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FACULDADE ALPHA - POLO CARUARU

PÓS-GRADUAÇÃO: NEUSOPSICOPEDAGOGIA

DISCIPLINA: NEUROCIENCIA E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

DOCENTE: MICHELLY HERLANE

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

DISCENTE: NÚBIA VANESSA DA SILVA

CARUARU, 19 DE FEVEREIRO DE 2022


NÚBIA VANESSA DA SILVA

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

CARUARU, 19 DE FEVEREIRO DE 2022


TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Transtornos Específicos da Aprendizagem é uma condição neurológica (interna) que afeta a


aprendizagem e o processo de informações. O transtorno específico da aprendizagem é
diferente da dificuldade de aprendizagem, tornando-o assim persistente.

O transtorno Específico da Aprendizagem é um termo guarda-chuva que é usado para


descrever dificuldades especificas para adquirir habilidades acadêmicas básicas.

Dentre os diversos transtornos existentes, iremos entender um pouco mais sobre disortografia,
dispraxia e disfasia.
DISORTOGRAFIA

A disortografia é a escrita incorreta com erros e substituições de grafemas. A disortografia


está associada à dislexia, e é definida como um desvio da leitura, escrita e soletração. No
entanto, ela não é causada por uma má formação da alfabetização baixa nível intelectual ou
desmotivação, mas de caráter hereditário e conseqüências das disfunções genéticas,
apresentando ainda alterações de padrões neurobiológicos. Apesar de a disortografia estar
ligada a dislexia, nem todo disortográfico é dislexo, mas se a disortografia aparece de forma
isolada, há a possibilidade de cura, quadro diferente quando ligada a dislexia.

A disortografia caracteriza-se principalmente pela falta de vontade das crianças em escrever,


há também a troca de silabas, omissão de letras, não consegue associar os fonemas e
grafemas, junção de silabas de duas palavras e erros das regras ortográficas.

Infelizmente a disortografia não é um transtorno freqüentemente conhecida na área da


pedagógica, pode ser confundido com dificuldades no aprendizado, é diagnosticada
tardiamente, geralmente após a fase de alfabetização, levando assim os seus indivíduos a
sofrerem no desempenho acadêmico, no que se refere à língua escrita.

A disortografia é pouco compreendida e esquecida enquanto Necessidade Educativa Especial.

Dentro do quadro das Dificuldades de Aprendizagens Especificas (DAE) a disortografia


aparece como uma dificuldade bastante intrigante e curiosa. A disortografia se classifica como
DAE, e o educando, sendo diagnosticado, tem maior possibilidade de alcançar o sucesso
educacional, pois terá seus direitos garantidos e material adequado para o enfrentamento da
dificuldade, orientando assim o educador, que dará ao educando um suporte de qualidade no
contexto educativo e pedagógico.
DISPRAXIA

Síndrome do desastrado, como é pejorativamente conhecida, se caracteriza como uma


disfunção neurobiológica que atua nas ações do cérebro, ou seja, uma imaturidade de
organização do movimento, o cérebro não processa a informação de tal forma que permita a
transmissão completa. Desse modo a pessoa com dispraxia acha difícil planejar o que fazer e
como fazer, pois são afetadas as partes que se referem aos aspectos motores, verbal e espacial.

Cerca de 10% das pessoas apresentam algum grau de dispraxia, segundo os especialistas, e
cerca de 2% apresenta grau severo. Em crianças, quatro em cada cinco com dispraxia são
meninos.

Os sintomas da dispraxia são variados as pessoas podem apresentar dificuldade de equilíbrio,


má postura, fadiga, falta de jeito, dificuldade na fala, má coordenação nas mãos e olhos, mas a
sua maioria costuma aparecer ainda na infância, na fase que a criança começa a andar e a
falar.

Os principais sinais de dispraxia na primeira infância se manifestam quando a criança demora


a sentar engatinhar, andar falar, sair das fraldas entre outros. Uma criança diagnosticada com
dispraxia apresentara dificuldades em cada fase de seu desenvolvimento. No âmbito escolar,
elas apresentam dificuldades em aprender novas habilidades e levam mais tempo para se
desenvolverem.

Quando a criança está na escola, é afetada no que diz respeito aos movimentos que ela precisa
adquirir para segurar um lápis e demais objetos como tesoura ou até mesmo a régua, pois
exige um determinado trajeto, significando um empecilho. É fundamental que na escola essas
crianças sejam incentivadas a praticar muito para então aprender, e não apontar os erros para
não desmotivar-los.

Ao ser diagnosticado com dispraxia, não significa que a criança tenha um déficit cognitivo ou
que ela é menos inteligente em relação aos demais, ao contrario, porem encontrará
dificuldades para a prática de algumas atividades relativamente simples quando comparado as
demais crianças.

A criança com dispraxia geralmente se isola das outras, pois em determinadas brincadeiras
como: chutar a bola, pular e correr, por exemplo, ela encontrara uma grande barreira.
As causas para uma pessoa ter dispraxia são variadas, tais como: traumas ou lesões no
cérebro, atraso no desenvolvimento neurobiológico, AVC e também de causa hereditária.
Alguns outros fatores que também motivam a dispraxia são o uso excessivo de álcool e
drogas, enquanto gestante ou nascimento prematuro.

Para um tratamento eficiente o depoimento dos pais é fundamental para o diagnóstico, uma
equipe eficaz que fará a diferença em relação ao seu tratamento encontrando um caminho para
amenizar a dispraxia no dia a dia, melhorando a qualidade de vida do mesmo.
DISFASIA

Distúrbios de linguagem são freqüentemente não reconhecidos por estudantes, até mesmo por
profissionais médicos experientes costumam exibir dificuldades para identificar os sintomas.

Afasia significa ausência da linguagem, seu uso foi consagrado no lugar da palavra mais
correta “disfasia”, para designar qualquer transtorno do uso simbólico das palavras.

O transtorno da fala se divide em quatro grupos principais:

1. Afasia motora ou de expressão: em sua forma mais severa o individuo perde


totalmente a capacidade de falar, limita-se apenas a dizer sim e não, mas o mesmo
demonstra total entendimento da palavra e conseguirá executar bem os comandos.
2. Afasia sensorial: é caracterizada pela incapacidade para apreciar o significado
simbólico das palavras, sejam elas faladas ou escritas.
3. Afasia de condução ou sintaxe: são lesões que causam interrupção na principal via de
comunicação entre as áreas de Broca e Wernicke resultam nesta forma peculiar de
disfasia.
4. E por ultimo, Afasia global: são lesões no hemisfério dominante que comprometem os
lobos frontais e temporais que resultam em grave distúrbio de linguagem.

As pessoas diagnosticadas com disfasia também podem apresentar alguns sintomas


associados a esse transtorno, tais como:

Agrafia: incapacidade para escrever;

Acalculia: incapacidade de realizar cálculos básicos;

Alexia: impossibilidade de leitura;

Desorientação direito-esquerda.

Infelizmente, fenômenos disfásicos sobreviverão como seqüelas em muitos pacientes,


sobretudo naqueles vitimas de infartos cerebrais isquêmicos. No caso de serem pacientes
jovens habilidades da fala poderão ser desenvolvido pelo hemisfério não dominante, desde
que este se tenha mantido intacto.
Fármacos têm sido solicitados com o intuito de melhorar a desempenho da comunicação em
pacientes disfásicos. Com o uso da medicação bromocriptina, pôr estudos mais refinados
metodologicamente e controlados, desaconselham fortemente a utilização deste medicamento,
simplesmente por causar efeitos colaterais.

Fonoterapia é um recurso muito útil a ser recomendado para todos os pacientes com disfasia,
embora haja pouco efeito para pessoas com disfasia severas, contudo não foi relatado nenhum
efeito colateral.
REFERENCIAS

AFONSO, Maria de Lurdes Peixoto. Disortografia: compreender para intervir. Set, 2010.
116f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação, especialização em Educação Especial)
– Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Porto. 2010. Disponível em acesso em 01
de maio de 2016;

HTTPS://institutoneurosaber.com. BR/quais-sao-os-sinais-de-dispraxia//;

http://www.neurologia.ufsc.br/artigos-cientificos/disfasias/

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