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ANHANGUERA EDUCACIONAL

PEDAGOGIA

CINTIA LUZIA HERRERO DA SILVA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I: ENSINO
INFANTIL

São Paulo
2020
CINTIA LUZIA HERRERO DA SILVA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I: ENSINO
INFANTIL

Relatório apresentado à Faculdade


Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para o aproveitamento da disciplina de
Estágio Supervisionado do Curso de
Pedagogia.

São Paulo
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................4

Atividade A: Ler os textos indicados.............................................................................5

Atividade B: Conhecer a função e a estrutura do Projeto Político Pedagógico (PPP). 9

Atividade C: Conhecer a atuação do professor regente e sua inter-relação com a


equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe pedagógica
no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina............................................11

Atividade D: Conhecer a abordagem dos temas contemporâneos transversais da


BNCC (meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo, multiculturalismo e
ciência e tecnologia)....................................................................................................13

Atividade E: Pesquisar metodologias ativas com uso de tecnologias digitais...........17

Atividade F: Elaborar 2 (dois) planos de aula, conforme campo de estágio..............21

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................25

REFERÊNCIAS...........................................................................................................26
4

INTRODUÇÃO

Concebido como uma atividade prática, o estágio curricular possibilita a


inserção efetiva do aluno do curso de Pedagogia na realidade de instituições
educacionais, públicas ou privadas.

Seu objetivo é proporcionar, no contexto do processo de ensino-


aprendizagem, a expansão dos conhecimentos construídos no decorrer da
formação, por meio de observações, de reflexões e da participação em situações
profissionais.

No curso de Pedagogia, o estágio curricular é regulamentado pela


Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006, a qual estabelece que, ao longo do
curso, deve-se assegurar aos graduandos a aquisição de experiência profissional
em ambientes escolares que ampliem e fortaleçam atitudes éticas, conhecimentos e
competências.

O estágio supervisionado para a formação de professores também está


pautado na legislação vigente, conforme segue: Lei nº 6.494/1977, regulamentada
pelo Decreto-Lei nº 87.497/1982 e alterada pela Lei nº 8.859/1994; Lei nº 9.394/1996
(LDB); Pareceres CNE/CES nos 503/1998, 197/2004 e 15/2005; Pareceres CNE/CP
nos 9/2001, 27/2001 e 1/2002; Resoluções CNE/CEB nos 1/2004 e 2/2005.

De posse dos conteúdos foi realizado a divisão dos itens que irão compor
cada capítulo do trabalho, sempre organizado e referenciado por teóricos que tratam
do tema escolhido para a pesquisa, realizando conexões para que exista um bom
entendimento durante a leitura.
5

Atividade A: Ler os textos indicados.

A expansão do Ensino Infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma


crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a
participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e
estrutura das famílias.

A conjunção desses fatores ensejou um movimento da sociedade civil e de


órgãos governamentais para que o atendimento às crianças fosse reconhecido na
Constituição Federal de 1988. A partir de então, a educação passou a ser, ao menos
do ponto de vista legal, um dever do Estado e um direito da criança (artigo 208,
inciso IV).

Os princípios que devem ser levados em conta nos processos de ensino e


aprendizagem, segundo o Referencial Curricular Nacional para o Ensino Infantil são:
O respeito á dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas
diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas entre outras
e o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento,
interação e comunicação.

Segundo Barsan (2006) o Ensino Infantil é essencial para a formação do


cidadão. A criança pequena está numa fase predominantemente afetiva. Quando ela
nasce, precisa do toque, do carinho, do aconchego. Dos três aos seis anos, ela
precisa se sentir aceita, se sentir reconhecida.

Portanto, no Ensino Infantil, torna-se impossível a dissociação do educar e


do cuidar. Durante os estudos realizados vários teóricos se destacaram por trazerem
contribuições importantes à educação. Encontramos ainda hoje, resquícios de
muitos estudiosos como Gardner (1994, p.46) que diz que se os educadores
trabalham somente com as habilidades particulares de cada criança, não estão
contribuindo para o desenvolvimento de outras áreas fundamentais para que o
indivíduo se torne inteligente. A criança precisa vivenciar diferentes tipos de
inteligências, para que possa desenvolver seus processos mentais.
6

Para Fröebel, o desenvolvimento ocorre em fases que são a infância, a


meninice, a puberdade, a mocidade e a maturidade. Para ele todas possuem a
mesma importância. As atividades de linguagem, de percepção sensorial e de
brinquedo seriam as formas da criança expressar-se, enquanto a linguagem oral
estaria associada à vida e à natureza. Para ele, os ritmos e o movimento eram muito
importantes, por isto, deu importância ao desenho e à atividade lúdica - o brinquedo.

Já Wallon (1879-1962) propôs o estudo do desenvolvimento infantil,


contemplando os aspectos da afetividade, da motricidade e da inteligência. Para ele,
o desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e
do grau de apropriação que o sujeito faz delas.

Freinet (1896-1966) Introduziu modificações nas salas de aula, como os


cantinhos pedagógicos e as “aulas-passeio”. Para ele a criança não avança sozinha,
sendo assim, a “cooperação” é um dos pontos fundamentais de sua Pedagogia.

Vygotsky (1986-1934) diz que a cada estágio do seu desenvolvimento a


criança adquire os meios para interferir de forma competente no seu mundo e em si.
Ele enfatiza a importância do brinquedo e da brincadeira, do faz de conta para o
desenvolvimento cultural da criança.

Para Piaget há vários estágios e períodos do desenvolvimento da


inteligência, estes estágios, segundo ele, são os seguintes: estágio sensório motor,
pré-operacional, estágio de operações concretas e estágio das operações formais.

O modo de raciocinar da criança é diferente do adulto, pois ela não raciocina


por dedução ou por indução, mas por analogia, sendo, também, um ser com uma
capacidade adaptativa muito elevada, sob o aspecto tanto social, como mental,
emocional e físico. Seus sentidos captam o concreto com elevada capacidade o que
resulta em descobrir o mundo. Os estudos desses teóricos possibilitaram uma nova
compreensão do desenvolvimento infantil, embora nem sempre concordantes em
todos os aspectos.
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O Referencial Curricular Nacional para o Ensino lnfantil fala que


compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem
no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais.

Há muito discutimos no Brasil qual a proposta pedagógica mais adequada a


ser utilizada pelas instituições de Ensino Infantil; uma proposta pedagógica que
contemple essa visão de criança pós-moderna vista na perspectiva constituída
historicamente de criança como sujeito de direito. O que galgamos hoje é a
superação e uma nova leitura. Uma proposta educativa que abandone a visão
ultrapassada da educação infantil como uma etapa de preparação da criança para o
ingresso na escola fundamental.

Segundo Rocha (1999), a Pedagogia da Infância, tem como objeto de


preocupação a criança, seus processos de constituição como seres humanos em
diferentes contextos sociais, suas culturas, capacidades intelectuais, criativas,
estéticas, expressivas e emocionais. Complementa a autora:

(...) a tarefa das instituições de Ensino Infantil não se limita ao domínio do


conhecimento, assumindo funções de complementariedade e socializações relativas
tanto à educação como ao cuidado e tendo como objeto as relações educativas-
pedagógicas, estabelecidas entre e com as crianças pequenas – 0 a 6 anos.

Essas relações envolvem além da dimensão cognitiva, as dimensões


expressiva, lúdica, criativa, afetiva, nutricional, médica, sexual, física, psicológica,
linguística e cultural. (ROCHA, 1999: 08).

Em relação ao projeto alimentar-se de forma saudável é correto afirmar que


as necessidades mudam de acordo com a idade e o sexo do ser humano e com a
atividade que ele exerce. Se a quantidade de alimentos ingeridos fica abaixo das
exigências do organismo, surgem problemas de saúde. O mesmo acontece se ela
fica acima das necessidades do corpo.
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Além de ser em quantidade certa, a alimentação precisa ter qualidade,


harmonia entre os seus componentes e ser adequada a quem se destina. Também
deve atender à sua finalidade, que varia a cada momento da vida. Por exemplo, a
finalidade da alimentação para quem está sadio é conservar o bem-estar dessa
pessoa. Para quem está doente, é ajudar na recuperação.

Portanto, é preciso conhecer as diferentes situações para, assim, adequar a


alimentação. Ações de educação alimentar e nutricional são, portanto, a garantia do
direito de cada cidadão a uma alimentação de qualidade. Quando realizadas com
nossos alunos, se tornam mais importantes, pois nessa fase ocorre a formação dos
hábitos alimentares.
9

Atividade B: Conhecer a função e a estrutura do Projeto Político Pedagógico


(PPP).
O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente
escolar?

Vale ressaltar que o Projeto Político Pedagógico, é antes de tudo a


expressão de autonomia no sentido de reformular e executar sua proposta de
trabalho é um documento judicialmente reconhecido e que norteia e encaminha as
atividades desenvolvidas no espaço escolar e tem como objetivo central identificar e
solucionar problemas que bojo no processo do ensino aprendizagem. Ele é
elaborado e pautado para o que a escola tem de mais importante no contexto
escolar “o educando”.

Além da preocupação que a escola deve ter em funcionar e atender seus


alunos precisa preocupa-se de como fará isso. Assim a elaboração de um Projeto
Político Pedagógico (PPP) organiza as ações necessárias para que se efetive um
atendimento de qualidade.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se
apropriar na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar
seu currículo a partir desse documento. Com base na leitura que você realizou,
como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o
PPP?

As atividades pedagógicas desenvolvidas devem ser direcionadas a atender


uma demanda específica de alunos que estão em busca uma nova visão de
conhecimento. E para que essas atividades sejam desenvolvidas, a escola conta
com uma série de recurso didático, pedagógico e tecnológico para dar suporte na
execução dos trabalhos onde podemos citar; computador, data show, televisor,
aparelho de DVD, micro systems, impressoras, maquina digital, filmadora, DVD,
internet, caixa de som, microfone, jogos educativos, esqueleto do corpo humano,
livro didático e PCN’s dentre outros materiais utilizados no dia-a-dia dos alunos e
professores na execução das atividades.
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Nessas atividades são desenvolvidos alguns projetos pelos professores,


coordenação pedagógica e corpo administrativo da escola, os quais podem citar;
Projeto Patrimônio Público Escolar, Projeto Drogas? Não! Projeto Lei Maria da
Penha, Projeto Combater a Exploração de Menores, Projeto Poluição Sonora,
Projeto Violência na Escola e Projeto Drogas em Meio à Sociedade.

A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de


ensino e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços
escolares e dos pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura
que você realizou do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de
avaliação?

A utilização das mais variadas metodologias possibilita ao aluno maior


interesse pelo conhecimento histórico apresentado. Contato direto com a tecnologia
com acompanhamento do professor, criação de sites educativos, blogs, onde possa
haver a interação entre os alunos e professor tirando dúvidas virtualmente. Desta
forma, a aprendizagem torna-se mais prazerosa e benéfica.

A avaliação, portanto, deve ser vista não como julgamento definitivo e


dogmático do professor, mas como uma comprovação para o aluno de seu
progresso em direção a noções mais sistematizadas.
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Atividade C: Conhecer a atuação do professor regente e sua inter-relação com


a equipe pedagógica e administrativa, assim como a atuação da equipe
pedagógica no acompanhamento do desenvolvimento da disciplina.

Quanto a rotina de trabalho nas aulas é uma rotina que requer muita atenção
e concentração nas atividades prática docente. Exige, portanto, muita leitura,
dinamismo para compreensão e interpretação de situações e fatos históricos,
interação com os alunos, analisar textos complementares, utilizar outros recursos
didáticos. Deve-se ainda adotar metodologias de acordo com a realidade escolar e
dos alunos.

Ainda em relação aos alunos, há aqueles que participam e contribuem com


seus conhecimentos, questionando e opinando, à cerca, do conteúdo que está
sendo discutido e estudado. Por outro lado, grande parte dos alunos, não se
mostram interessados no ensino e no aprendizado, não participam como deveriam
participar o que colabora para desviar a atenção e compreensão dos demais.

Às vezes, fazem comentários que não se conectam com o contexto histórico


que está sendo analisado e discutido nas aulas. Com relação aos recursos didáticos,
os professores devem utilizar com frequência livros didáticos, além de alguns textos
complementares, que são a base teórica para o ensino e aprendizado dos alunos,
além de imagens e alguns livros e enciclopédias que contribuem grandemente para
formar a consciência crítica, história e social dos alunos, levando-os a interpretar e
analisar os fatos e situações históricas.

Além de realizar comparações entre o passado e presente observando,


sempre, as mudanças e permanências, sincronias, continuidades e
descontinuidades, no espaço temporal e histórico. Há pouco trabalho com internet,
vídeos e músicas, devido a pouca disposição destes recursos didáticos, na escola
onde a professora trabalha, tendo, portanto dificuldades para utilizar esses
instrumentos didáticos em suas aulas, o que acaba por segundo plano, esse
trabalha com recursos midiáticos, conforme a constatação da mesma.
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A relação da gestão escolar deve ser atenciosa e contribuir bastante no


trabalho pedagógico. Através dela é possível saber que a escola tem recurso da
Prefeitura, FNDE (MEC), PDDI, PNAI, Com esses recursos é feito consertos e
reparos, compra de merenda e material de limpeza.

.A direção em relação ao Projeto Político pedagógico (PPP) deve


estabelecer mudanças no mesmo de dois em dois anos com a participação de pais
de alunos além dos componentes da escola, conselho escolar. Quando
perguntamos se a comunidade realmente aparece e participa, a direção falou: “é só
falar em bolsa família que eles vêm.” Neste caso não parece ser um interesse pelo
PPP, que talvez, nem saibam o que é ou para que seja.

Devem ser realizadas, anualmente, de três a quatro reuniões com os pais,


principalmente nas datas comemorativas em que são lidos textos reflexivos com o
objetivo de incentivá-los a participaram da escola colaborando com o
acompanhamento do desenvolvimento dos seus filhos. . Tentam conscientizá-los
que a escola precisa da parceria dos pais para o crescimento e desenvolvimento das
crianças.O conselho escolar por sua vez, precisa ser atuante e contar com a
participação da comunidade quanto fala de alguma coisa que tenha interesse.
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Atividade D: Conhecer a abordagem dos temas contemporâneos transversais


da BNCC (meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo,
multiculturalismo e ciência e tecnologia).

Como podemos entender o termo Transversalidade?

De acordo com as diretrizes da BNCC, a Educação Infantil, em sentido


amplo, refere-se à teoria e prática da educação de crianças pequenas. Incorpora a
educação de adultos sobre crianças muito pequenas, principalmente, mas não
exclusivamente, através da formação de professores, para que os professores
possam conhecer o melhor caminho para aprender, recorrendo a um repertório de
estratégias. É aqui que a pedagogia se enraizou.

Globalmente, a Educação Infantil também ocupa uma importante plataforma


para a política econômica e social do governo e assume um papel cada vez mais
formativo na maneira como a criança e a família podem ser conceituadas na
sociedade contemporânea e futura. Nesses contextos, a pedagogia dos primeiros
anos está alinhada com as práticas de criação de crianças que, segundo adultos
bem-intencionados, afirmam saber o que constitui conhecimento valioso, promovem
resultados desejáveis para todos. A educação infantil e as pedagogias que moldam
sua existência são, portanto, frequentemente vistas como uma 'bala mágica' para a
reforma social em muitos países.

Transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias


modificadores da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada,em direção a uma visão sistêmica

Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?

O foco crescente na primeira infância como lócus da administração social se


reflete na mídia contemporânea sobre a paternidade, bem como no aumento de
bolsas de estudos, profissionalização, políticas e planejamento estratégico, incluindo
o desenvolvimento de currículos formalizados.
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O crescimento exponencial e a promoção de centros de educação infantil e a


educação formal de professores de educação infantil em muitas sociedades
ocidentais enfatizam o crescente valor e papel da educação infantil para famílias e
governos.

Daí o foco da filosofia e da pedagogia nesta edição especial: esperamos que


essa edição forneça um veículo para aprofundar o debate e um meio de pensar de
forma crítica, reflexiva e formativa sobre a relação entre educação, assistência e
crianças muito pequenas em contextos educacionais formais que reivindicar a
pedagogia como sua busca central.

Os atuais delineamentos conceituais de pedagogia também abordam o


escopo mais amplo de questões educacionais, como: O que significa ensinar? O que
significa aprender? O que significa ser humano? O que e cujo conhecimento é
importante? A pedagogia, portanto, faz conexões vitais entre ensino, aprendizagem,
conhecimento, sociedade e política e geralmente envolve uma visão sobre
sociedade, pessoas e conhecimento.

Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) é uma busca pela melhoria


da aprendizagem. Ao contextualizar o que é ensinado em sala de aula juntamente
com os temas contemporâneos, espera -se aumentar o interesse dos estudantes
durante o processo de relevância desses temas no seu desenvolvimento como
cidadão.

Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal


no seu curso de graduação?

A pedagogia vista dessa maneira, portanto, refere-se não apenas às


epistemologias do saber e do fazer. Adquire significados discursivos que envolvem
uma infinidade de práticas e subjetividades, incluindo as da administração social que
trabalham na criança, na família e na sociedade.
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Qualquer interpretação da pedagogia está intimamente ligada às definições


de aprendizado, orientação (realizada ou não) e aplicação nos contextos dos
primeiros anos. Uma ênfase na aprendizagem como um processo individual de
interação social e a imitação de um especialista são claramente mantidas em
domínios psicológicos e de desenvolvimento que têm uma influência nos estudos e
práticas contemporâneas dos primeiros anos.

Por exemplo, a orientação marxista de Vygotsky posiciona a aprendizagem


como um processo dialético que leva o aluno a um pensamento psicológico superior
e prepara o cenário para a intervenção como avanço do conhecimento: um processo
descrito como 'enquadramento pedagógico'. Nesse local, a criança em
desenvolvimento é levada a uma maneira mais sofisticada de pensar no mundo.
Esse pensamento, quando aplicado sem considerar os processos criativos que
acompanham o pensamento, privilegia os logotipos e apoia a visão de que o
conhecimento científico é superior a outras formas de conhecimento.

Com essa visão do trabalho pedagógico e dos aspectos sociológicos,


filosóficos e pedagógicos presentes na Etapa da Educação Infantil na BNCC,
compreendemos então a importância que a BNCC apresenta para a melhora da
educação brasileira.

Tais visões invocam respostas pedagógicas que exortam os professores a


considerar sua própria posição como atores em um processo dialógico de
aprendizado que os envolve tanto quanto o aluno. Desta forma percebe-se que a
BNCC não busca uma prática pedagógica específica, mas convidam os educadores
para explorar os limites da certeza e convidar a refletir sobre o significado da
infância e da aprendizagem em relação à pedagogia nos primeiros anos.

O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento


dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.

Os quatro pilares apresentado no Guia para desenvolvimento dos TCTs são:

- Problematização da realidade e das situações de aprendizagem


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- superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão


sistêmica

- integração das habilidades e competências curriculares à resolução de


problemas

- promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como


uma construção coletiva.

Essa metodologia contribuiu para a aplicação do conhecimento teórico


adquirido pelos alunos, contribuindo para que assimilem o conteúdo de forma prática
em seus estudos. Portanto é um método de caráter avaliativo, que visa garantir a
eficácia do aluno, criando uma visão crítica e ampla da área de atuação escolhida.
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Atividade E: Pesquisar metodologias ativas com uso de tecnologias digitais.

SITUAÇÃO-PROBLEMA (SP)

Como aluno do curso de licenciatura, você precisará estagiar em uma escola


da cidade onde mora. Para tanto, necessitará refletir sobre questões importantes
para o bom desempenho de suas ações: qual escola escolher? Qual a proposta
pedagógica da escola selecionada? Como aplicar de forma prática e significativa os
conhecimentos aprendidos ao longo da graduação? Como propor que a relação
entre ensino e aprendizagem aconteça de forma dinâmica? Como romper com ciclos
tradicionais de ensino e aprendizagem e buscar a aplicação de propostas atuais e
dinâmicas que colocam o estudante no centro do processo? A partir destes
questionamentos, você é convidado a conhecer a situação problema, ou seja, uma
problematização ligada à sua realidade profissional e ao campo de estágio que está
realizando.

Deste modo, adentrará na realidade da escola selecionada para a realização


de seu estágio objetivando aplicar os conhecimentos previamente adquiridos e
contribuir com a formação dos estudantes da educação básica. Ao se apresentar na
escola escolhida para realizar seu estágio, a pedagoga convida-o para uma breve
reunião onde alerta que a escola passa por um período de mudanças e que a
realidade poderá divergir do conceito de escola idealizada para estagiar. De acordo
com ela, a escola está com alto índice de evasão e os alunos apresentam baixo
rendimento em relação aos índices estaduais.

A pedagoga destaca uma série de questões que estariam interferindo no


cotidiano escolar e no rendimento dos alunos. Por ser uma escola com poucos
recursos financeiros e tecnológicos, mostrava-se pouco atrativa para os alunos.
Outro fator do baixo rendimento seria o uso ilimitado dos aparelhos celulares em
sala de aula, que acabavam distraindo os alunos ao longo das aulas. Após a reunião
com a pedagoga, e com as informações repassadas por ela, você deve refletir sobre
como realizará a regência de seu estágio nesta escola.
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Para tanto, deve considerar todos os fatores que irão interferir em sua
regência e propor novas metodologias e tecnologias para que seus objetivos sejam
alcançados de modo satisfatório. Lembre-se de que a solução para a SP deve estar
de acordo com seu campo de estágio. Agora é a sua vez de pesquisar e propor o
uso de metodologias ativas que contribuirão com a transformação da realidade
apresentada pela pedagoga. Logo, você deve responder a SP sugerindo atividades
que utilizem metodologias ativas e tecnologias digitais que contribuirão para
solucionar os problemas que estão interferindo no cotidiano da escola, com o tipo de
estudante que pretende formar, bem como sobre a forma de organizar seu
planejamento.

SOLUÇÃO

Antigamente lápis e papel eram os materiais necessários para educação das


crianças, tanto no ambiente escolar como fora dele, com a globalização e o avanço
tecnológico os computadores entre outros recursos tomaram conta da rotina da
sociedade, sendo inserida em diversos ambientes inclusive a sala de aula.

Os recursos tecnológicos passaram a ser utilizados socialmente para redigir


tudo que se possa imaginar, portanto não era possível ignorar o uso destes recursos
como método de alfabetização. Seguindo o conceito do uso de recursos
tecnológicos, podemos sugerir a alfabetização visual que é considerada o processo
no qual a criança aprende a realizar uma leitura crítica sobre imagens e as
transformar em expressões.

Ao contrário do que pensavam as imagens não são elementos naturais, mas


sim um discurso construído, sendo necessário ter compreensão sobre tal definição,
esta concepção auxilia no manuseio da empregabilidade das imagens em
propagandas e dentro do âmbito educacional. A criança capaz de exercer uma
leitura crítica consegue identificar uma publicidade com maior facilidade,
estabelecendo, portanto uma relação diferenciada com o consumo do produto
apresentado.
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“A leitura das imagens fixas e móveis da publicidade e da Arte na escola nos


ajuda a exercitar a consciência acerca daquilo que aprendemos por meio de
imagem”. (Barbosa, 2002, p. 18).

Atualmente vivemos em um mundo visualmente cultural, muita coisa nos é


apresentada através da transmissão de imagens, por isso a compreensão desta
interpretação se faz tão necessária.

Quando a criança passa pelo processo de aprendizagem da leitura, os livros


ilustrados são atrativos eminentes, com isso tornam-se maioria nas estantes, as
crianças realizam uma análise minuciosa sobre os desenhos, as cores e as formas.

Na medida em que a criança compreende o sistema de alfabetização e


adquire conhecimento sobre as primeiras letras, palavras e desenvolver este
aprendizado na prática, as ilustrações perdem espaço dando vez as leituras.

Porém, mesmo deixando de ser o principal atrativo da criança, as imagens


estão espalhadas por todos os lados e cada dia mais presentes no nosso cotidiano.
Os que conseguem realizar uma interpretação sobre elas apresenta vantagem não
só em relação aos outros, mas em primeiro lugar na sua própria vida.

De acordo com, Kulcsar (2012), "Uma imagem tem força, ela pode romper e
mudar a forma de a gente pensar", segundo ele o uso de imagens na alfabetização é
uma excelente maneira de tornar os alunos seres pensantes e críticos sobre a
realidade que estão vivendo.

A escola por sua vez, privilegia as concepções de aprender a ler e escrever,


deixando a utilização e interpretação das imagens fora deste aprendizado, que por
sua vez é muito relevante para a comunicação.

A falta de capacitação dos professores também é um problema que


influencia no trabalho da leitura de imagens, porque elas possuem diversos
significados e são menos objetivas comparadas com disciplinas como Matemáticas
e Português.
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Desta maneira, cada um realiza uma leitura sobre as imagens, de acordo,


com o que compreende e sendo assim o professor pode se sentir inseguro em
trabalhar e avaliar este conteúdo. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra.
Você está sempre lendo o mundo por meio da imagem e construindo a sua opinião a
partir dela. Precisamos aprender a, no mínimo, consumir melhor as imagens que
vemos por aí”. (Freire, 1983, p. 22).
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Atividade F: Elaborar 2 (dois) planos de aula, conforme campo de estágio

PLANO DE AULA
DISCIPLINA Interdisciplinar
SÉRIE Nível III
IDENTIFICAÇÃO TURMA A
PERÍODO Vespertino

CONTEÚDOS: Reconhecer a Letra S do alfabeto, cores e números.

OBJETIVO GERAL: Reconhecimento da letra S no alfabeto, percepção das


cores, desenvolvimento da imaginação e criatividade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Interação com o professor e colegas da sala,


assimilação das palavras à figura, cores e formas.

METODOLOGIA: Roda de conversa, mostrar algumas imagens em


sequência e pedir para as crianças montarem uma historia. Perguntar sobre as
cores, formas e quantidades, dos personagens e objetos que há na historia.

Linguagem oral e escrita: Apresentar a letra S do alfabeto; Perguntar para


eles que animais, objetos e pessoas começam com a letra; Dar uma atividade para
eles cantarem e pintarem o desenho (o sapo não lava o pé); Colar bolas de papel
crepom e algodão no sorvete.

Natureza e sociedade e Reconhecimento matemático: Dar uma atividade


para eles contarem quantos balões estão voando e quantos estão presos; Assistir
DVD da Xuxa e imitar os gestos.

RECURSOS: Livro de historia, papel crepom, tinta guache, cartazes, DVD e


algodão.
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AVALIAÇÃO: Avaliação será continua através da observação diária da


criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e
com a professora.

REFERÊNCIA

BARCA, Isabel. Educação: possibilidades e desafios para a aprendizagem. v. 1.


Curitiba: Ed UTFPR, 2007. P. 26-42.
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PLANO DE AULA
DISCIPLINA Interdisciplinar
SÉRIE Nível III
IDENTIFICAÇÃO TURMA A
PERÍODO Vespertino

CONTEÚDOS: Continuação da letra S, Cores Primarias, Formas


geométricas e numeração.

OBJETIVO GERAL: Assimilar as formas, estimular o raciocínio da criança,


classificação dos objetos, diferenciarem grande, médio e pequeno, memorização
das cores primarias e conhecimento das formas geométricas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Estimular a memorização das cores, formas


geométricas, tamanho e quantidade.

METODOLOGIA: Roda de conversa; mostrar as expressões faciais em


cartões, pedir para eles praticarem.

Linguagem oral e escrita: Continuação da letra S, colocar um barbante no


chão em forma de S e pedir para eles andarem em cima; Confeccionar um sapo de
garrafa PET e E.V.A.

Reconhecimento matemático e corpo e movimento: Atividade das formas


geométricas (grande, médio e pequeno); Brincadeira de boliche com garrafa PET,
confeccionados pelas crianças, reforçando a memorização dos números.

RECURSOS: Revistas, garrafas PET, E.V. A, cola e bola de boliche.

AVALIAÇÃO: Avaliação será continua através da observação diária da


criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e
com a professora.
24

REFERÊNCIA

BARCA, Isabel. Educação: possibilidades e desafios para a aprendizagem. v. 1.


Curitiba: Ed UTFPR, 2007. P. 26-42.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio, em se tratando da formação de professores, é com certeza, uma


das etapas mais fundamentais de sua licenciatura. É onde observa a realidade
escolar, se preparando para poder oferecer a seus educandos um preparo
adequado, através da análise e conscientização efetiva de uma instituição de
ensino.

Todas as atividades propostas nesse relatório inserem o futuro profissional


da educação no âmbito mais real da escola, e sem essa oportunidade talvez a
formação acadêmica em si não valesse de muita coisa, afinal, a teoria é importante,
mas a observação da prática docente é fundamental para a formação de um estilo
próprio de lecionar.

O estágio possibilita a nós futuros professores a compreensão das ações


praticadas dentro da instituição, assim dando uma prévia da realidade, como
também do que nós queremos realmente para a preparação à inserção profissional,
vale ressaltar que aprendemos observando o professor, porém, elaboramos nosso
próprio modo de ser, um incentivo para a profissão futura, o professor é na
sociedade um dos principais protagonistas da mudança do indivíduo, são muitos os
pontos negativos que impedem o professor de exercer o seu papel de forma
adequada, o aspecto socioeconômico, político e muitos outros fatores. Um exemplo
esclarecedor de tudo isso é o fato de que as maiorias dos pais pensam que o
professor não tem vida particular, família, filhos e outras ocupações além de dar
aulas.
26

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a


base. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=79601-anexotexto-bncc-reexportado-
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