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Universidade Rovuma
Nampula
2022
Aurora Henrique Amade Ali
Universidade Rovuma
Nampula
2022
Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na referência bibliográfica final.
Declaro ainda que, este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
_____________________________________
I
Dedicatória
Dedico este trabalho ao meu filho que é a razão das minhas lutas do dia-a-dia, meu incentivo, o
motivo de eu buscar forças para alcançar meus objectivos cumprir metas e realizar sonhos.
II
Agradecimentos
Agradeço a Deus todo-poderoso pelas bênçãos e livramentos. Ao meu supervisor Armando Raul
Uacate Mualeite, pelo empenho, disponibilidade, paciência e credibilidade, obrigada por tudo.
Ao meu pai, meus irmãos, particularmente a minha irmã Ana Lucinda Amade pelo amor
incondicional e pela paciência, demais amigos, colegas que apoiaram-me por ter feito o possível
o impossível para os meus estudos, vao os meus imensos agradecimentos.
III
Resumo
A presente pesquisa è referente a conclusão do curso de Licenciatura em Ensino de
Matemática pela Universidade Pedagógica de Nampula para a obtenção do grau de
Licenciatura e Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística tendo como tema:
“Um estudo do contributo do ensino à distância no primeiro ciclo do ensino
secundário geral: caso da Cidade de Nampula” (2016-2018) ”. Sendo um trabalho de
pesquisa na qual o método base foi o método indutivo a a partir de uma abordagem
quantitativa co a técnica de colecta de dados por questionário aos estudantes e entrevistas
aos gestores dos centros de ensino à distancia existentes nas três escolas da cidade de
Nampula, nomeadamente escola secundária de Nampula, secundaria de Napipine e
Secundaria 22 de Agosto, com uma amostra de 114 alunos das turmas do ensino a
distância, cujo objectivo principal desta pesquisa é analisar o processo de aprendizagem
dos alunos neste ensino e sua satisfação.A teoria relatada neste trabalho abriga
fundamentações no processo ensino-aprendizagem; logo, poderá ser muito útil como
ferramenta conceitual para auxiliar os educadores envolvidos com o ensino a distância
tradicional ou tecnológica. Isso possibilitará a busca de critérios para que decisões possam
ser tomadas com confiança.a pesquisa chegou as seguintes conclusões; A maioria dos
inquiridos não acreditam que as condições de aprendizagem sejam as mesmas tanto no
ensino a distancia como no ensino regular eles consideravam que no ensino a distância
não se oferecia melhores condições de aprendizagem. Embora os inquiridos afirmaram de
que no regime a distancia dispõem de mais tempo para resolver as tarefas, mostram se
relutantes em aceitar que as qualificações do formado naquele regime sejam boas e
equiparadas ao um formado no regime regular Este posicionamento é tanto dos
questionados (alunos) estes e acreditam ser o mesmo posicionamento também dos seus
pais e encarregados de educação
IV
Índice de tabelas
Tabela9: Os alunos que frequentam o ensino a distância podem fazer qualquer exame equiparado
ao seu nível com outros alunos que frequentam o regime
regular………………………………………………………………...…………………………47
Tabela11: Os meus encarregados de educação apoiam sem restrição as minhas aulas no ensino a
distância……………………………………………………………………….…………….….49
Tabela12: Tenho tempo para preparar as aulas e resolver as tarefas de casa estudando no ensino e
distância……………………………………………………………………………...…………49
Tabela14: Acho que ensino e distância pode ser frequentado por qualquer aluno, e
recomendável…………………………………………………………………………………..50
V
Índice
Declaração .......................................................................................................................................................I
Dedicatória .....................................................................................................................................................II
Agradecimentos.............................................................................................................................................III
Resumo ......................................................................................................................................................... IV
Capitulo I: Introdução ....................................................................................................................................1
1.1. Antecedentes e motivação ..............................................................................................................1
1.2. Problematização .............................................................................................................................2
1.3. Objectivo .............................................................................................................................................3
1.3.1. Objectivo geral: ............................................................................................................................3
1.3.2. Objectivos específicos ......................................................................................................................3
1.4. Perguntas de estudo .............................................................................................................................3
1.4.2 Quais são os principais constragimentos do processo de ensino aprendizagem no ensino a
distância nas escolas secundárias da cidade de Nampula? .........................................................................3
1.4.3 Que proposta pode ser apresentada para melhoria deste tipo de ensino? ...................................3
1.5. Justificativa da Pesquisa ......................................................................................................................3
CAPITULO II: Metodologia de pesquisa ......................................................................................................5
2.1. Tipo de pesquisa ..................................................................................................................................5
2.1.1. Quanto a abordagem do problema ...................................................................................................5
2.1.2. Quanto aos objectivos ......................................................................................................................5
2.2. Instrumento de recolha de dados .........................................................................................................5
2.3. População e amostra ............................................................................................................................6
2.3.1. População .........................................................................................................................................6
2.3.2.Amostra .............................................................................................................................................6
CAPITULO III: Fundamentação teórica ........................................................................................................7
3.1. Escola ..................................................................................................................................................7
3.1.1. Escola como instituição ....................................................................................................................7
3.1.2. Escola como processo ......................................................................................................................8
3.1.3. Escola como lugar de ensino ............................................................................................................9
3.2. Teorias de aprendizagem .....................................................................................................................9
3.2.1. Behavorismo ..................................................................................................................................10
3.2.2. Cognitivismo ..................................................................................................................................10
3.2.3.Construtivismo ................................................................................................................................11
3.2.4. Interacionismo ................................................................................................................................11
3.2.5. Significativa ...................................................................................................................................12
3.3. Recursos Didácticos ..........................................................................................................................13
3.4. Ensino a Distância .............................................................................................................................13
3.6. Programa do Ensino Secundário à Distância (PESD) .......................................................................17
3.8. Conceitos indicadores de avaliação do PESD ...................................................................................18
3.9. Eficácia..............................................................................................................................................19
3.10.Eficiência..........................................................................................................................................19
3.11.Receptividade ...................................................................................................................................20
3.12. Divulgação do Programa do Ensino a Distancia no Ensino Secundário (PESD1 e 2) ....................20
3.13. Vantagens da educação a distância para os alunos..........................................................................21
3.13.1. Desvantagens da educação a distância para os alunos .................................................................22
3.14. Competências educativas ................................................................................................................23
3.15. Satisfação ........................................................................................................................................24
3.17. Tipos de avaliação ...........................................................................................................................25
3.17.1. Avaliação diagnóstica ..................................................................................................................25
3.17.2. Avaliação formativa .....................................................................................................................26
3.17.3.Avaliação Somativa.......................................................................................................................27
Analise dos resultados da entrevista.........................................................................................................28
4.1.1. Entrevista ao gestor do ensino á distancia na Escola Secundaria de Nampula ........................28
Análise e Interpretação de dados do questionário ....................................................................................30
Conclusão .................................................................................................................................................40
Limitações ................................................................................................................................................40
BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………………………41
Capitulo I: Introdução
A presente monografia é subordinado ao tema Estudo do Contributo do Ensino à Distância no
Primeiro Ciclo do Ensino Secundário Geral: caso da Cidade de Nampula (2016-2018).
Muitas questões ainda precisam ser respondidas sobre o diverso e inconstante ambiente onde a
educação a distância é praticada. Nesse ambiente, é difícil chegar a uma definição ou concordar
quanto a uma teoria de como praticar e pesquisar na área de educação a distância. Novas
tecnologias, globalização e novas idéias sobre o aprendizado do aluno desafiam as abordagens
tradicionais aplicadas à prática da educação a distância. Este tema de mudança está evidente nas
discussões sobre educação a distância e suas definições, sua história, status e teoria. Este trabalho
tem a finalidade de analisar a Educação à Distancia (EAD) e seu reflexo na educação, fazendo
ainda uma analogia entre o ensino presencial, na tentativa de buscar uma melhor compreensão
entre as duas modalidades de ensino, a qualidade, que é tão criticada por alguns especialistas. O
Programa de Ensino Secundário Geral à Distância é promovido pelo Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano (MINEDH) e implementado pelo Instituto de Educação Aberta e à
Distância (IEDA).
1
O que foi possível constatar é que nesse regime, mais concretamente no onde a autora fez estudo,
os alunos não dispõem de condições necessárias para o funcionamento deste regime segundo
plano da implementação do mesmo.
Para a autora, este facto mostra-se preocupante, uma vez que o aluno precisa de condições
necessárias para o sucesso na sua aprendizagem.
Foi assim que a autora se propôs a título exploratório, fazer pesquisas com vista ao melhoramento
do funcionamento das aulas no regime a distância de forma a ter aproveitamento pedagógico
satisfatório.
Ensino a Distância (EAD) é um sistema de ensino não-presencial. Ou seja, é uma forma de
aprendizagem que se dá sem a presença física do professor e sem local específico para fins
educativos.
1.2. Problematização
Boaventura (2009:37 Henriques e Madeiros 1999:29), problema significa qualquer questão não
resolvida que é objecto de discussão em qualquer domínio do conhecimento. Ensino a Distância
(EAD) é um sistema de ensino não-presencial. Ou seja, é uma forma de aprendizagem que se dá
sem a presença de professor e sem local específico para fins educativos.
Tendo em conta que este tema de mudança está evidente nas discussões sobre educação a
distância e suas definições, sua história, status e teoria. Este trabalho tem a finalidade de analisar
a Educação à Distancia (EAD) e seu reflexo na educação, fazendo ainda uma analogia entre o
ensino presencial, na tentativa de buscar uma melhor compreensão entre as duas modalidades de
ensino, a qualidade, que é tão criticada por alguns especialistas. Os lunos tem a dificuldade de se
fatizfaser nesse ambiente de estudo e o queleva-nos a buscar novas metodologias que
possibilitem um ambiente de construção de conhecimento, pois é notório que os tanto os alunos
como os professores não se mostram satisfeitos com a forma de que . Diante destas observações,
levanta-se o seguinte problema:
2
1.3. Objectivo
“Proporcionar aos graduados da 7ª classe e os que queiram frequentar a 8ª, 9ª e 10ª Classes
oportunidades de escolha de modalidade de Ensino à Distância para continuação dos seus
estudos; promover o alargamento de acesso ao Ensino Secundário Geral e, reduzir as
disparidades regionais de género em termos de acesso às oportunidades educativas do ensino
secundário geral” (Despacho Ministerial: atinente à integração e orientações gerais para a
implementação do Programa do Ensino Secundário à Distância, 2008).
Em termos do interesse pessoal pelo tema de políticas educativas, com destaque para o tema
Estudo do Contributo do Ensino à Distância no Primeiro Ciclo do Ensino Secundário
Geral: caso da Cidade de Nampula (2016-2018) fundamenta-se na minha experiência como
3
professor estagiário na Escola Secundaria de "12 de Outubro", constatei que muitos alunos tem
dificuldades sérias em compreender a explicação da matéria dada pelos professores por razões de
falta de material necessário para este tipo de ensino. Esta experiência suscitou em mim a
curiosidade de querer perceber como é que estes alunos podem enfrentar um programa semi
autodidático usado pelo Programa do Ensino Secundário à Distância.
No âmbito social, sabe-se que vários factores têm impedido muitos alunos graduados de 7ª classe
em frequentar o ESG1. A nível das comunidades têm sido apontados factores como a pobreza
extrema (Unicef, 2010), as longas distâncias entre a escola e locais de residência dos alunos, o
nomadismo de muitas famílias em consonância com as épocas agrárias (Palme, 1992), os
casamentos prematuros, gravidezes precoces (ActionAid – Moçambique, 2009) e a não inclusão
da educação escolar como meio de mobilidade social (Gaspar & Diogo, 2010); e a nível das
escolas para os alunos que conseguem matricular-se no ESG1 e que acabam desistindo antes de
conclusão do ciclo, tendo como principais factores as altas taxas de reprovação (PEE 2012-2016),
o assédio e abuso sexual de que as raparigas são vítimas de parte dos professores e a insuficiência
de vaga nos internatos (MINED, Departamento de Educação Especial, 2008).
4
CAPITULO II: Metodologia de pesquisa
Nesta pesquisa usou se um questionário para a alunos e entrevista para os gestores desse ensino
de modo a perceber se o mesmo o satisfaz a expectativa dos mesmos num primeiro contacto
Questionário: perguntas relacionadas ao ensino a distancia para verificar o nível de aceitação por
parte do grupo alvo, e assim facilitar o pesquisador na proposta que melhore o impacto do ensino
a distancia no primeiro ciclo.
5
2.3. População e amostra
2.3.1. População
È um conjunto de seres inanimados ou animados que apresentam pelo menos uma característica
em comum. (Marconi e Lakatos, 2002:41).
A população alva foram os alunos do ensino a distância do primeiro ciclo Escola Secundaria de
Nampula, Secundaria de Napipine e 22 de Agosto.
2.3.2.Amostra
Nesta pesquisa usou se a amostra com conveniência pois segundo SILVA (2003), este método
facilita ao pesquisador a escolha de alguns elementos do universo. Neste caso foi usada uma
população de alunos do ensino a distância do primeiro ciclo uma amostra de 150 alunos.
A amostra é representativa pois foi seleccionada uma técnica de amostragem por conveniência
que consiste em seleccionar a amostra de população que seja acessível, ou seja os indivíduos
empregados nesta pesquisa foram seleccionados porque estão disponíveis naquele momento
(SILVA:2003).
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CAPITULO III: Fundamentação teórica
3.1. Escola
A escola (do grego scholé, através do termo latino schola) e tinha como significado, “discussão
ou conferência”, mas também “folga ou ócio”. Este último significado, no caso, seria um tempo
ocioso onde era possível ter uma conversa interessante e educativa.
Como instituição a escola concebida para o ensino de alunos sob a direcção de professores. A
maioria dos países tem sistemas formais de educação, que geralmente são obrigatórios. Nestes
sistemas, os estudantes progridem através de uma série de níveis escolares e sucessivos. Os
nomes para esses níveis nas escolas variam por país, mas geralmente incluem o ensino
fundamental (ensino básico) para crianças e o ensino médio (ensino secundário) para os
adolescentes que concluíram o fundamental. Uma instituição onde o ensino superior é ensinado, é
comummente chamada de faculdade ou universidade.
Além destas, os alunos também podem frequentar outras instituições escolares, antes e depois do
ensino fundamental. A pré-escola fornece uma escolaridade básica para as crianças mais jovens.
As profissionalizantes, faculdades ou seminários podem estar disponíveis antes, durante ou
depois do ensino médio
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3.1.2. Escola como processo
O processo de ensino aprendizagem é algo bastante dinâmico. Pois não ocorre apenas na sala de
aula e possui relação com inúmeras outras variáveis. Desse modo, as dificuldades do processo de
ensino-aprendizagem devem ser compreendidas com resultantes de falhas ocorridas num todo
social. Pois a criança está inserida numa rede ampla de relações que inclui família, escola,
sociedade etc” (Ibidem, 2001, p. 51).
A família em que a criança está inserida deve ser um espaço de afectividade, segurança e
aconchego, mas pode ser também um local marcado por incertezas, rejeições, medos e violências
provocando efeitos nefastos no processo de aprendizagem dos filhos. Uma realidade familiar
desestruturada emocional, afectivamente e caracterizada por conflitos pode estigmatizar uma
criança e provocar bloqueios no seu processo de aprendizagem
8
3.1.3. Escola como lugar de ensino
É ainda a escola o principal espaço e lugar onde a sociologia da educação, num eventual
cruzamento com as pedagogias críticas, se confronta com as teorias da resistência e as teorias do
inter/multiculturalismo, assumindo, também ela, uma linguagem da possibilidade inconformada
com a denúncia e empenhada em construir alternativas concretas e inovadoras (AFONSO, 2005,
p. 144). Nessa perspectiva, é possível dizer que a escola tem a tarefa de aproveitar as experiências
do sujeito diante da incansável aventura humana de desconstrução e reconstrução dos processos
imanentes à realidade dos fatos quotidianos, buscando ampliar sua visão de mundo e almejando
entender os diferentes pontos de vista e assim, procurar traçar orientações possíveis para a
realização de um espaço escolar melhor (AQUINO, 1996, p. 52). Ainda para este autor, “a escola
precisa de imaginação, livros e sala de aula. Educação é relação professor-aluno e sala de aula”
(AQUINO, 2002, p. 13). Nesta mesma obra o autor ainda diz que a “escola não é lugar de
veiculação de informação. É o lugar da desconstrução delas, para que seja possível interpretar o
que acontece ao nosso redor, antes dele e para além dele” (p. 38). Complementando, assegura
este pesquisador: “na escola não ensinamos o que as coisas dizem, ensinamos o que elas querem
dizer. Por isso, a escola é o lugar do bom e velho passado” (AQUINO, 2002, p. 163). Nesse
sentido, observa-se que a escola é o único lugar em que podemos debruçar-nos sobre algumas
ideias acerca do mundo e da vida segundo o pensamento do referido autor.
3.2.2. Cognitivismo
Para Piaget (Apud Lima, 1984), o desenvolvimento da mente é um processo dialético que ocorre
por meio da autorregulação. Para este autor, todos os processos vitais, sejam eles psicológicos,
biológicos ou sociológicos, se comportam da mesma forma. Isto significa que, diante das
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dificuldades de assimilação, o organismo se acomoda (modifica), e assim pode assimilar
sucessivas vezes. O resultado entre a assimilação e a acomodação é a adaptação.
Por meio desse processo, o autor sugere uma mudança na pedagogia da época, pois diz que os
alunos precisam ser desafiados. Dessa forma, caberia ao professor “propor situações que
estimulem a atividade re-equilibradora do educando.” (...) “Ninguém educa ninguém: é o próprio
aluno que se educa” (Lima, 1984, p. 19).
Esta teoria defende que, a capacidade do aluno em aprender coisas novas depende diretamente
dos conhecimentos prévios que ele possui. Para estes teóricos, é necessário investigar quais os
saberes do aluno acerca do assunto que será ensinado. Depois, deve-se auxiliar o aluno para que
ele consiga sistematizar e organizar os novos conhecimentos, através de associações com o seu
conhecimento prévio.
3.2.3.Construtivismo
O construtivismo é uma abordagem psicológica desenvolvida a partir da teoria da
epistemologiagenética, elaborada por Jean Piaget. Nesta teoria, o indivíduo aprende a partir da
interação entre ele e o meio em que ele vive. O professor é visto como um mediador do
conhecimento.
Jean Piaget desenvolveu sua teria a partir de várias outras existentes no período, como a do
cognitivismo.
Para ele, o desenvolvimento da aprendizagem em crianças ocorre pelas seguintes etapas: (i)
Sensório –motor(0 a 2 anos): as ações representam o mundo para a criança. Chorar, chupar o
dedo, morder; (ii) Pré-operatório (2 a 7 anos) : a criança lida com imagens concretas; (iii)
Operações concretas (7 a 11 anos): a criança já é capaz de efetuar operações lógicas; (v)
Operações formais (11 em diante) a criança já efetua operações lógicas com mais de uma
variável.
3.2.4. Interacionismo
A teoria interacionista foi desenvolvida por Jean Vygotsky. Em sua abordagem, o conhecimento
é, antes de tudo, impulsionado pelo desenvolvimento da linguagem no ser humano. Sua teoria
também considera que a interação entre o indivíduo e o meio em que ele está inserido são
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essenciais ao processo de aprendizagem e, inclusive, entra em acordo com as etapas do
desenvolvimento propostas por Jean Piaget na teoria construtivista.
Entretanto, para Vygotsky, é o próprio movimento de aprender e buscar conhecimento que irá
gerar a aprendizagem efetiva. Este processo deve ocorrer de fora para dentro, ou seja, do meio
social para o indivíduo.
Todas estas teorias exerceram ( e ainda exercem) profundas influências na maneira como
organizamos os processos educacionais em todo o mundo. Ao longo dos anos, cada teoria foi
mais adequada para as necessidades de seu tempo, visto que a escola e o mundo do trabalho
também sofreram grandes mundanças.
A partir dos anos 90, o conceito de inteligências múltiplas, desenvolvido por Howard Gardner,
propunha que o ser humano era dotado de várias inteligências diferentes e complementares entre
si. Isto explicaria, por exemplo, porque algumas pessoas apresentariam maior facilidade para
aprender matemática e ciências exatas, enquanto outros seriam mas rápidos para aprender
esportes ou atividades artísticas, como o desenho e a música.
3.2.5. Significativa
A teoria da aprendizagem significativa, segundo Ausebel, se propõe a construir algo novo a partir
do conhecimento prévio dos alunos, utilizando alguns meios, tais como o mapa conceitual. O
objetivo dessa teoria é sempre descobrir coisas novas e promover uma aprendizagem prazerosa.
Trabalhar com mapas conceituais é uma forma de utilizar a aprendizagem significativa. Por meio
deles, podemos identificar os conhecimentos prévios dos alunos e/ou reforçar os conteúdos já
adquiridos (PELIZZARI ET AL, 2002).
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material educacional (livros, apostilas...). O aluno estudará em casa quando dispuser de tempo.
Neste primeiro momento presencial já se estabelece a data do próximo encontro, onde serão
resolvidas as dúvidas sobre o que o aluno consegui aprender em casa, após este encontro para
discussões sobre o material é feita a avaliação por meio de prova em casa e o aluno envia para a
instituição promotora.
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Vale destacar que a educação epistolar utilizada pela educação a distância por correspondência
tem servido de base para as diversas opções que temse materializado neste campo e que
geralmente pretendem ampliar o acesso ao ensino, fruto de uma nova atitude pedagógica, que
coloca o aluna em primeiro lugar e a instituição em segundo lugar, devemos lembrar que existe
em primeiro lugar uma fila cada vez maior para as instituições que efectuam o ensino a distância,
a qual não deixa de ser um desafio mundial a implementação da mesma.
A primeira tecnologia que permitiu o EAD foi a escrita. A tecnologia tipográfica, posteriormente,
ampliou grandemente o alcance de EAD. Mais recentemente, as tecnologias de comunicação e
telecomunicações, especialmente em sua versão digital, ampliaram ainda mais o alcance e as
possibilidades de EAD.
A invenção da escrita possibilitou que as pessoas escrevessem o que antes só podiam dizer e,
assim, permitiu o surgimento da primeira forma de EAD: o ensino por correspondência. As
epístolas do Novo Testamento (destinadas a comunidades inteiras), que possuem nítido carácter
didáctico, são claros exemplos de EAD. Seu alcance, entretanto, foi relativamente limitado – até
que foram transformadas em livros. O livro é, com certeza, a tecnologia mais importante na área
de EAD antes do aparecimento das modernas tecnologias electrónicas, especialmente as digitais.
Com o livro (mesmo que manuscrito) o alcance do EAD aumentou significativamente em relação
à carta. Com o aparecimento da tipografia, entretanto, o livro impresso aumentou
exponencialmente o alcance do EAD. Especialmente depois do aparecimento dos sistemas
postais modernos, rápidos e confiáveis, o livro tornou-se o foco do ensino por correspondência,
que deixou de ser epistolar. Mas o livro, seja manuscrito, seja impresso, representa o segundo
estágio do EAD, independentemente de estar envolvido no ensino por correspondência, pois ele
pode ser adquirido em livrarias e através de outros canais de distribuição. Com o livro impresso
temos, portanto, a primeira forma de EAD de massa. O surgimento do rádio, da televisão e, mais
recentemente, o uso do computador como meio de comunicação vieram dar nova dinâmica ao
ensino à distância. Cada um desses meios introduziu um novo elemento ao EAD:
Rádio permitiu que o som (em especial a voz humana) fosse levado a localidades remotas.
Assim, a parte sonora de uma aula pode, com o rádio, ser remotizada. O rádio está
disponível desde o início da década de 20, quando a KDKA de Pittsburgh, PA, tornou-se
a primeira emissora de rádio comercial a operar.
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A televisão permitiu que a imagem fosse, junto com o som, levada a localidades remotas.
Assim, agora uma aula quase inteira, englobando todos os seus componentes
audiovisuais, pode ser memorizada. A televisão comercial está disponível desde o final da
década de 40.
Computador permitiu que o texto fosse enviado com facilidade a localidades remotas ou
fosse buscado com facilidade em localidades remotas. O correio electrónico permitiu que
as pessoas se comunicassem assincronamente mas com extrema rapidez. Mais
recentemente, o aparecimento de "chats" ou "bate-papos" permitiu a comunicação
síncrona entre várias pessoas. E, mais importante, a Web permitiu não só que fosse
agilizado o processo de acesso a documentos textuais, mas hoje abrange gráficos,
fotografias, sons e vídeo. Não só isso, mas a Web permitiu que o acesso a todo esse
material fosse feito de forma não-linear e interativa, usando a tecnologia de hipertexto. O
primeiro computador foi revelado ao mundo em 1946, mas foi só depois do surgimento e
do uso maciço de microcomputadores (que apareceram no final de 1977) que os
computadores começaram a ser vistos como tecnologia educacional. A Internet, embora
tenha sido criada em 1969, só explodiu no mercado mesmo nos últimos cinco anos,
quando foi aberta para uso comercial (pois antes servia apenas a comunidade acadêmica).
A convergência de todas essas tecnologias em um só mega-meio de comunicação,
centrado no computador, e, portanto, interativo, permitiu a realização de conferências
eletrônicas envolvendo componentes audiovisuais e textuais.
Não resta dúvida, portanto, de que o EAD é hoje possível em uma escala nunca antes imaginada.
Mas nem tudo que é possível vale a pena fazer. Por isso, vamos discutir a justificativa de EAD no
contexto actual. Alguns países como Portugal, Espanha e Brasil, para viabilizar o sistema de
EaD, utilizam material impresso enviado pelo correio (unidades didácticas, módulos de
aprendizagem aberta, guias de curso, guias de orientação didáctica, cadernos ou módulos de
avaliação etc.) ou por telefax, veículo ideal para remessas pontuais e de reduzida extensão,
material audiovisual (telefone, dispositivos, vídeo, rádio, televisão, slides etc.), material
informático (softwares específicos, CD-ROM, videodisco interactivo, hipermédia etc.), material
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telemático (videotexto, correio eletrónico etc.), tutoria: como elemento de relação mista
(presencial, individual ou grupal e à distância).
No contexto Moçambicano, o ensino à distância faz uso de vários meios. Recorre-se, sobretudo,
ao apoio ao estudante por intermédio de serviços sistematizados e regulares de tutória académica.
Todavia, o trabalho de tutória funciona com base no material autoinstrucional, em pequena ou
grande escala, de acordo com o nível de ensino ou características dos beneficiários (AfriMap,
2012, p. 149). Estas formas caracterizam-se, acima de tudo, por ter em comum a relativa
liberdade que o aluno possui durante o processo de aprendizagem.
A falta de salas de aula e de professores são factores que afectam negativamente o ensino em
Moçambique. Mas um programa de "ensino à distância" iniciado no norte do país há sete anos
está a ter sucesso. Mais de 35.000 alunos da 8ª a 10ª classe em Moçambique, serão submetidos
este ano ao ensino secundário à distância.
Os números foram avançados pela Directora Nacional do Ensino secundário à distância no
Ministério da Educação, Antuia Morgane Severiano, num encontro que serviu para lançar a
expansão do programa ao nível do país. O programa do ensino à distância no Ensino Secundário
geral, foi lançado pela primeira vez em Moçambique na província de Nampula em 2004 e os
resultados são tidas como encorajadores.
De acordo com a directora Nacional do ensino á distância, o programa é adequado para
minimizar a falta de vagas para os alunos graduados no ensino primário. O ensino à distância
enquadra-se nas expectativas do governo, de formar estudantes, sem gastar muito dinheiro. Uma
vez que o Ministério da Educação Moçambique não possui orçamentos para expandir o ensino
secundário e muito menos de contratar novos professores.
Até ao momento, a província de Nampula, escreveu um total de 1.300 estudantes para o ensino a
distância, sendo 600 na Cidade capital de Nampula. Estes últimos serão assistidos por 8
professores.
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O Programa do Ensino Secundário à Distância (PESD) é uma modalidade de ensino equivalente
ao Ensino Secundário Geral (ESG) destinado aos graduados de 7ª e 10ª classe que por alguma
razão não podem matricular-se no ESG presencial (IEDA, 2014).
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permitir a operacionalização de um conceito abstracto ou de uma demanda de interesse
programático.
Partindo das definições dos autores supracitados, podemos sintetizar o indicador como todo e
qualquer instrumento ou critério capaz de medir o desempenho de um programa social e que seja
passível de aferição e coerente com os objectivos estabelecidos. E neste trabalho são usados os
seguintes indicadores: eficácia, eficiência, receptividade e divulgação.
3.9. Eficácia
Segundo Dunn (2012, p. 322), eficácia é um termo procura responder se “os objectivos do
programa foram alcançados”. Para Cunha (s/d, p 8) eficácia é um termo relativo na medida em
que estabelece uma relação entre o alcance de determinadas metas e a sua duração (tempo); por
outras palavras, é grau em que se alcançam os objectivos e metas do programa, em um
determinado período de tempo, sem considerar os custos implicados.
Eficácia, basicamente, se a preocupação com o alcance dos objectivos desejados por determinada
ação institucional, pouco se importando com os meios e mecanismos utilizados para atingir tais
objectivos. (Torres, 2004). Em resumo, “eficácia refere-se à obtenção dos resultados finais”
(Ministério de Plano e Finanças & Ministério de Educação, 2003, p. 60). No contexto
educacional, “o resultado final do sistema está ligado aos objectivos do ensino, ou seja, a
aprendizagem e o nível do aproveitamento dos alunos” (ibidem). Constituem indicadores de
eficácia escolar as taxas de finalização, os custos ciclo (o custo por graduado), e as taxas de
aproveitamento escolar.
3.10.Eficiência
Eficiência, como indicador, procura responder “quanto esforço foi necessário para obter um
resultado alcançado”, o esforço é mensurado pela relação custo-benefício (Dunn, 2012, p. 322).
Este indicador mede os recursos ou os custos que foram ou são dedicados ao programa, olhando
para aquilo que são os benefícios (resultados positivos).
Eficiência analisa a relação entre custo e benefícios, onde se busca a minimização do custo total
para uma quantidade de produto, ou a maximização do produto para um gasto total previamente
fixado (Cunha, s/d). Torres (2004, p. 175), sintetiza a ideia de eficiência nos seguintes termos:
19
“Existe claramente a preocupação com os mecanismos utilizados para obtenção do êxito da acção
institucional, ou seja, é preciso buscar os meios mais económicos e viáveis, utilizando a
racionalidade económica que busca maximizar os resultados e minimizar os custos, ou seja, fazer
o melhor com menores custos, gastando com inteligência os recursos disponíveis”.
No sistema escolar, o número dos alunos pode ser considerado a produção do sistema. Neste
contexto, “a eficiência pode ser medida através de rácios entre os alunos matriculados e os
diversos insumos secundários, tais como, (…) os professores, as salas de aula e o material
didáctico” (Ministério de Plano e Finanças & Ministério de Educação, 2003, p. 59).
3.11.Receptividade
Receptividade como critério de avaliação procura determinar se os resultados da política pública
satisfazem as preferências, as necessidades, ou valores de grupos particulares, ilustrando a
consistência do programa para com o cidadão (Dunn, 2012).
Este conceito encaixa-se perfeitamente no critério de conformidade dos valores dos actores locais
apresentado por Ostrom (2012:178) como critério de avaliação dos resultados, pois lhe atribui o
papel de “avaliar como esses resultados se ajustam aos valores dos envolvidos”. Valores “podem
ser definidos em maneira mais abrangente, de modo a incluir quaisquer desejos, necessidades,
interesses ou preferências” segundo Dunn (2012, p. 310).
20
directas ou as que provenientes da intervenção do programa no grupo-alvo. Chiavenato (2003),
atribui a estes indicadores a finalidade da avaliação dos resultados.
Como o curso escolhido é totalmente online, você pode escolher assistir as aulas nos horários que
preferir.
O aluno que escolhe fazer um curso online consegue economizar não apenas seu tempo, já que
ele não precisa se deslocar para assistir às aulas, como também dinheiro.
Além de evitar gastos com transporte e alimentação, normalmente, os cursos EAD são mais
baratos, já que os professores não têm gastos muito altos em suas criações. Isso significa que a
educação a distância, geralmente, é muito mais barata para o aluno do que um curso presencial.
21
Já com a educação a distância é possível escolher apenas um tema de cada vez e, com isso,
dedicar-se exclusivamente a um assunto específico durante um tempo. Você consegue, então,
estudar com mais dedicação cada conteúdo que escolher.
Apesar de todas as vantagens para um aluno escolher a educação a distância, assim como tudo o
que acontece, há também algumas desvantagens desse modelo de ensino para o estudante.
Um dos grandes desafios para os alunos quando eles escolhem a educação a distância é o de
cumprir a carga horária do curso online.
Como é possível estudar o dia e a hora que cada um quer, muitas pessoas acabam deixando tudo
para depois e não estudam.
Porém, como você pode perceber, esse é um problema que pode ser contornado pelo próprio
estudante. Basta que ele organize melhor seus horários para ser mais produtivo e parar de
protelar.
2. Conexão lenta
Só de ler o título do item muita gente já se arrepia. Ocorre que o ensino a distância depende e
muito do equipamento que o aluno tem disponível.
Uma conexão lenta, por exemplo, pode dificultar um pouco o ensino rápido, fazendo com que o
aluno perca um pouco de paciência ao esperar o conteúdo carregar.
22
3. Acessibilidade do mundo virtual
Embora muito presente no nosso mundo actual, muitas pessoas possuem pouco ou nenhum
domínio sobre o meio tecnológico, alem de que muitos não conseguem comprar um notebook ou
uma boa internet devido a falta de dinheiro e tempo. Dessa maneira, muitas pessoas que optam
por uma educação a distancia tem medo de não conseguir se adaptar, ou de perder nos sites e
plataformas e assim não conseguem ter um bom aproveitamento de seu curso.
4. Preconceito
Novamente frisando que é relativo. Existem algumas áreas em que as pessoas acreditam que um
curso online não é tão bom quanto um presencial. Isso é falta de informação, pois a educação
EAD oferece a mesma capacidade de ensino presencial.
Cruz (2001) define competência como um conceito que acolhe saberes, atitudes e valores,
abarcando o domínio do self (saber-ser), o domínio cognitivo (saber formalizado) e o domínio
comportamental (saber-fazer) - a competência consolida-se numa acção ou no conjunto de acções
organicamente articuladas.
Como defende Ceitil (2006), o termo competência tem sido perspectivado ora como atribuição,
ora como qualificação, ora como traço/característica pessoal, ora como comportamento/acção,
chamando a atenção ora para características extra-pessoais (perspectiva das atribuições e das
qualificações), ora intra-pessoais (perspectiva dos traços/ características pessoais) e/ou
comportamentais. Em Educação o conceito de competência tem surgido como alternativa a
capacidade, habilidade, aptidão, potencialidade, conhecimento ou savoir-faire, que em português
23
significa saber fazer. É a competência que permite ao sujeito aprendente enfrentar e regular
adequadamente um conjunto de tarefas e de situações educativas.
3.15. Satisfação
Satisfação, do latim satisfactĭo, é a acção e o efeito de satisfazer ou de se satisfazer. Este verbo
refere-se a cumprir o que é devido/prometido, saciar um apetite ou um desejo, satisfazer
exigências ou expectativas, compensar um mérito ou resolver problemas/reclamações.
Satisfação pode ser definida como um estado de entusiasmo, deleite ou prazer com a realização
de um objetivo ou meta muito desejados. Está diretamente ligada ao grau de expectativas da
pessoa em relação às suas conquistas, por isso, em muitos casos, podemos perceber diferentes
níveis de satisfação, mesmo em indivíduos que pleiteavam algo em comum.Isso ocorre porque
para algumas pessoas, a satisfação depende de grandes conquistas materiais, dinheiro e status
social. Já para outras, um simples reconhecimento, por uma tarefa bem executada ou ajudar o
próximo, já é o suficiente para que se sintam satisfeitas.O que explica isso é o fato de cada ser
humano ter sua própria visão de mundo. Todos nós temos nossas próprias motivações, anseios e
desejos e, de acordo com isso, escolhemos diferentes formas para satisfazê-los. (Peterson e
Wilson, apud Cunha et al., 1998)
( Gadotti (1990 – Op. Cit.), A avaliação é um elemento muito importante no processo de ensino e
aprendizagem, porque é através dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados
num dado capítulo ou unidade temática. A avaliação reflecte sobre o nível do trabalho do
professor como do aluno, por isso a sua realização não deve apenas culminar com atribuição de
notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de colecta de dados sobre o
24
aproveitamento dos alunos. Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos e das
técnicas/normas; ajudam o professor a melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os
alunos a desenvolverem a autoconfiança na aprendizagem do aluno; determina o grau de
assimilação dos conceitos.
Partindo da afirmação supracitada, pode-se inferir que a avaliação diagnóstica pode ser usada
para aferir a viabilidade do programa através da análise da coerência entre os objectivos e as
metas, os métodos escolhidos e o propósito das metas, o realismo das condições (recursos
humanos, financeiros, infraestruturais e vontade política) com a extensão do programa (Cohen &
Franco, 1999; BID, 1997).
Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano lectivo, do semestre ou trimestre, da
unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:
25
3.17.2. Avaliação formativa
Avaliação formativa: é aquela que ocorre durante a implementação do programa ou projecto e
procura analisar, através da monitoria, até que ponto o programa ou projecto está a ser
implementado e se as condições que podem garantir uma implementação de sucesso estão criadas
Parsons (2005).
Para Cunha, (s/d), avaliação do processo ou formativa é realizada durante a implementação do
programa, diz respeito à dimensão de gestão. É uma avaliação periódica que procura detectar as
dificuldades que ocorrem durante o processo para efectuar correcções ou adequações. Serve de
suporte para melhorar a eficiência operativa
Outros nomes deste tipo de avaliação são: avaliação do processo (Figueiredo & Figueiredo,
1996), avaliação da implementação (Alkin, 1972), avaliação de eficiência (Faria, 1998).
Este tipo de avaliação visa, essencialmente, aferir até que ponto os resultados pretendidos
(objectivos estratégicos) no grupo-alvo estão ou podem ser alcançados, através da análise da
consistência dos serviços desenvolvidos com as especificações desenhadas no programa e dos
recursos que estão sendo ou foram gastos na condução do programa (Rossi & Freeman, 1993
apud Parsons, 1995).
Segundo Theodoulou e Kofinis (2012), tendo em conta que é impossível antever todos os tipos de
problemas e conflitos possíveis durante a elaboração de uma política pública ou programa social
governamental, a avaliação do processo visa, essencialmente, analisar os seguintes aspectos: (i)
determinar porque a política pública ou o programa governamental está a ser implementada
naquele nível em que apresenta; (ii) identificar os problemas; (iii) desenvolver soluções para os
possíveis problemas identificados; (iv) melhorar o desempenho do programa, recomendado; e (v)
de que modo as soluções devem ser implementadas e avaliadas uma vez realizadas.
Desta forma a avaliação formativa pode ser vista como um elemento de monitoria, à medida que
é voltada para a análise e produção de informação sobre as etapas de implementação, gerando
informações para os que estão directamente envolvidos com o programa, com o objectivo de
fornecer elementos para a realização de correcções de procedimentos para melhorar o programa.
Esta avaliação ocorre ao longo do ano lectivo. É através desta avaliação que se faz o
acompanhamento progressivo do aluno; ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas,
ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho.
26
Informa sobre os objectivos se estão ou não a ser atingidos pelos alunos;
Identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
Localiza deficiência e/ou dificuldades na aprendizagem.
3.17.3.Avaliação Somativa
É feita após a implementação da política, programa ou projecto e que procura medir até que
ponto o programa ou projecto teve algum impacto no problema que se pretendia resolver. Este
tipo de avaliação visa também determinar se o projecto foi implementado de forma eficiente e se
alcançou os beneficiários pretendidos (Parsons, 1995). Outros nomes pelos quais é conhecida a
avaliação sumativa: avaliação dos resultados (Weiss, 1998, 1999), avaliação ex-port (faria, 1998),
avaliação terminal (Cohen & Franco, 1999).
Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre ou trimestre, do curso, do ano lectivo,
segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final). Neste tipo
de avaliação, usa-se normalmente o método comparativo, fazendo uma análise do antes e do
depois para aferir o que mudou como efeito directo ou indirecto das intervenções feitas
motivadas pelo programa ou projecto (Parsons, 1995). Na mesma perspectiva de Parsons (1995),
Cunha (s/d), afirma que,
Portanto, Cunha (idem), acrescenta que não só no fim da implementação do programa é que é
feita avaliação sumativa, mas também, durante, só que depois de um período de implementação.
27
produto trouxe às condições da vida real em que foi aplicado”, por isso ela é feita no fim da
implementação da política pública ou programa.
28
Os principais constrangimentos na implementacao deste tipo ensino nesta escola é de falta
de manuais, falta de capacitacao dos tutores, falta de material para a multiplicacao de
textos e falta de elementos electronicos.
A escola não dispoe de condicoes objectivas para este tipo de ensino.
Para a melhoria desse processo, recomendaria que as matérias necessárias estivessem nas
escolas a tempo, e a capacitação do pessoal dos tutores, a presença dos professores,
interesse total da direcção, para o bom funcionamento e acompanhamento e controle dos
tutores.
A principal queixa dos intervenientes desse regime é a falta dos módulos atempadamente,
ausência dos professores, a falta de infraestrutura e falta de matérias eletrónicos, segundo
a implementação do regime.
29
Análise e Interpretação de dados do questionário
4.1. Análise de consistência interna
Para fazer uma analise efectiva dos questionários, faz-se primeiro uma analise de consistência
interna, isto é analisar se o questionário é consistente em relação as questões, neste caso o
coeficiente de consistência ( reability analiys) foi aproximadamente 0,819; como mostra a tabela
abaixo, o que revela uma moderada consistência neste questionário.
30
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
26 22,8 22,8 22,8
completamente
Não concordo 43 37,7 37,7 60,5
Não tenho opinião 12 10,5 10,5 71,1
Concordo 27 23,7 23,7 94,7
Concordo
6 5,3 5,3 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Em relação a qualidade do ensino a distancia, a maior parte dos alunos discordam, isto é, que o
ensino a distancia não oferece uma boa qualidade aos graduados. Esta resposta vai de acordo com
a resposta dada no item anterior, na medida em que eles consideravam que no ensino a distância
não se oferecia melhores condições de aprendizagem.
Tabela 3.
31
Total 114 100,0 100,0
Sendo o Ensino a Distancia uma modalidade de ensino que requer do aluno uma maior autonomia
do ponto de vista de aprendizagem e sistematização do conhecimento, julgamos que há uma
necessidade de disponibilização de instrumentos de ensino e materiais didácticos para melhor
aprendizagem. Assim pretendíamos com esta questão aferir qual era o nível de disponibilidade
dos mesmos para os alunos do EAD. Desta feita, de acordo com a tabela a seguir, 43% dos alunos
inquiridos afirmaram simplesmente não existir material didáctico que lhes auxilie na
aprendizagem. 32.4% dos alunos concordam que existe disponibilidade de material didácticos.
32
Há disponibilidade de material didáctico para os alunos que estudam no regime a
distância
Tabela 5.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
12 10,5 10,5 10,5
completamente
Não concordo 37 32,5 32,5 43,0
Não tenho opinião 28 24,6 24,6 67,5
Concordo 26 22,8 22,8 90,4
Concordo
11 9,6 9,6 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
O objectivo desta questão era de saber como tem sido o processo de interação professor- aluno. A
respeito desta, 61.4 % dos inqueridos consideram não satisfatório a interação professor aluno na
medida em que e 26.3% concordam de que há uma boa interação professor aluno, pois, muitos
dos inquiridos mostram não ser satisfatório o nive3l de interação aluno professor, aliado ao pouco
tempo de contacto.
33
Não tenho opinião 14 12,3 12,3 73,7
Concordo 27 23,7 23,7 97,4
Concordo
3 2,6 2,6 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Um dos processos relevantes no PEA, quer seja no ensino regular assim como no EAD é o
processo de avaliação. Que, deve ser objectivo, claro e transparente. Sobre esta questão 42.1 %
dos alunos tiveram uma opinião desfavorável, sendo que os restantes 28.1% concordam que o
processo avaliativo é claro, transparente e compreensível. 30% dos alunos não tiveram qualquer
opinião, o que mostra que os entrevistados não estão informados sobre o processo de avaliação
neste regime de ensino.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
13 11,4 11,4 11,4
completamente
Não concordo 35 30,7 30,7 42,1
Não tenho opinião 34 29,8 29,8 71,9
Concordo 27 23,7 23,7 95,6
Concordo
5 4,4 4,4 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
34
4.8. Conteúdos abordados durante as tutorias
Em relação aos conteúdos abordados 40.4% dos alunos afirmaram que os conteúdos abordados
não são claros, precisos e muito menos compreensíveis. Eles sustentam a sua posição pelo facto
de desconhecerem o que de facto se aborda neste regime uma vez que há fraca divulgação do
próprio regime de ensino.
35
Q8. Qualidade dos módulos
Pretendia-se com esta questão saber dos inquiridos qual a sua percepção sobre a qualidade
dos módulos disponibilizados pela escola. A diferença percentual dos que concordam e os
que discordam não é significativa. No entanto 24.6% não apresentaram qualquer opinião.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
12 10,5 10,5 10,5
completamente
Não concordo 32 28,1 28,1 38,6
Não tenho opinião 28 24,6 24,6 63,2
Concordo 34 29,8 29,8 93,0
Concordo
8 7,0 7,0 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Q9. Os alunos que frequentam o ensino a distância podem fazer qualquer exame
equiparado ao seu nível com outros alunos que frequentam o regime regular
As respostas oferecidas pelos respondentes mostram que a maioria dos questionados não
tem posicionamento sobre este aspecto por desconhecerem essa possibilidade do regime de
ensino, pelo que se mostram cautelosos e de certa forma desconfiados em aceitar este
regime de ensino logo a partida. Mais uma vez por falta de divulgação.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
6 5,3 5,3 5,3
completamente 36
Não concordo 22 19,3 19,3 24,6
Não tenho opinião 41 36,0 36,0 60,5
Q10. Como aluno eu me sinto satisfeito por frequentar o ensino a distância.
Em relação as respostas desta pergunta os questionados estão inseguros posicionarem-se
com exata convicção sobre o nível de satisfação que o ensino a distância pode oferecer aos
formandos.
Tabela 10:
Frequência Porcentagem
Porcentagem Porcentagem
válida acumulativa
Válido Não concordo
2 1,8 1,8 1,8
completamente
Não concordo 26 22,8 22,8 24,6
Não tenho opinião 18 15,8 15,8 40,4
Concordo 61 53,5 53,5 93,9
Concordo
7 6,1 6,1 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
14 12,3 12,3 12,3
completamente
Não concordo 24 21,1 21,1 33,3
Não tenho opinião 35 30,7 30,7 64,0
Concordo 29 25,4 25,4 89,5
Concordo
12 10,5 10,5 100,0
completamente
Total
114 100,0 100,0
37
Q 11 Os meus encarregados de educação apoiam sem restrição as minhas aulas no
ensino a distância maioritariamnte os questionados disseram que os pais e encarregados de
educação não apoiam as aulas dos seus educandos neste regime de ensino.
Tabela 11
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
14 12,3 12,3 12,3
completamente
Não concordo 24 21,1 21,1 33,3
Não tenho opinião 35 30,7 30,7 64,0
Concordo 29 25,4 25,4 89,5
Concordo
12 10,5 10,5 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Q12
Tenho tempo para preparar as aulas e resolver as tarefas de casa estudando no
ensino e distância. Aqui os questionados responderam que sim, o regime de ensino a
distância permite mais tempo para resolver as tarefas de casa.
Tabela 12
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
5 4,4 4,4 4,4
completamente
Não concordo 34 29,8 29,8 34,2
Não tenho opinião 26 22,8 22,8 57,0
Concordo 34 29,8 29,8 86,8
38
Concordo
15 13,2 13,2 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Q13. Tenho tido bom aproveitamento pedagógico no ensino e distancia.
Tabela 13
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
9 7,9 7,9 7,9
completamente
Não concordo 22 19,3 19,3 27,2
Não tenho opinião 19 16,7 16,7 43,9
Concordo 50 43,9 43,9 87,7
Concordo
14 12,3 12,3 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
Q14. Acho que ensino e distância pode ser frequentado por qualquer aluno, e recomendável
Tabela 14
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não concordo
3 2,6 2,6 2,6
completamente
Não concordo 17 14,9 14,9 17,5
Não tenho opinião 49 43,0 43,0 60,5
Concordo 27 23,7 23,7 84,2
Concordo
18 15,8 15,8 100,0
completamente
Total 114 100,0 100,0
39
Conclusão
Esta pesquisa permitiu chegar as seguintes conclusões sobre o contributo do ensino a distância
nas Escolas Secundárias pesquisadas;
Limitações
Este estudo foi feito em três (3) escolas da Cidade de Nampula, pelo que os seus resultados não
podem ser generalizados, embora possa se acreditar que resultados aproximados podiam ser
encontrados em estudos em outras escolas
Sugestões
O processo do ensino a distancia e fundamental no descongestionamento das salas, uma vez que
nas escolas as salas apresentam se de formas lotadas. Mas para o bom funcionamento desse
regime, o sugiro o seguinte:
Que o ministério da educação faça a divulgação do mesmo, para que tenha aceitação.
Os professores devem ser capacitados e monitorados de modo que se façam presentes nas
salas de aulas.
Os alunos e os devem ter o a disponibilidade dos materiais atempadamente.
As escolas devem dispor de condições básicas para o bom funcionamento das aulas e para
que o aluno se sinta satisfeito por frequentar o ensino a distância.
40
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