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DISLEXIA ESEUS DESDOBRAMENTOS

DYSLEXIA AND ITS DEVELOPMENTS

NASCIMENTO,- Ana Clara do 1, MAMEDIO,- Flavia Aparecida 2


1
Centro Universitário UniFUNVIC, Mococa - SP
2
Centro Universitário UniFUNVIC, Mococa - SP

*Correspondência: annaclarannn@gmail.com.

RESUMO: A dificuldade de conhecer e de definir o que seja dislexia, faz com que se tenha criado
um mundo tão diversificado de informações, que confunde e não explica. Além do que a mídia no
Brasil, as poucas vezes que aborda esse grave assunto, somente fazem de maneira parcial, quando
não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Etimologicamente Dislexia é traduzida do latim e do grego como distúrbio de linguagem, esse
termo foi adotado para denominar um distúrbio específico na aquisição de leitura e escrita. Isso não
implica que, ao menor sinal de dificuldade nessa área, possa identificar um indivíduo como
disléxico. Os disléxicos convivem com momentos de realizações plenas, mas, ao mesmo tempo,
assombrados pela sensação de fracasso. Geralmente tem uma inteligência média (normal) ou acima
da média, com desempenho em algumas áreas acadêmicas, mas mesmo assim, tem
suas dificuldades de aprendizagem resultam em uma diferença grande entre o seu potencial. A
evolução progressiva de entendimento do que é Dislexia, resultante do trabalho cooperativo de
mentes brilhantes que se têm doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso
que vem sendo conquistado. Existe um universo complexo e contraditório, constituído de
indivíduos igualmente interessantes, que convivem diariamente com um mundo de coisas tão fáceis,
as quais podem dominar rapidamente, e com outras tão complicadas para eles, que, entretanto,
parecem ser tão óbvias para os outros.

Palavras-chave: Tratamento, Preconceito, Distúrbio de Aprendizagem

ABSTRACT: The difficulty of knowing and defining what dyslexia is means that a world of
information has been created that is so diversified that it confuses and does not explain. In addition
to what the media in Brazil does, the few times it addresses this serious subject, it only does so
partially, if not inappropriately, and even outside the global context of current scientific
discoveries. Etymologically Dyslexia is translated from Latin and Greek as a language disorder,
this term was adopted to name a specific disorder in the acquisition of reading and writing. This
does not imply that, at the slightest sign of difficulty in this area, an individual can be identified as
dyslexic. Dyslexics live with moments of full achievement, but at the same time, haunted by the
feeling of failure. He usually has an average (normal) or above average intelligence, with
performance in some academic areas, but even so, his learning difficulties result in a large gap
between his potential. The progressive evolution of the understanding of what Dyslexia is, resulting
from the cooperative work of brilliant minds who have donated themselves in persistent studies, has
clear markers of the progress that has been conquered. There is a complex and contradictory
universe, made up of equally interesting individuals, who live daily with a world of things that are
so easy, which they can master quickly, and with others that are so complicated for them, which,
however, seem so obvious to others.
Keywords: Treatment, Prejudice, Learning Disability
MÉTODO
O presente artigo é resultado de pesquisas bibliográficas de diferentes autores que
abordam em suas obras o sem aqui desenvolvido sobre dislexia.

INTRODUÇÃO

Segundo estudos de Monteiro (2014), a dislexia não é uma doença, mas sim uma
condição autocriada. Há uma sequenciação fonêmica no qual os fonemas são desarranjados dentro
da palavra. A causa da evasão escolar em nosso país é ignorada, pois é chamada de analfabetismo
funcional, que por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação
imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
É uma dificuldade que ocorre durante o aprendizado de ler e escrever, soletração e
ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com diversas características. Apesar de instrução
convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios
cognitivos fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem, independente de
causas intelectuais, culturais e emocional.
Seu aprendizado é diferente dos demais, na linguagem, em leitura, soletração, escrita, em
linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculos matemáticos, como na linguagem corporal
e social.
Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou vontade, como nada tem
a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura
em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de oitenta por cento dos disléxicos.
Conforme estudos de SILVA (2019), a dislexia atinge as capacidades principais da leitura e
linguagem que comumente se resume em diversos sintomas, tornando-se mais difícil a identificar se
um indivíduo possui dislexia, sendo que varia conforme dada indivíduo.
Os especialistas em educação devem ter conhecimentos acerca das classes de dislexia onde o
ponto principal é a aprendizagem, sendo que os sintomas interferem no performance acadêmica
dos estudantes, especialmente, durante o ensino.
James Kerr foi quem em primeira mão apresentou os distúrbios de leitura, em 1896. Conforme
Morais (1997, p. 87) ocorreram muitas transformações que mudaram a forma de rotular uma criança
disléxica.
Segundo Fagundes (2002, p. 69) o indivíduo com dislexia encontra adversidades no
aprendizado da leitura e da escrita.
O disléxico encontra barreiras quanto ao entendimento dos sonidos das expressões
associadas com as letras que representa os sons, isto é, dificulta as capacidades fundamentais de
leitura e linguagem.
Para Capovilla (2002) a dislexia pode ser dividida em adquiridas e de desenvolvimento,
Nas adquiridas, perde-se a capacidade de ler, por conta de uma dano no cérebro que
acontece depois que a pessoa passa a dominar a leitura. Nas dislexias do desenvolvimento, ocorre o
inverso, não existe danos no cérebro que seja manifestado e, esse problema ocorre quando a criança
passa a ler. (CAPOVILA, 2002,58-59)
Há no disléxico uma desordem linguística, significa que existe constância nas dificuldades
que começa na infância até a vida adulta, manifestando-se em diversas etapas.
Moojen e França ressaltam:

[...] a presença dessas características, particularmente na pré-escola e séries iniciais, não


determina um quadro disléxico por si só. Servem, contudo, de sinal de alerta para
problemas presentes ou futuros no desenvolvimento da linguagem escrita em geral.
(MOOJEN, FRANÇA, 2006 p. 171)

Conforme Fagundes (2002, p. 72), a criança disléxica encontra dificuldades para entender de
forma certa e rápida e identificar os fonemas bem como sua equivalência com os
grafemas, aludindo a ordem temporal da fala para a espacial da escrita. Quanto a decodificação
seguindo o rumo contrário.
Na escrita de uma criança com dislexia pode ocorrer uma diversidade se tipos de escrita
como: escrever uma letra de cada vez e embaralhar a sequência das letras ou mesmo não ter
lembrança de como são as letras; excluir pequenas vocábulos; encontra dificuldade para copiar e
confundir entre onde é à direita e esquerda, para cima e para baixo.
Os fatores considerados fortuitos, transformam-se através de várias hipóteses. Pode ocorrer
confusão por parte dos educadores em determinar se um indivíduo é ou não disléxico,
comprometendo seu crescimento e confundindo com transtorno comportamental, tratando a criança
como bagunceira, abnegativa.
A dislexia pode evidenciar-se na grande maioria das vezes a partir dos 6 a 7 anos, e
para Rotta e Pedroso (2006, p. 153) tendem a exibir demandas irregular para entender a leitura, a
escrita, para soletrar e fazer cálculos.
Quanto a leitura se for feita lentamente, trabalhosamente pode prejudicar a capacidade da
criança de entender o que foi lido. Tal circunstância acontece mesmo que a criança entenda
normalmente o que diz. Existe diversas obstáculos em mudar o som.
Tanto para Morais (1997, p. 94) quanto para demais estudiosos que a dislexia é representa
diversas adversidades de leitura e escrita para essas crianças.

2. DISLEXIA

2.1 Causas da Dislexia


Conforme trabalhos de Moojen, Bassôa e Gonçalves (2017), ainda não há um total
consenso entre os cientistas a respeito das causas da dislexia e as pesquisas mais recentes apontam
para uma associação de problemas genéticos como fator para o aparecimento do distúrbio.
Acreditam-se que os indivíduos com dislexia sofrerão modificações em alguns de seus
cromossomos, alguns genes teriam atuado de forma conjunta e determinaria a pouca capacidade de
ler e escrever. Sendo este um distúrbio genético e hereditário, os especialistas recomendam caso a
dislexias seja hereditária, os demais familiares deverão ser avaliados.
Para saber se alguém é disléxico, deve-se eliminar a possibilidade de ele não apresentar
nenhum outro problema neurológico e psicológico, como déficit intelectual, deficiências auditivas e
visuais ou lesões cerebrais.
A dislexia não tem cura, mas sim tratamento que pode colaborar no desenvolvimento de
habilidades e minimizarem os problemas. É um trabalho cumulativo e sistemático de estimular o
cérebro a compreender melhor os sinais da linguagem.
O excesso de testosterona produzida pela mãe durante a gestação também é apontado como
outro fator na evolução da dislexia. Diagnosticado, o indivíduo passa por uma avaliação de
pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, pediatras, entre outros profissionais. O que dificulta o
diagnóstico brasileiro são as falhas no sistema educacional. Tem crianças que não tiveram
oportunidades adequadas e por isso não aprenderam.

2.2 Tipos de Dislexia.


Um dos erros cometidos pelas pessoas acerca da dislexia é acreditar que seja igual para
todos.
Conforme Moojen e França (2006, p. 169) é fundamental compreender que o cérebro lê as
palavras de formas distintas, uma visual e outra fonológica. Os autores esclarecem que:

Em princípio, um leitor experiente e fluente deve utilizar independentemente


as duas vias. Ao depender exclusivamente de um ou de outra, estará
sinalizando pouca destreza leitora, o que poderá ou não fazer parte de um
quadro de dislexia. (MOOJEN/ FRANÇA, 2006, p. 169).
E consideram a dislexia de três formas:
A primeira é a fonológica apresentando realizar a percurso fonológico ao realizar a
leitura com problemas de leitura de expressões que não conhecidas do disléxico, bem como sílabas
que não fazem pseudopalavras.
Moojen e França (2006, p. 170) elucidam que as pessoas com dislexias reproduzem os
sonidos e assim não os perder definitivamente consequentemente frente a toda agrupamento no
consideração das palavras acarretando dificuldades no entendimento do que foi lido; a segunda é a
lexical que identifica as palavras desiguais, ocorrendo uma falha na decodificação instantânea,
afetando a leitura de palavras desiguais.
Os disléxicos decodificam com lentidão e cometem erros frequentemente. Segundo Moojen
e França (2006, p. 170) destacam os erros tradicionais são silabações, repetições e retificações, e, se
são forçados a ler de forma rápida fazem mudanças e podem situar de maneira incorreta o acento
prosódico das palavras;
Na terceira forma encontramos a dislexia mista que pauta o problema de leitura e escrita edificando
formas graves do transtorno.
A dislexia mista exibe dificuldades tanto na fonológica como no visual. Para Moojen e
França (2006, p. 170); trata-se de condições mais significativas exigindo maior esforço para
abrandar o empenho das vias de acesso do léxico. Frente ao divulgado se percebe que essas
dificuldades se relacionam a diversos pontos, cabendo à instituição de ensino, bem como aos
especialistas do ensino e como também a família pesquisarem as causas que o educando e/ou filhos
demonstrarem exibir um problema na aprendizagem ajudando em seu desenvolvimento
É certo que é no meio ambiente escolar que as dificuldades surgem, como também durante a
escolaridade deve despertar a atenção dos responsáveis. A função do educador é receber e ter com o
disléxico atenção redobrada, motivando-o e respeitando-as diferenças, da mesma forma não criar o
sentimento de pena.
Os envolvidos nas instituições de ensino devem resgatar a autoconfiança do aluno
disléxico reconhecendo suas capacidades e percebendo quais áreas que podem ser desenvolvidas
por ele, guiando-o para que ele possa ter confiança em si mesmo.

2.3 Limitações do disléxico.


Oliveira (2017), descreve as limitações sofridas pelo disléxico.
- Disgrafia: é uma inaptidão ou atraso no desdobramento da Linguagem Escrita, principalmente na
escrita cursiva. Pode ser muito mais fácil para aquele que tem dislexia escrever com computador e
na escrita manual, as letras podem ser borradas ou incompletas, havendo a tendência de letra de
forma. Pode haver também erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou
troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência;

- Discalculia - Há dificuldades na Matemática e podem evidenciar-se já no aprendizado aritmético


básico como, mesmo que essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em
leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem lida ou
ouvida;

- Deficiência de Atenção - Dificuldade de concentração e de manter a atenção concentrada em


objetivo central. É fundamental essa concentração para a elaboração do ensino. Essa deficiência de
atenção pode se manifestar isoladamente ou mesmo associada a uma Linguagem Corporal. Isto
caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade;

- Hiperatividade: Trata-se da atividade psicomotora excessiva, com diferenciais nos padrões de


sintomas: no caso de jovem ou a criança hiperativa com comportamento impulsivo, fala sem parar e
nunca tem paciência para esperar por nada. Parece ser desligada, mãos não o é, ao contrário, está
ligada em tudo igualmente, e não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros.;

- Hipoatividade: É caracteriza por um baixo nível de atividade psicomotora, é lenta a qualquer


estímulo. É a criança chamada de boazinha, está sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada".
Normalmente tem memória pobre e comportamento vago, sem se inteirar socialmente e quase
nunca se envolve com seus colegas.

2.4. Sinais de Alerta.


Conforme a Neurosaber (2021), os sinais de alerta são um indicio levando a família e a
intuição de ensino percebam se tratar de um educando com dislexia.
Na pré escola podem surgir sintomas que confundam com a Dislexia, portanto, é
interessante observar e aguardar.
São sinais:
-Fala e linguagem com desenvolvimento atrasado;
-Dificuldade em aprender rimas e canções;
-Comprometimento na coordenação motora;
-Dificuldade para montar quebra cabeça;
-Não se interessa por livros impressos.
Caso a criança continue apresentando alguns dos sintomas precisará de um diagnóstico e
acompanhamento adequado para que possa dar continuidade aos estudos e evitar sequelas
emocionais:
- Dificuldade na aquisição e automação para ler e escrever;
-Desatenção e dispersão;
- Dificuldade em copiar conteúdos de livros e da lousa;
-Desorganização geral;
- Confusão entre esquerda e direita;
-Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas.
Na fase adulta:
Sem receber um diagnóstico ou o acompanhamento adequado, o disléxico poderá
apresentar vários problemas secundários, desencadeados pela dislexia:
- Dificuldade em ler e escrever- Memória imediata prejudicada
- Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua
-Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia)
-Dificuldade em organização;
-Prejuízos afetivos e emocionais, tais como depressão, ansiedade, baixa autoestima e, em
alguns casos, tendência ao consumo de drogas e álcool

2.5 Diferença entre Dislexia e distúrbio de aprendizagem:


Segundo Garcez (2017), caracteriza-se pela dificuldade na escrita, leitura e ortografia, porém
as pessoas afetadas apresentam grande desenvolvimento nos demais setores sejam artísticos,
musical, criativo, esportivo, etc. Apresenta um nível intelectual pelo menos médio, cujo
desempenho escolar seja abaixo do esperado em relação às demais habilidades.Os avanços das
pesquisas na análise das atividades cerebrais tornam evidentes que, no caso da dislexia, há
diferenças mínimas no padrão de organização das células nervosas do cérebro. Também há hipótese
quanto a alterações genéticas, nos cromossomos 2, 6 e 15. quanto aos outros distúrbios, há fatores
múltiplos interferindo.

2.6 Dislexia no meio ambiente escolar:


A escola é fundamental para todos, especialmente para os alunos com dislexia e que
deve estar inclusos a partir do seu convívio familiar até a fase escolar, rodeado por muita confiança
e com uma boa aprendizagem, porém, nesse convívio deve haver muita responsabilidade da equipe
escolar, isto é, cada um na sua função com respeito às regras e compromisso com todos. Assim, por
intermédio da relação e participação com essa equipe, contribuir e que haja um crescimento
saudável.
A função do educador se torna maior, pois ele está diariamente em contato com disléxico,
detectando suas dificuldades.
Morais (1997, p. 100) ressalta que a criança com dislexia nem sempre consegue ter um
acompanhamento tendo que vencer suas barreiras acabando por se excluir das atividades escolares.
O disléxico é vagaroso para ler, necessitando de toda ajuda do educador para suplantar as
falhas, e assim, aprender conjuntamente os demais educandos.
O indivíduo, durante sua vida vai construindo seu acervo de palavras que vão sendo retidas no seu
cérebro, entretanto, nos disléxicos a armazenagem das palavras passa por um processo diferente do
considerado normal. Há situações em que os disléxicos irão depender demasiadamente do
assunto, para compreender os sentidos da palavra.
Moojen e França (2006, p. 173) lembram que “o disléxico deve progredir na escolaridade,
independentemente de suas dificuldades em leitura e escrita. Deve estar muito claro que o problema
não é devido à falta de motivação ou à preguiça”.
Morais (1997) frisa que o docente entende quando um educando demonstra dificuldades
para ler, de ortografia, ou tem vagarosidade para concluir suas atividades escolares. Quer dizer,
não se tratar de preguiça, o educador precisa modificar sua relação com a criança.

2.6.1 Preceitos que otimizam o ganho escolar dos disléxicos

Atitude • Dar a entender ao disléxico que seu problema é conhecido e


que será feito o possível para ajuda-lo;
• Dar-lhe uma atenção especial e encorajá-lo a perguntar em
caso de alguma dúvida/
• Comprovar sempre que o material oferecido para ler é
apropriado para o seu nível leitor, não pretendendo que
alcance um nível leitor igual ao dos colegas;
• Destacar sempre os aspectos positivos em seus trabalhos e
não o fazer repetir um trabalho escrito pelo fato de tê-lo feito
mal;
• Evitar que tenha que ler em público. Em situações
necessárias, oportunizar que ele prepare a leitura em casa;
• Aceitar que se distraia com maior facilidade que os demais,
posto que a leitura lhe exige um superesforço;
• Nunca o ridicularizar.

Proposta de • Ensinar a resumir anotações que sintetizem o conteúdo de


ação uma explicação;
pedagógica • Permitir, se necessário, o uso da calculadora e de gravador.
Particularmente no ensino superior, o disléxico é beneficiado
ao gravar as aulas já que tem dificuldade de ouvir e escrever
ao mesmo tempo;
• Usar materiais que permitam visualizações (figuras, gráficos,
ilustrações) para acompanhar o texto impresso;
• Evitar, sempre que possível, a cópia de textos longos do
quadro de giz;
• Diminuir deveres de casa envolvendo leitura e escrita.
..

Aprendizagem Considerando o esforço que os disléxicos fazem para dominar


de línguas a fonologia de
estrangeiras
sua língua materna desde o nascimento, é difícil que eles
dominem uma nova

língua. Os autores explicam que Schawytz sugere isenção da


língua

estrangeira, substituindo essa disciplina pela elaboração de


projetos

independentes sobre conhecimentos relativos à cultura do país


em que falam

esta língua.

Avaliação • Realizar, sempre que possível, avaliações orais – conduta


escolar válida em todos
os níveis de ensino;
• Prever tempo extra como recurso obrigatório, não opcional,
pois a capacidade de aprender do disléxico está intacta e ele
simplesmente precisa de tempo para acessa-la. Ele precisa
utilizar o contexto para entender o significado da palavra, um
caminho mais longo e indireto e que requer um tempo extra;
• Evitar a utilização de testes de múltipla escolha que, pelo
fato de descontextualizarem as informações e reduzirem o
tempo de execução, tornam-se muito difíceis para o disléxico;
• Valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não pelos
erros de escrita;
• Oportunizar um local tranquilo ou sala individual para fazer
testes ou avaliações para que o disléxico possa focar a sua
atenção na tarefa que tem para realizar.

Fonte: Moojen e França (2006, p. 173-174)

Fica claro que as referidas normas colaboram para que o disléxico possa acompanhar as
adaptações que correspondam às suas necessidades, sabendo que o mesmo vivencia diversas
dificuldades. Frente ao exposto é essencial que o educador adote táticas inovadores de ensino.
Moreira (2014) elucida que no desempenho pedagógico, o educador deverá
nortear e ensinar o aluno, através de simples e especificas palavras-chave de qual a forma de
executar certos exercícios, certificando-se que ele entendeu suas instruções. E para que o educando
atinja com maestria os seus aprendizados a autora também esclarece que é fundamental introduzir
estratégias lúdicas auxiliando sua aprendizagem.
Segundo Capovila (2002, p. 71) “as atividades fônicas e metafonológicas sejam
incorporadas, tanto pelos professores na própria sala de aula, quanto pelos profissionais da área
educacional em suas atuações clinicas e orientações escolares”.
Fagundes (2002) completa que o disléxico sempre necessitará de ajuda para concluir suas
tarefas escrita, até o momento em que tenha a confiança em si mesmo.
Sabe-se que a melhor forma de ajudar um aluno é necessário da ajuda de um especialista da
saúde sendo intermediário entre o seu paciente e a escola, colaborando dessa forma do
desenvolvimento.
De acordo com Silva (2015), esta pesquisa colabora com o entendimento de que quando há
dislexia, a leitura lenta, trabalhosa e individual de palavras impede o desenvolvimento da habilidade
da criança, adolescente ou adulto de compreender o que leu ou escreveu, ainda que a sua capacidade
de compreensão da língua falada seja adequada.
As características mais comuns observadas no aluno disléxico com dificuldades escolares
são: leitura lenta sem modulação, sem ritmo e sem domínio da compreensão/interpretação do texto
lido; confundir algumas letras; sérios erros ortográficos; dificuldades de memória; dificuldades no
manuseio de dicionários e mapas; dificuldades de copiar do quadro ou dos livros; dificuldades de
entender o tempo: passado presente e futuro; tendência a uma escrita descuidada, desordenada e às
vezes incompreensível; não utilização de sinais de pontuação/acentuação gramaticais; inversões,
omissões, reiterações e substituições de letras, palavras ou silabas na leitura e na escrita, problemas
com sequenciações.
Foi possível constatar que indivíduos com expressivas dificuldades de leitura não são
necessariamente disléxicas, mas que todas as crianças disléxicas têm um sério distúrbio de leitura.
O diagnóstico precoce é extremamente importante para o desenvolvimento contínuo dos
indivíduos disléxicos, e reconhecer as características é o primeiro passo para que se possam evitar
anos de dificuldades e sofrimentos com relação às tarefas que exijam a leitura e a escrita.
Crianças com dificuldades escolares, seja qual for a raiz do problema, necessitam de
educação, atenção e ensino diferenciados para que possam desenvolver suas habilidades, e quanto
mais cedo for detectado o problema, melhores serão os resultados.
Faz-se necessária a instauração, nas instituições escolares, de medidas preventivas essenciais
para a reestruturação do aluno em sua forma mais abrangente, evitando, assim, as situações
traumatizantes que os problemas de aprendizagem escolar causam em algumas crianças.
Nesse sentido, é tarefa de todo e quaisquer educadores, sejam eles os pais ou os professores,
ter como base ética o compromisso de ver desenvolver-se dignamente e efetivamente a
aprendizagem acadêmica de seus educandos, buscando novas formas de aprendizagem e novos
programas e processos de ensino que possam colaborar para a inclusão destas crianças no mundo
das letras, ajudando-as a sobreviver e a superar obstáculos.
Assim, é preciso lutar para que as informações e as novas formas de aprender cheguem às
escolas, aos educadores e aos pais, como forma de restaurar a dignidade humana.
É importante saber que quando um disléxico é tratado, tem que se ter em mente que ele não
tem cura, e que não é a essência do indivíduo que o diferencia do outro, mas a possibilidade de agir
e falar de tal forma que sua existência factual possa ser ultrapassada e, assim, alçar a excelência das
realizações humanas que imprimem direções ao mundo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o que foi descrito no corpo do trabalho, é possível perceber o quanto o aluno
não somente que tem dislexia, mas sim qualquer outra dificuldade seja ela qual for, que ele tenha
auxílio de pessoas capacitadas para ajuda-lo, assim cimo uma equipe multidisciplinar, para que esse
estudante tenha um acompanhamento especializado. Para a realização do artigo, foram utilizadas
teses, monografias e TCCs de diversos autores,

REFERÊNCIAS

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https://centroevolvere.com.br/blog/dificuldade-de-aprendizagem-ou-disturbio-de-aprendizagem-ha-
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de interesse e preguiça. II Fórum Mundial de Dislexia ocorre até quarta-feira, na UFMG.
Especialistas nacionais e internacionais discutem pesquisas, prevenção, diagnóstico e tratamento da
enfermidade. 19/08/2014 14:00. Disponível em
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/08/19/noticias-saude,191800/dislexia-nao-e-
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