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Dionísio Lourenço

Transmissão de Valores Morais nas Escolas Primárias, caso da EPC de Nacurare,


Província de Nampula, 2015 - 2016

(Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em Assistência Social)

Universidade Pedagógica

Nampula

2018
Dionísio Lourenço

Transmissão de Valores Morais nas Escolas Primarias, caso da EPC de Nacurare,


Província de Nampula, 2015 – 2016

Monografia Científica a ser apresentada ao


Departamento de Ciências de Educação e
Psicologia da Universidade Pedagógica
Delegação de Nampula, para obtenção do grau
académico de Licenciatura em Psicologia
Educacional com Habilitações em Assistência
Social.
Supervisora: MA. Felismina João Baptista
Vantitia

Universidade Pedagógica

Nampula

2018
ii

Índice
Lista de tabelas .......................................................................................................................... iv

Lista de Abreviatura ................................................................................................................... v

Declaração ................................................................................................................................. vi

Dedicatória................................................................................................................................ vii

Agradecimentos .......................................................................................................................viii

Resumo ...................................................................................................................................... ix

Introdução ................................................................................................................................. 10

CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 11

1.1. Tema e sua Delimitação .................................................................................................... 11

1.2. Localização geográfica ...................................................................................................... 11

1.3. Problematização................................................................................................................. 11

1.4. Justificativa ........................................................................................................................ 12

1. 5. Objectivos ......................................................................................................................... 13

1.5.1. Objectivo Geral............................................................................................................... 13

1.5.2. Objectivos específicos .................................................................................................... 13

1.6. Hipóteses ........................................................................................................................... 14

1.7. Metodologias .................................................................................................................... 15

1.7.1. Pesquisa quanto a abordagem ......................................................................................... 15

1.7.2. Pesquisa quanto ao procedimento .................................................................................. 16

1.7.3. Pesquisa quanto aos objectivos ...................................................................................... 16

1.7.4. Técnicas de Pesquisa ...................................................................................................... 16

1.7.4.1. Entrevista ..................................................................................................................... 16

1.7.4.2. Observação .................................................................................................................. 17

1.7.5. Universo e Amostra ........................................................................................................ 17

1.7.5.1. Universo da Pesquisa .................................................................................................. 17

1.7.5.2. Amostra da Pesquisa.................................................................................................... 18


iii

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 19

2.1. Conceitos Básicos .............................................................................................................. 19

2.2. Porque se Ensina a Educação Moral e Cívica ................................................................... 20

2.3. A escola como Educador ................................................................................................... 20

2.4. Dever dos Pais para com os Filhos .................................................................................... 21

2.5. Educação Moral e Cívica na Escola .................................................................................. 22

2.6. O Professor como Educador Moral ................................................................................... 23

2.7. Actividades Desenvolvidas durante o ensino da EMC na Escola ..................................... 24

CAPITULO III: APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS ........................................................................................................................ 26

3.1. Dados da entrevista aos alunos .......................................................................................... 26

3.2. Dados da entrevista dirigida aos professores ..................................................................... 27

3.3. Resultados da entrvista dirigida aos pais e encarregados de educação ............................. 31

3.4.Verificacão das Hipóteses .................................................................................................. 32

3.5. Conclusão .......................................................................................................................... 33

3.6. Sugestões ........................................................................................................................... 34

Bibliografia ............................................................................................................................... 35

APÊNDICE

ANEXO
iv

Lista de tabelas

Tabela 1: Hipóteses, Variáveis e Indicadores

Tabela 2: Pergunta 1 – Entrevista aos alunos.

Tabela 3: Pergunta 2 – Entrevista aos alunos.

Tabela 4: Pergunta 3 – Entrevista aos alunos.

Tabela 5: Dados sobre o Nível Profissional do Professor.

Tabela 6: Dados sobre capacitações sistemáticas em matéria de metodologia de EMC.

Tabela 7: Dados sobre o tempo de serviço.

Tabela 8: Dados sobre material usado na leccionação das aulas.

Tabela 9: Dados sobre programas e livros de EMC.

Tabela 10: Dados sobre o contributo dos programas e livros de EMC.

Tabela 11: Dados sobre dificuldades na leccionação desta disciplina.

Tabela 12: Dados sobre o que o MINEDH devia fazer em relação as dificuldades.

Tabela13: Constatações, Sugestões e Impacto.


v

Lista de Abreviatura
EMC – Educação Moral e Cívica

PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem

EPC – Escola Primária Completa

MINEDH – Ministério Nacional de Educação e Desenvolvimento Humano


vi

Declaração
Declaro que esta monografia Cientifica é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações da minha Supervisora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionados no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos _____/ _____/ 2018

________________________________

Dionísio Lourenço
vii

Dedicatória
A minha esposa e filhos.
viii

Agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela vida e saúde. A minha esposa e filhos pela paciência
por todos os momentos que estive ausente deles me dedicando aos estudos. É extensiva a toda
família e amigos pela força e encorajamento em todo percurso académico ate esta fase final.
ix

Resumo
O presente trabalho é uma pesquisa que trata do processo de transmissão de valores morais
nas escolas primárias, caso particular da EPC de Nacurare, distrito de Murrupula, província de
Nampula, realizada no período de 2015 a 2016. Os objectivos definidos para a pesquisa
resumem-se em geral: Analisar os factores que condicionam a transmissão de valores morais
durante a leccionação da disciplina de Educação Moral e Cívica no Ensino Primário e
específicos: Identificar actividades desenvolvidas no âmbito da leccionação da disciplina de
educação moral e cívica; Descrever as manifestações comportamentais dos alunos; e Propôr
medidas sugestivas para uma melhor educação moral e cívica dos alunos no ensino Primário.
O problema formulado é: Que factores influenciam na fraca transmissão de valores morais
durante a leccionação da disciplina de EMC no Ensino Primário; que tem como respostas
hipotéticas: A falta de actualização de conhecimentos sobre EMC por parte dos professores
pode contribuir na fraca aceitação da EMC na escola; A falta de aplicação de um conjunto
de actividades morais com os alunos pode influenciar na fraca adesão da EMC. A pesquisa
quanto a abordagem é qualitativa; quanto ao procedimento é do campo e quanto aos
objectivos é descritiva; foram usadas como técnicas de pesquisa a observação e entrevista,
universo e Amostra da pesquisa, o estudo tem como a sua motivação. Os resultados
alcançados durante a pesquisa. A educação moral e cívica é um conhecimento mais nobre e
mais importante dos deveres e direitos dos cidadãos, dado que o homem é um animal
essencialmente social, o seu comportamento deve-se ajustar as normas socialmente aceites.
Para tal, a formação de professores deve privilegiar a educação moral e cívica, a direcção das
escolas deve promover debates e seminários em matéria da educação moral e cívica. A
educação moral e cívica está entre as necessidades ou questões que mais despertam interesse
no nosso tempo. Isto prende-se com o facto de que o patriotismo, os valores indispensáveis
para a coesão e progresso social estão a desaparecer nas nossas sociedades.

Palavras-chave: Educação, Moral, Cívica


10

Introdução

Este trabalho tem como tema: Transmissão de Valores Morais nas Escolas Primárias, caso da
EPC de Nacurare, Província de Nampula, 2015 – 2016. Com o seguinte problema: Que
factores influenciam na fraca transmissão de valores morais durante a leccionação da
disciplina de Educação Moral e Cívica no Ensino Primário?

As respostas hipotéticas formuladas são: A falta de actualização de conhecimentos sobre


EMC por parte dos professores pode contribuir na fraca aceitação da EMC na escola; A falta
de aplicação de um conjunto de actividades morais com os alunos pode influenciar na fraca
adesão da EMC.

Para a escolha deste tema, o autor foi motivado pela situação de verificação de
comportamentos inaceitáveis durante a convivência dos alunos dentro e fora da sala de aulas,
tais como: tratarem-se com linguagem insana e com actos de violência física.

Os objectivos traçados são: Analisar os factores que condicionam a transmissão de valores


morais durante a leccionação da disciplina de Educação Moral e Cívica no Ensino Primário;
Identificar actividades desenvolvidas no âmbito da leccionação da disciplina de Educação
Moral e Cívica; Descrever as manifestações comportamentais dos alunos; Propôr medidas
sugestivas para uma melhor educação moral e cívica dos alunos no ensino básico.

Quanto ao procedimento e aos objectivos esta pesquisa é respectivamente do campo e


descritiva. Observação e Entrevista foram as técnicas usadas. Como teoria de base, foi
enfatizada a educação moral e cívica na escola.

Dentre as várias conclusões destaca-se a insuficiente formação dos professores face a EMC,
dai que se sugere a necessidade de capacitações continuas dos professores, e estes durante as
aulas devem orientar os alunos no aprimoramento das praticas morais e cívicas.
11

CAPITULO I: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo descrevemos os procedimentos, metodologias e as técnicas usadas nesta


pesquisa.

1.1. Tema e sua Delimitação

Tema ʺ é o assunto que se deseja provar ou desenvolver pode surgir de uma dificuldade
prática enfrentada pelo pesquisador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na
literatura de outros trabalhos ou da própria teoria. ʺ LAKATOS & MARCONI (1992:102).

Este estudo foi desenvolvido na Escola Primária de Nacurare, no Posto Administrativo de


Murrupula-Sede no Distrito de Murrupula na Província de Nampula no espaço entre 2015 –
2016

1.2. Localização geográfica


O Estudo se insere nesta escola que se situa no Distrito de Murrupula, na Província de
Nampula, na Sede do Posto Administrativo de Murrupula-Sede.

Norte – Estada Nacional N1;

Sul – Rio Nihessiue;

Este – Estrada secundária (interdistrital) troço Murrupula-Mogovolas;

Oeste – Habitações da população.

1.3. Problematização
Para GIL (2004:49), “problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão
em qualquer domínio de conhecimento”.

O comportamento prático - moral muda de época para época e de uma sociedade para outra.
Embora seja verdade que o comportamento moral se encontra no homem desde que existe
como tal, ou seja, desde as sociedades mais primitivas, a moral muda e se desenvolve com a
mudança e o desenvolvimento das diversas sociedades concretas. A moral só pode surgir
quando o homem supera a sua natureza puramente natural, instintiva e possui já uma natureza
social. A moral exige necessariamente não só que o homem esteja em relação com os demais,
mas também certa consciência. O sistema educativo moçambicano e sobre a sociedade em
12

geral têm demonstrado cada vez mais a necessidade de se introduzir uma componente de
educação moral e cívica na formação do cidadão.

Durante a fase da observação, verificou-se que no decorrer do período de intervalo, os alunos


usavam de palavras injuriosas e insultuosas com uma linguagem estranha entre si e até
chegam ao ponto de agredirem-se violentamente, revelando deste modo, a falta de valorização
do outro e ausência de princípios gerais de convivência. Ficam inquietos fomentando um
barulho ao longo das aulas. Face a esta situação verificada, perguntamos ao director adjunto
pedagógico da escola, porque razão os alunos agem desta maneira, ao que prontamente
respondeu que isto é devido a falta de educação dada pelos pais e encarregados de educação.
Sendo assim, entende-se que ao longo das aulas os professores não fazem a dramatização das
actividades morais e cívicas que levem aos alunos a tomar consciência no que deve fazer e no
que não devem fazer. Durante a vida profissional do autor deste trabalho, constatou que em
Moçambique fala-se muito da falta de moral na sociedade, olhando para os manuais desta
disciplina, encontramos actividades morais e cívicas que podem ser leccionadas. Face a essa
problemática e, olhando a influencia dos professores na leccionação desta disciplina levanta-
se a seguinte questão: Que factores influenciam na transmissão de valores morais durante a
leccionação da disciplina de Educação Moral e Cívica no Ensino Primário?

1.4. Justificativa
Segundo GIL (2002:162), “a justificativa consiste na apresentação de forma clara e sucinta
das razoes de ordem teórica e, ou pratica que justificam a realização da pesquisa.”

A EMC veio preencher um vazio que existia no sistema de ensino, a falta de uma disciplina
que preparasse os alunos para a cidadania e lhes desse ensinamentos de moral e ética social. A
sociedade actual reclama pela formação de personalidades sãs, livres, solidárias e felizes,
capazes se actuar na realidade modificando-a positiva e construtivamente.

O que motivou ao autor na escolha do tema foi verificação de comportamentos inaceitável


durante a convivência dos alunos dentro e fora da sala de aulas, tais como: tratarem-se com
linguagem insana e com actos de violência física.

Para busca da escola de qualidade é pautada pela realização de actividades sistemáticas


moralmente que ofereçam condições significativas para que ocorra o processo de ensino e
aprendizagem adequados ao desenvolvimento cultural, a exigência do mundo actual,
significativos para que o aluno desenvolva-se como pessoa, a fim de exercer seu pleno direito
13

de cidadania; e gratificantes ao professor porque consideramos o protagonista na relação com


os alunos.

Para a motivação intelectual, este estudo irá ajudar ao pesquisador a aprender como se realiza
uma pesquisa, irá se especializar no tema e na disciplina. Na motivação científica irá mostrar
a razão pessoal, trará actividades morais e cívicas que podem ser ensinadas nas aulas de
educação moral e cívica. Para a sociedade e a instituição pesquisada consideramos que vai
servir a vida da sociedade, da escola e impulsionará no desenvolvimento do processo de
ensino e aprendizagem dos alunos e da comunidade em geral, garantindo aos alunos uma
formação moral e cívica que favoreça o seu desenvolvimento em toda sua plenitude.

É muito importante ensinar - se a disciplina de educação moral e cívica no Ensino Básico


porque: o aluno inicia na compreensão dos relacionamentos interpessoal e grupal, quer a nível
social, cívico, político e económico; permite o envolvimento na protecção e conservação do
meio ambiente, formar um cidadão responsável pela sua conduta pessoal.

1. 5. Objectivos
Os objectivos de uma pesquisa são sinónimos a metas ou finalidades por se alcançar com a
pesquisa. Os objectivos dividem-se em geral e específicos, cujos objectivos específicos
caracterizam etapas ou fazes da pesquisa.

1.5.1. Objectivo Geral


“Está ligada a uma visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo. Vincula-
se directamente a própria significação da tese proposta pelo trabalho.” (LAKATOS &
MARCONI, 1992:102).

Constitui objectivo geral desta pesquisa: Analisar os factores que condicionam a transmissão
de valores morais durante a leccionação da disciplina de Educação Moral e Cívica no Ensino
Primário.

1.5.2. Objectivos específicos


Para MARCONI & LAKATOS (2001:2), “os objectivos específicos apresentam um carácter
concreto, tem a função intermediária e instrumental permitindo de um lado atingir os
objectivos gerais e de aplicar a situações particulares.”

O objectivo geral desdobra-se nos seguintes objectivos específicos:


14

 Identificar actividades desenvolvidas no âmbito da leccionação da disciplina de


Educação Moral e Cívica;
 Descrever as manifestações comportamentais dos alunos;
 Propôr medidas sugestivas para uma melhor educação moral e cívica dos alunos no
ensino básico.

1.6. Hipóteses
Segundo BARRETO; HONORATO (1998), hipótese ʺ é uma expectativa de resultado a ser
encontrada ao longo da pesquisa, categorias ainda não completamente comprovadas
empiricamente, ou opiniões vagas oriundas do senso comum que ainda não passaram pelo
crivo do exercício científico. ʺ

Hipótese é uma suposição que tenta responder ao problema levantado no tema escolhido para
a pesquisa. Para o caso deste trabalho de pesquisa levantam-se as seguintes hipóteses:

 A falta de actualização de conhecimentos sobre EMC por parte dos professores pode
contribuir na fraca aceitação da EMC na escola;
 A falta de aplicação de um conjunto de actividades morais com os alunos pode
influenciar na fraca adesão da EMC.

Tabela 1: Hipóteses, Variáveis e Indicadores


Hipóteses Variáveis Indicadores
A falta de actualização de Independente (x) -Fraca transmissão dos
conhecimentos sobre EMC por A falta de actualização de saberes cívicos e morais;
parte dos professores pode conhecimentos sobre EMC por -Escolha de estratégias pelos
contribuir na fraca aceitação da parte dos professores. professores na sua
EMC na escola; leccionação

Dependente (y) -Falta de criação de um


Fraca aceitação da EMC na ambiente pedagógico por
escola parte dos professores;
-Fraca utilização das
actividades morais e cívicas
pelos alunos;
-Fraca aquisição da moral e
15

cívica pelos alunos.

A falta de aplicação de um Independente (x) - Fraco domínio dos


conjunto de actividades morais Falta de aplicação de actividades conteúdos apresentados nos
com os alunos pode influenciar morais livros
na fraca adesão da EMC.
Dependente (y) - Fraca assimilação dos
Fraca adesão da EMC conteúdos recebidos na sala
de aulas.

1.7. Metodologias
Para GIL (2002:162), ʺ são procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa. ʺ

Refere-se aos critérios, caminhos e procedimentos a serem usados durante a pesquisa. Neste
item, além do tipo de pesquisa apresentam-se também as técnicas de colecta de dados,
universo e amostra da pesquisa.

1.7.1. Pesquisa quanto a abordagem


Quanto a abordagem, recorreu-se a pesquisa qualitativa, considerada complexidade e a
natureza da investigação e o campo social da mesma.

Segundo MANGRASSE (2004:54),

A estratégia de uma pesquisa qualitativa possibilita mergulhar


na complexidade dos acontecimentos reais e não apenas o
evidente, mas também as contradições, conflitos e a resistência,
a partir da interpretação dos dados no contexto da sua
produção. Com ela a possibilidade de identificar padrões
16

compartilhados de comportamentos e inclusive a convivência


de estabelecer categorias a partir das respostas dos
entrevistados e de seus comportamentos.

Este tipo de pesquisa, facilitou o pesquisador fazer uma análise em relação ao processo de
ensino – aprendizagem na disciplina de EMC de forma mais detalhada e objectiva.

1.7.2. Pesquisa quanto ao procedimento


Quanto ao procedimento esta pesquisa é do campo.

Para GIL (2002), estudo do campo procura o aprofundamento de uma realidade específica. É
basicamente realizada por meio da observação directa das actividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações que ocorre naquela
realidade.

1.7.3. Pesquisa quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos esta pesquisa é descritiva.

“É um tipo de pesquisa que busca uma visão ampla, tornando necessária uma busca
circunstanciada de informações para que de outro aspecto do problema possam ser alcançados
mediante outros procedimentos” (GIL 1999:43).

Tomando em conta o referencial teórico do tema em causa e o objectivo geral apresentado


nesta pesquisa, quanto aos objectivos foi descritiva, porque a sua finalidade foi de obter
informação e abordagem aprofundada sobre a necessidade de orientação nas escolas na
consideração da disciplina de EMC.

1.7.4. Técnicas de Pesquisa


Para colecta de dados, o pesquisador recorreu a Entrevista e Observação.

1.7.4.1. Entrevista
Para GIL (1994:113), considera que a entrevista ʺ é a técnica em que o entrevistador se
apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com objectivo de obtenção dos dados
que interessam a investigação”

A técnica de entrevista possibilita obter informações e opiniões sobre o fenómeno em estudo.


Nesta óptica, o pesquisador se beneficiou da entrevista semi-estruturada direccionada aos
Professores.
17

Segundo LAKATOS & MARCONI (1991:249), ʺ entrevista semi-estruturada consiste em que


o investigador tem a liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção que
considere adequado. É a forma de poder explorar mais amplamente a questão.”

Esta técnica permite obter diferentes pontos de vista e perceber sensibilidades dos
entrevistados a respeito do processo de ensino e aprendizagem de EMC.

1.7.4.2. Observação
Segundo CERVO & BERVIAN (2002:27), “ observar é aplicar atentamente os sentidos
físicos a um amplo objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso. “

Para esses autores, a observação é vital para o estudo da realidade e de suas leis. Sem ela, o
estudo seria reduzido à simples conjectura e simples adivinhação.

A observação também é considerada uma colecta de dados para conseguir informações sob
determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a identificar e obter provas a
respeito de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam
seu comportamento (MARCONI & LAKATOS, 1996:79).

Para este trabalho, utilizou-se observação individual e na vida real.

A observação individual é uma técnica realizada por um único pesquisador, de modo que sua
personalidade se projecte no observado. É um tipo de observação realizado em pesquisas com
objectivo de obtenção de títulos académicos (MARCONI & LAKATOS, 1996).

A observação na vida real é a observação da realidade, colhendo-se os dados à medida que vai
acontecendo o fenómeno, de modo natural (MARCONI & LAKATOS, 1996)

1.7.5. Universo e Amostra

1.7.5.1. Universo da Pesquisa


O universo da pesquisa entende-se como conjunto de todos elementos ou corpo envolvido na
pesquisa.

De acordo LAKATO e MARCONI (1991:91), universo da pesquisa ʺ é o conjunto definido de


elementos que possuem determinadas características. ʺ

Assim, a presente pesquisa, foram envolvidos 690 alunos, 23 professores e 487 encarregados
de educação totalizando num universo de 1200 pessoas.
18

1.7.5.2. Amostra da Pesquisa


ʺ Entende-se por amostra da pesquisa, a parte mais ínfima e representativa do universo. ʺ
(LAKATO e MARCONI, 1999:43).

Segundo MALHOTRA (2001), senso censitário, são os parâmetros de definição da população


a ser estruturada, são denominados de parâmetros populacionais, que são tipicamente
números, como a proporção de consumidores fiéis a uma determinada marca. A sua obtenção
pode ser por meio da realização de um censo ou extraindo uma amostra.

Segundo MALHOTRA (2001), a técnica de amostragem probabilística, as unidades amostras


são escolhidas por acaso. É possível determinar cada amostra potencial de determinado
tamanho que pode ser extraída da população ou universo, assim como a probabilidade de
seleccionar cada amostra.

Mas nem toda amostra potencial precisa ter a mesma probabilidade de selecção, mas é
possível especificar a probabilidade de escolher qualquer amostra de um determinado
tamanho. Como os elementos da amostra são seleccionados aleatoriamente, é possível
determinar a precisão das estimativas amostrais das características de interesse. É possível
calcular o número de confiança que contenham o verdadeiro valor populacional com
determinado grau de certeza. Isso permite ao pesquisador fazer inferências ou projecções
sobre a população - alvo da qual se extraiu a amostra. Fizeram parte da amostra 40 pessoas,
das quais, 24 alunos da turma A da 7ª classe, 2 professores e 14 Pais e encarregados de
educação.
19

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo descrevemos as visões básicas de alguns autores que falam sobre o tema e
algumas actividades desenvolvidas na escola no processo de ensino e aprendizagem e ideias
do autor desta pesquisa.

2.1. Conceitos Básicos


 Educação

Termo que designa o processo de desenvolvimento e realização do potencial intelectual,


físico, espiritual, estético e afectivo existente em cada criança. Também designa o processo de
transmissão da herança cultural às novas gerações.

 Cívico

Derivado de civismo, designa os processos que visam dar ao aluno o conhecimento dos
deveres e direitos de cidadania.

Termo cívico refere-se mais especificamente às atitudes e comportamentos que no dia-a-dia


manifestam os diferentes cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como
fundamentais para uma vida colectiva de modo a preservar a sua harmonia e melhorar o bem -
estar de todos os seus membros.

 Moral

É uma ciência ou um ramo do conhecimento, ainda que não meramente explicativo, mas não
à regionalização, prático e normativo, que estuda a natureza do dever e do bem. Na moral
deontológica, o dever é considerado como um fim em si mesmo. A moral teleológica faz uso
dos imperativos hipotéticos. Para além das morais teleológicas e deontológicas, também
chamadas de racionalistas ou intelectualistas, há morais do sentimento, como por exemplo, as
morais utilitaristas e as morais da benevolência.

A moral radica da lei moral que ordena o que é correcto e proíbe o que é errado. Os deveres
morais são pessoais e sociais, portanto, através da moral e sua lei, o indivíduo determina a sua
conduta dentro da sociedade em que vive.
20

2.2. Porque se Ensina a Educação Moral e Cívica

A Educação Moral e Cívica vieram preencher um vazio que insistia no sistema de ensino: a
falta de uma disciplina que preparasse os alunos para cidadania e lhes desse ensinamentos de
moral e ética social (FENHANE, 2OO4:5).

O ensino da disciplina da moral e cívica traz novos conhecimentos importantes não só para o
aluno, como também para a comunidade em que está inserido e para o país. A disciplina de
educação moral e cívica promove a educação ambiental dos alunos. Desta forma, é importante
que esta educação não se limita apenas ao simples saber, mas que se estenda ao saber fazer e
sobre tudo, ao saber ser.

Para que isso seja alcançado, esta disciplina orienta os alunos e professores na assunção de
atitudes positivas em relação ao ambiente, a partir da escola, passando pelas famílias e
estendendo-se até as comunidades. Ao agir assim, a disciplina prepara a sociedade para que,
no futuro seja compostas por homens e mulheres comprometidos com o desenvolvimento
sustentável e com a conservação dos recursos naturais. É importante ensinar-se a disciplina de
educação moral e cívica no Ensino Básico porque:

 O aluno inicia na compreensão dos relacionamentos interpessoal e grupal, quer a nível


social, cívico, político e económico;
 Permite o envolvimento na protecção e conservação do meio ambiente formar um
cidadão responsável pela sua conduta pessoal e pelo apoio no desenvolvimento da
comunidade, do país, do continente e do mundo;
 Desenvolve através de uma abordagem sistemática, atitudes ou valores,
comportamentos, capacidades, habilidades e conhecimentos que permitirão ao aluno
valorizar as relações humanas, observar, interpretar, analisar, sistematizar e avaliar
fenómenos naturais, económicos, políticos, socioculturais, cívicos do pais em
particular e do mundo em geral.

2.3. A escola como Educador


Segundo TEXEIRA (1995), a escola tem um grande papel de formar o homem no seu sentido
ético que consiste em tornar pessoa sujeita de um comportamento responsável na sua vida
diária.

É na escola onde ganhamos a coragem de como podemos dizer algo verdadeiro enfrente dos
outros, é onde ganhamos modificações do aluno na sua maneira de estar e agir dentro da
21

sociedade. A educação cívica na escola tem como principal objectivo, levar o aluno
reconhecer o seu meio onde está inserido; através da educação cívica os alunos devem saber
como pôr a roupa, respeitar os seus amigos, ter amor aos demais e ter grande responsabilidade
para resolver problemas da sua vida, tais como: no estudo, no desenvolvimento intelectual de
um indivíduo, forma de viver dentro da sociedade, no trabalho; desta feita, o homem deve ser
responsável de todos os valores que as possui. Sendo assim, a educação cívica visa incluir o
cidadão ao exercício pleno da sua cidadania.

Hoje falar da educação cívica na escola é quase falar da educação moral, isto trata-se de
regras de comportamento em sociedade, todo o cidadão deve saber ser e humilhar-se dentro
de muitos. O aluno é a pessoa ou organismo capaz de ver, ouvir, sentir e receber
ensinamentos dos outros a que terá uma transformação contínua para o seu bem-estar. A
educação moral projecta-se para além de uma mera informação de aprendizagem intelectual,
cria uma conformação ética da pessoa. Ela é um processo que dura toda a vida, é um acto não
consumado enquanto o homem estiver neste mundo. Um bom carácter não se pode comprar
dum momento para o outro como um vestido, ele é fruto de lutas e vitórias interiores. Um
bom carácter exige: boa disposição, coragem nas dificuldades, paciências e espírito de
sacrifício.

2.4. Dever dos Pais para com os Filhos

Segundo GOLIAS (1993), os pais são fundadores de família e consequentemente, são seus
chefes naturais que exercem sobre os filhos, um conjunto de direitos que constituem um poder
paternal.

A criança deve levar uma ideia eficaz para a escola. Por sua vez a escola põe o aluno no
desenvolvimento científico. Esse poder é de origem natural e é também pela autoridade
paternal dos pais que se põe os filhos à obediência. Os direitos dos pais correspondem a
obrigações e deveres com os filhos, os principais são:

 Os filhos são pessoas, como tal têm direito como a todas pessoas;
 A paternidade cria deveres rigorosos em relação a educação dos seus filhos;
 Comunicar a vida dos pais aos seus filhos desenvolvendo-lhes as suas mentalidades e
fazendo dos filhos homens no sentido completo da palavra.

É na comunidade onde se insere o espaço que envolve desde os vizinhos ao espaço mais
amplo. É na comunidade em que a criança ganha a identidade cultural: valores culturais,
22

crenças, atitudes e comportamentos. A escola continua o processo de socialização iniciado


pela família e pela comunidade. Sistematiza os conhecimentos que a criança tem sobre a
realidade e potencia o seu saber, de modo a que ela possa melhor se enquadrar na sociedade,
sabendo ser e estar com os outros e fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar a
sua vida. Daí surge a interacção família / escola / comunidade no sentido de se promover a
dignidade da criança através da educação para a vida, num processo que envolve todos
agentes educativos (pais, familiares, lideres comunitários, religiosos, comunidade e
professores).

Quando maiores forem os interesses educativos de cada agente de socialização da criança,


melhores resultados se obterá na formação de um cidadão livre que saiba respeitar os valores
morais e cívicos socialmente desejáveis. Daí há necessidade de se conhecer que a criança
entra na escola com certos conhecimentos já adquiridos na família. Isto é, a criança já vem
desenvolvendo hipóteses e construindo um conhecimento sobre o mundo, o mesmo mundo
que as matérias escolares procuram interpretar.

Em suma, a tarefa de ensinar em nossa sociedade, não está concentrada apenas nas mãos do
professor. O aluno não aprende apenas na escola, mas também através da família, dos amigos,
dos vizinhos, dos meios de comunicação de massa, das experiencias do quotidiano, dos
momentos sociais.

2.5. Educação Moral e Cívica na Escola

Segundo CATESAO (1988), a escola é um lugar que acarreta toda a comunidade civil, em
destaque os jovens para a sua formação educacional cívica, que visa libertar da ignorância de
todos eventos que tendem impedir o seu processo de crescimento.

O aluno preparado, informado e educado está totalmente em condições de se precaver em


todo o mal em seu redor, e que para ele continue com maior orgulho na camada jovem. É na
escola em que se tentam apurar um conhecimento mais amplo de saneamento e combate às
epidemias que assolam o meio da comunidade onde o aluno está inserido, recorrendo aos
hospitais. A escola educa, informa, instrui e muitas partes passam algumas organizações que
normalmente são especialistas para dar educação cívica sobre algumas doenças, por exemplo
Geração Biz explicam como pode se evitar o SIDA para permitir maior desenvolvimento da
camada jovem na escola, na comunidade e no país.
23

A partir dessas instruções os alunos podem evitar o alastramento de muitas doenças, podem
conseguir defender-se e prevenir-se das doenças de transmissão sexual. A sociedade em geral
deve viver dentro duma educação cívica. A educação cívica faz grande parte no
desenvolvimento das mentes, no comportamento necessário para uma sociedade e no
desenvolvimento de qualquer cidadão dentro da sociedade. A escola existe em qualquer parte
do mundo com uma função de educar, instruir e formar o cidadão em geral, traz visão
científica, visando no desenvolvimento de cada um; ajuda a descobrir outras ciências mais
importantes do mundo interior.

É desta maneira que a educação cívica não está longe da escola, sempre tem uma grande
relação. É necessário transmitir-se os valores dentro da sala de aulas, para melhor difusão na
vida prática do aluno. Isso deve ser transmitido em qualquer parte, lugar, quer para uma
pessoa, quer para um grupo de pessoas porque a formação cívica é o modo de bem proceder
de homens para outros homens.

2.6. O Professor como Educador Moral

Para a realização de um projecto educacional, um dos elementos mais importantes do


processo é o professor. Este supostamente domina o saber, e a educação realiza – se através
do seu trabalho no nível da planificação e execução do processo de ensino, sendo investido de
autoridade institucional. Evidentemente, os princípios de segurança nacional e
desenvolvimento económico norteadores da nova politica educacional chocam - se com o
principio de autonomia do professor e o Estado passa a investir deliberadamente no processo
de desqualificação dos profissionais da educação (FONSECA, 1993:25).

Um dos objectivos mais característicos do movimento de formação do carácter é a devolução


ao professor do seu papel tradicional de educador moral, papel que tem vindo
sistematicamente a ser menosprezado nas últimas décadas com grande juízo para dignidade
específica desta profissão. Se os professores não assumirem claramente este papel, os alunos
nunca poderão ser atingidos daquele modo integrado e equilibrado que a análise do grande
moral exige.

Não será exagero concluir – se que em qualquer situação de aprendizagem, a imagem do


professor é importante para o sucesso ou insucesso do ensino. No caso da EMC, será o
professor a grande razão de ser desse sucesso ou insucesso. Dai a gravidade da missão de
formá-lo. O parecer está tratando especificamente sobre o professor de EMC, e reconhece que
24

depende da sua formação o sucesso e insucesso do ensino. Ora, já essa formação proposta
limita a autonomia do professor e controla a sua aprendizagem sua docência, fazendo – o ficar
dependente do livro didáctico editado dentro das normas do Estado. Mas era essa a condição
necessária para que a EMC se entregasse ao professor em total confiança de que os seus
objectivos seriam alcançados. Enquanto não houvesse professores formados em estudos
Sociais para leccionar a EMC, esta deveria ser ministrada por profissionais formados em
História, Geografia ou Ciências Sociais.

A disciplina é envolvida por certa condição especial e o seu ensino é dado como uma difícil
tarefa. Trata – se de doutrinar correctamente primeiro o professor e depois através deste o
aluno; o que se torna realmente uma difícil tarefa em um pais polarizado por lutas politicas e
ideológicas divergentes. Se reflectirmos no passado, antes da década de 1970, o ensino da
moral e cívica envolvia toda a escola e a comunidade, através da actuação dos pais,
funcionários pais professor e Padres. A realização de eventos cívicos, como desfiles e
comemorações relacionadas a datas e heróis nacionais, faziam parte das actividades e não só
disciplinas escolares, mas também cívicas. Todos os professores tinham um compromisso de
se dedicar as práticas educativas morais e cívicas, que não se resumiam apenas nos desfiles e
comemorações, mas também na construção de centros cívicos educacionais, que
posteriormente esses se transformaram em núcleos de contestação estudantil contra o regime
português.

A implementação da EMC como disciplina e prática educativa no ensino no país parece


anunciar um horizonte saudável das mentes para o futuro, talvez razão pela qual o sistema de
ensino a sua doutrina é centralizada no estado, as actividades cívicas direccionadas para
escola devem cumprir as determinações sem questionamento do estado. Neste contexto, o
desenvolvimento moral do aluno se dependesse apenas da sua participação em dinâmicas de
grupo para classificação de valores, então a única exigência aos professores seria que fossem
bons facilitadores de reuniões. Mas se o desenvolvimento moral inclui conhecimentos da
tradição, identificação cultural e empatia, hábitos e virtudes então o professor deve tornar-se
um educador global com competências específicas para assistir o aluno neste nobre trabalho e
integrador.

2.7. Actividades Desenvolvidas durante o ensino da EMC na Escola

As escolas têm o privilégio de desempenhar um papel vital na preparação de cada geração


para que se atinja o ponto em que o homem se transforma mutando as atitudes negativas.
25

Nesta fase, pensamos que sem condensam todos os argumentos a favor da educação moral, a
escola consegue mudar os códigos morais da sociedade (VAZQUEZ, 2006:29-34).

A mudança de atitudes definem uma predisposição para responder a estímulos sociais e


podem ser formados ao longo dos anos. Contudo, se consegue com a mudança, ainda existe o
perigo da sua acção que é neutralizada pelo poder da família, e nesta altura, considera-se que
mesmo com maiores tendências concretas tem sempre um impacto afectivo nos alunos uma
vez que estes não aprendem apenas factos ou conceitos, mas tudo um conjunto de normas que
lhes possibilitam uma integração na sociedade, pelo que em qualquer educação formal existe
sempre explicitado ou não uma educação moral e cívica. Vejamos algumas das actividades
que os professores devem desenvolver nas aulas de ensino moral e cívica na escola:

Segundo o Programa do Ensino Básico (2008), na sétima classe pode-se ensinar os seguintes
conteúdos: Educação como direito de todo cidadão; O carácter ecuménico deste direito; O
papel da escola na formação física, psíquica, afectiva, moral, intelectual e politica dos alunos;
Relações com os outros: O que devo fazer para que os outros não façam o que não quero que
me façam; A relação da escola, família, comunidade na Educação Moral e Cívica; A
contribuição da religião na educação moral e cívica dos cidadãos. Essas são exemplos de
actividades morais e cívicas que encontramos no Programa do Ensino Básico e nos manuais
dos alunos que devem ser leccionadas nas aulas de EMC. Dai surge-nos a seguinte pergunta:
Porque da dificuldade de domínio da EMC pelos alunos, que nível de assimilação e qualidade
didáctica em relação a leccionação da EMC pelos professores?

A realidade de afirmação segundo o qual os alunos nunca tiveram actividades morais e cívicas
nas aulas, que quer dizer no processo de ensino e aprendizagem, os professores não aplicam
essas actividades. Mas as actividades morais e cívicas permitem ao aluno consciencializar-se
para o interesse da aula.

A formação de professores ainda não responde as reais exigências do Ensino. Os programas


de formação são predominantemente teóricos não permitindo ao formando aquisição de
capacidades para uma melhor gestão do processo de ensino e aprendizagem.
26

CAPITULO III: APRESENTAÇÃO, DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO


DOS RESULTADOS

Neste capítulo fez-se a interpretação, análise e interpretação de dados a partir da entrevista


feita aos alunos, professores e encarregados de educação. Em princípio apresentamos os
dados referentes aos alunos e depois fizemos a apresentação dos dados da entrevista aos
professores seguida da análise e interpretação de dados.

3.1. Dados da entrevista aos alunos

Tabela 2: Pergunta 1 – Entrevista aos alunos.


Pergunta 1 Respostas %
Compreende a matéria que é dada na Sim (3) 12,5
disciplina de EMC? Razoavelmente (5) 20,83
Não (16) 66,67
Fonte: Elaborado pelo Autor

No que se refere ao nível de compreensão da matéria dada na disciplina de EMC, dos 46


alunos questionados, 3 responderam afirmativamente, 5 compreendem de forma razoável e os
restantes 16 não compreendem nada do que o professor ensina. De acordo com os resultados
desta pergunta, entende-se que a maior parte dos alunos não compreende a matéria da
disciplina de EMC, dai que tal facto pode contribuir para a existência de comportamentos
desajustados com a normalidade.

Tabela 3: Pergunta 2 – Entrevista aos alunos.


Pergunta 2 Resposta %
O professor orienta actividades morais nas Não orienta actividades (24) 100%
suas aulas?
Fonte: Elaborado pelo Autor.

Nesta pergunta, (24) alunos correspondentes a 100 % afirmaram que não é notório o professor
orientar actividades morais. É neste contexto que os alunos encaram dificuldades no domínio
e prática da EMC.
27

Tabela 4: Pergunta 3 – Entrevista aos alunos.


Pergunta 3 Respostas %
O que aprende na disciplina de EMC? Não sei dizer (21) 87,5
Resposta vaga (3) 12,5
Fonte: Elaborado pelo Autor

Em resposta a pergunta 3 “O que aprende na disciplina de EMC? 21 alunos correspondente a


87,5% tiveram dificuldade de responder (permaneceram em silencio) e os restante 3 eram
respostas vagas e sombrias ou incertas. Portanto, entende-se que os alunos estão distanciados
dos conteúdos leccionados na disciplina de EMC, pelo facto de não assimilarem eficazmente
esses conteúdos os torna indivíduos mal comportados.

3.2. Dados da entrevista dirigida aos professores


Preparar um aluno em matéria de EMC é trabalhar afincadamente com ele desde o inicio
atentando nas actividades morais e cívicas. Desde que o homem começou organizar o seu
pensamento foi se desenvolvendo e ganhando extrema relevância nas relações sociais, na
difusão de ideias e informações. É verdade que a EMC vem desenvolvendo acções cuja
finalidade é a formação do homem com capacidade de aceitar o bem e negar o mal, tanto na
escola, como nas diversas práticas sociais com autonomia. Para isso, a EMC é fundamental
para o trabalho do dia-a-dia que vai além das regras impostas por qualquer sistema teórico ou
didáctico, é um modo privilegiado de descobrir e desvelar humanamente a experiencia
imperdível de viver com a sabedoria.

Tabela 5: Dados sobre o Nível Profissional do Professor


Pergunta Respostas %
Possui formação Psicopedagógica? Os dois professores responderam que 100%
não possuem formação
psicopedagógica
Fonte: Elaborado pelo Autor.

Relativamente a pergunta um (1), Os dois professores responderam que não possuem


formação psicopedagógica
28

Tabela 6: Dados sobre capacitações sistemáticas em matéria de metodologia de EMC.


Pergunta Respostas %
Tem tido capacitações sistemáticas em Os dois professores entrevistados 100 %
matéria de metodologia de EMC? responderam que nunca tiveram
capacitação em matéria de EMC.
Fonte: Elaborado pelo Autor.

Os dados da tabela a cima, mostram que os professores não passam por capacitações em
matéria de EMC.

Tabela 7: Dados sobre o tempo de serviço.


Pergunta Respostas %
Qual é o seu tempo de serviço? Um professor respondeu que tem 50%
17 anos de serviço
Um respondeu que tem 3 anos de 50%
serviço
Fonte: Elaborado pelo Autor

Em relação a esta pergunta numero 3, um professor respondeu que tem 17 anos de serviço
correspondente a 50% dos entrevistados. O outro respondeu que tem 3 anos de serviço,
também correspondente a 50%

Tabela 8: Dados sobre material usado na leccionação das aulas


Pergunta Respostas %
Que tipo de material usa na leccionação das Dois professores disseram que na
aulas de EMC? sua leccionação utilizam o seguinte
material didáctico como: Programa
de ensino, manual do professor, 100%
livro do aluno, quadro de giz e
apagador
Fonte: Elaborado pelo Autor

Nesta questão os dois (2) professores afirmaram que utilizam programas de ensino, manual do
professor, livro do aluno, quadro de giz e apagador como material didáctico na leccionação
das aulas correspondendo a 100%. No nosso ponto de vista, notamos que há falta de
cooperação dentro do grupo de disciplina cada um faz o que conhece deixando de lado a
29

estratégia da actividade criativa. E concluímos que nesta disciplina os professores ainda


persistem no método expositivo, onde o professor é o conhecedor e o aluno tábua rasa.

Tabela 9: Dados sobre programas e livros de EMC


Pergunta Respostas %
Os programas e livros de EMC trazem Os dois (2) professores afirmaram
actividades morais para ensinar os alunos? que os programas e livros de EMC
não trazem actividades morais e 100%
cívicas.
Fonte: Elaborado pelo Autor

Os professores afirmaram na generalidade que os programas de ensino e os livros didácticos


não trazem actividades morais e cívicas a serem desenvolvidas na sala de aulas. Nesta ordem
de ideias, vimos que os programas e livros de EMC não trazem actividades e ilustrações que
podem preparar os alunos na mudança de atitudes negativas, que explicam a importância do
estudo da EMC na vida social em particular que deve ser dominado pelos alunos, uma vez
que a ilustração é um sistema de signos visuais que substituem a linguagem escrita e
articulada para fixar e conservar uma mensagem para comunicar e interpretar posteriormente.

Tabela 10: Dados sobre o contributo dos programas e livros de EMC


Pergunta Resposta %
Que contributo trazem os programas e livros Os dois professores responderam que
de EMC para aprendizagem dos alunos? não compreendem de facto qual é o
contributo da disciplina de EMC no
PEA e na vida dos alunos. 100%
Fonte: Elaborado pelo Autor

Dois professores correspondentes a 100% revelaram que não compreendem o contributo dos
programas e livros da EMC para os alunos. Dando a entender que o PEA desta disciplina tem
sido mecânica e cansativa.

Tabela 11: Dados sobre dificuldades na leccionação desta disciplina


Pergunta Respostas %
Quais são as dificuldades que se depara na Os dois professores entrevistados
leccionação desta disciplina? reponderam em unânime que as
30

dificuldades que se deparam na


leccionação desta disciplina é a
fraca formação nesta área, os
conteúdos aparecem um pouco 100%
puxados sem claridade, as
actividades morais e cívicas não
adequam a realidade
moçambicana
Fonte: Elaborado pelo Autor

Os dois professores entrevistados afirmaram terem confrontado dificuldades na leccionação


desta disciplina causada pela falta de formação na área de EMC, entre outras de natureza
didáctica equivalente a 100%. Não só mas também, dificuldade de domínio e compreensão da
matéria de EMC em todas etapas do PEA por parte dos alunos. Nesta óptica de ideias
concluímos que o sucesso e insucesso do ensino depende da formação do professor, essa
formação proposta limita a autonomia do professor e controla a sua aprendizagem e sua
docência, fazendo-o ficar dependente do livro didáctico editado dentro das normas do Estado.
Enquanto não existe professores formados em estudos sociais para leccionar a EMC,
propomos que esta disciplina deveria ser ministrada por profissionais formados em Historia,
Geografia e Ciências Sociais.

Tabela 12: Dados sobre o que o MINEDH devia fazer em relação as dificuldades
Pergunta Respostas %
O que pensa que o MINEDH devia fazer em Os dois professores foram unânimes
relação a essas dificuldades? em afirmar que o MINEDH devia
promover frequentes capacitações
aos professores desta disciplina 100%
Fonte: Elaborado pelo Autor

Em relação a esta questão, os dois professores entrevistados foram unânimes que o MINEDH
devia promover frequentes capacitações aos professores desta disciplina. As actividades
morais e cívicas devem vir ilustradas e devem corresponder a realidade Moçambicana. Como
afirmamos na pergunta anterior número 9. Assim, entende-se que há necessidade de
reciclagem constante por parte do corpo docente.
31

3.3. Resultados da entrevista dirigida aos pais e encarregados de educação.


 Pergunta 1. O que tem feito para incutir os valores morais no teu filho?

Praticamente todos os pais e encarregados de educação responderam que tem ensinado os


princípios morais e éticos de respeito e convivência na sociedade.

 Pergunta 2. Como tem avaliado se o teu filho vai de acordo com os valores morais que
lhes são transmitidos?

Quase que na generalidade, todos os pais e encarregados de educação responderam que


ensinam seus educandos valores morais e éticos de respeito e convivência na sociedade, mas
evocaram o motivo de que esses comportamentos condenáveis pela sociedade é fruto da
própria idade.

 Pergunta 3. Qual é a comparação que faz do comportamento do seu filho na escola e


em casa?

Os pais responderam quase que por consenso, que o comportamento das crianças tem sido
o mesmo.

 Pergunta 4. Achas que os professores transmitem os valores morais? Porque?

Sim. Esta foi a resposta de 90% dos pais e encarregados de educação, enquanto que os
restantes 10% responderam negativamente.

 Pergunta 5. O que gostarias que a escola e sociedade fizesse para termos filhos e
alunos que vão de acordo com os valores morais.

90% dos pais e encarregados de educação afirmaram que a sociedade e a escola juntos devem
se engajar para que a educação das crianças seja integral. Os restantes 10% afirmaram que a
educação é apenas papel dos pais e não dos professores, pois na escola os meninos vão apenas
para adquirir conhecimentos científicos.
32

3.4.Verificação das Hipóteses

A partir das respostas dadas pelos professores durante a entrevista, na pergunta 1 e 2 que se
referiam a formação psicopedagógica e a existência de capacitação em matéria de EMC
respectivamente, aceita-se a hipótese 1 “A falta de actualização dos conhecimentos sobre
EMC por parte dos professores pode contribuir na fraca aceitação da EMC na escola”, pois os
professores tem falta de formação psicopedagógica e para piorar, não tem tido capacitações e
seminários de actualização de metodologia de ensino de EMC. Sendo assim, pelos dizeres a
cima expostos, entende-se que o processo de ensino de EMC de facto esta fragilizado.

Com base nos resultados obtidos da pergunta número 5 durante a entrevista dirigida aos
professores, que se referia os programas e os livros didácticos se apresentavam situações
concretas e práticas que auxiliam no PEA da disciplina de EMC, os professores responderam
que os programas e os livros não trazem actividades práticas morais para ensinar os alunos.
Portanto, pode-se afirmar que o PEA desta disciplina fica condicionado ao fracasso, pela
própria estrutura curricular e pela forma de abordagem dos livros. Dai que aceita-se a hipotese
de que a falta de aplicação de um conjunto de actividades morais com os alunos pode
influenciar na fraca adesão da EMC.
33

Conclusão

Com base nos resultados e analise, pode-se concluir que: muitos professores por não
possuírem formação psicopedagógica e pela inexistência de seminários e capacitações em
matéria de metodologias de ensino de EMC, fazem com que o PEA desta disciplina seja
ineficaz. Os programas e livros didácticos não abordam os conteúdos enfatizando a
praticidade destes, os professores não sabem interagir com o material didáctico de modo que
o PEA da disciplina de EMC seja produtivo e que promova resultados concretos no
quotidiano dos alunos. Verifica-se a falta de acompanhamento dos pais e encarregados de
educação no desenvolvimento moral dos seus educandos tanto em casa como na escola. Os
alunos enfrentam dificuldades na assimilação consequentemente na prática dos conteúdos da
disciplina de EMC.
34

3.6. Sugestões
Das conclusões feitas, o autor desta pesquisa sugere que:

Tabela13: Constatações, Sugestões e Impacto


Constatação Sugestão Impacto
Insuficiência de formação de A formação de professores A formação dos professores
professores na área de deve privilegiar a EMC em matéria de EMC irá
Educação Moral e Cívica melhorar o processo do
ensino e aprendizagem nesta
disciplina
Falta de seminários de A direcção da escola deve Os professores estarão
capacitação dos professores promover debates e munidos de conhecimentos
em matéria de EMC seminários de capacitação em intelectuais e vão melhorar na
matéria da EMC transmissão dos conteúdos da
aula
Falta de assimilação dos Os professores durante as Através das actividades
conteúdos pelos alunos. aulas devem orientar para as morais e cívicas os alunos
práticas morais e cívicas ganham comportamentos
concretas. aceitáveis, capacidades
morais tais como: a maneira
de ser, agir, julgar, assim
também a capacidade
intelectual e científica
Falta de acompanhamento Os pais devem participar Trabalhando lado a lado com
dos pais e encarregados de activamente no processo de o professor, dando
educação no processo de ensino da EMC. informações sobre a conduta
educação moral e cívica dos do aluno fora da escola ao
seus educandos. professor, e sugerindo
maneiras de como o
professor deve lidar com o
mau comportamento dos
alunos de modo a minimizar
e resolver esse problema.
Fonte: Elaborado pelo Autor
35

Bibliografia

BARRETO, Alcyrus Vieira Pinto; HONORATO, Cezar de Freitas. Manual de sobrevivência


na selva académica. Rio de Janeiro: Objecto Directo, 1998;

CATESAO, Luísa. Escola, Sociedade, que relação a segunda Edição, 1988

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FONSECA, Selva G. Caminhos da Historia Ensinada. 5ª ed. Campinas: Papirus, 1993;

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UNIMEP, 2006;

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36

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políticos e culturais. SP: Universidade Pontifice, 2004;

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RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projecto de Pesquisa Cientifica, 22 ed. Petrópolis, RJ:
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SANCHEZ, Martina. Educação Moral e Cívica na Escola. SP, 2011;

TEIXEIRA, Manuela. O Professor e a Escola: Perspectivas organizacionais. Editora MC


Grawfill de Portugal – Lisboa, 1995;

VEIGA, Américo, A Educação Hoje, 7ª ed. EPS, V. N. Gaia, 2005;

VIDAL, Marciano, Ética Civil e a Moral Crista, Edição Santuário, São Paulo, 1998.

MARQUES, Ramiro, Dicionário Breve de Pedagogia, 2ª ed, Lisboa.


37

APÊNDICE
38

APÊNDICE A - Entrevista dirigida aos professores da disciplina de Educação Moral e


Cívica da turma da 7ª Classe da EPC de Nacurare

Esta entrevista é relativo a colecta de informações acerca de educação Moral e Cívica no


ensino primário, caso na EPC de Nacurare. Visa apurar as estratégias que ajudarão a superar
as dificuldades de leccionação de educação Moral e Cívica e opiniões dos professores em
relação a matéria. Faz parte de um trabalho de investigação que estou a desenvolver e para o
qual peço a vossa ajuda. As vossas opiniões são essenciais e darão informações que me
ajudarão aprofundar a pesquisa que estou realizando.

1. Possui formação Psicopedagógica?


2. Tem tido capacitações sistemáticas em matéria de metodologia de EMC?

3. Qual é o seu tempo de serviço?

4. Que tipo de material usa na leccionação das aulas?

5. Os programas e livros de educação moral e cívica trazem actividades morais para ensinar
os alunos?

6. Que contributo trazem os programas e livros de educação moral e cívica para a


aprendizagem dos alunos?

7. Quais são as dificuldades que se depara na leccionação desta disciplina?

8. O que pensa que o MINED devia fazer em relação a essas dificuldades?


39

APENDICA B – Guião de entrevista aos alunos da 7ª classe, relativo a Educação Moral


e Cívica no Ensino Primário no Processo de Ensino e Aprendizagem

Objectivo:

 Colher a sensibilidade dos alunos, que diz respeito a educação moral e cívica no
ensino primário.

• Qual é a sua turma, Sexo e Idade?

1. Compreende a matéria que é dada na disciplina de EMC?

2. O que aprende na disciplina de EMC?

3. O Professor orienta actividade moral nas suas aulas?


40

Apêndice C. Guião de entrevista direccionado aos Pais e encarregado de educação da


Escola Primária Completa de Nacuarare – Murrupula

Caro Pai, a presente entrevista enquadra – se num estudo que se pretende realizar para a
conclusão da Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em Educação e
Assistência Social; com o tema: Transmissão de Valores Morais nas Escolas Primarias, caso
da EPC de Nacurare, Província de Nampula, 2014 - 2015
As suas respostas serão de extrema importância e garante – se deste já o anonimato e a
confidencialidade das suas opiniões e respostas.

1. O que tem feito para incutir os valores morais no teu filho?


2. Como tem avaliado se o teu filho vai de acordo com os valores morais que lhe é
transmitido ou não?
3. Qual é a comparação que faz do comportamento do seu filho na escola e em casa?
4. Achas que os professores transmitem os valores morais? Porque?
5. O que gostarias que a escola e sociedade fizesse para termos filhos e alunos que vão
de acordo com os valores morais.
41

APÊNDICE D – Guião de Observação

O presente guião de observação tem fins académicos e se insere no âmbito de uma


investigação em Educação Moral e Cívica no ensino primário na EPC de Nacurare.

Aspectos a serem observados.

Suficiente Bom Muito Bom


Nível de
Leccionação

Nível
comportamental dos
alunos

Conteúdos da aula
42

ANEXO

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