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RESUMO
ABSTRACT
The approval of a project is a process that must be in accordance with the municipal
master plan, code of works, sanitary code and all the rules that govern a project, being
applied both for new and existing constructions. This study seeks to meet the internal and
legislative need in the city of Araçatuba - SP, in order to facilitate the understanding of the
process of regularization and approval of buildings for the city, seeking to emphasize the
municipal, state and federal laws in force and, mainly, to provide information to
professionals in the area, in addition to ensuring the needs regarding the quality of life of
citizens and controlling the disorderly growth of the municipality. Also will be provided
simple flow chart of the approval process of the municipality of Araçatuba.
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regularização de projetos, apresentando as diretrizes e aspectos necessários, buscando
atender à necessidade interna e legislativa do município de Araçatuba, localizado no estado
de São Paulo. Todo o processo é executado com base nas leis municipais, estaduais e federais
vigentes no ano de 2020, além de pesquisa bibliográfica.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Plano Diretor
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serviços públicos, ao trabalho e ao lazer para as presentes e futuras gerações”
(ARAÇATUBA, 2006, p. 1).
O Art. 26, Seção II, da mesma lei determina que “A Zona de Ocupação Condicionada
- Zona 2 é composta por áreas com predominância de uso misto do território e com grande
diversidade de padrão ocupacional” (ARAÇATUBA, 2006, p. 10). De acordo com o Art. 27
da mesma lei, apresenta como características:
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O Art. 29, Seção III, lei n° 168 cita “A Zona de Ocupação Controlada Urbana - Zona
3 sendo composta por áreas caracterizadas por fragilidades sociais e ambientais e pela
presença de áreas de uso industrial” (ARAÇATUBA, 2006, p. 11). Apresentando no Art. 30
as seguintes características do zoneamento:
O código de obras é um instrumento que permite junto com o plano diretor o controle
e a fiscalização da edificação, garantindo a segurança e a salubridade, explicando de maneira
clara as responsabilidades do proprietário, responsável técnico pelo projeto e responsável
técnico pela obra.
A lei ordinária n° 2105, Araçatuba (1979), autoriza o poder executivo do município
a adotar, como código de obra, o Decreto Estadual n°52.497, de 21 de julho de 1970, para
aprovação de projetos de construção civil. No dia 1. ° de janeiro de 1979 o Decreto
n°52.497/70 foi expressamente revogado entrando em vigor o Decreto n°12.342/78, decreto
esse referente ao Código Sanitário Estadual (ARAÇATUBA, 1978).
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2.3 Código Sanitário
De acordo com o decreto n°12.342/78, em seu Art. 27, cita que toda construção,
reconstrução ou reforma de prédio, não poderá ser iniciada sem que haja aprovação da
autoridade sanitária estadual, referente aos projetos e especificações determinadas. Ainda
cita na mesma lei, Art. 28, que qualquer tipo de construção, sendo ela nova ou modificada
não poderá ser habitada ou utilizada, sem que haja o alvará de habite-se, autorizado também
pelas autoridades sanitárias competentes (SÃO PAULO, 1978).
Conforme cita Sardá (2013), o alvará de habite-se é um documento solicitado pelo
proprietário do imóvel e concedido pela prefeitura do município, que tem como função,
atestar que o imóvel recém construído ou reformado, seguiu corretamente tudo que estava
previsto no projeto aprovado, tendo documentado a autorização para ocupação do imóvel.
O Decreto n°12.342/78 destaca informações relevantes para aprovação do projeto,
tal como, no capítulo II, refere-se à insolação, ventilação e iluminação mínima exigida para
cada edificação. O Art. 44, cita que as áreas iluminantes deveram corresponder:
A área de ventilação natural, de acordo com o Art. 45, São Paulo (1978), deverá
corresponder à metade da superfície de iluminação natural, conforme apresentado na figura
01. O Art. 46, pontua que “não serão considerados insolados ou iluminados os
compartimentos cuja profundidade a partir da abertura iluminante for maior que três vezes
seu pé direito, incluída na profundidade a projeção das saliências, alpendres ou outras
coberturas” (SÃO PAULO, 1978 p 13).
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Figura 01: Área de iluminação e ventilação
Área de Área de
Área de Ventilação
Iluminação Iluminação
No capítulo III, Art. 54, São Paulo (1978), do mesmo decreto, é citado, como
especificação construtiva, a importância da utilização do barrado impermeável em ambientes
como, cozinhas, instalações sanitárias, depósitos, armazéns , despensas, adegas e
compartimentos similares, devendo ter os piso e as paredes revestidas até a altura de 2,00m
no mínimo, sendo um material liso, resistente, impermeável e lavável. Cozinhas e instalações
sanitárias de habitações, exceto das coletivas, a altura da barra impermeável poderá ser
reduzida a 1,50m, no mínimo.
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Importante destacar ainda no Art. 60, que a largura de corredores e passagens, deverá
ser de 0,90m para habitações unifamiliares e unidades autônomas de habitações
multifamiliares. Em outros tipos de edificações é necessário adotar 1,20m para corredores
de uso comum ou coletivo e quando for de uso restrito poderá ser admitida a redução até
0,90m, não podendo ser inferior a essa largura. (SÃO PAULO, 1978).
O Artigo 67, São Paulo (1978), destaca que, o pé direito mínimo a ser adotado deverá
ser:
Segundo o Art. 59, São Paulo (1978), toda habitação unifamiliar deve possuir em seu
projeto, no mínimo, um dormitório, uma cozinha, uma instalação sanitária e uma área de
serviço.
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O Art. 68, cita como modelo de habitações multifamiliares, todo tipo de edificação
com o intuito de acolher mais de uma família, podendo ser classificada como edifícios de
apartamentos. O Art. 36, do mesmo decreto exige que as dimensões mínimas dos
compartimentos devam ter conformação e dimensão estabelecida na norma especifica para
a respectiva edificação (SÃO PAULO, 1978).
A NBR 9050 (ABNT, 2020) criada pela associação Brasileira de normas técnicas,
visa estabelecer critérios e parâmetros técnicos com relação a projetos, construções,
instalação e adaptação do meio urbano e rural, e as condições de acessibilidade, sendo
possível a utilização autônoma desta norma de modo independente a idade, estatura ou
limitação de mobilidade ou percepção em relação as edificações, ambiente, mobiliário e
equipamentos urbanos.
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Figura 02: Proteção contra queda em áreas de circulação com implantação de
margem plana
Também deverá ser previsto um sanitário acessível para cada sexo junto a cada
conjunto de sanitários, para estabelecimentos como shoppings, parques, terminais de
transportes, locais de shows ou eventos e edificações de uso público ou coletivo, que,
dependendo da sua especificidade ou natureza, concentrem um grande número de pessoas
(NBR 9050 ABNT, 2020).
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sobre os fatos geradores, a incidência, as alíquotas, o lançamento, a cobrança, a fiscalização
dos tributos municipais e estabelece normas de direito fiscal a eles pertinentes”.
As edificações que obtiver pelo menos duas características de seguimento urbano,
sendo considerado, uma construção com meio fio, pavimentação ou calçamento com ou sem
canalização de águas pluviais; abastecimento de água potável; sistemas de esgotos sanitários;
rede de iluminação pública , com ou sem postes; ou então escola de primeiro grau ou posto
de saúde dentro da área urbanizada, considera-se a edificação estando na área urbana, tendo
então como exigência contribuir com o imposto predial e território urbano (ARAÇATUBA,
1997).
O Art. 105 da mesma lei, cita que “A taxa de licença para aprovação e execução de
obras e instalações particulares é devida em todos os casos de construção, reconstrução,
reforma ou demolição de prédios, bem como nas instalações elétricas e mecânicas ou
qualquer outra obra” (ARAÇATUBA, 1997, p. 46).
O Art. 107, Araçatuba (1997), isenta das taxas de licença as construções econômicas
residências, cujo possui uma área total construída que não exceda a 70 m² (setenta metros
quadrados), as obras que serão executadas limpeza ou pintura interna e externa de prédios,
muros e grades; construção de passeio e construção de barracão destinado à guardar
materiais para obra já licenciada.
De acordo com a lei complementar n°116/2003, o Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza – ISSQN, é de competência do município, sendo necessário o
recolhimento desse imposto para toda aprovação de projeto em Araçatuba (BRASIL, 2003).
O código tributário do município de Araçatuba (1997), cita que para o serviço de
engenharia, item tributário n°7, o ISSQN é obtido por meio de uma alíquota de 4% do total
do valor da mão de obra. O cálculo é obtido através da multiplicação da área total da
edificação, pelo valor do metro quadrado da construção, disponível no portal Sinduscon,
permitindo então que, do total, 40% corresponda à mão de obra.
2.6 Alvará
2.6.1 Alvará de Construção
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legais responsáveis pela autorização buscam analisar se o projeto cumpre com a legislação
vigente e se existe um responsável técnico legal pela execução da obra (TOGNETTI, 2016).
Segundo Sardá (2013), para que seja emitido o alvará de construção é necessário que
o proprietário do imóvel esteja devidamente regularizado com o município, sem ter nenhuma
dívida com a municipalidade, possuir o projeto aprovado também pelo município e por
último, obter um responsável técnico legal responsável pela construção. O processo de alvará
de construção segue os mesmos passos da aprovação de projetos, sendo inclusive, necessário
que seja anexado em ambos os mesmos documentos.
De acordo com Marçal (2019), os parâmetros analisados e os respectivos valores por
metro quadrado do município de Araçatuba, para que possa ser gerada a taxa do alvará, são
respectivamente:
a) Alvará: R$0,83/m²
b) Aprovação: R$1,30/m²
c) Nova Aprovação: R$0,37/m²
d) Aprovação da Reforma: R$1,30/m²
e) Muro e Gradil: R$0,74/m
f) Tapume: R$18,60/m
g) Numeração de Prédio: R$7,44
h) Reforma:R$0,73/m²
i) Demolição-área a ser demolida: R$37,21/m²
j) Alinhamento do Terreno (testada): R$2,98/m
k) Nivelamento de Guias e Sarjetas: R$2,98/m
l) Alvará Fixo:R$37,21
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2.7 Aprovação de Projeto
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Figura 03: Fluxograma do processo de aprovação e análise de projeto
Responsável Técnico
Elaboração do requerimento de
aprovação no setor de atendimento
responsável, anexado com toda Documentos Necessários
documentação exigida, para geração de
protocolo, - Cópia simples do CPF;
- Cópia simples do R.G.;
- Cópia do I.P.T.U;
- Memorial Descritivo;
- Projeto Legal;
- ART/ RRT
- Requerimento em nome do
proprietário do imóvel;
Setor de aprovação – Prefeitura de - Documento de comprovação
Araçatuba de Titularidade do
Imóvel.
Analise de projeto
Taxas/Impostos
Retirada do projeto para
Cobrança e pagamento de taxas corrigir os indeferimentos
de alvará e impostos sobre
serviços.
Retirada do projeto
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2.9 Relação de Documentos Para Processo de Aprovação
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Figura 04 – Requerimento Oficial
Fonte: http//201.49.72.130:9090/guiafacil/pesquisaMunicipe!buscarDadosFormularioImpressao
Municipe.action?idServico=2 (2020).
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demolição, entre outros. É importante que para utilização do memorial descritivo em
edificações seja seguido à norma de desempenho de edificações habitacionais - NBR 15575
(ABNT, 2020) (LIBESKIND, 2019).
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3 CONCLUSÃO
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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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