receber água pelo
eventual risco de descontrole na operação do rodízio, causado, por exemplo, por
ocorrências de falta de energia, vazamentos, altas temperaturas, entre outros, podendo
aumentar o grau de desconforto para a população e, consequentemente gerar graves
perturbações sociais.
Como estratégia a Sabesp adotou a Gestão de Consumo dos Clientes.
(Programa de Bônus)
134
3.20 DENGUE
A Dengue é classificada como uma virose, ou seja, uma enfermidade causada por
vírus. O vírus é transmitido para uma pessoa saudável através da picada da fêmea
contaminada do mosquito Aedes Aegypti.
Esta doença pode se manifestar de duas maneiras: a dengue clássica e a dengue
hemorrágica.
A) Dengue Clássica
Os sintomas são mais leves. O doente tem febre alta, dores de cabeça, nas
costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a baixar a partir do quinto dia e os
sintomas, a partir do décimo dia. Na forma clássica, dificilmente ocorrem complicações,
porém alguns doentes podem apresentar quadros de hemorragias leves na boca e
também no nariz.
136
B)Dengue hemorrágica
a)Cortinas Atirantadas
d)Muro de arrimo
Portanto, o presente estudo tem por objetivo fazer uma reflexão sobre os fatores
que afetam a oposição a aterros sanitários, identificar mecanismos econômicos
compensatórios que atualmente estão sendo utilizados no Brasil, e propor novos
mecanismos para reduzir a oposição a este tipo de infraestrutura.
A revisão de literatura mostra de forma enfática que além da compensação
econômica, outras estratégias importantes para reduzir a oposição aos aterros sanitários
são: compreender a percepção das comunidades potencialmente afetadas, comunicar os
riscos e abrir espaços para participação da mesma no planejamento e processo decisório.
18O lixo é altamente impactante e sua eliminação é um problema que deve ser resolvido, mas tem alto
custo, apresenta um gravimétrico que dificulta soluções padrões. Além disso, enfrenta o desinteresse da
população e do governo. Como componente da difícil gestão territorial do lixo, ocorre entre as populações
afetadas na chamada síndrome de NIMBY, que são as diversas formas como a sociedade repulsa o
recebimento de lixo de terceiros em seu território. Surge como solução, a aplicação do princípio da
proximidade para os resíduos sólidos urbanos.
147
Uma das razões que levam ao efeito NYMB é a desvalorização econômica das
propriedades próximas aos aterros sanitários. Na literatura se sugere que o efeito NYMB
pode ser minimizado por meio da minimização ou compensação dessa desvalorização.
149
Em um estudo feito pelo IPEA19, Motta e Sayago (1998) fazem uma proposta de
instrumentos econômicos para redução do lixo urbano. Neste estudo os autores
apresentam alguns instrumentos econômicos usados ao redor do mundo.
Em um estudo posterior, Motta (2006) apresenta alguns dos instrumentos usados
no Brasil, dentre eles se destaca a cobrança pelo uso da água em bacias hidrográficas,
tarifa de esgoto industrial baseado no conteúdo de poluentes, compensação financeira
devido à exploração dos recursos naturais, compensação fiscal por área de preservação e
taxas florestais (MOTTA, 2006).
De acordo com Amaral (2001), os instrumentos de gestão ambiental podem ter
base em quatro tipos principais de estratégias: comando e controle; econômica;
autorregulação e, macropolíticas com interface ambiental.
Neste estudo, focamos nas estratégias econômicas. A estratégia econômica visa
beneficiar o agente impactante, que reduz os impactos ou vai punir aquele que causa
impactos negativos. Essa estratégia pode ocorrer por meio de três formas de ação.
A primeira forma de ação de compensação econômica é por meio de
transferências fiscais, que funcionam como recompensa financeira pela introdução de
práticas ambientalmente mais corretas, como por exemplo, controle ou tecnologias mais
limpas. Alguns exemplos dessa forma de compensação são: subsídios ajuda fiscal,
sistema de consignação, incentivo financeiro por conformidade.
Outra forma de compensação é cobrar algum pagamento por uma unidade de
poluição (exemplo: por tonelada de resíduo) gerada, ou impacto negativo, com o objetivo
de forçar o agente impactante a buscar mecanismos de redução dos mesmos (AMARAL,
2001).
Outra forma de compensação econômica é por meio da criação de mercados que
permite a compra e venda de direitos de poluição, como, por exemplo, os mecanismos de
comercialização de créditos de carbono.
A Política Nacional de Meio Ambiente em particular utiliza cinco instrumentos: 1)
Licenciamento, 2) Incentivos econômicos (ex: Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA);
financiamentos por meio do BNDES para grandes projetos); 3) Inibições econômicas
Impostos ecológicos (ICMS, Taxa de Reposição Florestal); 4) Punição (ex: Lei dos Crimes
Ambientais, Código Florestal); e 5) Conservação (exemplo: Sistema Nacional de
Unidades de Conservação).
Taxa diferenciada X X X XX
R$/ton
Outra forma de estimular a aceitação dos aterros é permitir o uso do biogás pelo
município que abrigam essas estruturas. Hoje, os créditos de carbono provenientes da
mitigação de gases do efeito estufa, é uma forma significativa de compensação financeira.
O uso do biogás e créditos de carbono pode significar uma renda adicional
considerável aos municípios sede, de forma a estimular a sua implantação.
5 POLÍTICA HABITACIONAL
5.1PONDERAÇÕES INICIAIS
158
6 TRANSPORTE URBANO
6.1OBSERVAÇÕES PRELIMINARES
No entanto, segundo Vladimir Fernandes Maciel (2009), boa parte das metrópoles
brasileiras não tem conseguido viabilizar esse direito de forma satisfatória.
A mobilidade das metrópoles, com exceção de algumas regiões metropolitanas,
aplica-se quase uniformemente. São Paulo e Rio de Janeiro, por suas dimensões,
mostram-se como os piores casos no Brasil, nesse segmento.
ponto de vista de espaço ocupado nas vias públicas, o transporte individual teve
prioridade, na maioria das vezes, em detrimento do coletivo.
de ônibus, prioridade nos cruzamentos a fim de conferir, maior rapidez nos trajetos,
confiabilidade e qualidade ao serviço.
O segundo grupo pode ser rotulado como investimentos na infraestrutura e nos
meios de transporte coletivo. Ampliação da cobertura de trens urbanos, implantação de
transporte leve sobre trilhos, transporte rápido sobre pneus (Bus Rapid Transit, na
denominação em inglês), meios de transporte com maior qualidade e conforto (acesso
fácil, ar condicionado, espaço, dentre outros.).
No terceiro momento, Maciel (2009) propõe uma atuação nas relações do
transporte com o uso do solo. Acionar medidas de políticas públicas que incentivem
através de subsídios a adoção de transporte coletivo e desincentivem por meio de tributos
o uso maciço do automóvel individual.
Para minimizar as taxas de congestionamento propõe (pedágios urbanos), bem
como, descontos no imposto territorial para habitação popular em áreas centrais, como
forma de diminuir trajetos.
A majoração do imposto sobre a propriedade de automóveis e sobre o consumo
de gasolina são exemplos de políticas possíveis, que contribuem para a maior utilização
do transporte coletivo.
20
Programa Biocidade – Prefeitura da Cidade de Curitiba – disponível em:<
http://www.biocidade.curitiba.pr.gov.br/indexpt.html>.Acesso em: 20 ago.2017.
165
do Expresso, perto das moradias, surgiram lojas de comércio e serviços que, antes, só se
encontravam no centro da cidade. Solucionavam-se, enfim, vários problemas de uma só
vez.
Menos automóveis nas ruas, trânsito mais organizado, menos poluição. Mais
conforto, mais rapidez e mais economia para o usuário. Aos poucos, os curitibanos
descobriam que era bom morar perto do caminho dos ônibus. Com uma direção definida,
a cidade cresceu ao longo dos Eixos do Sistema de Transporte Coletivo.
assim por diante. Em seu lugar, deve-se adotar uma visão sistêmica sobre toda a
movimentação de bens e de pessoas, envolvendo todos os modos e todos os elementos
que produzem as necessidades destes deslocamentos.
Sob esta ótica o Ministério das Cidades preconiza dez princípios para a
elaboração dos Planos de Mobilidade, a saber:
Assim, destaca o Ministério das Cidades que se torna cada vez mais evidente que
o transporte motorizado apesar de suas vantagens, resulta em impactos ambientais
negativos, como a poluição sonora e atmosférica, derivada da primazia no uso de
combustíveis fósseis como fonte energética, bem como de outros insumos que geram
grande quantidade de resíduos, como pneus, óleos e graxas.
Não há solução possível dentro do padrão de expansão atual, com os custos
cada vez mais crescentes de infraestrutura para os transportes motorizados, o que
compromete boa parte dos orçamentos municipais.
▪ Cobrança de Dívida Ativa: Serviço Caixa para auxiliar a gestão pública com
segurança.
▪ Crédito Especial para Setor Público: Linhas de crédito especiais para o setor
público.
a) PLANEJAMENTO
b) EXECUÇÃO
c) MONITORAMENTO E CONTROLE
d) ENCERRAMENTO
7 A PAVIMENTAÇÃO URBANA
7.1PONDERAÇÕES PRELIMINARES
b) Como uma etapa preliminar, para julgamento da necessidade de ser feita uma
avaliação estrutural do pavimento e como um complemento desta avaliação.
buscarão outros espaços para seu trânsito, podendo atingir inevitavelmente locais em que
isso não seja desejável.
As medidas de controle de poluição são parte essencial num plano de drenagem
Ao se tratar as águas do escoamento superficial direto de uma área urbana como
recurso, ou quando se cogitar a utilização de bacias de detenção, deve ser dada atenção
aos aspectos da qualidade dessas águas. Estes, por sua vez, estão relacionados com as
práticas de limpeza das ruas, coleta e remoção de lixos e detritos urbanos, ligação
clandestina de esgotos na rede de galerias, coleta e tratamento de esgoto e
regulamentação do movimento de terras em áreas de desenvolvimento, tendo em vista o
controle de erosão e, consequente, carga de sedimentos.
O controle da poluição das águas é essencial para que sejam alcançados os
benefícios potenciais que podem oferecer os cursos d'água urbanos e suas várzeas.
▪ CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
▪ LEI FEDERAL nº 8.666/93.
▪ PPA, LDO e LOA.
▪ LEI FEDERAL nº 101/2000 – LRF.
▪ RESOLUÇÕES CONFEA E CONAMA.
▪ LEIS/RESOLUÇÕES CONFEA.
▪ Lei nº 5.194/66 - Regula profissões de engenheiro, arquiteto...
▪ Lei nº 6.494/77 – Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
▪ Res. nº 425/98 – CONFEA – Dispõe sobre a ART.
▪ Res. nº 361/91 – CONFEA - Dispõe sobre projeto básico.
▪ RESOLUÇÕES CONAMA.
▪ Res. N 01/86 – relaciona obras que precisam de RIMA.
▪ Res. Nº 237/97 – Dispõe sobre a revisão de procedimentos e critérios utilizados
pelo Sistema de Licenciamento Ambiental.
Conforme preconiza o art. 7º, § 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados
quando:
• I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para
exame dos interessados em participar do processo licitatório;
• II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os
seus custos unitários;
• III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das
obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro
em curso, de acordo com o respectivo cronograma.
LEGENDA
t
AnáliseSolo
SUGESTÕES
Reforço
Materiais
Critérios Técnicos
Sub-base
ÁREA PESQUISA
Base
Revestimento
Esforços
Tráfego
Ante- Estudo Manutenção
Esforços
Tensões
Revestimento proje- Das Projetos Construção e
to Alterna- Operação
Deformações tivas
Repetições
Acompanha-
Critérios IndicadoresEconômicos Mento
Econômicos Análise Performance
De
Custos
Critérios Questionário Ambiental
Ambientais Manutenção
Critérios
Urbanísticos Parecer Urbanístico
Segundo Pessoa Júnior (2024), o Engenheiro Fiscal deve assumir uma postura
proativa durante todo o processo de execução da obra. Neste sentido deve permanecer
atento a todos os fatos ocorridos durante a mesma, de modo a antecipar-se aos possíveis
problemas e procurar solucioná-los a fim de evitar o menor número de conflitos.
Desta forma, deve ter atenção especial com atingimento de propriedades,
desapropriações, relocação de postes e redes elétricas, existência de redes de água e de
infraestrutura no leito das vias. Deve ter atenção com as restrições ao trânsito nas vias a
serem pavimentadas e sua relação com os moradores.
Conforme o mesmo autor, o engenheiro fiscal deve ter pleno conhecimento de tudo
o que será executado na obra. Deve ser um ator ativo durante a construção e não um
mero observador dos acontecimentos.
Portanto, ele deve ter acesso a todos os projetos disponíveis e ciência prévia sobre
qualquer alteração ou adaptação que se pretende realizar ao tempo da execução dos
serviços. Enfim, o Engenheiro Fiscal deve procurar conduzir ativamente o andamento dos
serviços de forma célere e assegurando sua qualidade, custos mínimos e menor
transtorno possível à população, garante o autor supracitado.
a)Controle Pluviométrico
c)Controle Geométrico
e)Controle Tecnológico
- O projeto deverá ser compatível com a geomorfologia local, tendo como referências
o Laudo de sondagem do solo no trecho a ser pavimentado e Laudo do Índice de Suporte
do Sub-Leito (CBR ou penetrômetro dinâmico de ponta cônica), no caso de pavimentos
rígidos e flexíveis (asfálticos).
- O projeto deverá ser calculado para um volume de tráfego e carga para um período
de no mínimo 10 (dez) anos.
- As redes de galerias de águas pluviais deverão ser projetadas ao longo da via e
deverão ser ligadas com as existentes de maneira a garantir a compatibilidade entre as
mesmas.
- Prever dissipadores de energia quando as águas pluviais captadas tiverem vazão
superior à capacidade de recepção no ponto de lançamento final ou forem lançadas em
área suscetível de erosão. Deverá ser apresentada outorga do Instituto das Águas do
Paraná, exceto quando as redes de galerias de águas pluviais tiverem diâmetro de até
0,80 m e cujo lançamento final em corpo de água se faça com uma vazão de até 1,5 m³/s.
- As vias deverão ser devidamente sinalizadas através de sinalização horizontal e
vertical, atendendo a Lei Federal nº 9.503/97 e 10.098/00 e a NBR 9050/04.
- Deverá ser prevista a implantação de faixa de segurança para travessia de
pedestres e, se for o caso, redutores de velocidade em frente a equipamentos públicos,
assim como, sinalização para regulamentação de estacionamento de carga e descarga e
de embarque e desembarque em função do tipo de uso.
Outras recomendações:
OBSERVAÇÕES:
▪ O projeto básico (art. 6º, inciso IX, da Lei Federal n° 8.666/1993) deverá ser
elaborado conforme Orientação Técnica OT-IBR 001/2006 do Instituto Brasileiro de
Auditoria de Obras Públicas – IBRAOP (ver Instrução Normativa Nº 001/2011 do
Serviço Social Autônomo PARANACIDADE);
▪ O projeto básico deverá vir acompanhado dos arts. dos projetos de pavimentação,
drenagem, paisagismo e sinalização e de orçamento (art. 1º da Lei Federal n°
6.496, de 07 de dezembro de 1.977, e arts. 13 e 17 da Lei Federal n° 5.194, de 24
de dezembro de 1966).
▪ Deverá ser entregue 01 cópia, em papel, da versão final dos projetos básicos
(executivos), encadernada em formato A4 e em meio digital (extensões DWG, PLT,
DOC e XLS).
ESTATÍSTICAS...
MALHA RODOVIÁRIA DOBRASIL
BRASIL BRASIL
Ano
Federal Estadual Total N.Pavimentada Pavimentada
2001 70.549,30 197.262,80 267.812,10 133.681,20 134.130,90
2002 70.990,10 197.262,80 268.252,90 132.706,00 135.546,90
2003 71.788,60 196.360,60 268.149,20 125.455,70 142.693,50
2004 72.710,00 208.339,90 281.049,90 124.740,30 156.309,60
2005 72.817,40 219.970,10 292.787,50 128.176,20 164.611,30
2006 73.009,00 219.970,10 292.979,10 128.382,50 164.596,60
2007 74.074,40 220.051,90 294.126,30 126.829,70 167.296,60
2008 74.940,20 219.998,50 294.938,70 127.086,40 167.852,30
2009 75.694,40 219.998,50 295.692,90 127.225,30 168.467,60
2010 76.195,80 219.998,50 296.194,30 127.295,00 168.899,30
2011 76.590,40 219.998,50 296.588,90 126.583,40 170.005,50
2012 77.529,90 222.175,50 299.705,40 124.142,30 175.563,10
2013 78.507,20 222.175,50 300.682,70 123.910,70 176.772,00
2014 77.205,10 222.175,50 299.380,60 124.129,20 175.251,40
ESTADO DOPARANÁ
Ano
N.Pavimentada Pavimentada
2001 2.098,60 11.729,90
2002 2.110,60 11.729,90
2003 2.413,80 13.452,10
2004 2.413,80 13.452,10
2005 2.413,80 13.452,70
2006 2.413,80 13.457,80
2007 2.280,50 13.555,80
2008 1.698,10 12.543,50
2009 1.699,40 12.539,80
2010 1.781,70 12.828,00
2011 1.800,00 12.892,40
2012 1.800,00 12.990,20
2013 1.781,90 13.012,70
2014 1.781,90 13.016,80
FONTE: DNIT. Disponível em:<http://www.dnit.gov.br/>.Acesso em: 15 ago. 2017.
14,00
EXTENSÃO (km x 1000)
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
N.Pavimentada 2,10 2,11 2,41 2,41 2,41 2,41 2,28 1,70 1,70 1,78 1,80 1,80 1,78 1,78
Pavimentada 11,73 11,73 13,45 13,45 13,45 13,46 13,56 12,54 12,54 12,83 12,89 12,99 13,01 13,02
ANOS
N.Pavimentada Pavimentada
As imagens mostram por si, mas os problemas maiores são as trincas, panelas,
deformações permanentes nas paradas e nos corredores de ônibus, nos paralelepípedos
e nos pavimentos antipó de baixa qualidade onde se gastam fortunas na tentativa de
manter o desempenho do pavimento, sem resultados, e por aí vai!
3-Execução em rodovias
8.5 FRESAGEM
desprezível no processo, refere-se à energia liberada pelo impacto dos dentes de corte no
pavimento durante o processo de fresagem.
Neste tipo de fresagem, ocorre a quebra de parte dos agregados na profundidade
de corte e, consequentemente, na alteração da curva granulométrica do material
existente.
Na fresagem a quente, utilizada mais no processo de reciclagem “in situ” a
quente, é efetuado o pré-aquecimento do revestimento e, nesse caso, a fresagem é
similar, porém é uma escarificação como forma de desbaste da camada, pois a mesma
oferece pouca resistência ao corte pelo fato da estrutura estar aquecida.
A técnica de fresagem também pode ser aplicada em pavimentos de cimento
Portland, no desbaste de espessuras delgadas, para a regularização em pistas de
concreto ou galpões industriais para posterior aplicação de novo revestimento.
Em pavimentos urbanos tem sido utilizada a técnica de fresagem a frio na
substituição do concreto asfáltico já fadigado pelo uso contínuo, evitando-se assim onde
recomposições (recapeamentos) que em muitos casos obstruem a drenagem das guias
dos meios-fios, além de diminuir alturas livres de viadutos aumentando a insegurança
viária.
a)Tipo de Fresadoras
a)Materiais:
Agregados graúdos e miúdos (NBR 7211)
Propriedades da água a ser utilizada na mistura:
pH Entre 5 e 8
matéria orgânica, expressa em oxigênio consumido 3 mg/ℓ
resíduo sólido 5000 mg/ℓ
sulfatos, expressos em íons SO4 600 mg/ℓ
cloretos, expressos em íons C1 1000 mg/ℓ
açúcar 5 mg/ℓ
b)Materiais:
3-Telas soldadas.
c)Características principais:
d)Características executivas:
Além das técnicas descritas anteriormente outras também podem ser aplicadas,
como por exemplo, a reciclagem de pavimento.
Essa técnica consiste no total aproveitamento dos materiais existentes
praticamente sem perdas e com adição de aglomerantes químicos como cimento Portland
e ligantes asfálticos modificados com polímeros. Isso vem sendo aplicada em rodovias
brasileiras há tempos como solução de muitos projetos de recuperação de pavimentos
danificados pelo tráfego intenso de veículos de carga.
Na pavimentação urbana ainda é pouca aplicada, mas com estudos geotécnicos
bem definidos pode-se muito bem aplicá-la buscando garantir qualidade e redução de
custos.
• largura da plataforma; e
• espessuras das camadas constituintes do pavimento .
A Lei nº 8.666/1993 define em seu art. 6º, inciso I, que uma obra “é toda
construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação realizada por execução direta
ou indireta”.
Obra Pública é toda aquela que é custeada com recursos públicos e que tem por
objetivo principal o interesse público. Portanto, deve merecer toda a atenção e controle
para que atenda totalmente a sua finalidade.
A contratação de obras públicas se faz por meio de contrato administrativo,
mediante processo licitatório na forma da Lei nº 8.666/1993 e suas alterações.
O processo licitatório deve ser instaurado de forma a contemplar as exigências
legais, tendo por base um projeto básico bem elaborado, muito embora a execução
contratual dependa das características e peculiaridades do objeto licitado.
Vê-se no acompanhamento realizado pelo Controle Interno, uma participação
obrigatória e necessária, com vistas a diminuir os riscos de descumprimento de cláusulas
contratuais acarretando problemas para a administração e má qualidade das obras.
• Compra de bens.
• Execução de obras.
• Prestação de serviços.
• Alienações e locações.
9.2PRINCÍPIOS JURÍDICOS
Trata-se das contratações diretas. Aquelas que não necessitam ser precedidas de
uma licitação.
O Tribunal de Contas da União (TCU) nos explica o que é contratação direta:
f) MODALIDADES DE LICITAÇÃO
1. Concorrência:
2. Tomada de Preços:
3. Convite:
4. Concurso:
5. Leilão:
6. Pregão:
Pregão eletrônico:
23
BANCO DO BRASIL. Licitações. Disponível em:< http://www.licitacoes-e.com.br/aop/pesquisar-
licitacao.aop?opcao=preencherPesquisar.Acesso em: 20 ago. 2017.
217
9.3.3 Pregoeiro
• requisição/definição do objeto.
• indicação dos recursos financeiros.
• avaliação do impacto econômico-financeiro da contratação.
• autorização da autoridade competente/abertura do processo administrativo.
219
FASE EXTERNA
• publicação do edital;
• esclarecimentos e eventuais impugnações ao instrumento convocatório;
• sessão pública de abertura;
• etapa recursal;
• adjudicação do objeto /revogação ou anulação da licitação/homologação do
resultado.
a)Preliminar à licitação:
• Identificação das necessidades.
• Estudos de viabilidade.
• Anteprojeto.
d)Fase contratual:
• Assinatura do contrato.
• Fiscalização da obra.
• Recebimento da obra.
• Estudo de viabilidade
• Anteprojeto
• Projeto básico
O projeto básico de uma licitação pode ser elaborado pelo próprio órgão.
Nesse caso, deverá ser designado um responsável técnico a ele vinculado, com
inscrição no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) estadual ou no
Conselho de Arquitetura e Urbanismo estadual (CAU), que efetuará o registro das
Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) ou Registro de Responsabilidade
Técnica (RRTs), respectivamente, referentes aos projetos.
No caso de o órgão não dispor de corpo técnico especializado, ele deverá fazer
uma licitação específica, para contratar uma empresa para elaborar o projeto básico.
O edital para contratação desse projeto deverá conter, entre outros requisitos, o
orçamento estimado dos custos dos projetos e o seu cronograma de elaboração.
Concluído o projeto, os orçamentos e estimativas de custos para a execução da
obra, a relação de desenhos e os demais documentos gráficos deverão ser
encaminhados ao órgão licitante para exame e aprovação, sempre acompanhados de
memória de cálculo e justificativas.
• Licenciamento ambiental
• Especificações técnicas
• Especificação de Bens/Serviços
• Especificação De Bens/Serviços
• Especificação de Bens/Serviços
• Especificação de Bens/Serviços
24
(Termo de Referência em Pregão, ed. NP: Curitiba, 2010, p. 12)
226
• Especificação de Bens/Serviços
• Especificação de Bens/Serviços
• Especificação de Bens/Serviços
• Especificação De Bens/Serviços
Exemplo 1:
227
• Orçamento detalhado
• Cronograma físico-financeiro
• Responsabilidade Técnica
• Projeto Executivo
10 OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
• Obrigações da contratada
• Alterações contratuais
• Acréscimos e supressões
• Sanções
• Subcontratação
• Medições
• Documentação as built
• Fiscalização
É a atividade que deve ser realizada de modo sistemático pelo contratante e seus
prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento das disposições contratuais,
técnicas e administrativas em todos os seus aspectos.
O contratante manterá, desde o inicio dos serviços até o recebimento definitivo,
profissional ou equipe de fiscalização constituída de profissionais habilitados, os quais
deverão ter experiência técnica necessária ao acompanhamento e controle dos serviços
relacionados com o tipo de obra que está sendo executada.
Os fiscais poderão ser servidores do órgão da Administração ou pessoas
contratadas para esse fim. No caso da contratação da fiscalização, supervisão ou
gerenciamento da execução da obra, essas atividades podem ser incluídas no edital de
elaboração do projeto básico.
A empresa contratada para execução da obra deve facilitar por todos os meios ao
seu alcance, a ação da fiscalização, permitir o amplo acesso aos serviços em execução e
atender prontamente às solicitações que lhe forem dirigidas.
• Recebimento da obra
11.1 FUNDAMENTO LEGAL - OBRIGATORIEDADE – ART. 58, INC. III, C/C ART. 67 DA
LEI 8.666/93
A determinação legal decorre do artigo 67 da Lei 8.666/93. O artigo 58, inciso III
docitado diploma legal, assegura a Administração a prerrogativa de fiscalizar os contratos.
A execução do contrato será acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração, designado por meio de indicação do Secretário da Pasta em cada
processo administrativo de contratação.
O fiscal deverá adotar as providências necessárias ao fiel cumprimento do ajuste,
tendo por parâmetro os resultados previstos no contrato.
As decisões e providências que ultrapassar a sua competência deverão ser
encaminhadas a seus superiores hierárquicos, em tempohábil, para a adoção das
medidas convenientes.
OBS: O art. 67 da Lei 8.666/93 determina que a execução do contrato seja acompanhada
e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, sendo
ainda permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
da citada lei, respondendo cada qual pelas consequências de sua inexecução total ou
parcial.
Adiante, estão relacionadas algumas das atribuições inerentes ao fiscal de
contratos:
b) Solicitar, quando for o caso, ou pedir a substituição dos serviços por inadequação ou
vícios que apresentem; efetuar glosas de medição por serviços mal executados ou não
executados;
l) Zelar pela fiel execução da obra, sobretudo no que concerne à qualidade dos materiais
utilizados e dos serviços prestados;
242
b) Conhecer a descrição dos serviços a serem executados (prazos, locais, material a ser
empregado/trabalhado, dentre outros);
i) Atestar a fatura;
a) quando for impedido ou suspeito o agente (por ser parente, cônjuge, companheiro, ou
por amigo íntimo ou inimigo, por ter recebido presentes, ter relação de débito ou crédito
com o contratado ou qualquer outro tipo de interesse, direto ou indireto, plenamente
justificado);
244
OBS: A execução está a cargo do contratado, que por ela deve responder, inteira e
pessoalmente, já que o ajuste foi celebrado em razão de sua pessoa.
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local
da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato.
Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se
verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais
empregados.
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do
contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
acompanhamento pelo órgão interessado[grifos nossos].
O Fiscal do Contrato deve ficar atento ainda para não permitir, admitir, possibilitar
ou dar causa a atos que ensejem a caracterização de vínculo empregatício, fato este que
pode ocorrer se presentes os seguintes pressupostos: habitualidade, subordinação;
prestação de contas; controle de frequência; supervisão direta sobre os empregados da
contratada e aplicação de sanção ou penalidade administrativa ou funcional diretamente.
A intervenção da contratante na operacionalização da execução se justifica se
houver paralisação dos serviços pela Contratada, que possa acarretar prejuízos para a
Administração, com comprometimento de interesses públicos. Por isso, a necessidade de
utilizar mecanismos de controle sobre a execução do contrato de prestação de serviços,
por meio de fiscalização dos registros controlados por supervisor da empresa contratada.
11.4.2Medições e Faturamento
a) Informar à contratada do que foi efetivamente aceito e do que pode ser corrigido e/ou
aquela parte que resta cumprir;
a)Os atestados podem ser emitidos parcialmente ou só podem ser emitidos em caráter
definitivo?
serviços sem a devida avaliação em edição dos serviços prestados, mesmo registradas
as ocorrências de descumprimento contratual, e o não desconto dos valores relativos que
poderiam resultar em glosas, constitui omissão por parte do fiscal.
d) O contratante efetuará os pagamentos das faturas emitidas pelo contratado com base
nas medições de serviços aprovadas pela fiscalização, obedecidas as condições
estabelecidas no contrato;
1. DESCRIÇÃO DO PROJETO
• Descrição concisa e objetiva.
2. JUSTIFICATIVA
• Motivação.
5. VIGÊNCIA DO CONTRATO
• Incluir previsão de prorrogação.
6. CRITÉRIOS DE REAJUSTE
• Critérios diferenciados Montante A: variação salarial Montante B: índices.
7. OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
• Incluir tudo que possa vir a responsabilizar a empresa em caso de descumprimento
de obrigação.
8. OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE
• Incluir tudo que possa vir a responsabilizar a empresa em caso de descumprimento
de Obrigação.
9. DAS PENALIDADES
• Definição dos casos de descumprimento.
• Definição do percentual para descumprimento total.
• Forma de aplicação das multas.
• Demais penalidades.
• Casos de rescisão.
1) OBJETO
1. A presente licitação tem como objeto a contratação de empresa de engenharia
especializada em serviços de projeto de DATACENTER (reforma e infraestrutura para
ambientes).
4) DA PROPOSTA
ANEXO I
TOTAL
3.1 Os prazos para obtenção dos dados, fornecimento dos projetos, orçamentos e
execução dos serviços serão:
3.1.1 Projetos Executivos e cronograma de obras: 05 (cinco) dias após a assinatura do
contrato.
3.1.2 Execução do Projeto: 20 (dias) dias após a assinatura do contrato.
• Todas as dimensões deverão ser verificadas nos locais indicados para as obras,
sendo os projetos em anexo informações orientativas.
• Os projetos e lista de materiais são complementares aos demais documentos
integrantes deste conjunto de informações. Portanto, todo o fornecimento deverá
260
5 Projeto Executivo
6 ANEXO II /PLANTAS
ART – Anotações de Responsabilidade Técnica é um documento obrigatório, que deve ser apresentado
25
a)Controle Pluviométrico
• Controledas condições climáticas do dia a dia no registro no livro diário de obras,
dias efetivamente trabalhados.
c)Controle Geométrico
• Levantamento mínimo.
• Estaqueamento feito à trena nas bordas.
• Verificação das espessurasmedição direta e pela utilização de sondas rotativas.
d)Controle Tecnológico
• Assegurarresultados testes acompanhamento direto da execução.
• Assegurarinteresses da Administração Pública.
• Princípios de qualidade, economicidade e celeridade.
• Analisar e conferir os serviços produzidos e verificar sua concordância com o
Termo de Referência e Normas Técnicas.
e)Demais procedimentos
• Excel – Com a proposta de preços e o cronograma em mão, deve-se montar a
planilha em Excel, com os itens novos da cartilha de serviços, tomando muito
cuidado para fazer a equivalência adequada entre os itens velhos com os novos,
269
f)Licitação
O superfaturamento ocorre quando a planilha base está com preços irreais acima
do que o mercado está praticando, isto pode ocorrer por imperícia ou por dolo. O
superfaturamento é facilmente verificado pela discrepância das grandezas e pela falta de
informações. Normalmente o superfaturamento ocorre quando os projetos não estão
detalhados suficientemente.
Também se configura superfaturamento de proposta a cotação irreal muito acima
do preço base de 01(um) ou mais itens embora no global a proposta seja vencedora.
Muitas vezes, trata-se de uma armadilha da empreiteira que visa talvez um aditivo
com base nos itens superfaturados ou muito comum a empresa, por exemplo, superfatura
a drenagem ou serviços iniciais, executa, recebe e abandona a obra.
Para coibir essa prática, alguns editais estabelecem para as principais etapas da
obra, faixas de variação em porcentagem (relacionadas aos valores de projeto) que
indicam quanto vale cada etapa.
g)Licitação Restringida
• Estratégias
• Esquema de propostas rotativas (ou “rodízio”);
• Propostas Fictícias ou de Cobertura.
• Supressão de propostas.
• Divisão do Mercado.
k)Maximizar a participação
o)Alterações Contratuais
p)Acréscimos e Supressões
Fiscalização éuma atividade que deve ser realizada de modo sistemático pelo
contratante e seus prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento das
disposições contratuais, técnicas e administrativas em todos os seus aspectos.
4 ORIENTAÇÕES ESSENCIAIS
275
b)Diário de obras
c)Medições
d)Pagamentos/Antecipação
O pagamento será efetuado em moeda brasileira corrente, até 10 (dez) dias após
a entrega do objeto contratado e a apresentação correta da nota fiscal/fatura dos serviços
prestados e documentos pertinentes.
O faturamento deverá ser protocolado, em 01 (uma) via (original), no protocolo
geral na sede da............ e deverá conter: Nota fiscal/fatura, com o nome dos serviços
prestados, número da licitação e do contrato, sem rasura e/ou entrelinhas e devidamente
certificada pelo ...........
276
e) Prazos e Etapas
f) Qualidade de Execução
Responsabilidade da Fiscalização.
a) Controlador interno
b) Membro da comissão de licitações (que tenha seu projeto - art. 9º lei 8.666/93)
c) Vereador (se aprovar projetos do Executivo)
278
Art. 6º...
a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou
privados, reservados aos profissionais de que trata esta Lei e que não possua
registro nos Conselhos Regionais:
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições
discriminadas em seu registro;
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou
empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos
delas;
d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;
e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica,
exercer atribuições reservadas aos profissionais da Engenharia, da Arquitetura e
da Agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do Art. 8º desta
Lei.
279
Art. 7º [...]
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais,
paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;
b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras,
estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da
produção industrial e agropecuária;
c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e
divulgação técnica;
d) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;
e) fiscalização de obras e serviços técnicos;
f) direção de obras e serviços técnicos;
g) execução de obras e serviços técnicos;
h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.
Esclarecendo que:
Art. 7º[...]
Art. 8º[...]
[...]
Art. 12 - Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e de
economia mista, os cargos e funções que exijam conhecimentos de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia, relacionados conforme o disposto na alínea "g" do Art. 27, somente poderão ser
exercidos por profissionais habilitados de acordo com esta Lei.
b) D.E. – dedicação exclusiva, significa que o servidor não exercerá outro cargo,
emprego ou função pública ou privada, dedicando-se integralmente às atividades
vinculadas na origem.
Há uma corrente doutrinária que entende possível a existência de D.E., que não
ultrapasse o tempo do expediente do servidor.
Por isto, o ideal é que a legislação previsora do instituto defina os limites da D.E.
De ressaltar que ambas são espécies de gratificação (e, não, função gratificada),
pois o servidor é remunerado pela situação formada e não exatamente por outra função
que assuma.
E, em razão da característica dos cargos comissionados, e por ordem do inciso
XII, do art. 37, da Constituição Federal/88, os servidores neles nomeados não poderão
receber nenhuma dessas gratificações.
A jornada dos servidores municipais deverá ser definida em lei local, não podendo
ultrapassar às 44 horas semanais e 8 diárias (ou 6, quando de turnos ininterruptos)
limitadas na Constituição Federal (art. 7º, XIII e XIV).
Segundo as decisões predominantes no Poder Judiciário, as jornadas reduzidas
indicadas por leis regulamentadoras de profissões específicas não são aplicáveis aos
servidores municipais, pois eles são submetidos à legislação local, com fundamento na
autonomia municipal (art. 30, I, da CF) e pelo princípio da legalidade (art. 37, caput, da
CF/88).
Todavia, caso a caso, é possível verificar se a atividade clama por redução de
jornada, por segurança ou proteção à saúde do servidor.
De toda maneira, vale destacar que o gestor possui certa discricionariedade
(liberdade de decidir) para fixar o cumprimento da jornada.
E a escolha do expediente de cada servidor deverá obedecer aos princípios
aplicáveis, em especial impessoalidade, moralidade e razoabilidade.
Podendo ser tratado de forma normal (padrão de horários) ou especial
(expediente diferenciado), desde que razoável e justificadamente.
281
A lei referida, portanto, pode, sim, vincular Estados e Municípios, desde, contudo,
que a relação mantida por esses entes federativos com os profissionais de que ela
cogita seja trabalhista, isto é, contratual, regida pelo Direito do Trabalho.
13.5 EXPEDIENTE
Desta maneira, e considerando que a lei criadora do cargo previu jornada menor
20 (vinte) horas, temos que neste caso, poderá ocorrer a fixação de escalamento
diferenciado de expediente, nos moldes em que o gestor entender conveniente para a
municipalidade.
Com isso, poderá ser para cumprimento das 20(vinte) horas em 5(cinco) dias de 4
(quatro)horas cada; com maior carga num dia e menor em outro; ou jornada maior em um
dia e nenhuma em outro, dentre outros.
Desde que se cumpra a jornada legal durante a semana, e que atenda as
peculiaridades do cargo...
Aliás, considerando que esses cargos realizam atividades que podem ser
desenvolvidas online, vemos até a possibilidade de cumprimento da jornada em regime
de sobreaviso (ausente, mas à disposição).
No entanto, em obediência aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
tal possibilidade de cumprimento por prontidão, não poderá ser mais de 20% (vinte por
cento) da jornada.
Quanto ao Ato para essa regulamentação, poderá ser Decreto ou até Portaria,
conforme indicação do Regime Jurídico Único ou CLT.
Quanto aos engenheiros ou arquitetos ocupantes de cargos comissionados, é de
se informar que os únicos diferenciais são:
Independentemente da fixação de expediente, deverão estar disponíveis ao
gestor em tempo integral, pela característica e natureza dos cargos comissionados, sem
acréscimo de horas extras.
No caso dos assessores, podem também facultar-lhes o atendimento direto à
autoridade, com comparecimento apenas nos momentos de expediente do nomeante.
Mas isto, de igual forma, deverá ser regulamentado formalmente.
Mas de toda forma, se submetem a relatar suas atividades.
285
13.6.1 Piso
Por regra, o piso dos servidores públicos deve ser fixado por lei local, não
podendo ser inferior ao salário mínimo nacional (art. 5º, inciso IV, da CF/88).
A jurisprudência é pacífica no reconhecimento da não aplicabilidade das leis
federais, que determinam piso salarial para certas categorias profissionais.
A lei federal nº 5.194/66, que trata da profissão de engenheiros e arquitetos,
aponta o piso salarial desses profissionais, nos seguintes termos: “Art. 82 - As
remunerações iniciais dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, qualquer
que seja a fonte pagadora, não poderão ser inferiores a 6 (seis) vezes o salário mínimo da
respectiva região”.
Aliás, o congresso Nacional já havia editado a Lei nº 4.950-A/66 apontando piso
salarial para esses profissionais.
E quanto à previsão em salários mínimos, o TST consolidou que não fere o
preceito constitucional contrário à vinculação (art. 37, inciso XIII).
Deixando claro que o que não pode é exigir reajustes com base na correção do
salário mínimo.
E aplica o piso legal para todos os celetistas, inclusive, do poder público.
Todavia, a justiça diz que não se aplica aos servidores públicos estatutários pois
estes, dependem de lei específica de cada ente federativo (União, Estado, Distrito
Federal, ou Município), com iniciativa privativa de cada Poder (Executivo, Legislativo ou
Judiciário).
Com isso, após a data do julgamento pela Corte Maior (27 de abril de 2011), os
Municípios se obrigaram a pagar no mínimo o valor indicado pela lei, com as atualizações
anuais apontadas pelo MEC.
13.6.2 Teto
Por ordem do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal/88, o teto salarial
(vencimentos, subsídios, pensões, proventos...) dos agentes públicos (servidores e
equiparados, vereadores e vice-prefeitos) nos 5.570 Municípios existentes no Brasil
atualmente, é o subsídio do Prefeito.
Vejamos o dispositivo:
13.6.3 Equiparação
Por determinação do art. 37, inciso XIII, da CF/88, a vinculação e equiparação são
proibidas:
Art. 37...
[...]
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;[...]
Ou seja:
Com isso, a regra geral aponta que cada cargo é independente na carreira,
podendo receber acréscimos diferenciados.
Todavia, a evolução doutrinária e jurisprudencial, no estudo global da Carta
Magna brasileira, concluiu que em situações específicas os demais dispositivos e
princípios constitucionais autorizam, excepcionalmente, a equiparação.
Aliás, de acordo com o ensino do respeitado doutrinador constitucional José
Afonso da Silva, em sua obra “Comentário Contextual à Constituição”, publicada pela
Malheiros Editores, em 2005, p. 341-342, quando se trata de cargos empregos e funções
públicas, é possível aplicar 3 (três) tipos distintos de comparação remuneratória, quais
sejam:
a) Inexiste lei local para embasar o pedido – não acata, mediante o argumento de
que a ele não compete intervir na remuneração dos servidores dos demais
poderes, pelos princípios da independência (art. 2º da CF/88) e da legalidade
(art. 37, caput).
b) Existe lei local para embasamento – interpreta a lei no caso concreto, podendo
determinar a equiparação.
Aliás, com base nessa previsão da Lei Orgânica de lá, o Sindicato dos Servidores
Municipais de Toledo está reivindicando o reconhecimento de isonomia paritária para
diversos cargos que alega serem assemelhados e que no Legislativo o valor dos
vencimentos é maior (auxiliares de serviços gerais, zelador, contador, dentre outros).
290
14 TEMAS RELEVANTES
Vejamos:
14.3BANCO DE HORAS
In TJRS - Nº 70028218865
2009/Cível
14.9 NEPOTISMO
A Lei Federal nº 8.666/93 prevê no art. 9º, inciso III, que o órgão licitador não
poderá negociar com servidor ou dirigente de seu corpo próprio.
E segundo as mais recentes interpretações com origem na Súmula 13 do
Supremo Tribunal Federal, caracteriza nepotismo a Administração Pública negociar com
parente de até terceiro grau, de servidores envolvidos no processo.
Esse envolvimento abrange além da pessoa física, o parente que for sócio ou
membro da diretoria de pessoa jurídica.
REFERÊNCIAS
JÚNIOR, E.P., Manual de Obras Rodoviárias e Pavimentação Urbana, São Paulo, Pini,
2014.
SOUZA, J.O. de. Estradas de rodagem. São Paulo: Livraria Nobel, 1981.
TUCCI, Carlos E. M.. Inundações Urbanas. In: BARROS, Mário T.; PORTO, Rubem
La Laina; TUCCI, Carlos E. M.. Drenagem Urbana. Editora da Universidade, ABRH.
JÚNIOR, E.P., Manual de Obras Rodoviárias e Pavimentação Urbana, São Paulo, Pini,
2014.
MOTTA, Ronaldo Seroa da, Uma análise das condições de Saneamento Básico da
Região Metropolitana do Rio de
Janeiro,http://iets.inf.br/biblioteca/Uma_analise_das_condicoes_de_saneamento_basico_
da_RM_doRJ.pdf.Acesso em: 15 ago.2017.
NERI, Marcelo Côrtes, Trata Brasil: Saneamento e Saúde, Rio de Janeiro, Fgv/Ibre,
2007, http://www.cps.fgv.br/ibrecps/CPS_infra/texto.pdf. Acesso 15/08/2017.
297
CÂMARA, G., DAVIS, C., MONTEIRO, A., M., V., Introdução à Ciência da
Geoinformação, disponível em, http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/, Acessado
em 18/08/2017.
CIDADES. Ministério das Cidades. Plano Diretor participativo: guia para elaboração
pelos municípios e cidadãos. Brasília: CONFEA, 2004.
MILLER, JR, G.T. Ciência Ambiental. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
MOREIRA, Tomás. Urbanização, ontem e hoje. São Paulo, Revista Sinopse, 2002.