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ESPIRITO SANTO
ANTROPOLOGIA
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começaram a procurar pela sua origem: o chamado “elo perdido”, que ligaria o
homem moderno a seus ancestrais hominídeos. Com o tempo os estudos sobre
entender o homem não mais como uma criação de Deus, mas da natureza.
psicologia) que estuda as características culturais dos povos (“cultura” é tida aqui
arqueologia e a etnologia.
ou Biológica) podem ser aplicados por governos para facilitar o contato com
“Antropologia Aplicada”.
Etnologia e
Etnografia.
tipo de estudo e, por isso, não deveriam nunca estar dissociadas. Ainda segundo
nível acima, mais aprofundado, onde são feitas conclusões mais extensas que
Etnografia e Etnologia.
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Ideias pioneiras
Marcando o período da conquista colonial, no século XIX imigrantes
estes povos a partir dos dados recebidos dessa rede de informações, nascendo
as primeiras obras.
desiguais, passando pelas mesmas etapas para alcançar o nível final que é o da
civilização.
Início e fundadores
rigorosamente científica.
através dos diferentes materiais a expressão da unidade cultural; com ele cada
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interessava não é saber como a sociedade chegou a ser o que é, mas saber o
https://visaoxpassaroazzul.files.wordpress.com/2012/06/cultura.jpg
1996:25).
Alteridade
“aquilo que tomávamos por natural em nós mesmo é, de fato, cultural; aquilo que
é, a perplexidade provocada pelo encontro das culturas que são para nós as
mesmo.
relação a nossa.
que seres humanos têm em comum é a capacidade para se diferenciar uns dos
http://www.galaxcms.com.br/imgs_redactor/327/images/povo-brasileiro.jpg
PERSPECTIVA HISTÓRICA DA ANTROPOLOGIA
com Charles Darwin. A verdade, é que sua obra sobre a Origem das Espécies
b- A matéria é eterna, mas seu arranjo atual bem como sua ordem é
obra de Deus.
fatos. Veja:
Geologia. Revelou que os tipos inferiores e superiores de animais não
seguem uns aos outros em sequências, mas existiram juntos por um longo
período.
essa similaridade é obviamente apenas externa visto que nunca nasceu um ser
Biologia. Até agora não conseguiu demonstrar que a vida possa ser
energia especial.
pessoal criando a partir do nada. Pelo contrário todas iniciam-se com algum
E MALINOWSKI
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meio das quais viviam – e o caso de Codrington, que publica em 1891 uma obra
século XX e considerável: ela põe fim a repartição das tarefas, até então
seu gabinete de trabalho para ir compartilhar a intimidade dos que devem ser
hóspedes que o recebem e mestres que o ensinam. Ele aprende então, como
aluno atento, não apenas a viver entre eles, mas a viver como eles, a falar sua
língua e a pensar nessa língua, a sentir suas próprias emoções dentro dele
termo merece ser repetido. Em suma, a antropologia se torna pela primeira vez
uma atividade ao ar livre, levada, como diz Malinowski, “ao vivo”, em uma
BOAS (1858-1942)
pioneiras, iniciadas, notamo-lo, a partir dos últimos anos do século XIX (em
No campo, ensina Boas, tudo deve ser anotado: desde os materiais constitutivos
das casas até as notas das melodias cantadas pelos Esquimós, e isso
qual se inscreve. Claro, Morgan e, muito antes dele, Montesquieu tinham aberto
o caminho a essa pesquisa cujo objeto é a totalidade das relações sociais e dos
compreender o lugar particular ocupado por esse costume não se pode mais
à maneira dos antiquários, mas procura detectar o que faz a unidade da cultura
Por outro lado, Boas considera, e isso muito antes de Griaule, do qual
falaremos mais adiante, que não há objeto nobre nem objeto indigno da ciência.
sociedades tradicionais, na voz dos mais humildes entre eles, classificam suas
traduzidas.
Pode parecer surpreendente, levando em conta o que foi dito, que Boas,
e a sobriedade da maturidade.
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Bronislawmalinowski.jpg
europeu.
Ninguém antes dele tinha se esforçado em penetrar tanto, como ele fez
variáveis.
mestre de Malinowski.
as sociedades a partir das quais tinha construído sua obra, respondia:” Deus me
uma sociedade dada em si mesma e o que a torna viável para os que a ela
constituem.
mulheres que nelas vivem são adultos que se comportam diferentemente de nós,
pararam em uma época distante e vivem presos a tradições estupidas. Mas nos
(o funcionalismo) que tira seu modelo das ciências da natureza: o indivíduo sente
necessidades.
Uma outra característica do pensamento do autor de Os Argonautas é,
devem ser consideradas não apenas como o modelo epistemológico que permite
inclusive quando era vivo) se deve a duas razões, ligadas ao caráter sistemático
dos povos “primitivos” eram vistos como aberrantes. Malinowski inverte essa
relação: a antropologia supõe uma identificação (ou, pelo menos, uma busca de
identificação) com a alteridade, não mais considerada como forma social anterior
aquilo que nos faz tragicamente falta: a autenticidade. Assim sendo, a aberração
não está mais do lado das sociedades “primitivas” e sim do lado da sociedade
ocidental (cf. pp. 50-51 deste livro os comentários de Malinowski, que retomam
ao meu ver, não é totalmente falso, pois o que fez a partir dos anos 20 é
essencial), ele elabora – sobretudo durante a última parte de sua vida – uma
teoria de uma extrema rigidez, que contribuiu, em grande parte, para o descrédito
postula que toda sociedade é tão boa quanto pode ser, pois suas instituições
relação com a realidade da situação colonial dos anos 20, situação essa,
totalmente ocultada. A antropologia vitoriana era a justificação do período da
que deve ser o estudo intensivo de uma sociedade que nos é estranha. O fato
seus hóspedes e esforçando-se para pensar em sua própria língua pode parecer
banal hoje. Não o era durante os anos 1914-1920 na Inglaterra, e muito menos
devia ser uma pesquisa de campo, que não tem mais nada a ver com a atividade
trobriandesas (das quais falamos acima) são descritas em relação ao grupo que
inteiro.
a mesma abordagem. Esse “estudo dos métodos agrícolas e dos ritos agrários
Mesmo quando estuda instituições, não são nunca vistas como abstrações
de Coral, ele faz reviver para nós esse povo trobriandês que não poderemos
artística chama-se etnologia. Malinowski ensinou a muitos entre nós não apenas
a olhar, mas a escrever, restituindo às cenas da vida cotidiana seu relevo e sua
estilo magnífico que aproxima seu autor de um outro polonês que, como ele,
surdo, um jurista pode ser cego, um filósofo pode a rigor ser surdo e cego, mas
é preciso que o antropólogo entenda o que as pessoas dizem e veja o que
fazem”. Ora, a grande força de Malinowski foi ter conseguido fazer ver e ouvir
aos seus leitores aquilo que ele mesmo tinha visto, ouvido, sentido. Os
1914 por seu autor, abre o caminho daquilo que se tornara´ a antropologia
audiovisual.
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DURKHEIM E MAUSS
científico.
existe uma autonomia do social, ela exige, para alcançar sua elaboração
Religiosa (1912), ele revisa seu julgamento, considerando que é não apenas
importante, mas também necessário estender o campo de investigação da
psicologia. Se não nega que a ciência possa progredir por seus confins,
social deve ser buscada nos fatos sociais anteriores e não nos estados da
consciência individual”.
social (sempre “falsas”, segundo sua expressão). Assim, por exemplo, a questão
é-lhe exterior, a precede e continuará existindo muito tempo depois de sua morte.
os fatos sociais são “coisas” que só podem ser explicados sendo relacionados a
outros fatos sociais. Assim, a sociologia conquista pela primeira vez sua
autonomia ao constituir um objeto que lhe é próximo, por assim dizer arrancado
ao monopólio das explicações históricas, geográficas, psicológicas, biológicas
da época.
quanto o de Malinowski, mas não deve nada ao modelo biológico – vai através
epistemologia das ciências humanas da primeira metade do século XX, ou, mais
qualificaríamos de pluridisciplinar.
(ou antropologia) era destinada a se tornar uma ramo. Mauss vai trabalhar
incansavelmente, durante toda sua vida (com Paul Rivet), para que esta seja
reconhecida como uma ciência verdadeira, e não como uma disciplina anexa.
inverso.
Um dos conceitos maiores forjados por Mareei Mauss e o do fenômeno
de nossa vida que é nossa vida em sociedade não basta”. Não se pode, ainda,
único:
totalmente, isto é, de fora como uma “coisa”, mas também de dentro como uma
realidade vivida.
para compreender seu objeto, esforça-se para viver nele mesmo a experiência
deste, o que só é possível porque esse objeto é, tanto quanto ele, sujeito.
primeira exige uma teoria que será precisamente constituída pelo antropólogo.
conchas: a kula.
consideram como seu próprio mestre. Mauss ocupa na França um lugar bastante
ciências do homem.
OS CINCO POLOS TEÓRICOS DO PENSAMENTO
ANTROPOLÓGICO CONTEMPORÂNEO
Uma terceira via deterá mais nossa atenção. É para essa que finalmente
frequentemente como exclusivos uns dos outros, mas são de fato pontos de vista
investigação.
não fosse ela mesma “plural”. A pluralidade é pelo contrário para mim, uma das
gestuais.
O que é importante notar, ainda de acordo com o autor de /ls Palavras e
as Coisas, é:
observadoras do social.
Levando em conta o que foi dito, parece a meu ver possível localizar
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cosmos. Esse primeiro eixo da pesquisa caracteriza-se mais, como veremos, por
emoção, a linguagem. Qual a finalidade de tal instituição? Para que serve tal
costume? A que classe social pertence aquele que tem tal discurso, e qual ´e o
qualquer que seja o modelo adotado, ele realiza uma passagem do consciente
sistema (e não mais do sentido), não é mais possível pensar que os doentes
radicalmente pela segunda vez desde o final do século XVIII (cf. p. 53 deste
“unidade psíquica da humanidade”. Mas esta deve doravante ser pensada, não
Uma das principais questões que se colocará então é a seguinte: quais são as
estruturas inconscientes do espírito que atuam, tanto nas formas elementares e
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caracteristicas-dos-antropologos-55fb29c765599.jpg
pelo contrário, convém não isolar essa área particular do homem que seria a
história. Esta é parte integrante do campo antropológico. Por isso, as questões
único pesquisador.
adotada) – o qual pode ser exclusivo (ou não) do lugar concedido a um motivo
até as discussões, a que assistimos não apenas entre disciplinas, mas também
se tornar total, se estes não tiverem plena consciência do falo de que efetuam
A ANTROPOLOGIA SOCIAL:
(Durkheim, 1979).
valor inestimável, pode ser também encontrada dentro de cada sociedade, tão
grande é a diferenciação interna dos grupos sociais que compõem uma mesma
magia, religião) permanece, é para mostrar o lugar e a função que são seus
daquilo que era dito pelos próprios fatores sociais, ou, mais precisamente, pelos
como sistema de relações reais, que escapam aos atores sociais: “Os objetivos
sempre decorrem de práticas sociais. Não devem ser estudadas em si-, mas
sublinha-se que não se deve atribuir-lhe nenhuma existência autônoma pois está
parentesco, as relações entre faixas de idade, entre grupos sexuais, todos estes
júri e do juiz alterarão de acordo com o momento, assim como podem variar a
idade, a cor dos cabelos e dos olhos dos diferentes protagonistas, mas essas
termos:
– que está longe de ser uma das melhores histórias de nossa disciplina, mas
hierarquizados. A cultura por sua vez não é nada mais que o próprio social, mas
considerado dessa vez sob o ângulo dos caracteres distintivos que apresentam
os comportamentos individuais dos membros desse grupo, bem como suas
trata-se do social tal como pode ser apreendido através dos comportamentos
mesma forma que existe (isso não é mais sequer discutido hoje) um pensamento
(em função das faixas de idade, dos grupos sexuais, da divisão hierarquizada do
trabalho). Indo até mais adiante, existe o que hoje não se hesita mais em chamar
(tudo isso existe não apenas entre os animais, mas dentro de uma única célula!),
troca não mais de signos e sim de símbolos, e por elaboração das atividades
nunca se viu algum soprar as velas de seu bolo de aniversário. É a razão pela
Fechemos aqui esse parêntese, que não nos afasta de forma alguma do
à qual pertencemos.
indivíduo, de uma cultura, sempre singular (a forma como está não apenas
utilizados pela primeira vez em etnologia por Cora du Bois). Assim, esse campo
Grã-Bretanha, impõe-se, a partir dos anos 30, como uma das áreas da
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Finalmente, a antropologia cultural estuda o social em sua evolução, e
aculturação, isto é, de adoção (ou imposição) das normas de uma cultura por
outra.
em sua maior parte por americanos – merece ser citado. 1927: Margaret Mead
e Antropologia.
em um nível que não é mais dado, e sim construído: o do sistema. Não se trata
mais de estudar tal aspecto de uma sociedade em si, relacionando-o ao conjunto
das relações sociais (antropologia social), é muito menos tal cultura particular na
lógica que lhe é própria (antropologia cultural, mas também simbólica): trata-se
espírito humano, que se elaboram sem que estes tenham consciência disso.
elétron, pois sua observação cria uma situação que o modifica), Devereux, o
que é observado, e essa perturbação, longe de ser uma fonte de erros a ser
envolvido.
(do vozerio mais intenso ao mutismo absoluto, pontuado por gestos, posturas,
linguagem tanto verbal quanto não verbal, isto é, na realidade, a cultura, cuja
Strauss chama uma “ciência da comunicação”. Para este último, toda cultura é
Antropologia Estrutural realiza, na parte mais recente de sua obra, o estudo dos
mitos, refere-se também à imagem de uma partitura musical não escrita e sem
etnólogo são fenômenos que nunca são dados em estado bruto, tratando-se
“observador” e o “observado”.
Estados Unidos), o sentido do que fazem os homens deve ser procurado menos
inscrevesse claramente no quadro das ciências humanas (ou, como se diz nos
monografia. A partir da cultura dos latmul da Nova Guiné, mas além dessa
quanto intercultural.
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descentrada pelo projeto estrutural, como pelo projeto freudiano. Rompendo com
espontânea. Para isso, convém colocar-se ao nível não mais da palavra e sim
utilizados para alcançar a estrutura, a qual não tem como objetivo substituir-se à
agnosticismo.
nível das relações entre estes termos, regidas por regras de troca análogas às
natureza para introduzir uma ordem onde esta última não havia previsto nada.
comunicam;
mesmos materiais.
Dois exemplos a que Lévi-Strauss recorre várias vezes em sua obra,
vontade de cada um. Existem as distribuições que são sofridas, mas que cada
sociedade, como cada jogador, interpreta nos termos de vários sistemas, que
novos resultados. Mas é porque a história dos historiadores está presente nele
dois textos:
de uma cultura para outra, ou de uma época outra) que não estão
do espírito”;
qualificar de estético.
tempo.
como “a sintaxe das transformações que In/em passar de uma variante para
outra”, pois “é essa sintaxe que dá conta de seu número limitado, da exploração
de ser jogadas, no xadrez, qualquer posição do jogo pode ser compreendida sem
enquanto que as que foram jogadas pelas sociedades que se insiste em qualificai
A ANTROPOLOGIA DINÂMICA:
orientação, do seu ponto de vista conservadora, que pode ser encontrada dentro
dos quatro polos de pesquisa que, para maior clareza, acabamos de distinguir.
antievolucionista.
ocidentais.
vistas como imóveis ou, como diz Lévi-Strauss, “próximas do grau zero de
temperatura histórica”, chega-se a considerar anormal a transformação. E
souberam preservar uma arte de viver), e uma sujeição julgada acidental (as
que poderia ser apreendido em estado puro, pois estaria em si ainda puro de
mudanças sociais, somos levados a apagar tudo o que não entra no quadro que
se pretende estudar –um pouco como nesses filmes magníficos sobre os índios
imagens.
próprio uma obra de arte do que contemplar modos de vida que seriam em si
obras de arte (de Malinowski a Lévi-Strauss, passando por Griaule e Margaret
aceitar “a morte do primitivo” e “reabilitar” a mudança. Para eles, esta não é mais
à recusa de uma outra distinção que também deixa de ser reconhecida como
“plural” da humanidade.
trabalho, dar conta da riqueza e diversidade das pesquisas que de uma forma
ou de outra participam hoje do desenvolvimento extremamente ativo dessa
primeiras obras sobre a África negra (1955), é mostrar que convém interessar-
se para todos os atores sociais presentes (não mais apenas os “indígenas”, mas
pois todos fazem parte do campo de investigação do pesquisador. Por outro lado,
Balandier nos propõe uma crítica radical da noção de “integração” social, que
por sua vez, simples – Balandier considera que não se deve opor uma inércia –
para ele absolutamente fictícia – que seria perturbada de fora por um dinamismo,
concebida por ele como quase imutável, enquanto o segundo coloca as bases
“romântica” que era sua na época de suas estadias nas ilhas Trobriand, envolve-
se, no final de sua vida, em uma perspectiva dinâmica (1970). E o mesmo se da,
nos Estados Unidos) para dar conta da mudança, são sempre conceitos neutros,
sincréticos.
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que ´e dar conta das variações, isto é, notadamente das mudanças. Uma de
andamento (cf. quanto a isso, além dos trabalhos de Balandier citados acima,
linguística), ela não opera apenas uma transformação do objeto de estudo, mas
ANTROPOLOGIA E LITERATURA:
geralmente aprecia) do fato de que sua cultura não é a única no mundo: o que o
não apenas seu olhar, mas o conjunto de seus sentidos: uma natureza
Nesse espaço fora do espaço e nesse tempo fora do tempo, libertado das
identidade.
Não nos enganemos sobre a natureza dessas obras –por sinal, elas são
muito diferentes entre si – nem sobre a nossa intenção: essas não são, de forma
seu papel – tentando ser etnólogo –, tão grande é o seu desejo de resolver seus
romance) merece ser levado mais adiante ainda. Suas afinidades deve-se, a
ocidental que, por estar cada vez mais especializado, reluta frente à
DIVISÕES DA ANTROPOLOGIA
evolução biológica dentro das espécies animais. Quer dizer que o antropólogo
ambientes.
denominar-se hoje em dia) tem que se ocupar das obras materiais e sociais que
o homem criou através de sua história e que lhe permitiram fazer frente a seu
e da mudança cultural.
dos povos) e, segundo o enfoque que siga, será denominada de etnografia (se
semiótica etc), mas pode resultar numa confluência fecunda de interesses e uma
introduz na radicação deste saber nas ciências humanas e que será, conforme
CIÊNCIAS
desenvolvimento das ciências, mas, hoje em dia, cada vez há maior interesse
por aquelas áreas nebulosas que se encontram nos limites das taxonomias
para estudar o homem exige que cada vez que se estude uma parte – sejamos
anterior, podemos ver algumas destas conexões que dão lugar a estudos
interdisciplinares, concretamente:
dicotomia linguagem-cultura.
antropológica).
etc.
seu interesse pela cultura e seu exclusivo método comparativo, além das
em seu método, nem ao devir em seu objetivo. Difere da psicologia, já que não
sociologia, pois seu ponto de vista é mais geral, sua metodologia não é o
aberta, integradora.
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antropológico o que nos interessa e o que nos levará a afirmar que a cultura é o
Mas observemos atentamente como se deu esta evolução tão crucial para o que
CONCEITO DE CULTURA
níveis (tal é o sentido outorgado por Herder, Jenisch etc). Pouco a pouco se vão
diz que a civilização é a fase final, não criativa, de uma cultura, e Weber, mais
que fica claro é que cada vez se oferece uma definição de cultura mais próxima
não têm nada a ver com o herdado biologicamente, quer dizer, vai-se dando um
contrário, seus estudiosos, que estão mais preocupados com os “valores” dos
um determinado grupo.
Tal é o caso de autores como Boas, Sapir, Benedict, Mead etc. Neste
terminar este segmento do nosso manual analisando uma que pode considerar-
por herança não biológica, mas simbólica. Estes modos de vida, além disso,
bastante que fiquemos com esta idéia geral do problemático campo de estudo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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