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*Correspondência: annaclarannn@gmail.com.
RESUMO: A dificuldade de conhecer e de definir o que seja dislexia, faz com que se tenha criado
um mundo tão diversificado de informações, que confunde e não explica. Além do que a mídia no
Brasil, as poucas vezes que aborda esse grave assunto, somente fazem de maneira parcial, quando
não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.
Etimologicamente Dislexia é traduzida do latim e do grego como distúrbio de linguagem, esse
termo foi adotado para denominar um distúrbio específico na aquisição de leitura e escrita. Isso não
implica que, ao menor sinal de dificuldade nessa área, possa identificar um indivíduo como
disléxico. Os disléxicos convivem com momentos de realizações plenas, mas, ao mesmo tempo,
assombrados pela sensação de fracasso. Geralmente tem uma inteligência média (normal) ou acima
da média, com desempenho em algumas áreas acadêmicas, mas mesmo assim, tem
suas dificuldades de aprendizagem resultam em uma diferença grande entre o seu potencial. A
evolução progressiva de entendimento do que é Dislexia, resultante do trabalho cooperativo de
mentes brilhantes que se têm doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso
que vem sendo conquistado. Existe um universo complexo e contraditório, constituído de
indivíduos igualmente interessantes, que convivem diariamente com um mundo de coisas tão fáceis,
as quais podem dominar rapidamente, e com outras tão complicadas para eles, que, entretanto,
parecem ser tão óbvias para os outros.
ABSTRACT: The difficulty of knowing and defining what dyslexia is means that a world of
information has been created that is so diversified that it confuses and does not explain. In addition
to what the media in Brazil does, the few times it addresses this serious subject, it only does so
partially, if not inappropriately, and even outside the global context of current scientific
discoveries. Etymologically Dyslexia is translated from Latin and Greek as a language disorder,
this term was adopted to name a specific disorder in the acquisition of reading and writing. This
does not imply that, at the slightest sign of difficulty in this area, an individual can be identified as
dyslexic. Dyslexics live with moments of full achievement, but at the same time, haunted by the
feeling of failure. He usually has an average (normal) or above average intelligence, with
performance in some academic areas, but even so, his learning difficulties result in a large gap
between his potential. The progressive evolution of the understanding of what Dyslexia is, resulting
from the cooperative work of brilliant minds who have donated themselves in persistent studies, has
clear markers of the progress that has been conquered. There is a complex and contradictory
universe, made up of equally interesting individuals, who live daily with a world of things that are
so easy, which they can master quickly, and with others that are so complicated for them, which,
however, seem so obvious to others.
Keywords: Treatment, Prejudice, Learning Disability
MÉTODO
O presente artigo é resultado de pesquisas bibliográficas de diferentes autores que
abordam em suas obras o sem aqui desenvolvido sobre dislexia.
INTRODUÇÃO
Segundo estudos de Monteiro (2014), a dislexia não é uma doença, mas sim uma
condição autocriada. Há uma sequenciação fonêmica no qual os fonemas são desarranjados dentro
da palavra. A causa da evasão escolar em nosso país é ignorada, pois é chamada de analfabetismo
funcional, que por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação
imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.
É uma dificuldade que ocorre durante o aprendizado de ler e escrever, soletração e
ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com diversas características. Apesar de instrução
convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios
cognitivos fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem, independente de
causas intelectuais, culturais e emocional.
Seu aprendizado é diferente dos demais, na linguagem, em leitura, soletração, escrita, em
linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculos matemáticos, como na linguagem corporal
e social.
Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou vontade, como nada tem
a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura
em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de oitenta por cento dos disléxicos.
Conforme estudos de SILVA (2019), a dislexia atinge as capacidades principais da leitura e
linguagem que comumente se resume em diversos sintomas, tornando-se mais difícil a identificar se
um indivíduo possui dislexia, sendo que varia conforme dada indivíduo.
Os especialistas em educação devem ter conhecimentos acerca das classes de dislexia onde o
ponto principal é a aprendizagem, sendo que os sintomas interferem no performance acadêmica
dos estudantes, especialmente, durante o ensino.
James Kerr foi quem em primeira mão apresentou os distúrbios de leitura, em 1896. Conforme
Morais (1997, p. 87) ocorreram muitas transformações que mudaram a forma de rotular uma criança
disléxica.
Segundo Fagundes (2002, p. 69) o indivíduo com dislexia encontra adversidades no
aprendizado da leitura e da escrita.
O disléxico encontra barreiras quanto ao entendimento dos sonidos das expressões
associadas com as letras que representa os sons, isto é, dificulta as capacidades fundamentais de
leitura e linguagem.
Para Capovilla (2002) a dislexia pode ser dividida em adquiridas e de desenvolvimento,
Nas adquiridas, perde-se a capacidade de ler, por conta de uma dano no cérebro que
acontece depois que a pessoa passa a dominar a leitura. Nas dislexias do desenvolvimento, ocorre o
inverso, não existe danos no cérebro que seja manifestado e, esse problema ocorre quando a criança
passa a ler. (CAPOVILA, 2002,58-59)
Há no disléxico uma desordem linguística, significa que existe constância nas dificuldades
que começa na infância até a vida adulta, manifestando-se em diversas etapas.
Moojen e França ressaltam:
Conforme Fagundes (2002, p. 72), a criança disléxica encontra dificuldades para entender de
forma certa e rápida e identificar os fonemas bem como sua equivalência com os
grafemas, aludindo a ordem temporal da fala para a espacial da escrita. Quanto a decodificação
seguindo o rumo contrário.
Na escrita de uma criança com dislexia pode ocorrer uma diversidade se tipos de escrita
como: escrever uma letra de cada vez e embaralhar a sequência das letras ou mesmo não ter
lembrança de como são as letras; excluir pequenas vocábulos; encontra dificuldade para copiar e
confundir entre onde é à direita e esquerda, para cima e para baixo.
Os fatores considerados fortuitos, transformam-se através de várias hipóteses. Pode ocorrer
confusão por parte dos educadores em determinar se um indivíduo é ou não disléxico,
comprometendo seu crescimento e confundindo com transtorno comportamental, tratando a criança
como bagunceira, abnegativa.
A dislexia pode evidenciar-se na grande maioria das vezes a partir dos 6 a 7 anos, e
para Rotta e Pedroso (2006, p. 153) tendem a exibir demandas irregular para entender a leitura, a
escrita, para soletrar e fazer cálculos.
Quanto a leitura se for feita lentamente, trabalhosamente pode prejudicar a capacidade da
criança de entender o que foi lido. Tal circunstância acontece mesmo que a criança entenda
normalmente o que diz. Existe diversas obstáculos em mudar o som.
Tanto para Morais (1997, p. 94) quanto para demais estudiosos que a dislexia é representa
diversas adversidades de leitura e escrita para essas crianças.
2. DISLEXIA
esta língua.
Fica claro que as referidas normas colaboram para que o disléxico possa acompanhar as
adaptações que correspondam às suas necessidades, sabendo que o mesmo vivencia diversas
dificuldades. Frente ao exposto é essencial que o educador adote táticas inovadores de ensino.
Moreira (2014) elucida que no desempenho pedagógico, o educador deverá
nortear e ensinar o aluno, através de simples e especificas palavras-chave de qual a forma de
executar certos exercícios, certificando-se que ele entendeu suas instruções. E para que o educando
atinja com maestria os seus aprendizados a autora também esclarece que é fundamental introduzir
estratégias lúdicas auxiliando sua aprendizagem.
Segundo Capovila (2002, p. 71) “as atividades fônicas e metafonológicas sejam
incorporadas, tanto pelos professores na própria sala de aula, quanto pelos profissionais da área
educacional em suas atuações clinicas e orientações escolares”.
Fagundes (2002) completa que o disléxico sempre necessitará de ajuda para concluir suas
tarefas escrita, até o momento em que tenha a confiança em si mesmo.
Sabe-se que a melhor forma de ajudar um aluno é necessário da ajuda de um especialista da
saúde sendo intermediário entre o seu paciente e a escola, colaborando dessa forma do
desenvolvimento.
De acordo com Silva (2015), esta pesquisa colabora com o entendimento de que quando há
dislexia, a leitura lenta, trabalhosa e individual de palavras impede o desenvolvimento da habilidade
da criança, adolescente ou adulto de compreender o que leu ou escreveu, ainda que a sua capacidade
de compreensão da língua falada seja adequada.
As características mais comuns observadas no aluno disléxico com dificuldades escolares
são: leitura lenta sem modulação, sem ritmo e sem domínio da compreensão/interpretação do texto
lido; confundir algumas letras; sérios erros ortográficos; dificuldades de memória; dificuldades no
manuseio de dicionários e mapas; dificuldades de copiar do quadro ou dos livros; dificuldades de
entender o tempo: passado presente e futuro; tendência a uma escrita descuidada, desordenada e às
vezes incompreensível; não utilização de sinais de pontuação/acentuação gramaticais; inversões,
omissões, reiterações e substituições de letras, palavras ou silabas na leitura e na escrita, problemas
com sequenciações.
Foi possível constatar que indivíduos com expressivas dificuldades de leitura não são
necessariamente disléxicas, mas que todas as crianças disléxicas têm um sério distúrbio de leitura.
O diagnóstico precoce é extremamente importante para o desenvolvimento contínuo dos
indivíduos disléxicos, e reconhecer as características é o primeiro passo para que se possam evitar
anos de dificuldades e sofrimentos com relação às tarefas que exijam a leitura e a escrita.
Crianças com dificuldades escolares, seja qual for a raiz do problema, necessitam de
educação, atenção e ensino diferenciados para que possam desenvolver suas habilidades, e quanto
mais cedo for detectado o problema, melhores serão os resultados.
Faz-se necessária a instauração, nas instituições escolares, de medidas preventivas essenciais
para a reestruturação do aluno em sua forma mais abrangente, evitando, assim, as situações
traumatizantes que os problemas de aprendizagem escolar causam em algumas crianças.
Nesse sentido, é tarefa de todo e quaisquer educadores, sejam eles os pais ou os professores,
ter como base ética o compromisso de ver desenvolver-se dignamente e efetivamente a
aprendizagem acadêmica de seus educandos, buscando novas formas de aprendizagem e novos
programas e processos de ensino que possam colaborar para a inclusão destas crianças no mundo
das letras, ajudando-as a sobreviver e a superar obstáculos.
Assim, é preciso lutar para que as informações e as novas formas de aprender cheguem às
escolas, aos educadores e aos pais, como forma de restaurar a dignidade humana.
É importante saber que quando um disléxico é tratado, tem que se ter em mente que ele não
tem cura, e que não é a essência do indivíduo que o diferencia do outro, mas a possibilidade de agir
e falar de tal forma que sua existência factual possa ser ultrapassada e, assim, alçar a excelência das
realizações humanas que imprimem direções ao mundo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o que foi descrito no corpo do trabalho, é possível perceber o quanto o aluno
não somente que tem dislexia, mas sim qualquer outra dificuldade seja ela qual for, que ele tenha
auxílio de pessoas capacitadas para ajuda-lo, assim cimo uma equipe multidisciplinar, para que esse
estudante tenha um acompanhamento especializado. Para a realização do artigo, foram utilizadas
teses, monografias e TCCs de diversos autores,
REFERÊNCIAS
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https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/28585/1/LUCIANA+CARLA+DE+SOUZ
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GARCEZ, Tatiane Moraes. Dificuldade de Aprendizagem ou Distúrbio de Aprendizagem: há
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https://centroevolvere.com.br/blog/dificuldade-de-aprendizagem-ou-disturbio-de-aprendizagem-ha-
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publicação 04/01/2021. Disponível em
https://institutoneurosaber.com.br/dislexia-sinais-que-podem-surgir-antes-da-alfabetizacao/. Acesso
em 27 de jun/2023
MONTEIRO, Lilian. Dislexia não é doença; transtorno da linguagem é confundido com falta
de interesse e preguiça. II Fórum Mundial de Dislexia ocorre até quarta-feira, na UFMG.
Especialistas nacionais e internacionais discutem pesquisas, prevenção, diagnóstico e tratamento da
enfermidade. 19/08/2014 14:00. Disponível em
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/08/19/noticias-saude,191800/dislexia-nao-e-
doenca-transtorno-da-linguagem-e-confundido-com-falta.shtml. Acesso em 27 de jun/2023
MOOJEN , Sônia Maria Pallaoro. BASSÔA, Ana Hosana. ALVES, Hosana Gonçalves.
Características da dislexia de desenvolvimento e sua manifestação na idade adulta. Revista
Psicopedagogia versão impressa ISSN 0103-8486. Rev. psicopedag. vol.33 no.100. São Paulo
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84862016000100006. Acesso em 27 de jun/2023