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Adriano José Machel

Praticas Pedagógicas de Ensino Básico I

Relatório Final

Licenciatura em Ensino Básico

2° Ano

Universidade Pedagógica
Maputo
2016
Adriano José Machel

Praticas Pedagógicas de Ensino Básico I

Relatório

Licenciatura em Ensino Básico

Relatório Final da Cadeira de Praticas


Pedagógicas do Ensino Básico I a ser entregue na
Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia
no Departamento de Ciências de Educação para
efeito de Avaliação sob orientação do docente Dr.
Chadreque Guambe.

Universidade Pedagógica
Maputo
2015

1
Índice
Lista de Abreviatura........................................................................................................................1
Declaração.......................................................................................................................................2
Dedicatória.......................................................................................................................................3
Agradecimentos...............................................................................................................................4
Resumo............................................................................................................................................5
Introdução........................................................................................................................................6
Objectivos........................................................................................................................................6
Geral................................................................................................................................................6
Específicos.......................................................................................................................................7
Metodologia.....................................................................................................................................7
Preparação das práticas pedagógicas...............................................................................................9
Trabalho de Campo..........................................................................................................................9
A preparação da observação de aulas..............................................................................................9
Leccionação de aulas.....................................................................................................................12
Participação em reuniões de planificação......................................................................................13
Elaboração de diversos materiais didácticos em oficinas pedagógicas.........................................15
Análise da correcção diária dos cadernos......................................................................................16
Assistência de reuniões de turma e de encarregados de educação................................................16
Seminários.....................................................................................................................................17
Estudo dos Programas e dos manuais do aluno e do professor.....................................................18
Análise do trabalho docent............................................................................................................19
Métodos de ensino e aprendizagem...............................................................................................20
Avaliação do PEA..........................................................................................................................21
Conclusão......................................................................................................................................22
Desafio...........................................................................................................................................22
Bibliografia....................................................................................................................................23
Anexo.............................................................................................................................................24
Lista de Abreviatura
AP – Avaliação Periódica
DAP – Director Adjunto Pedagógico
EPC – Escola Primária Completa
PCEB – Plano Curricular do Ensino Básico
PEA – Processo de Ensino Aprendizagem
PPG – Práticas Pedagógicas Gerais

1
Declaração
Declaro que este relatório é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Maputo, 29 de Outubro de 2016

___________________________________________________
Adriano José Machel

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Dedicatória
Dedico este trabalho, a minha família, ao meu filho, a minha esposa, a todos os colegas da turma
bem como os de serviço que tem me encorajado em momentos difíceis ao longo do presente
curso e pelo incentivo que tem me dado.
.

3
Agradecimentos
Agradeço a Deus, pelo dom da vida que ele me deu e que sem ele não teria feito o presente
trabalho. A meus pais, aos meus professores e amigos que sempre me incentivaram para que eu
realizasse o meu sonho e, portanto, que eu pudesse concretizar mais uma etapa no processo de
Especialização.
Agradeço também a minha esposa pelo incentivo e paciência que vem tendo com a minha
formação.
Agradeço aos professores e principalmente ao Dr. Chadreque e dr. Atanasio Magaia, pelo
incentivo constante, paciência e pela orientação.

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Resumo
O presente relatório de PPEBI no Curso de Licenciatura em Ensino Básico está inserido na
Cadeira das Práticas Pedagógicas e vai-se debruçar-se de uma forma clara e concisa sobre:,
Objectivos as PPEBI, Importância das PPEBI, Descrição física e a composição da escola,
Funcionamento assistência e leccionação de aulas, O relato do decurso das PPEBI, assistência de
aulas, leccionação, produção de material didáctico em oficinas pedagógicas e por fim apresenta
conclusão e bibliografia. Fez uma sistematização das aulas que decorreram durante a fase da
assistência bem como do estágio das aula dadas pela estagiário (praticante), reflectiu também
sobre vários problemas que a escola tem enfrentando no processo de ensino aprendizagem.

Palavra-chave: Leccionação, observação, práticas pedagógicas, planificação.

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Introdução
As práticas pedagógicas aplicam-se às realizações específicas do discurso pedagógico, no
contexto da sala de aulas ou no espaço escolar de trabalho. Segundo (Bernisten) exteriorizam as
relações de poder e controle que regulam a transmissão, aquisição, embora se possa definir a
prática pedagógica em função do grau de controlo que o transmissor-professor e o receptor-aluno
têm sobre o processo de ensino-aprendizagem.
As práticas pedagógicas é um conjunto de saberes curriculares, que através da teoria e prática
visam dar ao profissional de educação uma experiencia psico-pedagógica e Didáctica que
permite a preparação gradual do estudante para a vida profissional permitindo o desenvolvimento
integral de competências com base na observação, reflexão, aquisição e refinamento de
estratégias baseadas em princípios, procedimentos, modalidades e instrumentos de observação e
análise crítica.
As presentes Práticas Pedagógicas proporcionam conhecimentos teóricos e práticos que
possibilitem aos professores:
- Perceber e compreender de forma reflexiva e critica as situações didácticas no PEA;
- Análise crítica sobre o currículo, programas, manuais de ensino (professor e aluno);
- Percepção sobre o PEA, sua eficácia, e delimitação de propostas visando responder de forma
segura as exigências actuais da sociedade com objectivos de analisar o PEA bem como parte da
política de educação.
O presente relatório faz referência a reflexão dos professores da Escola Primária Completa da
Ilha Josina Machel, durante o trabalho de assistência de aulas, leccionação, producao do material
didáctico em oficinas pedagógicas e sobre a análise de programas de ensino Básico, análise dos
manuais do professor e aluno de ensino básico e ainda a participação em trabalhos de elaboração
de Planos.

Objectivos
Geral
 Desenvolver competências, capacidades, habilidades e atitudes no estudante, futuro
professor, no domínio da organização de todo o PEA.

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Específicos
 Integrar progressivamente o estudante como futuro professor em contextos reais do PEA;
 Reflectir sobre o decurso da observação e leccionação também, no que se refere a
planificação, organização das complexas situações do PEA;
 Proporcionar a aquisição de habilidades e competências que possibilitem a intervenção
prática em projectos pedagógicos escolar.

Metodologia
A metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo ensino-aprendizagem.
Os principais métodos de ensino usados no Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o
Construtivismo (de Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky) e o método Montessoriano (de
Maria Montessori).
Uma metodologia de pesquisa pode variar de acordo com a sua natureza. Assim, uma pesquisa
pode ser qualitativa, quantitativa, básica ou aplicada.

Metodologia científica
É a disciplina que trata do método científico. É a estrutura das diferentes ciências, e se baseia na
análise sistemática dos fenómenos e na organização dos princípios e processos racionais e
experimentais. Permite, por meio da investigação científica, a aquisição do conhecimento
científico.

Metodologia de ensino
A metodologia de ensino é uma expressão que teve a tendência de substituir a expressão
"didáctica", que ganhou uma conotação pejorativa por causa do carácter formal e abstracto dos
seus esquemas que não estão bem inseridos em uma verdadeira acção pedagógica. Assim, a
metodologia de ensino é a parte da pedagogia que se ocupa directamente da organização da
aprendizagem dos alunos e do seu controle.
Para a realização do presente trabalho teve como métodos de trabalho, análise reflexiva,
observação directa de aulas, análise documental, síntese e revisão bibliográfica.

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Observação directa
Observação
Esta segunda fase consistiu na realização de actividades de campo na EPC Ilha Josina Machel
(observação, assistência de aulas, leccionação, análise de aulas e produção de material didáctico).
O objectivo da observação era a confrontação dos conhecimentos teóricos com a realidade
prática da sala de aulas.
De acordo com Alarcão Tavares (1987:103): “No contexto escolar, a observação é o conjunto de
actividades destinadas a obter dados e informações sobre o que se passa no PEA, com a
finalidade de mais tarde proceder a uma análise do processo, numa ou noutra das variáveis em
foco. Quer isto dizer que o objecto da observação pode recair num ou noutro aluno, no ambiente
físico da sala de aula, no ambiente sócio-racional, na utilização de materiais, na utilização do
espaço ou do tempo, nos conteúdos, nas características do sujeito, etc.”
Técnica que permite a observação directa dos aspectos físicos dos diferentes sectores de
actividades, essa técnica é mais usada em ambiente escolar bem como em outros sectores de
trabalho e mais práticos e mais económico.

Análise documental
Para Carmo & Ferreira (1998) a AD é um processo que envolve selecção, tratamento e
interpretação da informação existente em documentos (escrito, áudio ou vídeo) com o objectivo
de eduzir algum sentido. No processo de investigação é necessário que o investigador recolha
informação de trabalhos anteriores, acrescente algum valor e transmita à comunidade científica
para que outros possam fazer o mesmo no futuro. Trata-se, portanto, de estudar o que se tem
produzido sobre uma determinada área para poder “introduzir algum valor acrescido à produção
científica sem correr o risco de estudar o que já está estudado tomando como original o que já
outros descobriram.” (Carmo & Ferreira, 1998:59).
Serve para fazer um estudo documental que neste caso irá consistir em leitura de documentos
normativos da escola e outras obras que se achem pertinentes para a elaboração do presente
trabalho.

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Preparação das práticas pedagógicas
A primeira conferência preparatória das PPEB1 sob orientação do Dr. Chadrque Guambe e Tutor
Atanásio Magaia, decorreu no dia 21 de Agosto de 2016 onde após a apresentação os tutores
deram uma orientação geral sobre as práticas pedagógicas com base no guia de estudo PPEB1
bem como as metodologias de trabalho nesta disciplina.
Como a apresentação do tutores de acordo com o plano analítico estava pouco atrasado já se
tinha começado a trabalhar com os primeiros conteúdos no que diz respeito as programas de
ensino que diz respeito a sua análise e demais conteúdos.

Trabalho de Campo
O trabalho de campo constitui parte de um experimento científico. É uma atividade realizada
por pesquisadores na natureza ou no local onde o fenômeno estudado ocorre naturalmente.
Engloba a coleta e/ou registro de dados, caracteres, informações relativas ao fenômeno ou objeto
de estudo. Diferencia-se das atividades executadas dentro de um laboratório de pesquisa.
Observação de aulas.
A observação pode ser utilizada em diversos cenários e de diversas formas, tendo múltiplas
finalidades, como enumera Reis (2011): “diagnosticar um problema, encontrar e testar possíveis
soluções para um problema, explorar formas alternativas de alcançar os objetivos curriculares,
aprender, apoiar um colega, avaliar o desempenho, estabelecer metas de desenvolvimento,
avaliar o progresso, reforçar a confiança e estabelecer laços com os colegas”.
Durante a observação em sala de aula, é preciso verificar como se desenvolvem as interacções
entre professores, alunos e conteúdos e de que forma elas podem se tornar tema da formação
continuada na escola.

A preparação da observação de aulas


A fase preparatória da observação envolveu uma negociação de regras para a realização das
observações e, apresentação da grelha de assistência e o plano das assistências e a sua própria
calendarização do plano de aula construído pelo professor.
O estabelecimento de um calendário de observações foi acompanhado da negociação, entre o os
estudantes e a direcção da escola, e o estabelecimento de um conjunto de regras para a sua

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concretização, nomeadamente no que respeita à frequência, aos participantes, à duração, às
finalidades, às dimensões a observar, ao tipo de registo manuscrito ou gravado em fotografias e
grelhas de assistência (Figura 1 e 2), ao tipo de observação participante ou não participante e ao
tipo de feedback. Esta negociação permitiu ao professor conhecer com bastante antecedência o
foco e os critérios da observação.
A observação de aulas decorreu em num ambiente agradável, contando com o apoio dos
professores da EPC – Ilha Josina Machel, ela decorreu em três classes, nomeadamente 2ᵃ, 3ᵃ e 6ᵃ
classes para melhor se inteirar das diferentes dificuldades e ter mais subsidio para o seu trabalho
docentes e adquirir mais experiencias e metodologias, visto que cada professor e em diferentes
classes e ciclos são tratados os tais conteúdos e como é o grau de apreensão por parte dos alunos.
Durante as observações pude notar que, nas salas de aulas observadas, os professores
demonstravam segurança no seu trabalho, conseguia manter a disciplina na sala de aulas,
apresentavam-se sempre aprumados, bem como os seus alunos, o livro do aluno estava em
numero suficiente para os alunos, apresentava um bom mobiliário e suficiente para todos, as
salas apresentam uma boa iluminação.
Das turmas todas assistidas a assiduidade foi boa por parte dos alunos bem como dos professores
e os professores nas nossas análises foram tão interactivos e aberto para qualquer ideia para o
bom do PEA.
Quanto a transmissão dos conteúdos, eles apresentavam o domínio dos conteúdo visto que os
professores assistidos todos possui uma formação psicopedagógico e já tem mais de três anos de
experiencia como docentes na mesma escola e estão a frequentar o nível superior em
Licenciatura em Ensino Básico e um esta a frequentar licenciatura em Ensino de Inglês.
Em cómodo geral a observação de aulas decorrida na escola em alusão decorreu sem sobressaltos
graças a colaboração e empenhos dos professores das turmas, direcção da escola e professores
praticantes.

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Alem das observações de aulas a escola tem um plano de assistência de aulas onde os professores
assistem-se quase todos em grupo de ciclos e turmas também em áreas, como demonstram o
plano a seguir, figura.

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Leccionação de aulas
Leccionação ou ensinar
É um processo que envolve indivíduos num diálogo constante, propiciando recursos temporais,
materiais e informacionais para que se desenvolva a auto-aprendizagem e a aprendizagem com
os outros ou a partir de outros (STOKROCKI, 1991). Não é apenas transmitir conhecimentos
obedecendo a determinadas metodologias, cumprir os currículos de disciplinas estanques ou
inter-relacionadas e "cobrir" determinados assuntos. Ensinar é fazer com que os alunos se
comprometam num questionamento dialético de princípios fundamentais, desenvolvam
estratégias de discussão de verdades estabelecidas É fazer com que analisem argumentos pró e
contra e buscando a validação ou a contestação de hipóteses e crenças, com que estabeleçam
novas hipóteses e novas crenças fundamentadas por pesquisa e reflexões sérias (CARR,
1997:325). Esse comprometimento não pode se dar apenas no âmbito individual, mas também
colectivo.

Aula
Para DUARTE et al (2008), Aula é um projecto de construção colaborativa entre o professor e o
aluno, que envolve o pensar, o agir, a docência mas também implicando desvelar o novo e
enfrentar o imprevisto ou seja, é um acto técnico, político, criativo, expressão da beleza dos
valores científicos e éticos do professor e dos alunos.
Após a assistência de aulas seguiu-se a planificação e a sua leccionação, esta leccionação
decorreu na sala 5 da 6ᵃ classe turma B da Ilha Josina Machel, teve como tutor o Professor
Agostinho Macande, nessa fase tive a oportunidade de leccionar 1 aula da língua portuguesa
segundo o plano a fotografia em anexo (figura 3, e 4).
Durante este período tive a oportunidade de vivenciar aquilo que é o trabalho docente, isto é, a
verdadeira leccionação, a aula leccionada tinha como tema: Pronomes demonstrativos, que antes
de leccionar tive o cuidado de seleccionar os vários materiais recorrendo a várias obras e para tal
este em destaque o plano quinzenal fornecido pela escola, a Gramática moderna da língua
portuguesa e o Livro do aluno, com estes materiais foi possível a planificação da aulas e a sua
leccionação.

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Dada a natureza do trabalho no inicio da aula apresentava um pouco de nervosismo visto que se
tratava do primeiro dia a leccionar uma turma da 6ᵃ classe e a disciplina da língua portuguesa,
mas depois de uns 5 minutos foi possível manter a calma dar a aula com toda a segurança, os
alunos foram interactivos e demonstraram serem alunos interessados em aprender novas coisas e
participam activamente quando solicitado pelo professor, atendendo que também a aula estava
centrada no aluno.
Depois da leccionação da aula seguiu a fase da análise da aula dada, o professor tutor, fez
algumas criticas no que diz respeito a segurança na sala de aulas e segurança naquilo que está a
transmitir para não deixar os alunos em duvida, também falou mais dos objectivos específicos
em que eles não iam tanto as competências preconizadas apelou a usar mais o programa de
ensino no momento da planificação, porque lá podemos encontrar as competências que se
desejam e melhor se define os objectivos específicos.

Participação em reuniões de planificação


Plano
De acordo com Libâneo “o plano escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objectivos propostos,
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento
de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o

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objectivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas,
havendo flexibilidade caso necessite de alterações.
Plano – consiste na previsão mais global para as actividades de uma determinada disciplina
durante o período lectivo, quinzenal, trimestral, semestral ou anual. (SPUDIET:2014).

Planificação
A planificação (ou o planeamento) refere-se à acção e ao efeito de planificar (ou planear), isto é,
organizar-se ou organizar algo de acordo com um plano. Implica ter um ou vários objectivos a
cumprir, juntamente com as acções requeridas para que esses objectivos possam ser alcançados
Quanto a elaboração dos planos de aulas e elaboração de meios de ensino nos grupos de classes
notei que estas actividades na escola onde participei são programadas ao nível dos ciclos, sendo
1 dia para cada ciclo, assim sendo: o primeiro ciclo tem a sua planificação nas quintas-feiras as
10 horas, o segundo ciclo nas terças-feiras as 10 horas e o terceiro ciclo nas qurtas-feiras as 10
horas, segundo o calendário em anexo na figura 6.
De salientar que esta planificação é quinzenal e está na responsabilidade do coordenador de cada
ciclo, sendo o primeiro ciclo coordenado pela professora Olinda Xavier, o segundo coordenado
pela professora Cristina Jeremias e o terceiro pelo DAP Maximiano Paulo.
Nestas sessões são discutidos assunto das classes pelo grupo de classes como trabalhar um
determinado conteúdo e há um intercâmbio entre os professores da classe, caso não tenham
solução submetem ao ciclo e por fim ao DAP. No fim de cada planificação quinzenal, elabora-se
uma acta dos assuntos que foram arrolados durante a sessão.
Durante estas actividades os grupos de classes e áreas curriculares reservam este tempo para a
superação de dificuldades de aprendizagem assim como a adopção de melhores métodos de
ensino. Calendário da planificação quinzenal abaixo:

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Elaboração de diversos materiais didácticos em oficinas pedagógicas
São modalidades de acção que promovem a investigação, produção e utilização de materiais
pedagógicos, como recursos indispensáveis ao enriquecimento do processo de ensino
aprendizagem, combinando o trabalho individual com as tarefas socializadas sempre buscando a
unidade entre teoria e prática permitindo aos alunos desenvolver projectos nos diversos campos
da educação.
No caso concreto a EPC Ilha Josina Machel não dispõe de uma oficina pedagógica.
Mas não obstante o grupo com a ajuda dos professores da escola em destaque elaborou alguns
matérias didácticos, como é o caso de alguns sólidos geométricos (bloco e pirâmide), também a
produção de alguns cartazes como é o caso de: Aparelho reprodutor feminino, estrutura de uma
plantas e as suas partes principais, quadro silábico da segunda classe e um papagaio com várias
figuras geométricas de diferentes medidas.
O grupo também enfrentou um problema de falta de material facultada pela escola e teve que
recorrer aos seus bolsos, na compra de materiais tais como: cola de papel, cartolina de papel,
tesouras, marcadores permanentes de diferentes cores e algumas réguas.
Os materiais produzidos pelo grupo serviram de avaliação e foram entregues para o docente e
uma parte dos mesmos ficou para o uso da escola, o que em algum momento é um benefício
muito grande para a escola.

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Análise da correcção diária dos cadernos
No primeiro ciclo esta actividade é realizada essencialmente nas disciplinas de Matemática e
Português. Nas disciplinas complementares os trabalhos tem uma correcção qualitativa.
Devido ao elevado número de alunos por turma não permite a observância de alguns aspectos
pedagógicos importantes tais como:
- A repetição da realização de exercícios para o melhoramento da aprendizagem;
- Falta da aplicação do aluno da maneira como deveria ser procedido para o sucesso da
aprendizagem.
- Considerações da evolução da aprendizagem.
As correcções estão mais direccionadas as avaliações somativa em vez de uma avaliação
formativa.
- O tempo para uma verdadeira correcção é bastante escassa pois é bastante difícil corrigir
cadernos de todos os alunos em 45 minutos de uma aula.

Assistência de reuniões de turma e de encarregados de educação.


Em cada escola, a organização, o acompanhamento e a avaliação das actividades a desenvolver
com os alunos e a articulação entre a escola e as famílias é assegurada:
a) Pelos educadores de infância, na educação pré - escolar;
b) Pelos professores titulares das turmas, no 1.º ciclo do ensino básico;

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c) Pelo conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no ensino secundário, com a
seguinte constituição:
i) Os professores da turma;
ii) Dois representantes dos pais e encarregados de educação;
iii) Um representante dos alunos, no caso do 3.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário.
Para coordenar o trabalho do conselho de turma, o director designa um director de turma de entre
os professores da mesma, sempre que possível pertencente ao quadro do respectivo agrupamento
de escolas ou escola não agrupada. (Lei n.º 137/2012 de 22 de Abril).
Nas reuniões do conselho de turma em que seja discutida a avaliação individual dos alunos
apenas participam os membros docentes
No desenvolvimento da sua autonomia, o agrupamento de escolas ou escola não agrupada pode
ainda designar professores tutores para acompanhamento em particular do processo educativo de
um grupo de alunos.
As reuniões de turmas são actividades realizadas no 1̊ e 2̊ ciclo, já no 3ͦ ciclo elas só podem ser
realizadas aos sábados pelo facto de não haver no horário escolar do 3̊ ciclo espaço para a sua
realização.
Na EPC – Ilha Josina Machel a realização das reuniões de turmas é feita com a participação de
alguns encarregados de educação com alguns problemas:
- Faltas e atrasos frequentes;
- Alunos sem material escolar;
- Alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
Para os professores assistidos eles demonstram a sua indignação pois para os encarregados
convocados não dão devido acompanhamento a aprendizagem dos seus educandos uma vez que
a participação nas reuniões de turma é bastante fraca.

Seminários
O seminário é um método de estudo e actividade didáctica específica de cursos universitários. Os
seminários pedagógicos são actividades planificadas, de intercâmbio, nas quais o estudante
praticante apresenta, individualmente ou em grupo, estudos efectuados sobre determinado tema,
com carácter psicopedagógico e didáctico.

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O seminário pedagógico é agendado pelo supervisor e decorre na UP ou na Escola Integrada.
Podem participar nos seminários pedagógicos os intervenientes (supervisores, estudantes e
tutores) das Práticas Pedagógicas de uma determinada disciplina. (U.P. Regulamento Académico,
Artigo 57).

Estudo dos Programas e dos manuais do aluno e do professor


Programa de ensino, é “um instrumento auxiliar pedagógico do professor onde consulta as
orientações metodológicas das suas actividades”. (INDE/MINED, 2008:68)
Por sua vez, PILETTI (2004: 62), diz que Programa do ensino é a especificação de planificação
do currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor
fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais propostos.
Segundo FLORES (2006), o programa de ensino é importante porque com este pode-se: Ajudar a
responder as reais necessidades da sociedade por nível de ensino; Facilitar a dosificacão das
aulas e no controlo das unidades temáticas e carga Horária; Planificar aulas, reflectir sobre as
competências básicas que os alunos irão desenvolver; Facilitar o controlo da carga horária nas
unidades temáticas; Ajudar na definição dos objectivos da classe, disciplina e do conteúdo.
Manual de aluno para GERARD & ROEGIERS (1998:19), considera como sendo instrumento
impresso, intencionalmente estruturado para se inscrever num processo de aprendizagem com o
fim de lhe melhorar a eficiência.
Portanto, este instrumento subsidia o professor em estratégias metodológicas para o tratamento
de um determinado conteúdo. A sua consulta é obrigatória embora não haja uma obrigatoriedade
de o professor adotar a estratégia proposta, apenas ela constitui uma alternativa.
BERNARDO (2009: 3 - 6). O manual do professor é muito importante porque ajuda o
professor na abordagem dos conteúdos e na forma como eles podem ser transmitidos aos alunos,
de maneira a maximizar-se os resultados do ensino e aprendizagem.
Manual do aluno que para LOPES (2007:208), é a versão didáctica de conhecimento para fins
escolares e/ou com propósito de formação de valores, que configuram concepções de
conhecimentos, de valores, identidades e visões do mundo.
Manual do aluno para, AMOS (2012), considera o como sendo uma ferramenta que ajuda o
professor e o aluno no processo de ensino e aprendizagem. E ainda sublinha que é um guião

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importante na vida académica de um aluno e o impulsiona na compreensão dos conteúdos que
irão ser aprendidos no decorrer da aula, mês, semestre e do ano.
O estudo dos programas e manuais de ensino é tão importante para o trabalho docente porque é
na base destas análise que facilitam o trabalho docente uma vez que lhe permite ter uma ideia
sólida do que vai encontrar no terreno e como vai lidar com as diferentes fraquezas e
oportunidades bem como as ameaças que os programas nos oferecem.
Antes de ter a realidade vivida na EPC Ilha Josina Machel tive a oportunidade procurar em varias
obras e com ideias de vários autores o que eles pensam dos programas de ensino e vários
manuais em uso.
Dentro deste contexto existem padrões que podem indicar o caminho que deve ser percorrido
para a operacionalização dos objectivos de ensino:
- A valorização das ideias culturais dos alunos;
- O conhecimento da vida social do aluno;
- Os factores sociais que podem ser nocivos para a aprendizagem.
A busca de soluções visando a operacionalização dos objectivos está ainda ligado ao professor
que por sua vez deve estar preparado a tornar o aluno em agente activo na aprendizagem a fim de
serem alcançados os objectivos em cada ciclo de aprendizagem.

Análise do trabalho docente


A análise do trabalho docente, assim compreendido, pressupõe o exame das relações entre as
condições subjectivas formação do professor e as condições objectivas, entendidas como as
condições efectivas de trabalho, englobando desde a organização da prática - participação no
planejamento escolar, preparação de aula etc. até a remuneração do professor. Estamos
propondo, como sugere Vygotski (1993, p. 19), uma análise do trabalho docente que considere as
propriedades básicas em conjunto, articuladas, e não em elementos separados para uma posterior
associação mecânica e externa.
A própria existência da escola, segundo Saviani (1991, p. 23), está voltada "para propiciar a
aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber".

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No caso concreto da EPC Ilha Josina Machel os professores assistidos nas leccionações bem os
que estiveram presente na planificação e nas demais actividades que decorreram ao longo do
trabalho do campo no âmbito das Praticas Pedagógicas do Ensino Básico I, pude constate que
eles estão bem preparados para o trabalhado docente principalmente na leccionação, tendo ainda
algumas lacunas no que diz respeito a elaboração dos planos quinzenais porque neste aspectos
não levantam muito debates a quando da sua elaboração, principalmente no grupo do primeiro
ciclo.

Métodos de ensino e aprendizagem


É o processo de ensino, englobando as acções a serem realizadas pelo professor e pelos alunos
para atingir os objectivos e conteúdos. Temos assim as características dos métodos de ensino:
estão orientados para os objectivos; implicam uma sucessão planejada e sistematizada de acções,
tanto do professor quanto dos alunos; requerem a utilização de meios (recursos didácticos).
(LIBÂNEO, 1994, cap.7, p.149-176)

Método de Exposição Pelo Professor


Nesse método, a actividade dos alunos é receptiva, cabe ao professor a apresentação dos
conhecimentos e habilidades. Podem ser expostos das seguintes formas: Exposição verbal:
Demonstração; Ilustração; Exemplificação.
Método de Trabalho independente
É uma técnica de ensino que consiste de tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os
alunos as resolvam de modo individual e criativo.
É preciso que os alunos já possuam determinados conhecimentos, compreendam a tarefa e seu
objectivo, dominem o método de solução, apliquem conhecimentos e habilidades sem a
orientação directa do professor.

Método de Elaboração Conjunta


Interacção entre alunos e professor. É a conversação, aula dialogada, com elaboração de
perguntas que leve os alunos a reflexão.

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Esse método é reconhecido como um excelente procedimento para promover a assimilação ativa
dos conteúdos, desenvolvendo actividade mental, através da obtenção de respostas pensadas
sobre a causa de determinados fenómenos, avaliação crítica de uma situação, busca de novos
caminhos para soluções de problemas.

Método de Trabalho em Grupo


Actividade colectiva que visa à integração e a colaboração dos alunos e/ou equipe para a
execução de uma tarefa ou projecto.
Na escola em alusão os métodos de ensino são bem usados dependendo de cada aula o professor
a leccionar, mas no caso concreto os métodos mais usuais nas disciplinas que pude assistir foram
os de elaboração conjunta e trabalho independente, que levam o aluno a ser protagonista no
ensino já que o ensino é centrado no aluno.

Avaliação do PEA
A avaliação assume-se como uma temática bastante importante no campo das Ciências da
Educação, sendo a investigação nesta área bastante extensa. A avaliação não é algo de exógeno
ao processo de ensino-aprendizagem, nem independente das diversas componentes que
envolvem o mesmo processo:
Por sua vez a avaliação não é (não deveria ser) algo separado do processo de ensino-
aprendizagem, não é um apêndice independente do referido processo (está nesse processo) e joga
um papel específico em relação ao conjunto de componentes que integram o ensino como um
todo (está num sistema). (Zabalza, 1995, p. 239)
Processo Ensino-Aprendizagem, para Fernández (1998), as reflexões sobre o estado actual do
processo ensino-aprendizagem nos permite identificar um movimento de ideias de diferentes
correntes teóricas sobre a profundidade do binómio ensino e aprendizagem.
Na escola assistida o processo de ensino e aprendizagem decorre sem problemas dada a sua
organização e o corpo docente, todo ele formado, ainda em formação, e os alunos também
correspondem as expectativas dos professores e a escola possui material didáctico meio
suficiente para o sucesso de ensino atendendo a realidade do país.

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Conclusão
O presente trabalho deu oportunidade de observar vários aspectos importantes do processo
educativo. Desde a elaboração do currículo, programas de ensino, manuais de ensino, actividades
dos formadores, professores e gestores escolares.
Apesar do que se tem dito sobre a qualidade de ensino em Moçambique todos os profissionais
procuram dar a sua resposta para esta problemática mediante a sua tarefa diária, embora os
desafios sejam muitos, pois as influências das condições politicas, sociais e económicas do nosso
país não são tão favoráveis para responder de forma eficaz o nosso currículo.
Isto não significa que não seja possível a concretização dos objectivos do nosso currículo, mas
sim há uma necessidade de introdução de certas alterações dentro dela através de consulta
permanente de professores, gestores escolares, formadores para que seja encontradas soluções
práticas que vão de acordo com a realidade específica da sociedade de forma particular. Porém
nem todo o território do nosso país tem o mesmo ritmo de desenvolvimento estrutural.
A política da formação de professores, o papel da supervisão, inspecção e auditoria na educação
devem ser constantemente analisados pois são o fulcro do sucesso na concretização do sistema
educativo da educação do nosso país.
Concretamente na escola Primária completa da ilha Josina machel pude concluir que o processo
de ensino aprendizagem está a ser levada seriamente pelos docentes afectos e deu para também
incutir no futuro professor formado o gosto pela profissão e aprofundei mais o meu
conhecimento, contribuindo assim para o sucesso da minha formação principalmente nas praticas
profissionalizantes nesta cadeira de Praticas Pedagógicas de Ensino Básico I.

Desafio
No âmbito do PEA fica o grande desafio para os fazedores do mesmo na escola em alusão para
se darem conta da produção do material didáctico em oficinas pedagógicas o que traz mais-valia
e dinamiza o PEA.
Também à Direcção da UP para o aumento de numero de docente (tutores) quando chega o
período das pratica o que em algum momento vai flexibilizar mais o processo das praticas nas
escola onde estarão integrados os estudantes praticantes.

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Anexo

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