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Universidade Aberta Isced

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Didáctica Geral

A AVALIAÇÃO FORMATIVA: O QUE É E COMO PROCEDER?

Manuel Da Costa Júlio


Código: 71232776

Quelimane, Maio de 2023.


Universidade Aberta Isced
Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

A AVALIAÇÃO FORMATIVA: O QUE É E COMO PROCEDER?

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Matemática da UnISCED.

Manuel Da Costa Júlio


Código: 71232776

Quelimane, Maio de 2023.


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivo Geral..................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivo Específico............................................................................................. 3

1.2. Metodologia ................................................................................................................. 4

2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 5

2.1. Definição de avaliação formativa ................................................................................ 5

2.2. Procedimento usado para o funcionamento da avaliação formativa ............................ 5

2.2.1. Características da avaliação formativa ................................................................. 5

2.2.2. Importância da avaliação formativa ..................................................................... 6

2.3. Formas de Avaliação na aprendizagem com o enfoque na Avaliação Formativa ....... 7

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 9

4. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho de campo vamos estudar a avaliação formativa: o que é e como proceder. As
propostas de melhoria do processo ensino-aprendizagem incluem a avaliação e por conta disso
as ideias inovadoras são apresentadas, algumas, apresentando técnicas avaliativas, outras,
como estratégia pedagógica.

Sabemos que um dos graves problemas da educação é a desproporcional dada à avaliação


como instrumento de seletividade e de exclusão. Dessa forma o aluno fica preocupado em
estudar para tirar nota, para passar e não para aprender. Essa ênfase tem base material muito
concreta: a legislação que dá poder à escola, ao professor de reprovar o aluno que não tiver
média. Ou seja, na prática, o aluno tem que tirar nota para poder passar. A avaliação formativa
procura fazer o caminho do acompanhamento.

A seguir, entenda mais sobre como funciona a avaliação formativa, os seus benefícios e sua
aplicação.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
▪ Falar de avaliação formativa.

1.1.2. Objectivo Específico


▪ Definir a avaliação formativa;
▪ Apresentar o funcionamento da avaliação formativa;
▪ Descrever as formas de Avaliação na aprendizagem com o enfoque na Avaliação
Formativa.

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1.2. Metodologia
O trabalho foi estruturado em duas partes, subdivididas em capítulos e subcapítulos. A
primeira parte se trata do desenvolvimento, principais conceitos, abordagens, análises,
perspectivas, teorias, com o intuito de aumentar a abrangência e possibilitar um maior suporte
ao estudo. Partiu-se do tema mais geral da avaliação na sociedade, para a avaliação no meio
escolar. Assim, a parte 1 da pesquisa foi dividida em 2 capítulos e em respectivos subcapítulos.

A segunda e última parte apresenta as considerações finais, que trazem uma análise mais
crítica do estudo. Foram estabelecidas conclusões gerais, limitações ao estudo, e orientações
para futuras pesquisas.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Definição de avaliação formativa


O conceito de avaliação formativa foi criado por Scriven, em 1967, sendo inicialmente
utilizado no âmbito restrito da avaliação curricular. Foi Bloom e seus colaboradores que, pela
primeira vez, em 1971, utilizaram a avaliação formativa, chamando a atenção para a
importância dos processos a desenvolver pelos docentes de forma a adequarem as suas práticas
às dificuldades de aprendizagem detectadas nos alunos.

Segundo Bloom, Hastings e Madaus (1971), a avaliação formativa preocupa-se em


“determinar o grau de domínio de uma determinada tarefa de aprendizagem e indicar a parte
da tarefa não dominada” (p. 61); por isso mesmo “o objectivo não é atribuir uma nota ou um
certificado ao aluno; é ajudar tanto o aluno como o professor a deterem-se na aprendizagem
específica necessária ao domínio da matéria”.

A avaliação formativa é um conjunto de práticas que utiliza diferentes métodos avaliativos


para medir de maneira profunda e individual o processo de ensino-aprendizado dos alunos.

2.2. Procedimento usado para o funcionamento da avaliação formativa


2.2.1. Características da avaliação formativa
As novas propostas de avaliação formativa buscam justamente ressaltar a expressão
formativa, no sentido de uma avaliação que ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar.
Black e Wiliam (2009).

Nesse sentido, suas características essenciais são:

i. Integração da avaliação formativa em cada atividade de ensino, significando que a


avaliação se insere na interação professor-aluno-conhecimento e nas interações entre
os alunos, a orientar um processo de diferenciação do ensino e de diferenciação da
aprendizagem;
ii. A avaliação visa tornar o aluno autor de sua própria aprendizagem, no sentido de
estimulá-lo a se envolver em um processo de autorregulação, de desenvolvimento de
suas capacidades metacognitivas, em um constante processo interativo com o professor
e com seus pares;

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iii. Adoção do conceito de regulação das aprendizagens, que envolve feedback mais
adaptação do ensino e da aprendizagem (em contraposição ao conceito de recuperação
das dificuldades de aprendizagem – feedback mais correção);
iv. Ressignificação do conceito de regulação, que passa a compreender tanto formas de
avaliação para diagnóstico e acompanhamento dos alunos como formas de intervenção
para orientar o pensamento dos alunos na construção de sua aprendizagem e que passa
a envolver duas novas modalidades distintas de regulação: regulação interativa e
regulação proativa, além da regulação retroativa, própria do modelo de avaliação
formativa no enfoque positivista.

2.2.2. Importância da avaliação formativa


A avaliação formativa é de extrema importância para o contexto de aprendizagem dentro
de uma instituição. Ela pode ser a solução para não deixar os alunos ficarem desmotivados ou
ainda restabelecer o ânimo daqueles que já se encontram saturados do método de ensino
tradicional de apenas ouvir o conhecimento.

As principais vantagens da avaliação formativa tanto para os professores, quanto para


alunos e seus familiares são:

a) Relação entre professor e aluno

Um dos sinais de que a avaliação formativa está dando certo é quando as partes envolvidas
no processo de ensino e aprendizado estão engajadas. Afinal, a ideia de que o professor só
ensina e aluno só aprende é arcaica. Por isso, uma relação saudável entre as duas partes se baseia
no diálogo e na sinceridade.

Na avaliação formativa, o aluno é enxergado como um agente de ação, e não alguém


passivo, o que pode ajudar a evitar a desmotivação e a falta de concentração em sala de aula.

b) Incentivo ao protagonismo dos alunos

O protagonismo do aluno parte da ideia de que o ensino não pode ser explicado pela
dinâmica de que o professor detém todo o conhecimento e, na sala de aula, sua única tarefa é
transmiti-lo para os alunos.

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As novas metodologias, como a avaliação formativa, surgem para demonstrar que a
aprendizagem, na verdade, torna-se mais efetivo quando é entendido como uma via de mão
dupla: todos têm o que a ensinar e o que a aprender.

c) Habilidades socioemocionais

A escola que aplica a avaliação formativa permite que o aluno desenvolva habilidades
socioemocionais enquanto aprende os assuntos em sala de aula.

Ao aplicar atividades que incentivam os jovens a buscarem soluções para problemas,


fazerem perguntas e interagirem entre si e com os professores, a escola acaba estimulando a
curiosidade científica, o pensamento crítico, a liberdade de expressão, a responsabilidade e a
aprendizagem autônoma.

2.3.Formas de Avaliação na aprendizagem com o enfoque na Avaliação Formativa


A avaliação formativa, não sendo a panaceia para os males dos sistemas educativos, é com
certeza um processo pedagógico essencial para apoiar milhões de crianças e jovens que, ano
após ano, experimentam a frustração, o desânimo, o abandono escolar e mesmo a exclusão
social. É por isso que temos forçosamente que desbravar e aprofundar a ideia de avaliar para
aprender se quisermos enfrentar as questões mais prementes e urgentes da educação
contemporânea. E isto passa necessariamente pela investigação empírica e pela construção
teórica. (Fernandes, 2006a, p. 43)

De forma a compreender e refletir sobre o papel da avaliação formativa no ensino-


aprendizagem, Fernandes (2006b) propõe as questões de estudo abaixo, que em maior ou menor
grau foram aplicadas também a essa pesquisa, quando se leva em conta a prática dos
professores:

1. As relações entre as modalidades de avaliação;


2. As relações entre as práticas de avaliação formativa e as aprendizagens.
3. As funções desempenhadas pelos professores no processo de avaliação formativa;
4. As finalidades das práticas de avaliação formativa;
5. As ações de auto-avaliação, auto-regulação e auto-controlo;
6. As relações entre feedback, regulação e avaliação formativa;

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7. As relações entre as avaliações formativas aplicadas pelos professores com o conceito
de avaliação formativa;
8. O papel moderador e regulador das avaliações quando comparadas à avaliação
formativa;
9. A fiabilidade e qualidade das avaliações formativas. (pp. 292-293)

Consequentemente, clarificar o conceito de avaliação formativa, por meio de uma


apropriada “caracterização das tarefas e métodos de avaliação e por uma definição mais clara
dos papéis de professores e alunos no processo” é fundamental para a melhoria das práticas
(Fernandes, 2006b, p. 292).

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Primeiramente, só pelo fato de ter passado por essa transformação de pensamento em


relação às formas de avaliação, pode-se considerar que esse trabalho valeu a pena. O tema é
amplo, tem inúmeras referências, e quanto mais se aprofunda, maiores as possibilidades de
evoluir e transformar. O mundo da educação deve ser visto como um desafio enigmático, mas
com resiliência e coragem, é possível torná-lo mais justo.

Aqui, alunos e professores, com o mesmo compromisso de construir conhecimento


sentem-se co-responsáveis, nas possibilidades e limites do contexto onde estão inseridos.

A avaliação formativa pode ser um poderoso instrumento para a obtenção de uma visão
totalizante do processo de ensino-aprendizagem como já foi estudado antes, do próprio
aluno e da imagem que possui de si mesmo.

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4. BIBLIOGRAFIA

Black, P., & Wiliam, D. (2009). Developing the theory of formative assessment. Educational
Assessment, Evaluation and Accountability, 21(1) 5-31.

Bloom, B.; Hastings, J.; Madaus, G. F. (1971). Handbook of formative and summative
evaluation of student learning. New York: McGraw-Hill.

Fernandes, D. (2006a). Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de


Educação, 19(2), 21-50.

Fernandes, D. (2006b). Vinte anos de avaliação das aprendizagens: Uma síntese interpretativa
de artigos publicados em Portugal. Revista Portuguesa De Pedagogia, 40(3), 289-348.

Scriven, M. (1967). The metholology of evaluation. In R. W. Tyler (Ed.), Perspectives of


Curriculum Evaluation, Area Monograph on Curriculum Evaluation 1. Chicago: Rand
McNally.

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