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Estrategia e responsabilidades gerais da comunicação

Optaremos pela entrevista motivacional. A metodologia consistira na utilização de


reflexões, reforços positivos, resumos e perguntas abertas em uma relação de no
mínimo 2:1, ou seja, a utilização de no máximo duas estudantes para cada
pergunta ao mesmo tempo, com preferência das reflexões nesta relação, para cada
vez que o escolher fazer uma pergunta aberta, as respostas deverão ser,
preferencialmente. Neste contexto, as perguntas são utilizadas em menor
proporção porque espera-se que esta estratégia possa gerar mais fala nas
estudantes de modo a criar a oportunidade de ouvir a si mesmo – muito mais do
que a nós – de descobrir coisas por si mesmo e, ao final, perceber que é capaz de
discernir, fazer escolhas, tomar decisões e agir. Mesmo com estas possibilidades de
estratégias a ser utilizada por nós, o protagonismo deve ser sempre do próprio da
estudante.

Estrategia adequada

Fazer Perguntas Abertas

Uma boa maneira de começar a uma entrevista é fazer as perguntas de modo que
encoraje a estudante a falar o máximo possível. As perguntas abertas são aquelas que
não podem ser respondidas facilmente com uma palavra ou frase simples. Fazer
perguntas abertas é um convite as estudantes para que elas possam refletir e elaborar
suas respostas, uma vez que, não é a resposta para aquilo que queremos saber, que é o
mais importante, mas sim que as estudantes tenham oportunidade de se expressar de
forma livre, engajando-se plenamente ao assunto.

Liceu Gago Coutinho (1969-1970), actual Escola Secundária de Nampula, é um dos


Liceus construídos em Moçambique, no contexto do programa escolar desenvolvido por
Fernando Mesquita (1916, Vila Real-1990s, Maputo), largamente implementado em
Moçambique, entre 1955 e 1975, e também desenvolvido por outros profissionais, como
Cardoso Alves e Rute Bota (1932, Loulé),

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Introdução

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Classes profissionais

Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado,


pelanatureza do conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela

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identidadede habilitação para o exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um
grupo dentroda sociedade, específico, definido por sua especialidade de desempenho de
tarefa. ( SÁ,2007)

Pelo que pontuou SÁ, as classes profissionais, qualquer que seja elas, são caracterizadas
pela homogeneidade do trabalho exercido, pelo conhecimento exigido e pela
habitação para o exercício. Acreditamos que o profissional deve possuir conhecimento
específico em sua área e deveser habilitado para exercer a profissão que lhe
for conferida.

Sabemos que não encontramos pronto ocon ecimento, devemos buscar o conhecimento,
e essa busca concentra-se em leitura,em atualizações, em estudos. No caso da
contabilidade, a busca pelo conhecimentoacerca das atualizações das legislações é algo
de grande importância.

Sá (2007). continua: A questão, pois, dos grupamentos específicos, sem dúvida,


decorrede uma especialização, motivada por seleção natural ou habilidade própria, e hoj
econstituise em inequívoca força dentro das sociedades. A formação das classesprofissi
onais decorreu de forma natural, há milênios, e se dividiram cada vez mais. Notempo,
atribui-se à Idade Média a organização das classes trabalhadoras, notadamenteas de
artesãos, que se reuniram em corporações.É possível que associações com outras
características tenham existido em outras épocase disto existem alguns indícios, não
muito veementes, mas indiretamente, aceitáveis.

Sá (2007), ressalta que para o provo egipcio, uma das profissões mais nobres era a
decontabilista. Tal profissão constituíase no exercício das funções de escriturário,admini
strador, legislador geral e de impostos, diplomata e até ministro; os profissionaistinham
mercado de trabalho assegurado, em razão, tudo faz crer, do altíssimo valor quese
atribuía à escrita, notadamente a aplicada ao informe sobre a riqueza.

A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se
acha nãosó regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe.Vê-se
que hoje, as diversas categorias, os diversos profissionais liberais se organizam emsuas
classes profissionais, daí temos os contadores, os médicos, dentre outros, que têmum
código de ética para seguir, de forma que seu trabalho possa ser direcionado noâmbito
da ética.

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O Professor e a ética profissional

O professor como um profissional

Por atenderem aos atributos considerados reconhecidos como próprios de uma


profissão, o parâmetro de profissão na sociedade contemporânea tem sido as profissões
liberais. O magistério, em virtude de sua majoritária condição de assalariado
dependente, não possui propriamente esse estatuto, apesar de ter incorporado nos
últimos anos valores próprios das profissões liberais (Cunha, 1999).

O professor deve tratar seus alunos como pessoas e respeitar a autonomia destes,
prestar-lhes ajuda sem pretender manipulá-los e oferecer-lhes toda atenção que quereria
para si mesmo. Isto significa renunciar aos jogos de poder, pelos quais alguns
professores se comprazem em sentir o aluno sob seu controle (Vasconcelos e Berbel,
2012).

Para o professor essa qualidade é fundamental, já que suas decisões podem ter
consequências sérias na vida acadêmica do aluno. Especialmente no caso da avaliação,
os julgamentos devem ser minuciosamente criteriosos para evitar atitudes injustas.
Segundo Paviani (1991), uma grande dificuldade que põe em risco a conduta ética do
professor é a perda do juízo prudencial, uma vez que muitas funções do professor,
especialmente aquelas que exigem decisões pessoais, foram deslocadas para a área
burocrática da escola. Mesmo assim, o professor não deve abdicar de sua consciência
moral ao tomar decisões.

É necessário reconhecer que a luta não é fácil, representa muitas vezes enfrentar
diversas instâncias, senão o próprio sistema educacional. Por isso mesmo, essa
qualidade talvez seja ainda mais requerida ao profissional de educação:

Perseverança – todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que


precisam ser superados. O profissional deve prosseguir em seu trabalho sem entregar-se
a decepções ou mágoas.

A perseverança é fundamental para nós professores, pois enfrentamos toda a sorte de


dificuldades em nosso caminho, incluídas as dificuldades estruturais de todo o sistema
educacional brasileiro e o descaso governamental com a Educação.

Compreensão – Qualidade que facilita a aproximação, o diálogo, que são importantes


em qualquer relacionamento humano e também nas relações profissionais. A
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compreensão e o calor humano influenciam positivamente na formação ética do
profissional.

O professor não lida com resultados prontos, mas, ao contrário, tem de construí-los.
Compreender seu papel, a condição de seus alunos, assumindo uma atitude aberta e
inclusiva, com certeza possibilita a assunção de atitudes construtivas da parte tanto do
professor quanto do aluno.

Humildade – Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função


de sua atividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscar a
colaboração de outros profissionais, se necessário, dispor-se a aprender coisas novas,
numa busca constante de aperfeiçoamento.

Imparcialidade – A imparcialidade destina-se a se contrapor aos preconceitos, a reagir


contra os mitos, a defender os verdadeiros valores éticos. O profissional deve assumir
uma posição justa nas situações que tem que enfrentar. Para ser justo, é preciso ser
imparcial, visto que a imparcialidade redunda em justiça.

Essa qualidade é essencial para o professor, pois o ensino que pressupõe uma relação
humana entre alunos e professores pode gerar situações em que preconceitos, simpatias
e antipatias podem influir sobre o julgamento e as decisões que o professor deve
realizar, especialmente no caso da avaliação da aprendizagem. É fundamental que o
profissional de educação saiba agir com a máxima imparcialidade possível, tendo
sempre em vista o aprendizado e o crescimento intelectual e moral de seus alunos.

Otimismo – Diante das perspectivas das sociedades modernas, todo profissional deve e
precisa ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no
poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor. No
exercício da docência o otimismo é qualidade importante, porque torna-se muito difícil
ensinar sem acreditar no progresso e desenvolvimento humano, sem ter esperança num
futuro melhor, sem projetar um mundo melhor (Vasconcelos e Berbel, 2012).

Direitos e deveres profissionais

A deontologia ligada ao magistério, segundo Veiga (1999), tem raízes no sec. XIII com
o nascimento de uma consciência deontológica manifestada nos escritos de Santo
Domingo de Gusmán e São Tomás de Aquino. Muito pouco se acrescentou através dos
séculos nesse sentido.

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Em 1960, a Associação Americana de Professores Universitários (AAUP) publicou uma
Declaração sobre ética profissional que estabelece que o educador deve ser uma pessoa
moralmente íntegra com relação a seus alunos, assumindo com responsabilidade e
competência profissional o exercício do ensino; que a honestidade acadêmica deve-se
refletir particularmente na justa avaliação dos méritos dos alunos; que deve haver a
prevenção contra a exploração dos estudantes em benefício dos professores; e que o
profissional da educação não deverá esquecer que seu trabalho se realiza num contexto
social (Veiga, 1999).

As virtudes que podem guiar o futuro de uma carreira profissional

Além dos deveres institucionais de um profissional, que são obrigatórios e


normalmente bem claramente definidos pelas empresas, devemos considerar
algumas qualidades profissionais que também concorrem para o enriquecimento de
sua atuação profissional, algumas delas facilitando o seu exercício profissional

A honestidade é uma virtude que não deve admitir relatividade, tolerância ou


interpretações circunstanciais. Portanto seja sempre honesto, principalmente com
você mesmo, por exemplo ao atribuir se sucessos ou fracassos. Aliás, mais do que isso,
aprenda a ser elegante: divida os sucessos com seus colegas mais próximos (até porque,
na maioria das vezes isso é a pura verdade) e restrinja em si ao máximo as
responsabilidades pelos eventuais fracassos. Não atribua seus insucessos a terceiros e a
circunstâncias ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser devidamente
comprovado.

Sigilo (ou Discrição): é um dos pilares do comportamento ético. É o princípio que


exige que mantenhamos segredo sobre todo fato ou informações confidenciais de
que tenhamos conhecimento em razão do desempenho de nossas atividades
profissionais.

Compreensão: qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito


pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o
diálogo, tão importante no relacionamento profissional.

Humildade: o profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o
dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um
grande número de pessoas

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Imparcialidade: é uma qualidade tão importante que assume as características do
dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em
nossa época dinheiro, técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e
éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que
enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da
imparcialidade.

Otimismo: em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e


deve ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no
poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor.

Conclusão

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Refletindo sobre o que significa ser um educador neste final de século, surge a
necessidade de repensar as questões radicais da área da educação e de detectar os
principais temas emergentes (Veiga, 1999).

O Professor relaciona-se com a questão ética duas vezes: como educador, na função de
conduzir, influenciar e decidir sobre a conduta dos outros; e como profissional que tem
a tarefa de ensinar, treinar e habilitar outros a serem profissionais. Por isso o professor
como profissional da educação não apenas acrescenta às suas atividades técnicas e
científicas uma dimensão ética, mas realiza uma atividade essencialmente ética
(Paviani,1991).

O Professor, mesmo não tendo um Código de Ética específico, pode se valer de


princípios universais da Ética, adaptando-os à especificidade de sua profissão. A
preocupação que envolve a constituição de um código de ética profissional tem maior
valor pelo seu significado do que pelas suas prescrições. Além do mais, por mais
específico, circunstancial, temporal e local que um código possa parecer, sempre deverá
estar fundado nos princípios básicos universais da Ética.

Referências bibliográficas

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Bonacella, P. H., (2002). Virtudes profissionais e empregabilidade

Cunha, M. I., (1999). Profissionalização docente: contradições e perspectivas.

Paviani, J., (1991). Problemas de filosofia da educação. 6.ed. Petrópolis

SÁ, A. L. de., (2007). Ética Profissional. 8.edição. São Paulo

Vasconcellos, M. M. M.; Berbel, N. A., (2012). O professor e a ética profissional

Viegas, I. P. A., (1999). Ética e profissionalização do magistério.

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