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APRESENTAÇÃO
Este documento tem como objetivo apresentar novo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
em decorrência da necessidade de ampliação e modificação parcial das instalações originais projetadas
para o Câmpus Santo André da Universidade Federal do ABC, para atendimento de nova demanda por
espaços destinados a laboratórios didáticos e de pesquisa, especialmente, além de áreas administrativas
e de apoio ao funcionamento da universidade.
A ampliação pretendida pela UFABC se dará através da construção de dois novos blocos de
edifícios no Câmpus Santo André: (i) Bloco L, edifício que abrigará laboratórios de pesquisa e será
construído no Terreno Principal, onde o projeto original encontra-se em implantação atualmente, e (ii)
Bloco Anexo, edifício destinado a laboratórios didáticos, áreas administrativas e almoxarifados, que
será implantado em terreno localizado na Avenida dos Estados, no lado oposto do Terreno Principal,
adquirido pela universidade no ano de 2009, denominado neste estudo como “Terreno Anexo”.
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1. INTRODUÇÃO
A Lei Federal n.º 10.257 de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade, foi
promulgada depois de treze anos de discussão no Congresso Nacional, após intensa mobilização de
diversos setores da sociedade brasileira que atuam no campo da política urbana.
O Estatuto da Cidade regulamentou os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 e deu
nova configuração ao controle e gestão das cidades: definiu o princípio da função social do solo
urbano, criou instrumentos de intervenção para o poder público – especialmente na esfera municipal –
atuar no Planejamento e Gestão Urbana e estabeleceu diretrizes para o licenciamento de novos
empreendimentos causadores de impacto nas cidades.
Esta lei foi imensamente reivindicada e saudada pelos urbanistas por que:
(...) estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental (Brasil, 2001).
O Estatuto da Cidade definiu que a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana segundo diretrizes gerais,
dentre as quais:
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Somente após a aprovação dos estudos dos impactos provocados por estes empreendimentos,
poderão ser concedidas as licenças para a sua construção, tendo-se criado uma barreira ao início de
empreendimentos possivelmente nocivos ao ambiente urbano, antes de serem ressaltadas as condições
de mitigação aos eventuais danos que possam causar.
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instalações e atividades novas, significativamente diferentes daquelas existentes até então no local,
potencializando alteração das condições de uso, ocupação e aproveitamento do solo, bem como uma
demanda mais intensa da infraestrutura urbana, além de alterações nas atividades do entorno.
Justificava-se, portanto, o estudo, não apenas pelo porte do empreendimento e suas intervenções no
ambiente construído e natural, mas também por sua ampla interação com o meio urbano e
socioeconômico locais. A apresentação e análise do EIV foram tratadas através do processo
administrativo n.º 39.245/2006-0.
A criação da Universidade Federal do ABC (UFABC) em 26 de julho de 2005, por meio da Lei
Federal nº 11.145, foi intensamente desejada e reivindicada pelas comunidades locais nos últimos vinte
anos que a antecederam. Na versão original do Projeto Pedagógico da UFABC2 consta o registro
reproduzido abaixo:
Durante os últimos vinte anos em que muitos processos e eventos políticos, sociais,
econômicos e culturais marcaram a história da educação no Brasil, a comunidade da
região do ABC, amplamente representada por seus vários segmentos, esteve atuante
na luta pela criação de uma Universidade pública e gratuita nesta região (UFABC,
Projeto Pedagógico: UFABC, 2006).
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O EIV será exigido para ampliação quando esta for superior a 50% (cinquenta por cento) da área regularmente existente ou
quando a área a ser construída for igual ou superior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados), aplicando-se o caso mais
restritivo (Santo André, 2012 - Lei M unicipal n.º 9.394, de 05/01/2012, art. 55).
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Disponível em: http://www.ufabc.edu.br/images/stories/pdfs/institucional/projetop edagogico.pdf
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A instituição da UFABC pelo Governo Federal se deu no âmbito das metas de expansão do
ensino superior público, com previsão de implantação do primeiro câmpus no município de Santo
André, na várzea do Rio Tamanduateí, a partir do ano de 2006, e perspectiva de expansão da
universidade em outros municípios da Região do ABC, nos anos seguintes.
Cabe registrar que, no mesmo período de implantação da UFABC, outra instituição federal
iniciou suas atividades na Região do ABC: a partir do ano de 2007, entrou em funcionamento na cidade
de Diadema uma unidade da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Instituto de Ciências
Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, também como resultado das metas de expansão do ensino
superior público, em resposta à demanda existente na Região do ABC.
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É importante registrar que, em 2009, a UFABC estabeleceu outro marco na sua implantação na
Região do ABC: a criação do seu segundo bacharelado interdisciplinar: o Bacharelado em Ciências e
Humanidades (BC&H). As atividades acadêmicas do BC&H tiveram início no ano de 2010, em
instalações provisórias no Colégio Salete, em São Bernardo do Campo, edifício cedido pelo município
à universidade. No ano de 2011, a UFABC inaugurou o seu segundo câmpus no ABC Paulista, no
município de São Bernardo do Campo, com a conclusão das obras e entrega do Bloco Alfa à
comunidade universitária da UFABC: o Câmpus São Bernardo.
Paralelamente à viabilização das instalações físicas, a UFABC ofertou, até o ano de 2013,
11.820 vagas para os cursos de graduação e criou no mesmo período 19 (dezenove) cursos de pós-
graduação, entre mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado (UFABC em Números,
2014).
De acordo com o Relatório “7 anos UFABC / 2006-2013”, documento que integra o Plano de
Desenvolvimento Institucional UFABC 2013-2022 (PDI UFABC 2013-2022), atualmente, a UFABC
conta com 90 mil metros quadrados de área construída nos dois câmpus, que abrigam juntos cerca de
nove mil alunos de graduação e mil alunos de pós-graduação. Com 26 cursos de graduação (2
bacharelados interdisciplinares – BIs, 8 engenharias, 11 bacharelados e 5 licenciaturas) e 19 cursos de
pós-graduação, sendo 9 em nível de doutorado, a UFABC é responsável, sozinha, pela oferta de mais
de 80% das vagas de ensino superior gratuito disponibilizadas nesta importante e estratégica região
brasileira (UFABC, PDI UFABC, 2013).
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A partir dos dados constantes da Tabela 01 pode-se verificar que a UFABC, criada com o
conceito de universidade multicâmpus, com o objetivo de ser implantada em quaisquer municípios do
ABC, teve como local de implantação dos seus dois primeiros câmpus os municípios mais populosos
da Região do ABC: Santo André, que concentra 26,4% da população da região, e São Bernardo do
Campo, com 30% da população do ABC Paulista.
A Pesquisa Censo e Opinião Discente 2010-20123 , realizada desde o ano de 2009 pela Pró-
Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PROPLADI), aponta para a existência de
um percentual aproximado de 33% do total de alunos matriculados na UFABC provenientes das
cidades da região do ABC, conforme dados registrados na Tabela 02 apresentada a seguir.
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Disponível em: http://propladi.ufabc.edu.br/images/perfil_aluno/perfil_do_aluno_2012_v3_20.08.13.pdf.
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A chamada Região do Grande ABC paulista congrega, além de Santo André, São Bernardo do
Campo e São Caetano do Sul, também os municípios de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande
da Serra, formando um arco com um quarto de círculo na região sudeste da Região Metropolitana de
São Paulo em um território de 842 km².
Outrora, todos pertenciam a São Bernardo da Borda do Campo, mas foram sendo
desmembrados por movimentos de emancipação política:
A proximidade desta região com a capital do Estado de São Paulo (18 km de distância) e a
localização estratégica em relação ao Porto de Santos, junto à Rodovia Anchieta, levou à instalação das
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montadoras multinacionais Ford (1919), Mercedes Benz (1956) e Volkswagen (1959) no município de
São Bernardo do Campo.
Ainda, a oportunidade de localização junto à Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (antiga São Paulo
Railway) que possibilitava a ligação ferroviária da Região do ABC com o transporte de cargas e com
as siderúrgicas do litoral sul paulista (a Cosipa, 70 km da capital, fundada em 1953, começou a operar
em 1963) contribuiu para a instalação da montadora General Motors do Brasil em São Caetano do Sul
(1930).
A presença do Polo, com a produção voltada para os produtos plásticos e de borracha, com
sede distribuída entre Mauá e Santo André, ao lado das indústrias de autopeças, caracterizam a
economia do município de Santo André de forma mais diversificada do que São Bernardo e São
Caetano do Sul, onde predomina a indústria automobilística (FIGUEIREDO, 2005). A evolução do
Valor Adicionado Fiscal para o município de Santo André revelava uma concentração, em 1985, de
36% para a indústria química, 19,4% para o setor de borracha e 13% para o setor metalúrgico.
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Setor Participação
Plásticos 40,40%
Intermediários químicos 16,00%
Combustíveis 15,90%
Fibras sintéticas 10,80%
Borrachas 10,60%
Tintas e vernizes 2,40%
Plastificantes 2,10%
Solventes 1,80%
Colas e adesivos 0,40%
Fonte: Associação das Indústrias do Polo Petroquímico do Grande ABC (APOLO), 2008.
O estudo da evolução demográfica no ABC revela uma região que passou por elevados índices
de adensamento populacional até a década de 80 do século XX, acima dos patamares do Estado e da
Federação, motivado pelo recebimento de grandes fluxos migratórios em função da sua oferta de
empregos. A tendência começa a se inverter, após os anos 90, em relação ao Estado de São Paulo,
acompanhando a crise econômica que se abateu sobre a região. O município de Santo André expressa
com mais contundência esta tendência, com crescimento populacional abaixo da metade dos índices
regional, estadual e nacional, conforme ilustra a Tabela 05.
Tabela 05: Evolução da população residente entre 1960 e 20 10 (taxa média geométrica de crescimento
anual)
Regiões / Localidades 1980 1991 Variação na 2000 Variação 2010 Variação na
década na década década
Brasil 119.002.706 147.305.524 23,70 169.799.170 15,30 190.732.694 12,30
Estado de São Paulo 25.040.712 31.546.473 25,90 37.032.403 17,40 41.252.160 11,40
ABC 1.652.781 2.048.674 23,90 2.354.722 14,90 2.549.135 8,30
Santo André 553.072 616.991 11,50 649.331 5,20 673.914 3,80
É notável que o ABC tenha dobrado a sua população na década de 60 e triplicado em 20 anos,
quando se estende o recorte temporal de 1960 até o final dos anos 70. Tal evolução, em curto período
de tempo, levou ao surgimento de inúmeros problemas urbanos relacionados ao incremento da
densidade demográfica, com crise habitacional e deficiências em infraestrutura urbana.
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inserindo os profissionais formados na nova Universidade na própria região do ABC. Neste contexto, o
PDI UFABC 2013-2022, traz o conteúdo reproduzido a seguir:
- nos mapas a seguir, Mapa 1 e Mapa 2, verifica-se a distribuição das universidades públicas
no Estado de São Paulo e na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, onde indica-se também a
área de influência principal da UFABC, face às condições de acesso e carência de instituições dessa
natureza.
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MAPA 1
Distribuição de Universidades Públicas no Estado de São Paulo
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MAPA 2
Distribuição de Universidades Públicas na Região Metropolitana de São Paulo –
RMSP e Área de Influência Principal da Universidade Federal do ABC – UFABC
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- Localização privilegiada em relação ao centro da cidade de Santo André, com proximidade dos
terminais de transporte coletivo: (i) rodoviário local (ônibus), (ii) metropolitano (corredor ABD até o
terminal rodoviário Jabaquara, que liga São Paulo capital à Baixada Santista) e (iii) ferroviário (linha
Esmeralda da CPTM, com interligação com a Linha Vermelha do metrô), além da proximidade com a
Rodoviária Municipal (TERSA), que possui linhas intermunicipais e interestaduais;
- Ligação facilitada com as Rodovias Anchieta e Imigrantes, além do Rodoanel Mário Covas e o fácil
acesso aos Aeroportos de Guarulhos e Congonhas;
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Portanto, a aceitação do terreno por parte do MEC foi precedida de estudos de viabilidade
técnica elaborados pela municipalidade, que demonstraram ser o terreno doado adequado para a
instalação do Câmpus Santo André da UFABC.
Cabe ressaltar que a doação do terreno pela Prefeitura de Santo André à Universidade Federal
do ABC, em 2005, para a implantação do seu câmpus sede, se deu a fim de reforçar a proposta de
revitalização da área, juntando-se ao esforço do então Projeto Eixo Tamanduatehy para a reabilitação
de terrenos vazios ou subutilizados ao longo do rio Tamanduateí e a da linha ferroviária da CPTM.
O projeto arquitetônico e urbanístico do Câmpus Santo André foi elaborado pelo escritório
Libeskindllovet Arquitetos SS Ltda, vencedor da Licitação Pública Nacional na modalidade Concurso
de Projeto, em janeiro de 2006, promovido pelo MEC e organizado pela Direção Nacional do Instituto
de Arquitetos do Brasil (IAB), tendo a Prefeitura de Santo André como entidade conveniada.
O Concurso teve por objetivo selecionar a proposta mais adequada para a implantação do
Câmpus Sede da Universidade Federal do ABC, em terreno com área de 76.951,86 metros quadrados,
doado pelo município à universidade, para atendimento da demanda da região com reduzida presença
de instituições públicas de ensino superior.
Para orientar o desenvolvimento dos projetos, o IAB elaborou regulamento integrante do edital
que indicava a necessidade de obediência às diretrizes expedidas pela Prefeitura e demais órgãos
públicos relacionados à aprovação dos projetos.
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Através do Departamento de Controle Urbano (DCURB), que forneceu parâmetros urbanísticos e edilícios para a realização
dos projetos e do Departamento de Trânsito e Circulação (DTC) que elaborou os estudos prévios para orientação à solução de
problemas gerados no futuro em relação ao trânsito, transporte público, estacionamento e acesso ao câmpus.
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Autarquia municipal responsável pelo saneamento ambiental no município de Santo André, que emitiu diretrizes para a
execução do licenciamento ambiental e para a elaboração dos projetos das redes de água, esgoto e drenagem.
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Este projeto será detalhado no item 2.2.1 deste documento, relativo à descrição da concepção
original desenvolvida para o câmpus sede da Universidade Federal do ABC.
Com o Projeto Básico concluído em maio de 2006, a UFABC promoveu processo licitatório
que resultou na contratação da Construtora Augusto Velloso para a execução das obras completas de
implantação do câmpus, com previsão inicial de conclusão de todos os edifícios no prazo de três anos.
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Embora o câmpus universitário não esteja totalmente concluído, a finalização e entrega dos
Blocos A, B e D à comunidade universitária, entre os anos de 2008 e 2010, edifícios que juntos
correspondem a 60% da área construída total aprovada originalmente para o câmpus, tornou possível o
funcionamento da universidade, notadamente quanto à realização de atividades acadêmicas voltadas ao
ensino e à extensão universitária, além do desenvolvimento de pesquisas e prestação de serviços
administrativos. Os novos edifícios resultaram em um cenário diferente para o Câmpus Santo André,
perdendo sua condição de “provisório”, conforme relato contido no PDI:
Desta forma, em 2012, cerca de 60 mil metros quadrados (envolvendo salas de aula,
laboratórios, salas de professores, áreas administrativas, além de restaurantes e
espaços de convivência) estavam disponíveis para toda a comunidade universitária
do câmpus de São André, o que representou um cenário bem diferente em relação ao
cenário encontrado no final de 2006 quando do início das atividades acadêmicas num
câmpus provisório na cidade de Santo André (UFABC, PDI UFABC, 2013).
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Disponível em: http://propladi.ufabc.edu.br/informacoes/ufabc-em-numeros
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Ao longo dos sete anos de existência da Universidade Federal do ABC, com as atividades
principais desenvolvidas no Câmpus Santo André, diversos acontecimentos que serão relatados na
sequência resultaram na necessidade de modificação parcial e ampliação das instalações físicas
previstas originalmente para o câmpus sede da UFABC.
Em 2007, com a finalidade única e exclusiva de reposição de vagas, diante da hipótese de não
se executar as obras do estacionamento sob a Praça do Sol, a UFABC vislumbrou a possibilidade de
aquisição de terreno na Avenida dos Estados, com frente para a pista sentido Norte - Sul (em direção a
Mauá / Ribeirão Pires), à altura do nº 4.650, localizado entre os lotes ocupados pelos Correios – AC
Tamanduateí e pelo Motel Red Sky.
Após negociação com os proprietários, que não prosperou, deu-se início ao processo de
desapropriação do terreno, que resultou em decreto federal emitido pelo Excelentíssimo Presidente da
República em 24 de janeiro do ano de 2008, declarando o imóvel de interesse público. Em 22 de julho
de 2009 foi emitida sentença de desapropriação, com mandado de emissão na posse para a UFABC, em
25 de setembro de 2009.
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O novo terreno adquirido pela universidade, também na Avenida dos Estados, localizado no
lado oposto do “Terreno Principal”, foi incorporado ao território do Câmpus Santo André e
denominado “Terreno Anexo”.
O projeto original do Câmpus Santo André foi concebido de acordo com o programa de
necessidades desenvolvido à época do Concurso Nacional, momento em que a universidade
encontrava-se ainda em formação. O corpo de funcionários estava incompleto, pois naquela ocasião
preparava-se a realização dos primeiros concursos voltados à contratação de docentes e técnicos
administrativos. Tal situação impossibilitou a previsão das necessidades reais para subsidiar a completa
definição e o correto dimensionamento das instalações físicas da Universidade, constituindo-se o
projeto original, desta forma, em projeto arquitetônico suscetível a revisões futuras.
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Já com a contratação de centenas de docentes que devem exercer as atividades de ensino, pesquisa e extensão, a
Universidade sentiu a necessidade de incorporar em sua demanda os projetos de pesquisa destes professores que exige a
construção de laboratórios, espaços administrativos e de outras infraestruturas para contemplar o projeto pedagógico da
instituição.
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Por fim, cabe registrar que, além das alterações descritas quanto às instalações físicas da
UFABC, este documento apresenta dados atualizados sobre a população que integra a comunidade
universitária, além de estimativa de crescimento para o ano de 2018. Também será demonstrado, a
partir de resultados de diversas pesquisas desenvolvidas pela UFABC em período recente, que será
necessário ajustar os percentuais relativos aos modais de acesso dos usuários ao Câmpus Santo André,
adotados no EIV/RIT anterior, mas que não se confirmaram a partir da operação parcial do
empreendimento.
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2.1. Terrenos
Terreno Principal8
Conforme descrito no item 1.3.1, o Terreno Principal foi doado pelo município à
Universidade Federal, para a implantação do câmpus sede da UFABC na cidade de Santo André.
Terreno Anexo10
Conforme descrito no item 1.3.4, o Terreno Anexo foi adquirido pela Universidade Federal do
ABC com a finalidade inicial de reposição das vagas subtraídas pela eliminação do estacionamento sob
a Praça do Sol, mas será utilizado também para a ampliação das instalações físicas do Câmpus Santo
André, em virtude da evolução do Programa de Necessidades da instituição.
8
Classificação fiscal: 04.004.016 e 04.004.018.
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Processo Administrativo n.º 13.000/2006-5.
10
Classificação fiscal:03.169.008.
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Como referências de localização atual, cabe menção também à grande loja de ferragens e
materiais de construção COPAFER, com frente para a Avenida dos Estados, na quadra oposta ao
Terreno Principal em testada para a Rua Santa Adélia e, na mesma quadra do Terreno Anexo, o
complexo industrial da Rhodia Química e o Moinho São Jorge.
A situação de relevo dos terrenos e entorno pode ser verificada através das curvas de nível
obtidas por restituição de levantamento aerofotogramétrico realizado pela Prefeitura de Santo André,
podendo-se notar que o Terreno Anexo, por toda sua extensão, e a maior parte do Terreno Principal,
em sua porção frontal para a Avenida dos Estados, apresentam-se com superfície plana – Mapa 5.
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MAPA 3
Mapa de Localização sobre a Ortofoto
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MAPA 4
Mapa de Localização sobre Planta Urbana
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MAPA 5
Mapa de Localização sobre Relevo Urbano
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O projeto arquitetônico e urbanístico para o câmpus sede da UFABC foi elaborado pelo
escritório Libeskindllovet Arquitetos SS Ltda., vencedor da Licitação Pública Nacional na modalidade
Concurso de Projeto, ocorrida entre novembro de 2005 e janeiro de 2006.
O Concurso de Projeto teve por objetivo selecionar a proposta mais adequada para a
implantação do primeiro câmpus universitário da Universidade Federal do ABC, em atendimento à
demanda da região com reduzida presença de instituições públicas de ensino superior.
A equipe técnica do arquiteto responsável pelo projeto, Cláudio Libeskind, defendeu em sua
proposta que o câmpus da UFABC deveria contribuir para a criação de espaços abertos ao público,
“deveria procurar uma relação mais íntima com a cidade, com espaços de convívio”:
Para a equipe vencedora do concurso, o projeto deveria ser implantado com o mínimo possível
de interferências no terreno natural. Com este conceito, a implantação procurou:
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Lei federal de licitações.
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O partido arquitetônico:
Junto à Rua Abolição, configura-se uma praça de entrada, com dois andares de
estacionamento aproveitando o desnível do terreno. Sobre essa grande laje, emerge o
bloco cultural num extremo e uma praça seca no outro. É uma caixa fechada com
acesso aos cinemas no nível da Praça do Sol e ao teatro pelo nível inferior.
A biblioteca também faz parte deste conjunto. Encontra-se abaixo da Praça do Sol,
com acesso pelo nível das passarelas. Alguns domus na Praça do Sol iluminam o
vazio central da biblioteca.
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aluno e algumas áreas de convívio no térreo. Uma rampa une este pavimento com os
dois superiores pelo vazio central. Nestes pavimentos se encontram os anfiteatros
com pé direito maior. Desta grande base, saem os três blocos correspondentes ao
centro de engenharia, modelagem e ciências sociais aplicadas num extremo, o centro
de ciências naturais e humanas no outro, e o centro de matemática, cognição e
computação no meio. São três pavimentos com salas de aula menores, e cinco
pavimentos com laboratórios. As salas do corpo docente foram colocadas no
pavimento superior de cada um dos blocos, visando aproveitar as melhores vistas. No
último pavimento de cada uma das torres, se encontram as cantinas, lugar de
encontro de alunos e professores com uma área para poder realizar eventos.
Uma torre de 99 metros 12 funciona como mirante, relógio e caixa d’água, além de
ser um marco para o campus. Com estrutura de concreto, vidro aramado e vidro
transparente, ela torna-se à noite uma grande lanterna (PORTAL VITRUVIUS,
Concurso para a sede da UFABC, 2006).
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Devido a restrições impostas pelo IV Comando Aéreo Regional - COM AR, por interferência com o trânsito de helicópteros
sobre o eixo do Rio Tamanduateí, a Torre do Relógio será construída com altura de 76,5 metros e a sinalização de obstrução
no gabarito de 78,0 metros.
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Com o Projeto Básico concluído em maio de 2006, a UFABC publicou o edital de licitação
para a construção das obras e, paralelamente, providenciou a aprovação do empreendimento junto ao
município.
Na sequência, apresenta-se quadro resumo - Tabela 06 - com o detalhamento dos seis edifícios
principais que compõem o Câmpus Santo André, além do estacionamento de veículos sob a Praça do
Sol, de acordo com o projeto original aprovado no município, e os índices urbanísticos resultantes da
implantação conforme concepção original.
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FIGURA 01
Planta de Implantação do Câmpus Santo André da UFABC, conforme concepção
original
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Tabela 06 – Terreno Principal: Área Construída Total e Índices Urbanísticos conforme Projeto Original
IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO ÁREA CONSTRUÍDA
(m²)
Bloco E Centro Esportivo Quadras, Piscinas, Vestiários e Ginásio Poliesportivo Coberto 10.078,03
Praça do Estacionamento Coberto Garagens às cotas 746,95 e 750,50, localizadas sob a Praça do 11.400,00
Sol Sol, com saída pela Rua Abolição
Área Laje de Piso Interligação dos Edifícios e dos Acessos Principais do Câmpus 6.648,52
Externa (passarelas recortadas)
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Para reposição das vagas suprimidas com a eliminação do estacionamento, a UFABC adquiriu
terreno localizado na Avenida dos Estados, o Terreno Anexo, no lado oposto do Terreno Principal,
que será utilizado também para a ampliação das instalações físicas da UFABC, através da construção
de edifício denominado “Bloco Anexo”.
Os dois terrenos que compõem o Câmpus Santo André serão interligados por passarela de
pedestres que, além de promover a integração física das instalações da UFABC, promoverá também a
integração dos dois lados da cidade, separados por barreira física formada pela Avenida dos Estados e
Rio Tamanduateí.
Na sequência, as novas edificações do Câmpus Santo André serão detalhadas, separadas por
área de implantação (Terreno Principal e Terreno Anexo). Também serão descritas as modificações
e complementações projetadas para outras áreas/blocos do câmpus, de menor impacto, que não alteram
a implantação original, implicando apenas no aumento de área construída (Bloco D) ou alteração de
uso previsto no projeto original, principalmente (Blocos A e B).
Na parte final, será apresentado quadro resumo consolidado com a área correspondente à
ampliação e modificações pretendidas, além dos novos índices urbanísticos relativos ao projeto
revisado para o Terreno Principal, como também para o novo projeto a ser implantado no Terreno
Anexo.
Implantação
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A dificuldade técnica, o alto custo das obras e os riscos envolvidos, motivaram a desistência de
construção do estacionamento de veículos previsto no projeto original, considerando-se, inclusive, o
reposicionamento das vagas suprimidas para o Terreno Anexo, de forma vantajosa para o sistema
viário local. Em substituição, foi projetado no local bloco de laboratórios de pesquisa, denominado
“Bloco L”, com proposta de implantação que prevê dois acessos ao edifício: (1) o acesso principal, da
Rua Abolição para o pavimento térreo, cota 754,45, através da praça que foi mantida na nova proposta
de projeto, e (2) o acesso no pavimento inferior do edifício, cota 748,95, através da Praça da Memória,
preservada conforme projeto original e que será executada pela UFABC futuramente.
A implantação do Bloco “L”, ocupando parcialmente a área antes destinada à Praça do Sol,
prevê a preservação do remanescente original da praça, com manutenção do acesso de pedestres em
nível pela Rua Abolição. O Bloco “L” será construído elevado do piso no nível da praça, que
corresponde ao pavimento térreo do edifício, com estrutura projetada em “pilotis” e área edificada
reduzida, composta apenas por acesso e recepção, além de espaços de circulação vertical,
principalmente. O novo projeto possibilita a livre circulação dos usuários do Câmpus, entre as duas
praças (a antiga Praça do Sol e a Praça da Memória), mantendo-se integração com o espaço público
conforme previsto no projeto original. Ainda, o projeto alterado proporciona também a conformação de
espaços de estar e convivência protegidos das intempéries, sob o novo edifício, através de área em
“pilotis” no nível da Praça da Memória. O nível Térreo do edifício, também em “pilotis”, preserva a
permeabilidade visual entre o interior e o exterior do câmpus, dando continuidade à Praça.
De acordo com o relatório final do Grupo de Trabalho “GT - Bloco L”, formado por dirigentes
e servidores da universidade com o objetivo de definir o programa de necessidades do novo edifício a
ser construído no Câmpus Santo André, o Bloco “L” irá comportar 72 novos laboratórios de pesquisa
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além de espaços de apoio ao funcionamento do edifício, com área total construída de 16.627,66 metros
quadrados, distribuída entre os seguintes pavimentos e usos:
Demais modificações
Bloco B: Neste edifício, a cobertura será parcialmente ocupada por espaços administrativos da
Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Políticas
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Bloco D: O Restaurante Universitário (RU) instalado neste edifício sofrerá ampliação, com
acréscimo de área para refeitório e aumento da cozinha industrial, para melhor atendimento à
comunidade universitária.
Além destas alterações previstas nas edificações que compõem o projeto original, a operação
do RU desde 2009, somada à dificuldade técnica e ao alto custo da obra para a execução do abrigo de
resíduos localizado na Rua Abolição, próximo à Rua Oratório, resultou na alteração da localização
original do abrigo para área interna ao câmpus, com acesso adequado para caminhões, conforme rotina
de coleta de resíduos já em operação no Câmpus Santo André.
Quanto a edificações complementares, o projeto contará com duas novas centrais de gases para
abastecimento dos laboratórios de pesquisa e laboratórios didáticos.
Na sequência, será apresentado quadro resumo - Tabela 07 - com detalhamento dos sete
edifícios principais que compõem o Terreno Principal do Câmpus Santo André, conforme concepção
definitiva de projeto, e os índices urbanísticos resultantes da nova proposta.
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FIGURA 02
Perspectivas do novo Bloco de Laboratórios – “Bloco L”
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FIGURA 03
Perspectiva e Elevação do Bloco D – Ampliação do Restaurante Universitário
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Tabela 07 – Terreno Principal: Área Construída Total e Índices Urbanísticos conforme Projeto Definitivo
IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO ÁREA CONSTRUÍDA
(m²)
Bloco E Centro Esportivo Quadras, Piscinas, Vestiários e Ginásio Poliesportivo Coberto 10.078,03
Praça do Estacionamento Coberto Garagens às cotas 746,95 e 750,50, localizadas sob a Praça do Sol, com saída pela -
Sol Rua Abolição
Área Edificações Entrada de Energia, Abrigo de Resíduos, Abrigo GLP, Abrigo de Gases Especiais, 241,70
Externa Complementares Guarita
Área Laje de Piso Interligação dos Edifícios e dos Acessos Principais do Câmpus 6.648,52
Externa (passarelas recortadas)
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Conforme conteúdo do relatório final do Grupo de Trabalho “GT - Bloco Anexo”, formado por
dirigentes e servidores da universidade com o objetivo de definir o programa de necessidades do novo
edifício a ser construído no Terreno Anexo do Câmpus Santo André, o Bloco Anexo irá comportar 33
laboratórios didáticos das Engenharias, oficina mecânica, salas de aula, auditórios, salas de docentes,
áreas administrativas e almoxarifados, além de áreas técnicas de apoio ao funcionamento do edifício,
com área total construída de 33.364,00 metros quadrados.
De acordo com o projeto básico elaborado por escritório contratado pela universidade, o
partido adotado resultou na proposição de três edifícios, Blocos H, I e J, interligados por uma laje,
através da qual se dá o acesso principal aos Blocos I e J e também a interligação do Bloco Anexo com
a passarela de pedestres que liga os dois terrenos que configuram o Câmpus Santo André da UFABC.
O Bloco I é destinado em sua maior parte a laboratórios didáticos, além de salas de aula e
lanchonete. O Bloco J atende às necessidades da universidade quanto a espaços administrativos, além
de auditórios, salas de docentes e restaurante/área de convívio e salão de eventos projetados na
cobertura do edifício. O Bloco H abriga os almoxarifados da Pró-reitoria de Administração (PROAD),
Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) e Prefeitura Universitária (PU). O pavimento inferior dos
três edifícios é destinado a laboratórios didáticos com demandas específicas (necessidade de pé-direito
duplo e de apoio de equipamentos pesados diretamente sobre terreno natural), entre outras. No Bloco
H, encontra-se também a oficina mecânica, projetada para apoio ao funcionamento dos laboratórios.
Além destes edifícios, o projeto conta com as seguintes edificações complementares, previstas
na Área Externa do Bloco Anexo: vestiário e sanitários para funcionários, abrigo de resíduos, cabine
primária, guarita, abrigo de gases especiais, abrigo de GLP, abrigo de compressores e bicicletário, além
dos reservatórios de água potável (elevado), de tratamento de águas cinzas e de reuso (enterrados) e
caixa de retardo com volume de armazenamento de 130 metros cúbicos. A proposta de projeto irá
contemplar a disponibilização de 457 vagas de veículos , conforme diretrizes do novo Relatório de
Impacto de Trânsito (RIT), realizado em complementação ao novo EIV.
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FIGURA 04
Perspectivas do novo Bloco de Edifícios – “Bloco Anexo”
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Tabela 08 – Terreno Anexo: Área Construída Total e Índices Urbanísticos conforme Projeto Definitivo
IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO ÁREA CONSTRUÍDA
(m²)
Bloco H Laboratórios Didáticos e Pavimento Inferior, Pavimento Térreo, 1º e 2º Pavimentos, 3.600,05
Almoxarifado Central Pavimento Técnico:
Laboratórios Didáticos, Almoxarifados (PROAD, PU e NTI)
Área Laje de Piso Interligação entre Edifícios e Acesso à Passarela de Pedestres 3.774,90
Externa (Esplanada)
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A aquisição do Terreno Anexo pela UFABC, localizado na Avenida dos Estados no lado
oposto do Terreno Principal, possibilitou a redefinição do traçado da passarela, cuja proposta inicial
não prosperou. Conforme já relatado anteriormente, a concepção original previa a implantação de um
dos acessos à passarela em terreno da empresa Rhodia, que não aprovou a proposta da universidade.
Nesta nova condição, a travessia sobre a Avenida dos Estados se dará entre os lotes da UFABC e os
acessos serão implantados nos terrenos de propriedade da universidade.
Ainda, outros dois fatos ocorridos durante a fase de implantação das obras no Terreno
Principal implicaram na necessidade de revisão do projeto original: redução das margens do rio
Tamanduateí, em função da execução de obras de contenção, inviabilizando a construção de apoios
intermediários, e a alteração das características da Avenida dos Estados, após a inauguração do
Rodoanel Mário Covas, demandando o aumento da altura livre da passarela, de 5,50 metros para 6,00
metros.
Face às novas condicionantes de projeto, a UFABC elaborou estudos para verificação das
alternativas de implantação e também para análise da viabilidade de adoção de novo sistema estrutural
para a passarela, considerando a possibilidade de execução de apoios apenas nos acessos (Terreno
Principal e Terreno Anexo), o que resulta em vão livre superior a cem metros de comprimento. Além
destes aspectos, os novos estudos contemplaram também a revisão das escadas e elevadores para
acesso à passarela, em virtude do aumento da altura livre sobre a Avenida dos Estados.
Com base nestes estudos, apresentados através da Figura 05, a universidade está
providenciando os Projetos Básico e Executivo para subsidiar a contratação da obra da passarela de
pedestres.
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FIGURA 05
Planta, Cortes, Elevação e Perspectivas da Passarela de Pedestres
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O Câmpus Santo André, segundo sua concepção definitiva, resulta em área total construída de
aproximadamente 142 mil metros quadrados, somadas as edificações do Terreno Principal e do
Terreno Anexo, conforme registros contidos na Tabela 09 reproduzida na sequência.
Tabela 09 - Quadro Comparati vo: Área Construída Total conforme Projeto Original e Projeto Definitivo
Em sua concepção original, o Câmpus Santo André contava com um único terreno, o Terreno
Principal, onde estava concentrada toda a população universitária, as instalações físicas e as vagas de
estacionamento. A expansão territorial do câmpus, através da incorporação do Terreno Anexo,
resultará na dispersão da população em novas edificações, com extensão da UFABC para área do
Projeto Eixo Tamanduatehy que apresenta baixa densidade populacional, podendo constituir vetor de
ocupação e valorização da área. De forma complementar, destaca-se o fato de que a ampliação da
universidade para o outro lado da Avenida dos Estados possibilita a oferta de vagas no Terreno
Anexo, de forma vantajosa para o sistema viário local, conforme demonstrado no RIT anexo. Por fim,
a passarela de pedestres que será implantada pela UFABC, para interligação dos terrenos que
conformam o Câmpus Santo André, constitui-se em importante equipamento público para toda a
cidade.
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FIGURA 06
Planta de Implantação do Câmpus Santo André da UFABC, conforme concepção
definitiva
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13
Operações Urbanas Consorciadas são o conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo M unicípio com a participação
dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais, melhorias de infra-estrutura e viário, ampliação dos espaços públicos e valorização
ambiental, num determinado perímetro contínuo ou descontinuado (Santo André, 2004).
14
Disponível em:
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=799:piscinoes&catid=48:noticias&Itemid=53
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A associação do Rodoanel com o sistema ferroviário da Região do Grande ABC, sistema este
em interação com a UFABC, deverá contribuir para a implantação da intermodalidade de transportes
com a implantação de centros logísticos integrados, tendo em vista agilidade e redução de custos na
importação e exportação de cargas por via aérea ou marítima – Porto de Santos.
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MAPA 6
Situação do Câmpus da UFABC em relação ao Plano Diretor Municipal – Projeto
Eixo Tamanduatehy e Áreas de Operações Urbanas Consorciadas (OUC) Santa
Terezinha e Parque das Nações
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LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
Plano Diretor - Lei Municipal n.º 8.696/2004
Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo (LUOPS) - Lei Municipal n.º 8.836/2006
Lei Municipal n.º 9.252/2010
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Lei Municipal n.º 8.498/2003
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
Lei Estadual n.º 12.526/2007
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Os projetos foram elaborados e estão sendo executados em acordo com as diretrizes emitidas
pelo SEMASA para o fornecimento de água, emissão e afastamento de efluentes sanitários e dre nagem
superficial.
Para a elaboração dos projetos para os novos edifícios que serão implantados no Câmpus Santo
André, “Bloco L” – Terreno Principal e “Bloco Anexo” – Terreno Anexo, foram solicitadas
diretrizes específicas junto ao SEMASA e também junto à concessionária de energia elétrica AES
Eletropaulo. Os serviços de gás encanado e telefonia não serão utilizados nos novos edifícios, sendo
desnecessária, desta forma, emissão de diretrizes para elaboração destes projetos específicos.
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2.3. Obra
Desde o início das obras no Câmpus Santo André, ocorrido em setembro de 2006, foram
concluídos e entregues à comunidade universitária os seguintes edifícios: Bloco A – Edifício
Institucional e Acadêmico, Bloco B – Edifício Acadêmico e Bloco D – Restaurante Universitário.
Para que fosse possível atender às necessidades acadêmicas da Universidade, que iniciou suas
atividades com o ingresso de 500 alunos em setembro de 2006, mesmo período de início das obras no
Câmpus Santo André, o sistema construtivo projetado para a estrutura e painéis de fechamento dos
Blocos A e B, concreto armado moldado in loco, foi substituído por sistema pré-moldado de concreto
armado para as vigas, as lajes e os painéis de fachada. A alteração no sistema construtivo garantiu
maior agilidade às obras, permitindo que em maio de 2008 o primeiro edifício do câmpus entrasse em
operação (Bloco B).
O Bloco A, com aproximadamente 48 mil metros quadrados de área construída, foi concluído
em setembro de 2010, possibilitando que as atividades da universidade se consolidassem no Câmpus
Santo André, devido aos diversos espaços que o edifício comporta: salas de aula, auditórios, salas de
estudo, laboratórios didáticos, salas de docentes e áreas administrativas.
Além dos edifícios citados, foram concluídos até o momento: (i) cabine primária, com
instalação de entrada de energia em média tensão (ii) estacionamento descoberto, com disponibilização
de cerca de 500 vagas para estacionamento de veículos, (iii) caixa de retardo, com capacidade de
armazenamento de 647 metros cúbicos, para retenção de água de chuva, e (iv) galeria para condução
das águas pluviais captadas no ponto baixo da Rua Abolição até o seu destino final no Rio
Tamanduateí (servidão de passagem).
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FIGURA 07
Relatório Fotográfico: Terreno Principal – Obras Executadas
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Apesar da expectativa inicial de conclusão das obras principais do câmpus no período de três
anos, em março de 2011 o contrato da UFABC com a CAV foi encerrado, tendo sido concluídos no
período 2006-2011 apenas os Blocos A, B, D e parte das obras da Área Externa. A situação demandou
nova contratação das obras e serviços remanescentes, que foram licitados em etapas, de acordo com a
disponibilização de recursos da universidade.
A seguir, apresenta-se relatório fotográfico - Figura 08 - com imagens dos edifícios e das
obras na Área Externa que encontram-se em execução no Câmpus Santo André.
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FIGURA 08
Relatório Fotográfico: Terreno Principal – Obras em Execução
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Para conformação do piso inferior do edifício, foi prevista a execução de contenção com
solução mista: parte em perfis metálicos e placas duplas em concreto pré-moldado, parte em parede
diafragma e tirantes definitivos. As fundações profundas do edifício serão do tipo estacas escavadas,
com diâmetro entre 90 e 170 centímetros e profundidade média de 15 metros.
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incorporada no projeto do “Bloco L”, o que possibilitará a ampliação das instalações da cozinha
industrial em área já edificada conformada pelo bloco de serviços anexo ao antigo matadouro, já
utilizado atualmente para a preparação das refeições servidas no Restaurante Universitário.
As obras relativas à expansão das instalações físicas no Terreno Anexo do Câmpus Santo
André compreendem a construção do “Bloco Anexo”, conjunto arquitetônico formado pelos Blocos H,
I e J, além de laje de interligação dos edifícios e obras complementares, descritas no item 2.2.2.b deste
documento.
Como no caso do Bloco L, o “Bloco Anexo” foi concebido segundo diretriz da universidade,
expressa no Termo de Referência (TR) de contratação dos projetos, para que fosse adotado sistema
construtivo em elementos pré-fabricados em aço ou concreto, a critério do responsável técnico pelo
projeto.
Em resposta às diretrizes do TR, o Projeto Básico do “Bloco Anexo” definiu, para todos os
edifícios e laje externa, sistema construtivo em estrutura mista: perfis metálicos e concreto armado.
As fundações profundas dos edifícios e da laje externa serão do tipo estacas hélice contínua
monitorada, com diâmetro entre 30 e 80 centímetros e profundidade média de 15 metros.
2.3.5. Cronogramas
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As obras de construção do “Bloco L” serão iniciadas no primeiro semestre de 2014, com prazo
planejado de execução de 18 meses e conclusão prevista para o final do ano de 2015.
As obras de construção do Bloco Anexo serão iniciadas no final de 2015, com prazo planejado
para execução de 24 meses e conclusão prevista para o final de 2017. Os serviços de terraplanagem e
de execução de muros de contenção, nas divisas do terreno com a faixa ocupada pela rede ferroviária e
com o Motel Red Sky, serão realizados em etapa intermediária, anterior à etapa de construção dos
edifícios Blocos H, I e J, como estratégia para redução do prazo de conclusão dos laboratórios e demais
áreas administrativas necessárias ao funcionamento pleno da Universidade.
A implantação da passarela de pedestres está prevista para ser executada no ano de 2016,
durante os meses de março a setembro, com prazo de obra planejado em seis meses.
O prazo de execução das obras e as entregas parciais, separados por bloco de edifícios e por
terreno, estão consolidados no cronograma anexo – Figura 09.
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FIGURA 09
Cronograma das Obras de Implantação do Câmpus Santo André - Terreno Principal e
Terreno Anexo
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FIGURA 10
Planta de Implantação do Câmpus Santo André, conforme concepção definitiva, com
indicação das etapas de obra
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A UFABC concebeu seus cursos a partir de uma proposta que visa agregar o máximo possível
as áreas de conhecimento, aquelas de mesma natureza, em um mesmo Centro. Outro objetivo
importante é promover a formação integral do estudante, com a exposição aos conhecimentos
científicos do estado atual da ciência e a temas de origem humanística e social. Esse modelo acadêmico
permite a promoção de um intenso intercâmbio interdisciplinar tanto na pesquisa, no ensino e nas
atividades de extensão.
O Projeto da Universidade ressalta a importância de uma formação integral, que inclui a visão
histórica da civilização e privilegia a capacidade de inserção social no sentido amplo. Além disso, o
projeto tem como meta a criação de um ambiente acadêmico favorável ao desenvolvimento social,
contribuindo para a busca de soluções para os problemas regionais e nacionais, a partir da cooperação
com outras instituições de ensino e pesquisa e instâncias dos vários setores econômicos e da
administração pública.
61
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No Câmpus Santo André, no qual este EIV foca seu interesse, depois dessa formação básica de
três anos, existem opções de graduação em outros cinco bacharelados, quatro licenciaturas e cinco
engenharias.
15
Sistema Informatizado do M inistério da Educação, por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas
a candidatos participantes do Ensino Nacional do Ensino M édio (ENEM ).
16
Disponível em: http://prograd.ufabc.edu.br/images/pdf/edital_172_2013_ingresso_2014.pdf
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No total, são disponibilizadas 1125 vagas de graduação nos cursos pós-bacharelados, de acordo
com os dados constantes das tabelas 11 a 13.
A UFABC promove, além dos cursos de graduação de nível superior, 21 programas regulares
de mestrado e doutorado stricto-sensu17 , aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES) e dois programas de Mestrado Profissional. São eles: Biossistemas (1),
Biotecnociência (2), Ciência da Computação (3), Ciência e Tecnologia Ambiental (4), Ciência e
Tecnologia/Química (5), Ciências Humanas e Sociais (6), Energia (7), Engenharia Biomédica (8),
Engenharia da Informação (9), Engenharia Elétrica (10), Engenharia Mecânica (11), Ensino, História e
Filosofia das Ciências e Matemática (12), Evolução e Diversidade (13), Física (14), Matemática (15),
Nanociências e Materiais Avançados (16), Neurociência e Cognição (17), Planejamento e Gestão do
Território (18) e Políticas Públicas (19), além do Mestrado Profissional em Matemática em Rede
Nacional - PROFMAT (20) e o Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física – MNPEF (21).
17
Após a finalização do PDI UFABC 2013-2022, relatório que registra a existência de dezenove cursos de pós-graduação,
foram aprovados pela CAPES dois novos cursos em nível de mestrado pleiteados pela UFABC: Ciência e Tecnologia
Ambiental e Políticas Públicas.
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A Universidade Federal do ABC tem seu funcionamento regular de segunda a sexta-feira, das
8h00 às 23h00, e aos sábados, das 8h00 às 13h00. Entretanto, atividades de pesquisa em laboratórios,
quando necessário, ou atividades culturais com a comunidade interna e/ou externa, podem vir a ocorrer
em finais de semana e feriado, mediante programações específicas.
A UFABC, como instituição pública de ensino superior, regida por princípios democráticos e
norteada pela sua inserção harmônica nos municípios onde está implantada, define como princípio de
sua Política de Segurança, a necessidade de resguardar e proteger sua população interna (alunos,
docentes, técnicos administrativos e visitantes) durante sua estada no interior de seus câmpus
universitários e instalações administrativas isoladas, mantendo a diretriz de integração urbana e social
com as comunidades do entorno.
Esta diretriz aponta o desafio de garantir a proteção de seus membros e, ao mesmo tempo,
garantir o livre acesso de visitantes interessados em conhecer e interagir com a Universidade. Esta
condição remete à livre circulação dos munícipes nas áreas externas aos edifícios e à utilização de
praças, áreas verdes e equipamentos de lazer, culturais e esportivos situados no interior dos câmpus
universitários. Por outro lado, a fim de garantir a segurança pessoal e patrimonial da UFABC e da
comunidade universitária, será previsto acesso controlado no interior dos edifícios.
Para esta delimitação, considera-se que o Câmpus Santo André da Universidade Federal do
ABC compreende o território formado pelos Terrenos “Principal” e “Anexo”, incluindo interligação
conformada pela passarela sobre a Avenida dos Estados. Com base neste perímetro, pelo grande porte e
ampla influência da universidade, define-se como vizinhança imediata do empreendimento:
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(i) Lotes confrontantes diretamente nas quadras: Terreno Principal - Supermercado Carrefour - e
Terreno Anexo - Correios AC Tamanduateí, Motel Red Sky e faixa ocupada pela rede
ferroviária;
(ii) Lotes alinhados com testada para as vias que delimitam a quadra na qual localiza-se o Terreno
Principal: Rua Santa Adélia, Rua Abolição, Rua Oratório e Av. Antônio Cardoso. Ainda que
estas duas últimas vias não se alinhem diretamente com a área destinada ao câmpus da
UFABC, inserem-se como vizinhança imediata pelo fluxo de veículos e pedestres que
receberão e pela demanda por novos serviços e comércio a ser gerada;
(iii) Sistema viário defronte às quadras do Terreno Principal e Terreno Anexo, englobando
também trecho em frente aos lotes ocupados pela Copafer e Motel Red Sky.
No Terreno Principal, a UFABC, em seu alinhamento com a Rua Santa Adélia a partir da
Avenida dos Estados, tem como vizinho ao lado oposto desta via, a COPAFER, grande loja de
materiais para construção e ferragens, estendendo-se por toda a face da quadra até a Rua Santa
Carolina. A partir da Rua Santa Carolina, a ocupação das quadras que tem face para a Rua Santa Adélia
é tipicamente residencial, notadamente no alinhamento predial desta via, com a presença de apenas
dois pequenos estabelecimentos comerciais voltados ao público da UFABC. A Rua Abolição, da sua
confluência com a Rua Santa Adélia até a esquina com a Rua Frei Caneca, apresenta alguns imóveis
residenciais, além dos fundos dos dois condomínios residenciais da Rua Speers; neste trecho, a Rua
Abolição conta com novo estabelecimento de prestação de serviços constituído por escola de idiomas e
nova edificação composta por quitinetes, destinadas à moradia estudantil. Na esquina seguinte da Rua
Abolição com a Rua Frei Caneca, há um edifício residencial, seguido pelo Colégio Ideal, que ocupa
toda a testada da quadra até a esquina com a Rua Paulina Isabel de Queirós, além de pequeno
estabelecimento de prestação de serviços. A partir desta rua, até a confluência da Rua da Abolição com
a Rua do Oratório, a ocupação passa a ser predominantemente comercial. Deste ponto, a confrontação
direta do terreno passa a ser com o supermercado Carrefour, o qual, por sua vez, confronta com a Rua
Oratório, tratando-se de corredor comercial, que recebe fluxo de pedestres entre o câmpus e a Parada
Itamarati, no corredor do trólebus em confluência da Rua Oratório com a Avenida Antônio Cardoso. O
comércio na Rua Oratório é formado, principalmente, por lojas de peças e acessórios para veíc ulos,
despachantes, autoescola, uma grande loja de tintas e alguns estabelecimentos voltados ao setor de
alimentação, sendo, o maior deles, inaugurado recentemente (Vavá Churrascaria). Na quadra oposta à
Av. Antônio Cardoso, encontra-se instalado o SAM`s Club, hipermercado de atacado e varejo, onde
anteriormente funcionava a indústria Otis Elevadores.
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Foram considerados também como vizinhança imediata os primeiros lotes com testada para as
vias que se encontram em situação de esquina com as vias que encerram a quadra da UFABC no
Terreno Principal, admitindo-se que também estejam sob impacto direto do empreendimento.
Além destes edifícios, encontra-se em fase final de construção prédio residencial, com 10
pavimentos, localizado no lote de esquina entre as Ruas Oratório e Alexandre Levy.
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MAPA 7
Área de Vizinhança Imediata
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Área I – Vizinhança Mediata Direta: inicia-se abrangendo toda a área do TERSA, Estação
CPTM Pref. Saladino e rotatória na confluência da Av. dos Estados com o Viaduto Castello Branco e, a
partir da intersecção da Rua Martins Fontes com o Córrego Comprido, segue a jusante deste curso
d’água e entre as Ruas Tordesilhas e Santa Adélia, passando pelo ponto de cruzamento desta via com a
Rua Angatuba e, em seguida, pelo ponto de cruzamento da Rua Maria Antonieta com a Rua Avaré, até
o cruzamento da Rua Frei Caneca com a Rua dos Aliados, seguindo por seu eixo até a Rua Oratório.
Da Rua Oratório segue pela Rua Aimberê até seu cruzamento com a Rua Aracati, seguindo deste ponto
até o cruzamento da Rua Baturite com Rua dos Alpes, seguindo por esta via até seu cruzamento com a
Rua Arauás. Deste ponto segue até o cruzamento da Rua Itabira com a Rua Curucaia, seguindo pelo
eixo desta via até a alça de acesso do Viaduto Adib Chammas para a Avenida dos Estados, sentido São
Paulo, até o ponto de encontro da Avenida dos Estados com a Av. Henri Sannejouand margeando o
Córrego do cemitério, seguido por esta via e pela Rua Visconde de Tawnay, abrangendo toda a área da
Estação CPTM Pref. Celso Daniel, os terminais metropolitanos TSO-TSL da CMTU e a rotatória da
Avenida dos Estados com a Avenida Antonio Cardoso. A área encerra-se pelo eixo da linha ferroviária
até a Estação Pref. Saladino, passando aos fundos da indústria Rhodia Química, da central de
distribuição dos Correios, do “Terreno Anexo”, do motel Red Sky, do Templo da Igreja Bola de Neve,
do Moinho São Jorge, do Moinho de Trigo Santo André e de um campo de futebol, onde também cruza
com o Córrego Beraldo.
18
Esta delimitação que será descrita para os perímetros considerados como Vizinhança M ediata segue proposta do EIV
anterior.
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Área II – Santa Terezinha: inicia-se a partir da rotatória do Viaduto Presidente Castello Branco
com a Avenida dos Estados, seguindo por esta via em direção a São Paulo, abrangendo ambas as pistas
marginais ao Rio Tamanduateí, até seu cruzamento com o Córrego Jundiaí, seguindo a montante deste
curso d’água até a Av. Estados Unidos e, por esta via até a Rua Francisco Barone, de onde passa a
confrontar com a Área I, pelo Córrego Comprido, até sua foz no Rio Tamanduateí, encerrando-se na
referida rotatória do Viaduto Castello Branco. Contém a área de Operação Urbana Consorciada de
Santa Terezinha, onde consta como Zona Especial de Interesse Comercial - ZEIC no Plano Diretor do
Município de Santo André, Lei 8.696 de 17 de dezembro de 2004.
Área III: inicia-se pelo Córrego Comprido, a partir da ponte de acesso à Av. Estados Unidos,
seguindo a jusante por este corpo d’água até a Av. Dom Bosco, seguindo paralela à Rua Colômbia e
entre a Rua Argentina e a Rua Dinamarca, por onde cruza com a Rua Noruega e a Rua Espanha,
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confrontando com a Área VII, definida pela área de Operação Urbana Consorciada do Parque das
Nações, até a Avenida Brasil, seguindo pelo eixo desta via e da Av. Estados Unidos, encerrando esta
área e confrontando com as áreas de vizinhança mediata II e IV.
Área IV: inicia-se pela Rua Francisco Barone, seguindo pela Av. Estados Unidos e Avenida
Brasil, até confrontar com a área de Operação Urbana Consorciada do Parque das Nações, de onde
segue pela Av. Antônio Cardoso, Rua Aimberê, cruza a Rua Oratório, segue pela Rua dos Aliados e
por entre as Ruas Tordesilhas e Santa Adélia, cruzando o Córrego Comprido e encerrando-se na Rua
Francisco Barone.
Área V: inicia-se a na Rua Oratório em confluência com a Av. Antônio Cardoso, confrontando
com a área de Operação Urbana Consorciada do Parque das Nações, seguindo pela Rua Ianomami, Rua
Egito, Rua Araci e Avenida Itamarati até a Rua dos Alpes, por onde passa a confrontar com a Área I.
Prosseguindo pela Rua dos Alpes até a Rua Baturite, segue deste ponto até a Rua Aracati em seu ponto
de cruzamento com a Rua Aimberê, prosseguindo por esta via e pela Av. Antônio Cardoso,
encerrando-se na Rua Oratório.
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Caracterização de vizinhança: caracteriza-se como uma área de cota elevada, livre do risco
de inundações, com ocupação de padrão médio e início de verticalização no entorno da Av. Antônio
Cardoso, definida pelo loteamento de geometria retangular, diferente dos loteamentos contíguos, de
vias curvas pela necessidade de adequação ao relevo bastante acidentado, definida pelos eixos da Rua
Araci e da Av. Itamarati.
Área VI: inicia-se na confluência da Rua Araci com a Avenida Itamarati, seguindo pela Rua
Mandaguari até a Avenida André Ramalho e, por esta via até a Avenida dos Estados, pela pista sentido
São Paulo até a alça de acesso do Viaduto Adib Chammas. Deste ponto, segue pela Rua Curacaia, Rua
dos Alpes e Avenida Itamarati, encerrando-se na Rua Araci.
Área VII: área de Operação Urbana Consorciada Parque das Nações, onde consta como Zona
Especial de Interesse Comercial - ZEIC no Plano Diretor do Município de Santo André, Lei 8.696 de
17 de dezembro de 2004 ou seja, todos os lotes que possuem frente para os seguintes logradouros:
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MAPA 8
Área de Vizinhança Mediata com identificação das Zonas Homogêneas identificadas e
Bairros
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Para visualização da ocupação do entorno do Câmpus Santo André, apresenta-se mapa - Mapa
9 - com indicação do Uso e Ocupação do Solo por lote, em um raio de 500 metros a partir do
empreendimento.
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MAPA 9
Uso do Solo por Lote no Entorno do Câmpus Santo André (R=500m)
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Nos últimos anos, a UFABC vem ampliando as ações de planejamento da instituição, tendo
consolidado as metas e ações para a Excelência Acadêmica, para a concretização do Projeto
Pedagógico e para a expansão da Infraestrutura Física para os próximos dez anos no Plano de
Desenvolvimento Institucional 2013-2022 (UFABC, PDI UFABC, 2013). Com base nas informações
contidas no PDI UFABC 2013-2022, a Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional
(PROPLADI) elaborou quadro resumo com a evolução da população da UFABC e do Câmpus Santo
André para os próximos cinco anos, conforme registrado na Tabela 14 reproduzida abaixo.
A população projetada para o Câmpus Santo André para o ano de 2018 (10.036 pessoas)
corresponde à população considerada no EIV anterior, elaborado em 2006: 10.175 pessoas19 , para o
cenário de plena operação da universidade, após cinco anos de atividade, o que aconteceria em
2011/2012.
No entanto, a população atual (8.765 pessoas) 20 , conforme dados constantes da Tabela 14,
disponibilizados também no portal eletrônico da universidade em “UFABC em números”, apresenta
um número inferior àquele projetado em 2006, apesar de a universidade ter completado sete anos de
atividade em 2013. Esta ocorrência tem sua origem principalmente no fato de que três das oito
engenharias ofertadas inicialmente no Câmpus Santo André inicialmente foram transferidas para o
Câmpus São Bernardo (Engenharia Aeroespacial, Engenharia de Gestão e Engenharia Biomédica),
resultando na redução do número de vagas ofertadas no Câmpus Santo André de 1500 vagas para 1125
vagas por ano, a partir de 2010. Também contribui para este fato, com menor expressão, a taxa de
19
População formada por 9.000 alunos, 600 docentes, 480 funcionários e 75 visitantes (NUNES NETO, EIV UFABC, 2006).
20
Considerada a população do ano de 2013, por tratar-se de número real e mais recente.
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evasão de alunos da graduação, que em seu índice médio atingiu a marca de 20,6% do total de alunos
ingressantes, segundo registros do PDI UFABC 2013-2022:
Com base nos dados e informações apresentados, conclui-se que a população do Câmpus Santo
André em 2013 já representa 90% do total projetado para os próximos cinco anos e que, portanto, os
impactos decorrentes do adensamento incidente no empreendimento já podem ser constatados,
servindo, inclusive, de parâmetro para as demais avaliações que serão apresentadas nesta parte 3 do
Estudo de Impacto de Vizinhança.
Cabe registrar, de forma complementar, segundo considerações contidas no PDI UFABC 2013-
2022, que as metas de ampliação da universidade quanto ao número de alunos de graduação e pós-
graduação, consideram a necessidade de ampliação de recursos humanos e das instalações e
infraestrutura dos câmpus, o que implica na aquisição de novas áreas para expansão.
Perfil da População
A pesquisa “Censo e Opinião Discente 2010-2012”, que vem sendo realizada pela PROPLADI
junto aos alunos de graduação da UFABC desde o ano de 2009, registra informações acerca do perfil
socioeconômico deste segmento que corresponde a 75% da comunidade universitária, sendo os dados
mais relevantes reproduzidos na sequência.
Segundo a pesquisa, a média de idade dos estudantes da UFABC está bastante concentrada
numa pequena faixa etária: 53,12% têm entre 19 e 23 anos; 78,47% têm entre 18 e 24 anos e, por fim,
86,98% dos estudantes têm entre 18 e 26 anos. De acordo com a tabela 2.2 da pesquisa, entre os alunos
que ingressaram no Bacharelado de Ciências e Tecnologia (BCT), no Câmpus Santo André, 69,16% do
total, em média, são do sexo masculino (período diurno: 66,81% do total; período noturno 70,83% do
total) e 30,84% do total, em média, são do sexo feminino (período diurno: 33,19% do total; período
noturno 29,17% do total). Em relação ao estado civil, 92,56% do total de alunos são solteiros e quanto
ao número de filhos, 95,66% dos alunos de graduação não têm filhos.
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antes da sanção da Lei Federal 12711/1221 , a UFABC adota política de cotas com reserva de 50% das
vagas ofertadas, por ano, para estudantes que cursaram o Ensino Médio integralmente em escola
pública, sendo parte destinada a pardos, negros e indígenas 22 . A oferta de vagas para cotistas nos anos
de 2010 a 2012 pela UFABC está registrada na Tabela 15, reproduzida a partir da pesquisa Censo e
Opinião Discente 2010-2012.
A referida pesquisa apresenta também informações sobre o percentual de alunos cotistas que se
mantém na universidade e a distribuição dos alunos de graduação cotistas, por tipo de cotas, conforme
registros contidos nas Tabelas 16 e 17, respectivamente, apresentadas na sequência:
Tabela 17: Percentual de alunos de graduação cotistas - por tipo de cota (2010-2012)
Que tipo de cota você tem? (% ) Ano de 2010 Ano de 2011 Ano de 2012
21
Em resumo, a lei 12.711/2012 estipula que todas as universidades federais garantam, até o ano de 2015 – 50% de todas as
suas vagas para estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escola pública. Destas, será reservado um
percentual para os candidatos pretos, pardos e indígenas. Tal percentual será definido pela proporção de pretos, pardos e
indígenas em cada Estado, de acordo com o último Censo Demográfico do IBGE.
22
Havia já também, desde os primeiros processos seletivos, um subgrupo de cotas para estudantes que se autodeclararam
pretos, pardos ou indígenas, visando atingir o público menos favorecido financeiramente e os estudantes com menos chances e
oportunidades para ingressar em uma universidade.
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Cabe registrar, de forma complementar, que parte dos estudantes cotistas é beneficiária de
apoio financeiro da Instituição Federal, que se dá através da concessão de bolsas “permanência e
moradia”, no contexto das Ações Afirmativas implementadas pela UFABC, através da Pró-reitoria de
Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas (PROAP), com o seguinte objetivo:
Na Tabela 18, estão registrados os totais de bolsas concedidas pela UFABC, separados por
tipo de bolsa:
Outros dados extraídos da pesquisa Censo e Opinião Discente 2010-2012 quanto (i) ao
percentual de alunos que recebe ajuda financeira dos pais, (ii) à renda familiar dos alunos e (iii) ao
local em que os alunos cursaram o Ensino Médio, seguem reproduzidos através das Tabelas 19 a 21 e
contribuem para a compreensão das características do perfil socioeconômico dos alunos de graduação
da UFABC.
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Tabela 20: Distribuição média de renda familiar dos alunos de graduação (2010-2012)
Além da política de reserva de vagas, é importante destacar outro fator que resulta na
diferenciação do perfil dos alunos da UFABC de outras instituições de ensino da Região: a opção pelo
sistema de ingresso via SISU, desde o ano de 2010, conforme já exposto no item 2.4.1 deste
documento, resulta em parte da comunidade de estudantes formada por alunos provenientes de outras
cidades do Estado de São Paulo e de outras regiões do país, que se mudam para a vizinhança do
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Esta característica do perfil discente implica em redução do percentual de alunos que utiliza o
transporte individual por automóvel para acesso às instalações do câmpus, além de promoção de
dinâmica imobiliária nos bairros do entorno da Universidade, no segmento de locação de imóveis.
81
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(i) Mudança quantitativa da população local, de forma lenta e gradativa, em relação à população
anterior, estimada em 1.000 pessoas. A instalação parcial da UFABC já resultou em um
incremento de 8.000 pessoas no local, considerando-se a população atual de quase nove mil
pessoas, com expectativa de que este número atinja 10.000 usuários no ano de 2018; e
(ii) Mudança do perfil socioeconômico da população local em relação à população anterior,
formada, em sua grande maioria, por operários (servidores públicos municipais). A nova
população apresenta poder aquisitivo diversificado, resultando em público consumidor em
potencial formado por professores, técnicos de nível superior e médio e parte do corpo discente
com maior renda, além de alunos de graduação e pós-graduação, com menor renda, mas que,
em alguma medida, também geram demanda por moradia, serviços e comércio no entorno do
Câmpus Santo André.
Cabe consignar, em complementação, que os equipamentos em construção, Centro Cultural
(Bloco C) e Centro Esportivo (Bloco E), quando concluídos, poderão atrair novos usuários para o
empreendimento, porém em eventos esporádicos (congressos, jogos escolares), constituindo população
flutuante com menor importância em comparação com a população permanente.
24
Pesquisa realizada pela Coordenação da Obra do Câmpus Santo André (CO-UFABC) teve
como um dos objetivos levantar informações sobre o local de moradia da população da UFABC antes
do ingresso na universidade e o local de moradia atual, a fim de identificar o contingente de pessoas
que se mudou para a cidade de Santo André, especificamente para o entorno do câmpus sede da
UFABC. Os resultados da pesquisa seguem registrados na Tabela 23 e na Tabela 24, respectivamente.
23
Considerando-se que desde setembro de 2006 o Câmpus Santo André já funcionava em instalações provisórias.
24
Pesquisa realizada entre os dias 31 de janeiro de 2014 e 07 de fevereiro de 2014, com toda a população universitária (alunos
da graduação e da pós-graduação, docentes e técnicos administrativos), em complementação à pesquisa Origem e Destino
(OD) realizada junto ao corpo discente, para embasar a elaboração do novo EIV e do novo RIT.
82
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Tabela 23: Local de moradia da comunidade universitária que trabalha ou estuda no Câmpus Santo
André, antes do ingresso na UFABC
POPULAÇÃO CÂMPUS SANTO ANDRÉ
MORADIA ANTES DO
Alunos graduação Alunos Docentes Técnicos
INGRESSO NA UFABC
pós-graduação Administrativos
Tabela 24: Local de moradia atual da comunidade universitária que trabalha ou estuda no Câmpus Santo
André
Para as pessoas que responderam que moram atualmente em Santo André, foi apresentada
questão adicional sobre a localização da moradia através da pergunta “Se você mora na cidade de
Santo André, indique o bairro onde está localizada a sua residência”, com duas alternativas de
resposta: (i) Bangu, Parque Jaçatuba, Santa Terezinha, Curuçá ou Parque das Nações e (ii) Outros
bairros de Santo André. As respostas dos entrevistados estão consolidadas na Tabela 25, apresentada
abaixo.
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A análise dos resultados das tabelas 23, 24 e 25 demonstra que há um percentual expressivo de
alunos de graduação e pós-graduação que se mudou para a Vizinhança Imediata e/ou Mediata do
empreendimento, 18,85% e 26,05% respectivamente, mas também é possível constatar um percentual
igualmente significativo de alunos que já morava em Santo André ou em outras cidades da Região do
ABC, notadamente para o segmento da graduação (37,58% do total).
Em relação ao corpo docente, a mudança para o entorno do câmpus foi 50% inferior à procura
e instalação em outros bairros da cidade. Para os técnicos administrativos, os dados da tabela 23
apontam para a existência de um número significativo de servidores que já moravam em Santo André
ou em outras cidades da Região do ABC (65,56% do total) antes do ingresso na UFABC, resultando
em percentual reduzido de novos moradores na cidade, nas proximidades do câmpus ou em outros
bairros, provenientes deste segmento.
A partir dos percentuais constantes da tabela 25, relativos às pessoas entrevistadas que se
mudaram para Santo André para bairros da Vizinhança Mediata ou Imediata, foi elaborado cálculo
estimativo da população adicional já atraída para o entorno da universidade e cálculo da projeção deste
número para o ano de 2018, apresentados através da Tabela 26 e da Tabela 27, respectivamente,
reproduzidas na sequência.
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Tabela 26: Cálculo Estimado da população adicional atual (2013) nos bairros da Vizinhança Imediata e
Mediata
Tabela 27: Cálculo Estimado da população adicional para o ano de 2018 nos bairros da Vizinhança
Imediata e Mediata
População Total1 % de entrevistados que se mudaram para Cálculo Estimado da Incremento da
(2018) para bairros da Vizinhança Imediata ou População Adicional População Adicional3
Mediata do Câmpus Santo André 2 (2018) (2018)
De forma análoga, a partir dos percentuais referentes aos entrevistados que se mudaram para
Santo André após o ingresso na UFABC, porém para outros bairros do município, foram elaborados
cálculos estimados da população adicional para os anos de 2013 e 2018, registrados na Tabela 28 e na
Tabela 29, respectivamente, reproduzidas abaixo:
Tabela 28: Cálculo Estimado da população adicional atual (2013) para outros bairros de Santo André
População Total1 % de entrevistados que se mudaram para Cálculo Estimado da Incremento da
(2013) para outros bairros de Santo André 2 População Adicional População Adicional3
(2013) (2013)
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Tabela 29: Cálculo Estimado da população adicional para o ano de 2018 para outros bairros de Santo
André
Com base nos números resultantes do cálculo adotado para a estimativa atual e futura da
população adicional na Vizinhança Imediata e Mediata do empreendimento, constata-se que:
(i) O contingente significativo da população adicional é formado por alunos, tanto da graduação
como da pós-graduação, provenientes de outras cidades do Estado de São Paulo, outros estados
e até mesmo de outros países. Esta situação é potencializada na graduação pelo ingresso via
SISU, pela associação da adoção de reserva de vagas para cotistas e concessão de bolsas
“auxílio moradia e auxílio permanência” pela UFABC e, para o corpo discente, de forma geral,
pela existência de edificações com potencial para instalação de repúblicas nos bairros do
entorno, a preços mais acessíveis do que em outros bairros e, mais recentemente, pela oferta
discreta de imóveis com tipologia que potencializa a opção pela moradia individual
(quitinetes), construídos na Vizinhança Imediata e Mediata;
(ii) O grupo de docentes que se mudou para Santo André preferiu outras localizações da cidade à
Vizinhança Imediata e Mediata do câmpus, supostamente pela maior oferta de imóveis em
bairros próximos à UFABC, que concentram também maior oferta de comércio e serviços,
contribuindo em menor grau para o aumento da população do entorno da UFABC;
(iii) O grupo de técnicos administrativos é o que menos contribui na composição da população
adicional devido ao fato, já exposto, de que a maioria dos servidores já morava em Santo
André ou na Região do ABC;
(iv) A população adicional não representa contingente elevado, em nenhum dos cenários projetados
para 2013 e 2018 (com e sem incremento da população), sendo que o número total estimado
para 2013 já representa quase 90% da população adicional projetada para o ano de 2018. A
UFABC se encontra em operação parcial de forma provisória, desde o ano de 2006, e de forma
consolidada desde o ano de 2008, com os edifícios destinados às atividades acadêmicas e
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O resultado da pesquisa realizada pela CO-UFABC pode ser corroborado através de trabalho
de iniciação científica elaborado por aluna do Bacharelado de Ciências e Tecnologia (BC&T), sobre os
impactos da implantação da UFABC em Santo André. Em relação à moradia estudantil, o Relatório
Final da pesquisa apresenta mapa com localização da residência de 250 alunos da graduação que
recebem bolsa “moradia” 25 , reproduzido abaixo, através da Figura 11.
25
Fonte de dados sobre localização domiciliar dos alunos de graduação: DAEG - Divisão de Apoio ao Estudante da
Graduação da PROAP - Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas (ANTENOR, 2013).
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Figura 11: Localização da residência de 250 alunos de graduação que recebem bolsa moradia
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A pesquisa Censo e Opinião Discente 2010-2012 também registra informações sobre a moradia
dos alunos da graduação antes do ingresso na UFABC e atualmente, confirmando os percentuais
apurados pela pesquisa elaborada pela CO-UFABC, referentes ao acréscimo de população na cidade de
Santo André (cerca de 21% em 2012) para este segmento. As informações da pesquisa seguem
registradas na Tabela 30 apresentada abaixo.
Tabela 30: Moradia dos alunos de graduação antes do ingresso na universidade e atualmente
Local de moradia dos estudantes antes do ingresso Local de moradia atual dos estudantes
MUNICÍPIO na UFABC (2010-2012) (2010-2012)
Ano de 2010 Ano de 2011 Ano de 2012 Ano de 2010 Ano de 2011 Ano de 2012
Santo André 13,72% 14,17% 14,11% 37,17% 38,08% 35,48%
São Paulo 38,22% 37,82% 37,84% 35,13% 33,49% 34,06%
São Bernardo do Campo 11,31% 12,11% 12,10% 12,75% 13,45% 14,63%
São Caetano do Sul 3,07% 3,52% 3,46% 3,28% 3,89% 3,73%
Mauá 2,49% 2,70% 3,51% - - 3,73%
Outras Cidades da Grande SP 8,92% 10,05% 11,09%
Interior - SP 15,22% 12,34% 10,68%
Litoral - SP 3,92% 3,83% 4,06%
Minas Gerais - SP 1,84% 1,77% 1,34%
Outros Estados - SP 1,29% 1,66% 1,78%
Exterior - SP 0,00% 0,03% 0,03%
Outras Cidades 11,67% 11,08% 8,37%
TOTAL 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%
Fonte: Tabelas 6.1 e 7.1 - Pesquisa Censo e Opinião Discente 2010/2011/2012, PROPLADI/UFABC, 2013.
Por fim, cabe reproduzir trecho extraído do EIV anterior que aponta para o adensamento dos
bairros do entorno, por conta do compartilhamento de residências por estudantes, projeção confirmada
através deste novo estudo, ainda que à época não houvesse informações precisas acerca do perfil
discente da UFABC:
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MAPA 10
Localização de moradia estudantil no entorno do Câmpus Santo André (R=500m)
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Conforme conteúdo exposto no item “3.2.5.a.” deste documento - Demanda Gerada por
Atividades Associadas ao Empreendimento -, conclui-se que não haverá adensamento populacional
decorrente da atração de atividades similares e complementares ao empreendimento.
Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do S olo (LUOPS ) - Lei Municipal n.º 8.836/2006
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Fonte: Projeto de Implantação do Câmpus Santo André, conforme concepção definitiva – Terrenos Principal e
Anexo, 2014.
No período da manhã (9h00), a sudoeste dos edifícios, o sombreamento se projeta para além da
área do empreendimento sobre a Avenida dos Estados, no Terreno Principal, e sobre a linha
ferroviária da CPTM, no Terreno Anexo.
No período da tarde (15h00), a sudeste dos edifícios, o sombreamento dos Blocos B e Anexo
se projetam para além da área do empreendimento sobre os edifícios ocupados pelo Carrefour e
Correios AC Tamanduateí, respectivamente. Na parte alta do Terreno Principal, a construção do
Bloco L resultará em projeção de sombreamento sobre parte da quadra conformada pelas ruas Abolição
93
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e Oratório, ocupada por edificações de uso comercial e de prestação de serviços, em sua maioria, além
de algumas poucas residências.
3.2.1.b. Equinócios
Nestas ocasiões, no período da manhã (9h00), a Torre do Relógio (Bloco F) projetará sombra
reduzida sobre as edificações localizadas próximas à Rua Santa Carolina, voltadas para a Rua Santa
Adélia.
Nesta estação, nos períodos da manhã e da tarde, a projeção do sombreamento dos edifícios
ocorrerá dentro dos limites dos Terrenos Principal e Anexo, à exceção da Torre do Relógio (Bloco F),
que no período da manhã (9h00) projetará sombra de menor altura, porém de maior largura, sobre
edificações voltadas tanto para a Rua Santa Carolina como para a Rua Santa Adélia, em comparação
com a projeção do sombreamento nos equinócios. No entanto, por se tratar de elemento esbelto, a
Torre do Relógio não irá comprometer as atuais condições de insolação destas construções mais
próximas ao Câmpus Santo André.
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Conclui-se que não haverá impactos negativos decorrentes da ampliação da UFABC: os novos
edifícios projetados não resultarão em sombreamento de áreas públicas destinadas a praças, parques,
creches, equipamentos de educação infantil e saúde, como também não contribuirão para o
sombreamento total de edificações de uso residencial.
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FIGURA 13
Projeção de Sombreamento - Simulações para os solstícios de inverno e verão e
equinócios de outono e primavera no horário das 9h00
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FIGURA 14
Projeção de Sombreamento - Simulações para os solstícios de inverno e verão e
equinócios de outono e primavera no horário das 9h00
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MAPA 11
Projeção de Sombreamento - Solstício de Verão - 9h00
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MAPA 12
Projeção de Sombreamento - Solstício de Inverno - 15h00
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3.2.2. Ventilação
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O gráfico reproduzido acima aponta que ao longo do ano, duas são as direções de maior
intensidade de ventos sobre o Câmpus Santo André: sul-sudoeste e nordeste. Tais direções convergem
para a direção dos ventos habitualmente constatada pelas estações meteorológicas.
Com as informações obtidas pelo anemômetro da UFABC, foi possível elaborar dois estudos
demostrando as duas direções de maior ocorrência dos ventos ao longo do ano, e a influência sobre as
edificações do Câmpus Santo André e seu entorno. Nos mapas apresentados a seguir, as flechas
representam a atuação dos ventos predominantes e seu percurso em relação às edificações existentes.
A partir dos estudos, conclui-se que tanto na direção sul-sudoeste como na direção nordeste, os
ventos não causam impactos relevantes, visto que as edificações estão dispostas de forma distribuída
sobre os dois lotes da UFABC, não ocorrendo canalização de ventos significativa e, portanto, sem
grandes consequências para a vizinhança.
Além do caráter legal imposto ao projeto, não se verifica pelo conjunto arquitetônico a ser
incorporado nos Terrenos Principal e Anexo, em sua concepção definitiva, prejuízos quanto à
ventilação do entorno, conforme demonstrado nos mapas a seguir – Mapa 13 e Mapa 14.
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
MAPA 13
Ventilação e Circulação de Ar – Orientação Nordeste
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MAPA 14
Ventilação e Circulação de Ar – Orientação Sul-Sudoeste
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Os projetos das novas instalações físicas previstas para o Câmpus Santo André, Bloco “L” e
Bloco Anexo, bem como as modificações parciais projetadas em edificações existentes, atendem aos
parâmetros da legislação vigente aplicável, notadamente no que diz respeito ao nível de geração de
ruído e emissão de fumaça e às medidas de atenuamento em situações especiais como áreas técnicas
destinadas à instalação de grupos geradores e chillers, que receberão tratamento acústico adequado.
O projeto aprovado para o Terreno Principal, segundo concepção original, apresenta taxa de
permeabilidade do solo igual a 20%. Na nova proposta, conforme concepção definitiva, a taxa de
permeabilidade aumentou para 22,28%. Este acréscimo resulta da eliminação do estacionamento sob a
Praça do Sol, configurada por laje de concreto em toda a sua extensão, e proposição de nova
configuração da praça, em decorrência da implantação do Bloco “L” no local.
A eliminação do estacionamento permitirá, de acordo com o novo projeto, que parte da praça
seja construída sobre terreno natural, o que não era possível antes, quando o piso da praça se constituía
em laje de concreto. Assim, o projeto a ser implantado contará também com espaços ajardinados, que
receberão cobertura vegetal, sendo parte sobre terreno natural e parte sobre laje de concreto que
conforma o pavimento inferior do Bloco “L”. O aumento da área permeável do empreendimento
acarretará em:
Cabe consignar que parte das águas pluviais captadas pelo sistema de drenagem do Bloco “L”
será reutilizada para abastecimento das bacias sanitárias do novo edifício de laboratórios, em
complementação ao sistema de reuso em implantação no Terreno Principal.
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O volume de águas pluviais captado e não reutilizado será conduzido ao sistema de drenagem
já implantado no Terreno Principal, que conta com caixa de retardo com capacidade de 647 metros
cúbicos de armazenamento.
No entanto, em atendimento à Lei Estadual nº 12.526, o Terreno Anexo contará com caixa de
retardo com capacidade de retenção de 130 metros cúbicos, a ser instalado próximo ao alinhamento
predial do lote, na porção do terreno junto à divisa com o Motel Red Sky. Como no caso das instalações
físicas do Terreno Principal, as instalações do Terreno Anexo também contarão com sistema de
reuso de água, para abastecimento das bacias sanitárias dos edifícios Blocos H, I e J.
Para o Terreno Principal e para o Terreno Anexo, toda a água pluvial captada e não
reutilizada será conduzida a caixas de retardo, com o objetivo de retenção das águas durante o período
de chuvas. Destas caixas de retardo, o volume de água armazenado será conduzido diretamente ao seu
destino final, o Rio Tamanduateí, sem que seja necessária passagem por sistema de drenagem
existente. Desta forma, a captação e condução das águas pluviais tanto no Terreno Principal como no
Terreno Anexo até o seu destino final não resultarão em impacto no sistema de drenagem existente no
entorno do Câmpus Santo André (sobre os equipamentos e redes de infraestrutura, ver item 3.4 deste
documento).
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FIGURA 16
Planta de Implantação do Câmpus Santo André - Terreno Principal - Área
Permeável
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FIGURA 17
Planta de Implantação do Câmpus Santo André - Terreno Anexo - Área Permeável
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As principais atividades desenvolvidas pela UFABC - ensino, pesquisa e extensão -, além das
atividades administrativas inerentes ao funcionamento de instituição de ensino superior, são realizadas
nos Câmpus da UFABC, por servidores públicos contratados pela Universidade (docentes ou técnicos
administrativos), além de funcionários terceirizados. Os edifícios alugados ou cedidos à universidade
no início das suas atividades na Região do ABC estão sendo desmobilizados, como a Unidade da
Avenida Atlântica, em Santo André, e o Colégio Salete, em São Bernardo, na medida do avanço das
obras.
Cabe consignar que as instalações físicas da universidade, nos dois câmpus, contam com
Restaurante Universitário (RU), com fornecimento de refeições diárias (bandejão), a preços
subsidiados para toda a comunidade discente (alunos de graduação e alunos de pós-graduação).
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Onde você se alimenta durante o tempo Ano de 2010 Ano de 2011 Ano de 2012
de permanência na Universidade? (% )
A partir da análise dos dados da Tabela 32, verifica-se a ocorrência de volume significativo de
refeições no próprio câmpus, no Restaurante Universitário. De forma complementar, identifica-se, com
base nos resultados da Tabela 33, que o percentual de alunos que utiliza estabelecimentos do entorno
para alimentação, durante o período de permanência na universidade, é inexpressivo (16,96% do total
de alunos no ano de 201226 ).
Ressalta-se que, conforme já exposto no item 3.1.1. deste documento, o perfil socioeconômico
do corpo discente reflete na redução de demanda por comércio e serviços no entorno da universidade,
diferentemente do que acontece em outras universidades públicas e privadas, principalmente.
26
Percentual correspondente à somatória das respostas “Na lanchonete” e “No restaurante” (Tabela 33).
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Neste cenário, os valores dos imóveis e da terra urbana sofreram aumentos vertiginosos, em
todos os bairros da cidade, muito superiores aos índices oficiais ou de mercado utilizados para o
reajuste de preços de imóveis para locação ou para o cálculo da inflação. Dentro deste contexto, cabe
destacar a importância assumida pela Região do ABC na oferta de moradia aos paulistanos, com
lançamento de imóveis com preços 30% inferiores aos praticados na capital paulista. Este acréscimo de
demanda também contribuiu para a valorização dos imóveis perante o mercado consumidor.
Na Tabela 34, apresenta-se evolução do valor médio por metro quadrado para apartamentos à
venda no período compreendido entre os meses de dezembro de 2010 a março de 2014, em 11 bairros
da cidade, com destaque (em amarelo) para os bairros da Vizinhança Mediata da UFABC:
Tabela 34: Evolução do Valor Médio por M² para apartamentos à venda (todos os quartos) em 11
bairros de Santo André
BAIRROS OFERTA DE % em relaçao DIS TRIBUIÇÃO DA OFERTA
IMÓVEIS ao TOTAL
venda locação locação
temporada
Parque Jaçatuba 54 1,22% 52 5 1
Bangu 89 2,00% 80 11 2
Santa Terezinha 92 2,07% 79 17 1
Vila Curuça 148 3,33% 136 14 1
Vila Guiomar 247 5,56% 230 19 1
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Os dados registrados na Tabela 34 apontam para (i) aumento médio de 43,88% no valor do
metro quadrado dos imóveis, em um período de aproximadamente quarenta meses, (ii) tendência de
equiparação do preço dos imóveis em torno de R$ 4.600,00/m², à exceção dos Bairros Campestre e
Jardim, que apresentam valores mais altos para o metro quadrado para imóveis à venda (R$
5.008,00/m² e R$ 5.676,00/m², respectivamente), e (iii) aumento mais expressivo de valores dos
imóveis, neste período, nos Bairros Parque das Nações, Vila Guiomar e Santa Terezinha.
Cabe consignar que, segundo os índices INPC – Geral e IPC FIPE – Geral 27 , a inflação
acumulada no período de dezembro de 2010 a março de 2014 foi de 22,15% e 18,71%,
respectivamente.
Tabela 35: Cálculo do Valor Médio por m², a partir de terrenos à venda na Vizinhança Mediata
BAIRROS Identificação Valor/m² Área Valor Total
(R$) (m²) (R$)
27
Disponível em: http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/calculadoras/2013/01/01/indices-de-inflacao.htm.
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Área II - Santa Terezinha: [..] Estima-se atualmente, para os terrenos com vocação
comercial, preço em torno de R$ 600,00 / m² e de R$ 400,00 / m² em áreas
residenciais onde não há histórico de inundações […];
Área III – Parque das Nações – Parte Alta: [...] Os preços para terrenos, em torno de
R$ 500,00 / m², tendem a se valorizar a médio prazo, em função das ações
promovidas pelo Projeto Eixo Tamanduatehy e por reflexos das operações urbanas a
se realizarem à sua volta [...];
Área V - Vila Curuçá – Parte Alta: [...] O preço dos terrenos deve estabilizar-se em
torno de R$ 500,00 / m² (NUNES NETO, EIV UFABC, 2006).
Com base nos valores extraídos do EIV 2006 e nos valores médios constantes da Tabela 35,
calcula-se que, desde o início da implantação da UFABC, o preço do metro quadrado dos terrenos em
Santa Terezinha aumentou cerca de 268%, enquanto que nos Bairros Parque das Nações e Vila Curuçá,
este percentual chegou a aproximadamente 400%.
Entretanto, segundo os índices INPC – Geral e IPC FIPE – Geral 28 , a inflação acumulada no
período de setembro de 2006 a março de 2014 foi de 53,17% e 47,34%, respectivamente. A partir dos
valores apurados infere-se que o preço da terra apresentou aumento bastante significativo no período,
como reflexo direto do mercado imobiliário aquecido, principalmente, e da oferta reduzida de imóveis
com potencial para a incorporação de novos empreendimentos na cidade.
A apresentação dos dados relativos à evolução dos valores dos imóveis e de terrenos no
período de implantação da universidade teve como objetivo demonstrar que, neste cenário de
aquecimento do mercado imobiliário, a medida e o cálculo da valorização da terra como consequência
direta da implantação da UFABC é tarefa de difícil mensuração, bem como a projeção de valorização
futura, considerando-se a conclusão das instalações físicas conforme concepção definitiva de projeto. O
preço dos imóveis sofre influência de diversas e diferentes variáveis, entre as quais: política
macroeconômica, equilíbrio entre demanda e oferta e, no caso, atratividade que a universidade exerce
e/ou poderá exercer sobre o mercado, a médio e longo prazo.
28
Disponível em: http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/calculadoras/2013/01/01/indices-de-inflacao.htm
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Apresenta-se, na sequência, através da Tabela 34, quadro com oferta de imóveis em diversos
bairros de Santo André no período entre os meses de março e abril de 2014, com destaque (em
amarelo) para os bairros da Vizinhança Mediata da UFABC:
Bangu 89 2,00% 80 11 2
A partir dos dados da Tabela 36, conclui-se que, à exceção do Bairro Parque das Nações, os
demais bairros que compõem a Vizinhança Mediata do empreendimento - Parque Jaçatuba, Bangu,
Santa Terezinha e Vila Curuçá, apresentam baixa oferta de imóveis tanto para venda como para
locação, com percentual pouco expressivo em relação à dinâmica em outros bairros da cidade como
Vila Assunção, Bairro Campestre e Bairro Jardim, onde há maior oferta de imóveis.
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com lotes maiores, que apresentam maior facilidade e vantagens para a incorporação e que são
preferidos pelo mercado em relação aos terrenos dos bairros vizinhos à UFABC.
29
Disponível em: http://morarufabc.com.br/
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FIGURA 19
Relatório Fotográfico - Moradias Estudantis no Entorno do Câmpus Santo André
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Não se verifica aspectos que possam provocar expulsão da população moradora na Vizinhança
Imediata do empreendimento. Conforme já apresentado neste documento, a demanda por serviços e
comércio no entorno é reduzida, dada as características da população discente (maioria dos usuários) e,
neste contexto, as atividades existentes suportam a nova demanda. Cabe consignar que a população
atual de 8.765 pessoas, entre alunos e funcionários da universidade, representa cerca de 90% da
população projetada para os próximos cinco anos, estimada em 10.036 usuários, no total.
117
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Nesta vila deverá haver demanda para locação de imóveis, principalmente por
estudantes vindos de outras regiões de São Paulo ou mesmo de outros Estados, por
sua proximidade com o campus e pelo valor do aluguel, não superior a R$ 400,00,
com a possibilidade de compartilhamento por outros colegas, tratando -se de imóveis
de 02 dormitórios. Tal possibilidade pode provocar alguma especulação neste
conjunto, com elevação dos valores de locação para até R$ 500,00 ou 600,00 mensais
(NUNES NETO, EIV UFABC, 2006).
Conclui-se, desta forma, que não há expulsão de moradores, mas a geração de um novo tipo de
negócio que não existia na Vizinhança Imediata e Mediata do empreendimento: a locação de imóveis e
a construção de moradia estudantil para o atendimento da nova demanda habitacional decorrente da
implantação do Câmpus Santo André da UFABC.
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Neste lote que compõe o Câmpus Santo André, as redes de água, esgoto e drenagem
encontram-se em fase final de implantação, de acordo com os projetos aprovados pelo SEMASA,
elaborados conforme diretrizes emitidas pela autarquia à época da realização do Concurso Público para
a escolha de projeto para o câmpus sede da UFABC. Estas diretrizes foram apresentadas neste
documento, através do item “2.2.3.c.” - Infraestrutura Urbana. Para a expansão pretendida no lote,
através da construção do Bloco “L”, foram emitidas diretrizes complementares pelo SEMASA,
também disponibilizadas no item “2.2.3.c”.
Para o Bloco “L”, foi projetado sistema para abastecimento, reserva e distribuição de água
independente do sistema projetado na concepção original do câmpus: o novo edifício conta com
hidrômetro dedicado e reservatório inferior não enterrado, constituído por caixas d’água em fibra de
vidro localizadas no pavimento inferior do edifício. No total, a capacidade armazenada é de 180 metros
cúbicos, sendo parte destinada à reserva de água potável e à reserva de incêndio e parte destinada à
reserva de água de reuso. O abastecimento de água no edifício de laboratórios será realizado através de
redes pressurizadas, sistema que dispensa reservatórios superiores.
30
Ligações 242888 e 118352, respectivamente.
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Para o esgotamento dos efluentes do Bloco “L”, por orientação do SEMASA, foi projetada
nova rede interna que, em seu trecho final, interliga-se com trecho já executado da rede de esgoto do
câmpus que recebe os efluentes do RU e do Bloco B. Esta solução de projeto resulta em eliminação de
possível sobrecarga da rede de esgoto existente na Rua Abolição, que já se encontra com utilização
próxima do seu limite, segundo informações obtidas em reunião com o SEMASA.
Para o Bloco “L”, foi projetado sistema independente de reaproveitamento de águas pluviais,
subdividido em quatro subsistemas: captação, tratamento, armazenamento e distribuição. O sistema de
captação direciona todas as águas de coberturas e lajes impermeabilizadas para a caixa de retardo. Parte
da água armazenada na caixa de retardo passa por um sistema de tratamento em nível básico, composto
por filtro de partículas sólidas e cloração, tendo como destino final os reservatórios de armazenamento,
separados dos reservatórios de água potável, localizados no pavimento inferior do edifício. A
distribuição da água de reuso destina-se apenas ao abastecimento da rede sanitária, por meio de sistema
de pressurização e tubulações individualizadas, sem interligação física com as demais redes do edifício.
O excedente não reaproveitado foi direcionado para a caixa de retardo prevista no projeto original, uma
vez que a mesma está com sua capacidade acima do mínimo necessário calculado conforme Lei
Estadual n.º 12.526, mesmo com esta contribuição adicional.
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Quanto ao abastecimento de água, o Projeto Básico do Bloco Anexo conta com três
reservatórios inferiores, sendo um para reserva de água potável, com capacidade de cerca de 100
metros cúbicos, e dois para reserva de água de reuso (enterrados), com capacidade de cerca de 30
metros cúbicos, ambos localizados na Área Externa do Bloco Anexo. Para reserva superior de água,
foram previstos quatro reservatórios independentes, localizados nas coberturas dos edifícios Blocos I e
J, sendo dois reservatórios para armazenamento de água potável (capacidade de cerca de 100 metros
cúbicos cada) e dois reservatórios para armazenamento de água de reuso (capacidade de cerca de 65
metros cúbicos cada). O edifício Bloco H, destinado a laboratórios no pavimento inferior e
almoxarifados nos demais pavimentos, não necessita de reserva superior de água, uma vez que seu
consumo é baixo e, desta forma, o suprimento de água deste bloco é proveniente do reservatório
superior do edifício Bloco I, por gravidade.
Em relação às redes de esgoto, os efluentes captados no Bloco Anexo, provenientes dos vasos
sanitários, serão conduzidos para rede pública em fase de implantação na Avenida dos Estados, através
de interligação projetada no passeio público, junto ao alinhamento predial, na divisa do Terreno
Anexo com o lote ocupado pelos Correios AC Tamanduateí, conforme diretrizes do SEMASA. Os
demais efluentes, provenientes de pias e tanques (águas cinzas), serão conduzidos a reservatório
enterrado projetado para tratamento destes efluentes e armazenamento para posterior reutilização.
Quanto ao sistema de drenagem, em atendimento à Lei Estadual n.º 12.526, o projeto conta
com caixa de retardo localizada na porção do Terreno Anexo próxima à Avenida dos Estados, junto à
divisa com o Motel Red Sky, com capacidade de 130 metros cúbicos. Para este dispositivo do sistema
de drenagem são conduzidas as águas captadas na Área Externa do Bloco Anexo (pisos e
estacionamento), cujo destino final é o Rio Tamanduateí. Em complementação ao sistema, as águas
pluviais captadas nas coberturas dos edifícios e nas lajes impermeabilizadas são conduzidas ao
reservatório enterrado projetado para tratamento e armazenamento destas águas, para posterior
reutilização. Como no Bloco “L”, a distribuição da água de reuso destina-se apenas ao abastecimento
da rede sanitária, por meio de tubulações individualizadas, sem interligação física com as demais redes
do edifício.
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Para visualização das instalações relativas às redes de abastecimento de água, coleta de esgoto,
sistema de drenagem e águas pluviais, apresenta-se ilustração a partir da implantação do câmpus
conforme concepção definitiva – Terreno Principal e Terreno Anexo, Figura 20 e Figura 21,
respectivamente, com indicação dos sistemas projetados e das obras executadas e a executar.
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FIGURA 20
Planta de Implantação do Câmpus Santo André - Terreno Principal – Equipamentos
Urbanos
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FIGURA 21
Planta de Implantação do Câmpus Santo André - Terreno Anexo – Equipamentos
Urbanos
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Para casos de falhas na rede da concessionária AES Eletropaulo, os edifícios possuem grupos
geradores para alimentação das cargas essenciais, tais como iluminação de emergência, elevadores,
sistemas de segurança, bombas de água e laboratórios de pesquisa.
As instalações elétricas projetadas para os edifícios que serão implantados no Terreno Anexo
possuem conceito similar ao que foi aplicado no Terreno Principal. Foi projetada junto ao
alinhamento predial do lote, junto à divisa com os Correios AC Tamanduateí, cabine primária de
entrada e medição de energia em média tensão, que através de linha de média tensão enterrada pela
implantação do câmpus e conectada aos quadros principais de média tensão, promovem o suprimento
dos edifícios por meio de transformadores, quadros gerais de baixa tensão e linhas internas com
barramentos blindados e cabos elétricos.
Para casos de falhas na rede da concessionária AES Eletropaulo, os edifícios possuem grupos
geradores para alimentação das cargas essenciais, tais como iluminação de emergência, elevadores,
sistemas de segurança bombas de água e laboratórios de pesquisa.
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No Terreno Principal, as redes condominiais projetadas de gás canalizado ainda não foram
concluídas e, desta forma, o abastecimento das instalações físicas em operação no Câmpus Santo
André é feito, de forma provisória, por botijões de gás GLP instalados em abrigos junto ao Restaurante
Universitário (Bloco D) e ao Bloco B.
Após a conclusão das redes condominiais, o abastecimento será realizado através de rede de
gás canalizado da concessionária CONGÁS.
No Terreno Principal, foram projetados dois abrigos de resíduos: um abrigo geral, localizado
junto ao acesso de pedestres da Rua Santa Adélia, próximo à entrada de energia, e outro abrigo
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localizado na Rua Abolição, para atendimento do Restaurante Universitário. Este último abrigo terá sua
localização alterada para área interna ao câmpus, de acordo com conteúdo exposto no item “2.2.2.a”
deste documento.
Estes abrigos de resíduos ainda não foram executados e, desde o início das atividades da
UFABC no Câmpus Santo André, a coleta de resíduos sólidos - orgânicos e recicláveis -, é realizada
pelo SEMASA, de forma provisória. Segundo informações repassadas pela Prefeitura Universitária, os
resíduos são armazenados em contêineres com capacidade de 1000 litros, dispostos em área interna do
câmpus acessível aos caminhões da autarquia municipal que realizam a coleta dos resíduos orgânicos
às segundas, quartas e sextas e a coleta de resíduos recicláveis às terças, quintas e sábados.
Para o Terreno Anexo, o projeto básico de implantação do Bloco Anexo conta com abrigo de
resíduos em área próxima à Avenida dos Estados, junto à divisa do terreno com os Correios AC
Tamanduateí, com dimensionamento e compartimentação segundo diretrizes do Departamento de
Resíduos Sólidos (DRS) do SEMASA.
Em resumo:
- A fim de diminuir a demanda pelo consumo de água potável e de reduzir a contribuição nas
redes de drenagem do entorno, haverá armazenagem e reuso de águas pluviais captadas na cobertura e
lajes impermeabilizadas dos novos edifícios - Bloco “L” e Bloco “Anexo”, que serão utilizadas na rede
sanitária;
- A captação e condução das águas pluviais não reutilizadas e armazenadas nas caixas de
retardo até o seu destino final – o rio Tamanduateí, tanto no Terreno Principal como no Terreno
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Anexo, não resultarão em impacto no sistema de drenagem existente no entorno do Câmpus Santo
André;
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A respeito de sua representatividade para que se conheça o perfil dos estudantes de graduação
da UFABC, os autores da pesquisa afirmam:
A UFABC tem sua população composta em sua grande maioria por estudantes de graduação 31,
com predominância de idade na faixa etária de 18 a 25 anos, média atual de 22,74 anos, e variação
pouco significativa na separação por sexo ou turno de estudo, conforme dados à Tabela 37:
Esta faixa etária por si só poderia gerar expectativas de novos nascimentos e atendimento em
equipamentos da rede pública de educação (creche e pré-escola) ou saúde.
31
Segundo dados da Tabela 14, em 2013 os alunos de graduação correspondem a 75% da população total e, em 2018,
corresponderão a 73% da população total.
131
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Na Tabela 38, pode-se verificar que há um índice muito alto de alunos (93,08% do total,
conforme média dos anos de 2010 a 2012) que não possuem relação de casamento ou companheirismo
conjugal.
Tabela 38: Distribuição percentual dos graduandos segundo o estado civil (2010 -2012)
Divorciado /
Casado / Reside com
ANO Solteiro Separado Viúvo
companheiro
Judicialmente
2010 93,47% 5,98% 0,55% -
2011 93,22% 6,16% 0,54% 0,08%
2012 92,56% 6,79% 0,63% 0,03%
Fonte: Tabela 3.1 - Pesquisa Censo e Opinião Discente 2010/2011/2012 - PROPLADI/UFABC, 2013.
Na Tabela 39, que registra a distribuição dos alunos de graduação segundo o número de filhos,
pode-se observar que o percentual de estudantes sem filhos é bastante alto, em média 95,59% do total,
para os anos de 2010 a 2012:
Tabela 39: Distribuição percentual dos graduandos segundo o número de filhos (2010 -2012)
A partir dos dados das tabelas 14 e 39, foi elaborado cálculo estimado da quantidade total de
filhos dos alunos de graduação, considerando um número máximo de dois filhos por aluno: 407 para o
ano de 2013 e 452 para o ano de 201832 . No entanto, a definição da demanda por vagas de creche
depende de diversas variáveis, entre as quais: idade dos filhos, local de moradia e turno de estudo dos
pais, entre outros. Considerando que estas informações não constam da Pesquisa Censo e Opinião
Discente, adotou-se, para efeito de cálculo estimado desta demanda, os seguintes parâmetros: (i) 50%
do total de filhos dos alunos de graduação em idade de creche; (ii) percentual de alunos que já morava
ou se mudou para os bairros da Vizinhança Imediata e Mediata do empreendimento, correspondente a
32
Ano de 2013: 6.593 alunos (total), com 175 alunos com um filho (2,66% do total) e 116 alunos com mais de um filho
(1,75% do total). Ano de 2018: 7.326 alunos (total), com 195 alunos com um filho (2,66% do total ) e 128 alunos com mais de
um filho (1,75% do total ).
132
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21,84% do total33 e (iii) 50% do total de alunos no período da manhã e 50% no período noturno. Com
base nestes parâmetros, o cálculo da demanda máxima resultou em 22 vagas de creche para o ano de
2013 e 25 vagas de creche para o ano de 201834 .
Entretanto, não se pode afirmar que estas crianças têm representado demanda adicional nas
creches do entorno do Câmpus Santo André. Há outras alternativas, além de creche municipal, que
podem ser utilizadas pelos pais para o atendimento infantil: equipamentos privados, cuidadores
contratados ou cuidadores familiares. A UFABC, em sua política de Assistência Estudantil, possui um
programa que oferece auxílio financeiro aos estudantes mais carentes, através da modalidade “creche”,
constituindo-se em possibilidade de adoção de soluções privadas para o atendimento infantil por parte
dos estudantes com filhos. Diante do exposto, Infere-se, portanto, que o atendimento da demanda
gerada a partir da implantação da UFABC na rede pública municipal seja pouco significativo.
Quanto aos servidores públicos que possuem filhos em idade pré-escolar, tanto docentes
quanto técnicos administrativos, que juntos representam 10% da população total, estes recebem
auxílio-creche do Governo Federal para matricularem seus filhos em estabelecimentos privados. Foi
verificado junto à Coordenadoria Geral de Recursos Humanos (CGRH), da Pró-reitoria de
Administração (PROAD), que os servidores que fazem uso deste auxílio matriculam seus filhos em
estabelecimentos próximos à residência e não vizinhos ao local de trabalho. Portanto, os filhos dos
servidores públicos não contribuem para o comprometimento da infraestrutura educacional do
município.
Verifica-se, a partir da planta a seguir - Mapa 15, que o entorno da área de estudo possui os
seguintes equipamentos públicos de educação:
(i) - EMEIEF Tarsila do Amaral, à Rua Angatuba, n.º 230 – Bairro Bangu; (ii) - E.E. Prof.
Oscavo de Paula e Silva (Ensino Fundamental e Ensino Médio), à Rua Pacaembu, n.º 96 – Bairro
Bangu; (iii) - E.E. Amaral Wagner (Ensino Médio), à Rua dos Aliados, n.º 332 – Bairro Bangu.
Além destes estabelecimentos públicos, o entorno do Câmpus Santo André conta com
estabelecimento privado, o Colégio Ideal, localizado à Rua Paulina Isabel de Queirós, n.º 7 – Bairro
33
Este total corresponde ao percentual de alunos que se mudou para a Vizinhança Imediata ou M edida do empreendimento
(18,85% do total), após o ingresso na UFABC, somado ao percentual de alunos que já morava em Santo André, nos bairros do
entorno (2,99% do total), conforme dados apurados através da pesquisa CO-UFABC.
34
Cálculo da demanda máxima para os anos de 2013 e 2018, com base nos parâmetros adotados: número total de crianças
multiplicado pelo percentual de crianças em idade de creche (50%), multiplicado pelo percentual de alunos residentes no
entorno da UFABC (21,84%), multiplicado pelo percentual de alunos do período matutino (50%).
133
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Bangu, com oferta de vagas na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Quanto a
creches municipais ou conveniadas com o município, não há oferta de equipamentos desta natureza no
entorno, considerando-se o raio de 500 metros a partir do empreendimento.
134
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MAPA 15
Localização de Equipamentos de Educação no entorno do Câmpus Santo André
(R=500m)
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2010 6,51%
2011 5,93%
2012 6,53%
Fonte: Tabela 31.1 - Pesquisa Censo e Opinião Discente 2010/2011/2012 - PROPLADI/UFABC, 2013.
Com relação ao tipo de doença crônica existente entre os estudantes da graduação, a pesquisa
conta com a seguinte informação complementar:
Por outro lado, a promoção e a proteção à saúde devem objetivar a melhoria na qualidade de
vida e a redução dos riscos a saúde, através da construção de políticas públicas que incentivem o
abandono de hábitos menos saudáveis (campanhas contra o tabagismo, distribuição de preservativos) e
ações que promovam a saúde psicossocial da comunidade e proporcionem melhorias no modo de viver.
136
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A UAU também realiza atividades educativas relacionadas à saúde, tais como cursos, palestras,
eventos, orientações, entre outros, além de promover campanhas de prevenção às Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST), com distribuição contínua de preservativos masculinos e
femininos, e campanhas para Doação de Sangue na UFABC.
Atualmente a equipe da UAU é composta por dez servidores da área da saúde e um assistente
administrativo, sendo um médico35 , três enfermeiros e seis técnicos em enfermagem. O horário de
atendimento à comunidade universitária é de segunda-feira a sexta-feira, das 8h00 às 22h00 e, aos
sábados, das 8h00 às 13h00.
Além da UAU, a DAS conta com a Seção de Atendimento Psicossocial (SAP), que tem como
objetivo o atendimento de pessoas que procuram apoio para enfrentar dificuldades de ordem
emocional, de saúde, financeira, social ou outras, como problemas familiares, problemas nos
relacionamentos afetivos, dificuldades acadêmicas, ansiedade, depressão, dependência de álcool e
outras drogas, envolvimento em diversas formas de violência.
Atualmente, a equipe da SAP é composta por cinco servidores da área da saúde: três
psicólogos, uma assistente social e uma estagiária de psicologia.
35
O médico, com especialização em Clínica Geral e Endocrinologia, cumpre jornada de trabalho de 20 horas semanais, para
os dois câmpus, com atendimento mediante consultas previamente agendadas com 24 horas de antecedência (UFABC, 2014c).
137
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Por não se tratar de serviço hospitalar, a atuação da DAS é limitada. Neste contexto, os casos
mais complexos, que exijam recursos mais avançados, deverão ser encaminhados a uma unidade
pública de saúde que possua estrutura adequada, após serem devidamente avaliados por um
profissional da equipe composta por médico, enfermeira e técnicos em enfermagem, servidores
públicos federais.
Com estas medidas, a solicitação de serviços de saúde pública, configurada na rede do Sistema
Único de Saúde (SUS), é minimizada e reduzida a casos críticos e de acidentes ocorridos no interior do
câmpus universitário, que são conduzidos à rede por meio do acionamento do SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência).
Verifica-se, a partir da planta a seguir - Mapa 16, que o entorno da área de estudo possui os
seguintes equipamentos públicos de saúde:
(i) - Pronto Atendimento Bangu (PA Bangu), à Rua Avaré, n.º 107 - Bairro Bangu;
(ii) - Unidade Básica de Saúde Parque das Nações (UBS Parque das Nações), à Rua Frei
Caneca, n.º 280 – Bairro Bangu.
A capacidade de atendimento no PA Bangu é de 1100 a 1200 pacientes por dia, sendo 400
atendimentos no setor de pediatria e entre 700 a 800 atendimentos de pacientes adultos. O número total
de leitos disponibilizados no PA é de 28 leitos, distribuídos entre crianças (4 leitos) e adultos (24
leitos).
Estes equipamentos distam, respectivamente, 509 metros e 546 metros em relação ao Câmpus
Santo André.
138
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MAPA 16
Localização de Equipamentos de Saúde no entorno do Câmpus Santo André
(R=500m)
139
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3.6.1. Vegetação
Ao contrário, a substituição parcial de laje de concreto por espaços ajardinados sobre terreno
natural, conforme proposto no novo projeto para a antiga Praça do Sol, possibilitará o plantio de
espécies arbóreas nativas, de grande porte, adicionalmente aos exemplares previstos no projeto de
paisagismo original do câmpus universitário. A vegetação complementar contribuirá para o aumento da
densidade arbórea do empreendimento, o que implicará em:
140
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Em relação às espécies existentes nos passeios da Rua Santa Adélia e da Rua Abolição -
exemplares de uvas japonesas e alfeneiros (árvores exóticas), todas serão preservadas conforme
previsto no projeto paisagístico original do Terreno Principal, aprovado pelo município.
A vegetação existente neste lote do Câmpus Santo André compreende apenas quatro
exemplares arbóreos de uvas japonesas (árvores exóticas), todas localizadas na faixa de APP existente
no terreno, em decorrência da proximidade com o Rio Tamanduateí. Não há vegetação no passeio junto
à Avenida dos Estados.
De acordo com as diretrizes de projeto, o paisagismo que será implantado no Terreno Anexo
contará com recuperação da Área de Proteção Permanente, através de implantação de vegetação nativa
em faixa com largura de trinta metros, aproximadamente, junto à Avenida dos Estados, além de plantio
de árvores em todo o estacionamento de veículos e demais áreas de convivência projetadas. A
arborização prevista trará ganhos quantitativos e qualitativos ao meio ambiente local e contribuirá
também para a melhoria da qualidade do microclima, ao proporcionar áreas sombreadas, absorção de
calor, retenção de umidade, proteção contra ventos. Cabe observar que este aspecto é objeto de estudo
também para fins de emissão das Licenças Ambientais municipais.
Para ilustração, apresenta-se através da Figura 22 imagens do Terreno Anexo, com destaque
para os aspectos do passeio de pedestres junto à Avenida dos Estados.
141
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FIGURA 22
Imagens do Terreno Anexo
142
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MAPA 17
Localização de Maciços de Vegetação Significativa e Áreas Verdes no Entorno
Mediato
143
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O novo edifício de laboratórios projetado para o Terreno Principal, o Bloco L, foi concebido
de forma a ser incorporado ao conjunto arquitetônico original, conformado por seis blocos principais.
Na implantação conforme concepção definitiva, já com a inclusão do Bloco “L”, à exceção da Torre do
Relógio, todos os edifícios apresentam alturas que se dispersam no terreno, não bloqueando o
panorama local, com distribuição espaçada no lote.
144
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FIGURA 23
Conjunto Arquitetônico conforme Concepção Definitiva – Terreno Principal
145
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Não foram identificados bens de interesse cultural na área de estudo que exijam atenção
especial ou venham a interferir na implantação do empreendimento.
Embora não haja patrimônio histórico tombado na área, o projeto original contempla a
preservação do edifício onde funcionou, durante as primeiras décadas do século passado, o matadouro
municipal. Este edifício compreende o Bloco D, já restaurado e adequado para instalação da cozinha e
refeitório de alunos, professores e funcionários. Com a realização da reforma, o valor histórico do
edifício foi resgatado, pois sob uso de oficinas de manutenção encontrava-se descaracterizado quanto à
sua arquitetura original e em estado de conservação sofrível.
146
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FIGURA 24
Conjunto Arquitetônico conforme Concepção Definitiva – Terreno Principal - passeios e
muros junto à Avenida dos Estados
147
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O RIT foi revisado também em função do ajuste dos percentuais relativos aos modais de acesso
dos usuários ao câmpus, adotados no EIV/RIT anterior, mas que não se confirmaram a partir da
operação parcial do empreendimento. Estes parâmetros influenciam diretamente o dimensionamento
dos estacionamentos, pois são utilizados no cálculo do número de vagas necessárias ao atendimento da
população usuária de transporte motorizado individual.
Nesta nova configuração territorial do Câmpus Santo André e com base nos resultados
consolidados no RIT, as vagas de estacionamento de veículos serão disponibilizadas tanto no Terreno
Principal (711 vagas), como no Terreno Anexo (457 vagas).
148
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Embora a UFABC esteja concebida para funcionar com baixa dependência de atividades
externas, contando com lanchonete, restaurante e pequenas lojas, sua interação com o meio econômico
exterior gera e continuará a gerar demanda, ainda que reduzida, por serviços nos setores de
alimentação, papelaria, academia, idiomas, dentre outros, promovendo não apenas o aporte de
estabelecimentos dessa natureza em suas proximidades, mas também uma melhor qualidade dos
serviços no comércio já existente.
Ao menos um novo ponto de táxi deverá ser criado, na entrada principal da UFABC no
Terreno Principal, na pista marginal da Avenida dos Estados, intensificando atividades deste
seguimento na região.
149
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MAPA 18
Localização de Atividades com Demanda Potencializada pelo Empreendimento
150
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FIGURA 25
Imagens das Atividades com demanda potencializada pelo empreendimento
151
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Com base nos dados da Tabela 14 – Evolução da população da UFABC, o Câmpus Santo
André conta atualmente com 886 servidores, sendo 512 docentes e 374 técnicos administrativos,
além de 300 funcionários terceirizados. Em 2018, o câmpus contará com quadro permanente
projetado de 550 professores, 500 técnicos administrativos e 360 funcionários terceirizados,
representando per si 1410 postos de trabalho diretos.
Além dos postos diretos, a UFABC deverá contribuir para o aumento discreto de serviços e
atividades comerciais na cidade de Santo André, relacionados aos segmentos de hotelaria,
organização de eventos, cursos preparatórios para vestibular, cursos de capacitação profissional
complementares (línguas, informática), além dos segmentos de lazer, cultura, esportes, restaurantes,
bares, lanchonetes, bancos e comércio em geral, que poderão gerar novos postos de trabalho no
município.
Também serão gerados empregos indiretos pelo fornecimento de materiais e pela contratação
de serviços promovidos pela administração da UFABC, para sua gestão, operação e manutenção.
3.8.2.a. Conflitos
A implantação das instalações físicas da UFABC no Terreno Principal vem ocorrendo desde
o ano de 2006. A existência de edifícios em operação concomitantemente à execução de obras
remanescentes, pelos motivos já expostos neste documento, tem resultado na adoção de soluções
152
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provisórias para o funcionamento do câmpus, principalmente no que se refere aos acessos de pedestres
e de veículos e da oferta de vagas de estacionamento. Esta situação temporária tem gerado conflitos no
trânsito de veículos, notadamente na Rua Abolição, no horário de pico de entrada de alunos no
estacionamento da universidade, das 18h15 às 19h15.
Esta situação pode gerar incômodos à população do entorno, mas será solucionada a partir da
conclusão das obras no Terreno Principal e oferta de vagas no Terreno Anexo. Em caráter
transitório, a UFABC, através da Prefeitura Universitária, acordou junto à direção do Supermercado
Carrefour, condições e preços especiais para a comunidade acadêmica da universidade utilizar o
estacionamento do supermercado, que se apresenta sempre com vagas ociosas.
Por outro lado, o aumento da procura por moradia estudantil no entorno do Câmpus Santo
André resulta em maior atratividade da região pela proximidade com a universidade, impulsionando o
mercado de locação de imóveis, com redução da vacância e otimização da infraestrutura instalada na
Vizinhança Imediata.
153
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Não se prevê, neste processo de implantação do Câmpus Santo André da UFABC, expulsão
da população local, mas, certamente, com as mudanças de uso e ocupação do solo previstas e a
consequente valorização imobiliária dos imóveis, haverá alguma transição do atual perfil
socioeconômico da população, sempre por opção.
Também como um centro de pesquisas, a UFABC poderá contribuir com a cidade e região
para o estudo de muitos de seus problemas, gerando soluções e conhecimento, os quais poderão ser
aplicados no desenvolvimento de todo o país.
154
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[...]
Conforme exposto neste documento, a alteração de projeto pretendida pela UFABC
consiste na construção de edifício destinado a laboratórios de pesquisa, denominado
Bloco “L”, em substituição ao estacionamento coberto previsto no projeto original,
localizado sob a Praça do Sol.
A implantação do Bloco “L”, juntamente com a configuração de nova praça, não
implicará em novos impactos, sendo mantidos os previstos inicialmente, para os
quais já foram apresentadas medidas mitigadoras e compensatórias.
De forma complementar, com a implementação do novo projeto haverá redução em
impactos ambientais, tanto na fase de implantação quanto na fase de operação do
empreendimento, principalmente:
- diminuição significativa de bota-fora, de 45 mil metros cúbicos para 19 mil metros
cúbicos, considerando-se a implantação total do Câmpus Santo André;
- diminuição significativa dos riscos e impactos gerados pelas obras de contenção;
- aumento da área permeável e da densidade arbórea do empreendimento, pois a nova
praça projetada contará com espaços ajardinados sobre terreno natural.
Diante do exposto, reiteramos a solicitação de complementação de licença ambiental
por alteração de projeto, para viabilizar a execução do Bloco “L” (Ofício N.º
022/2014/CO-SA NTO ANDRÉ).
36
Etapa 1 – Bloco B; Etapa 2 A - Blocos A e C; Etapa 2B – Bloco F; Etapa 2C – Bloco D; Etapa 2D – Área de parte do
Bloco E e Reservatório Inferior; Etapa 2F – Bloco L; Etapa 2G – Área do Reservatório de Retardo e Parte da Passarela; Etapa
2H – Área Externa.
155
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O Terreno Anexo passou por processo de investigação do subsolo, realizado pela empresa
Planterra Análises, Meio Ambiente e Serviços Ltda, contratada pela UFABC, que culminou com a
elaboração de Relatório de Investigação Confirmatória de Passivo Ambiental.
De acordo com este relatório, os trabalhos de campo executados entre dezembro de 2013 e
janeiro de 2014 consistiram em: (i) realização de malha regular para soil gas survey, composta por 20
pontos, identificados como PSV01 a PSV20; (ii) execução de 12 pontos de sondagem em solo, para
retirada de 10 amostras de solo; e (iii) instalação de 8 poços de monitoramento para retirada de 8
amostras de água subterrânea. Também foram realizados ensaios de permeabilidade do solo e
levantamento topográfico dos pontos de amostragem.
As amostras de solo retiradas foram submetidas à análise dos parâmetros SVOC (Compostos
Orgânicos Semi-Voláteis), VOC (Compostos Orgânicos Voláteis), PAH (Hidrocarbonetos Aromáticos
Policíclicos), BTEX (benzeno, tolueno, etil-benzeno e xilenos), Metais, PCB (Bifenilos Policlorados) e
TPH Total (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo). Para as amostras de água subterrânea foram
realizadas análises para os mesmos parâmetros supracitados. Os resultados das análises químicas foram
comparados com a tabela de valores orientadores para solo e água subterrânea estabelecidos pela
CETESB (2005) para o Estado de São Paulo.
Nas análises químicas das amostras de solo foram detectadas concentrações para algumas das
substâncias de interesse, no entanto, nenhuma dessas concentrações superou os limites de intervenção
da CETESB. Nas análises químicas das amostras de água subterrânea, foram detectadas concentrações
acima dos limites de intervenção estabelecidos pela CETESB para os compostos metálicos: alumínio,
ferro e manganês.
Ressalta-se que para o Estado de São Paulo, as águas subterrâneas são ricas em ferro,
manganês e alumínio, devido ao tipo de rocha regional (gnaisse) e condições hidroquímicas. Tais
156
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substâncias são indesejáveis em quantidades acima dos padrões de referência, porém, afetam apenas a
qualidade organoléptica (i.e sabor/odor/coloração) da água, sendo desprezíveis para a saúde humana e
para o ambiente.
157
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4. CONCLUSÕES
158
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
OU COMPENSAÇÃO
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
161
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
- Aumento discreto e - Valorização dos imóveis na - Não se prevendo que ocorra - O mercado imobiliário
gradual na procura por área de Vizinhança Imediata desvalorização de imóveis e nas áreas de vizinhança
terrenos que tenham da UFABC, pela que a valorização real ou da UFABC vem se
vocação para a requalificação urbana especulação imobiliária - de adequando naturalmente
implantação de decorrente da implantação da difícil mensuração em um às novas relações de
empreendimentos universidade, proporcionando cenário de aquecimento do oferta e procura já
imobiliários voltados à oportunidades de novos mercado, com aumento estabelecidas ao longo
população de estudantes negócios e empreendimentos. expressivo no valor dos dos últimos sete anos ,
(moradia estudantil). terrenos e dos imóveis -, não período de implantação
- Especulação imobiliária ocorre de forma intensa, a do empreendimento, com
- Demanda por novos em torno da expectativa de ponto de causar pressão sobre população atual
serviços e procura por imóveis nas os atuais moradores, equivalente a 90% do
empreendimentos vizinhanças da UFABC por transtornando e total estimado para a
imobiliários na área de alunos, professores e comprometendo sua opção de operação plena da
Vizinhança Imediata e funcionários. negociação, não se verifica a universidade. Este cenário
Mediata Direta. necessidade de ações de aponta para valorização
mitigação ou compensação geral dos terrenos, e
- Demanda por imóveis destes impactos. deve se manter nos
nas vizinhanças por próximos, considerando a
- Conta-se, contudo, como
parte de alunos, conclusão das obras,
medidas compatibilizadoras,
professores e conforme concepção
com os instrumentos legais do
funcionários. definitiva de projeto.
município quanto ao
ordenamento do uso e
- As transações
parcelamento do solo –
imobiliárias se dão de
LUOPS, além daqueles
forma espontânea – por
previstos pelo Estatuto da
opção de venda, sem a
Cidade e incorporados ao atual
ocorrência de expulsão
Plano Diretor do município,
dos atuais moradores.
notadamente quanto à função
social da propriedade e à
sustentabilidade do
desenvolvimento urbano.
162
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
- Geração de uma nova - A demanda a ser gerada - A demanda direta por serviços Os impactos gerados nos
demanda por estes pela população da UFABC comunitários gerada pela equipamentos
equipamentos. por serviços comunitários UFABC poderá ser suportada comunitários foram
deverá se refletir pelos equipamentos minimizados em
- Serviços prestados pela principalemnte sobre o comunitários disponíveis no decorrência das ações de
implantação do conjunto sistema de saúde municipal, entorno, mantendo-se o mitigação executadas pela
arquitetônico e a com o eventual atendimento monitoramento dessa demanda UFABC, reduzindo-se o
instalação do câmpus a alunos, professores e por grupo de estudo da número de atendimentos.
universitário. funcionários no posto mais UFABC, a ser implementado
próximo instalado na Rua com este objetivo específico. - Haverá ganhos para a
Frei Caneca – UBS Parque população da vizinhança,
- A UFABC, por meio da Pró-
das Nações - e demais postos considerando-se o câmpus
Reitoria de Assuntos
no entorno. universitário como um
Comunitários e Políticas
novo equipamento,
Afirmativas (PROAP),
- A implantação do conjunto parcialmente em
disponibiliza auxílio creche
arquitetônico do câmpus irá operação, mas com
para estudantes com menor
constituir novo equipamento previsão da conclusão das
poder aquisitivo, além de
comunitário, com a oferta de obras para 2017.
serviços de saúde através da
acessos, praças e áreas
Unidade de Atendimento à
verdes, constituindo também
Urgência (UAU) e do Serviço
polo esportivo e cultural,
de Apoio Psicossocial (SAP),
promovendo eventos que
ambos da Divisão de
possam ser compartilhados
Atendimento à Saúde.
com os moradores da
vizinhança. - Os servidores públicos
(docentes e técnicos
administrativos) com filhos em
idade de creche recebem
auxílio financeiro do governo
federal para possibilitar o
atendimento infantil durante o
horário de trabalho.
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
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MITIGAÇÃO,
IMPACTOS NA REFLEXOS /
COMPATIB ILIZAÇÃO OU CONCLUSÕES
VIZINHANÇA CONSEQUÊNCIAS
COMPENSAÇÃO
- Oferta de vagas de - Criação da oportunidade de - Não se verifica a necessidade - Não haverá desemprego,
ensino superior gratuito acesso ao ensino superior, por de ações de mitigação ou mas a criação de novos
e próximo, com adoção ser gratuito e estar próximo, compatibilização dos impactos postos de trabalho na
de política de cotas por também para população de gerados, considerando-se que universidade, no comércio
meio da reserva de 50% baixa renda. não há consequências e na prestação de serviços
das vagas ofertadas. desfavoráveis, face aos locais.
- Criação de oportunidades de aspectos amplamente positivos
- Oferta de empregos trabalho na vizinhança e que se evidenciam. - Não se prevê quebra das
gerados pela melhora da situação relações sociais
universidade. socioeconômica da população existentes, mas alterações
local, pelos empregos diretos nestas relações, pela
- Alteração da demanda e indiretos gerados pela introdução de nova
por serviços na universidade. população local, formada
vizinhança. principalmente por
- Geração de uma demanda estudantes de graduação e
por novos serviços, pós-graduação.
incrementando a economia
local e gerando novos
empregos na vizinhança e na
cidade.
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A expansão do câmpus da Universidade Federal do ABC possibilitará a ampliação dos ganhos para a
qualidade ambiental, tanto para o Terreno Principal como para o Terreno Anexo, onde haverá
implementação das áreas verdes com espécies nativas e área permeável atendendo ou mesmo superando as
exigências legais estabelecidas pela municipalidade e pelo Estado, mas principalmente ao seu entorno,
constituindo equipamento público de educação, lazer e cultura.
Com a conclusão das obras, o empreendimento passará a integrar-se ao meio ambiente urbano,
possibilitando a circulação da população através de suas vias internas e praças durante seu período de
funcionamento, deixando de ser uma barreira física para a circulação de pedestres, conforme encontra-se
atualmente, quase que integralmente cercado por muros altos.
Haverá um grande ganho na paisagem local, através da ampliação das instalações físicas da
Universidade e da construção de passarela de interligação dos Terrenos Principal e Anexo, consolidando-se
conjunto arquitetônico harmonioso e adequado ao seu entorno.
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5. ENCERRAMENTO
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