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RESUMO
O presente estudo busca apresentar as principais contribuições teóricas de estudiosos da área da
educação, como Piaget (1970), Wallon (1902) e Vygotsky (1989), diante dos pressupostos formativos
da atual Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação brasileira. Objetiva-se, portanto,
contrastar os aspectos normativos de ambas as partes meio ao contexto educacional e suas implicações
pedagógicas, revelando, assim, argumentos convergentes e divergentes do estabelecimento para tal
norma. Em sua metodologia, o estudo contou com a pesquisa bibliográfica e documental. Visando
oportunizar a discussão sobre a importância da BNCC sob a ótica de grandes teóricos, o estudo revela
a relação linear entre teoria e prática educativa, explorando a coesão entre referências, conjecturas e
práxis. Através desta pesquisa, pode-se apresentar a estreita relação entre as atuais e aceitas teorias da
educação com relação aos pressupostos normativos da BNCC para a educação básica brasileira.
Palavras-chave: Teorias da educação. Base Nacional Comum Curricular. Contraste.
THE ADVENT OF THE BRAZILIAN NATIONAL COMMON CURRICULAR BASE UNDER PIAGET,
WALLON AND VYGOTSKY’S THEORETICAL-EPISTEMOLOGICAL PERSPECTIVES
The present study seeks to present the main theoretical contributions of scholars in the field of
education, such as Piaget (1970), Wallon (1902) and Vygotsky (1989), in view of the formative
assumptions of the current National Common Curricular Base for Brazilian education (BNCC). The
objective is, therefore, to contrast the normative aspects of both viewing to the educational context
and its pedagogical implications, thus revealing convergent and divergent arguments of the
establishment for such a norm. In its methodology, the study counted on bibliographical and
documentary research. In order to open the discussion about the importance of BNCC from the
perspective of great theorists, the study reveals the linear relationship between theory and educational
practice, exploring the cohesion between references, conjectures and praxis. Through this research,
there is the possibility to present the close relationship between current and accepted educational
theories in relation to the normative assumptions of BNCC for Brazilian basic education.
Keywords: Theories of education. Brazilian National Common Curricular Base. Contrast.
Professora Especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN, 2014. E-mail jacfqueiroz@gmail.com
Professor Especialista em Ensino da Língua Inglesa pela Universidade Estadual do Ceará – UECE, 2018. E-
mail lucianoufrn2@gmail.com
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A BNCC pode ser definida como um documento normativo que declara de forma
gradual as aprendizagens essências a que devem ser expostas os discentes no decorrer de suas
incursões pelo mundo letrado. No decorrer dessa trajetória pela educação básica os mesmos
necessitam da garantia do direito a aprendizagem, a formação humana e a justiça social. O
documento deixa claro que os estudantes devem desenvolver competências básicas e dessa
forma consolidar seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento integral possibilitando aos
mesmos a formação de um sujeito capaz de exercer sua cidadania e atuar dignamente no
mundo do trabalho. Para tanto necessitamos perceber que a “educação deve afirmar valores e
estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade tornando-a mais humana,
socialmente justa e também, voltada para preservação da natureza” (BRASIL, 2013)
mostrando-se também alinhada a agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
A BNCC tem como marcos legais a constituição 1988, em seu artigo 205º, onde
declara ser a educação um direito fundamental. A Lei de Diretrizes da Base da Educação –
LDB, que em seu artigo 9º, inciso IV estabelece o regime de colaboração entre estados,
distrito federal e municípios competências e diretrizes para cada modalidade de ensino
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mantendo o que deve estar posto nos currículos e seus conteúdos básicos, a fim de propiciar
uma formação mínima comum a toda a população. O parecer do Conselho Nacional de
Educação – CNE/CEB nº 7/2010 que orienta o conceito de contextualização, dando
visibilidade à inclusão, à valorização dos diferentes, ao atendimento a conceitos de culturas
diferenciadas, pluralidade, diversidade cultural.
Diante desses pressupostos legais e normativos, o estudo almeja contrastar tais aos
pressupostos às perspectivas de teóricos e estudiosos renomados da área da educação como
Jean William Fritz Piaget (1970), Henri Paul Hyacinthe Wallon (1902) e Lev Semyonovich
Vygotsky (1989), em prol do estabelecimento de uma visão contextualizada dos aspectos
convergentes e divergentes.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Sensório Motor (0 aos 02 anos) a criança não tem autonomia, ações são restritas, sua
sobrevivência depende de outros;
Pré – operatório (02 aos 07 anos) apresenta função simbólica, inicia a linguagem oral,
“tudo gira em torno do sujeito”, animismo;
Operações Concretas (07 aos 12 anos) a criança desenvolve a ideia de objeto concreto,
empatia e tolerância.
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Estagio Impulsivo (0 a 06 meses) inicia a partir do ato reflexo e depende dos estados
afetivos;
Estagio Emocional (6 – 8 meses) reações associadas a alguma atividade, preparação
para a fase sensório-motora;
Estagio Sensório-motor (8-18 meses) relações cognitivas com o meio, por intermédio
de experimentações, movimentação com finalidade afetiva.
Estagio Projetivo (18 meses a 03 anos) o simbolismo da linguagem, cada vez mais
apurado, o pensamento expresso pelo gestual.
Estagio Personalismo (03- 07 anos) formação da personalidade, preponderância das
relações afetivas através de palavras e ideias.
Estagio Categorial (07 anos – puberdade) avanços cognitivos e predominância na
relação com o meio.
Tanto Piaget quanto Vygotsky entendem a criança como um ser ativo, atento, que
cria hipóteses sobre o ambiente. A teoria de Wallon assemelha-se ao trabalho de Vygotsky
quando coloca o conhecimento como uma teia de relações sociais.
social, a partir de sua interação com os indivíduos, a construção do real mediada pelo
interpessoal para o individual em seu desenvolvimento, já em Wallon a emoção é
orgânica e social.
Quanto ao papel da aprendizagem – Piaget acredita que a aprendizagem se submete ao
desenvolvimento, Vygotsky aponta que desenvolvimento e aprendizagem processos
que se influenciam mutuamente, quanto mais desenvolvimento mais aprendizagem.
Em Wallon a inteligência se desenvolve através de saltos, para que eles ocorram se faz
necessário o amadurecimento neurológico e também a influência da cultura.
Quanto ao papel da linguagem no desenvolvimento e a relação entre linguagem e
pensamento; Vygotsky “A linguagem é anterior ao pensamento e que esse, o
pensamento, é reflexo da linguagem, Piaget por sua vez acredita que o pensamento é
anterior a linguagem e que essa a linguagem, é reflexo do pensamento. Para Wallon,
não há pensamento sem linguagem e nem linguagem sem pensamento, a relação entre
existem na complementariedade, no desenvolvimento.
3 METODOLOGIA
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. – Brasília: Senado Federal,
Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 58 p.
DOURADO, Ione Collado Pacheco; PRANDINI, Regina Célia Almeida Rego. Henri
Wallon: psicologia e educação. Augusto Guzzo Revista Acadêmica, São Paulo, n. 5, p. 23-
31, aug. 2012. ISSN 2316-3852. Disponível em:
<http://www.fics.edu.br/index.php/augusto_guzzo/article/view/110>. Acesso em: 01 jan.
2019. DOI: https://doi.org/10.22287/ag.v0i5.110
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. 21ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1995.
SOUZA, Natália Moreira de.; WECHSLER, Amanda Muglia. Reflexões sobre a teoria
piagetiana: o estágio operatório concreto. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade,
Bebedouro-SP, 1(1): 134-150, 2014.