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Índice

Introdução..........................................................................................................................2
Contextualização...............................................................................................................3
Tipos de Organização sem fins lucrativos.........................................................................4
Atividades das empresas sem fins lucrativos....................................................................4
Funções das atividades sem fins lucrativos.......................................................................6
Estrutura e plano de conta.................................................................................................6
Funcionamento das empresas sem fins lucrativos.............................................................7
Demonstrações financeiras................................................................................................7
Conclusão..........................................................................................................................9
Referências bibliográficas...............................................................................................10
Introdução
Em nossa sociedade, a influência e a atuação de entidades sem fins lucrativos vem se
ampliando a cada dia, seja para atender demandas específicas, seja para assumir um
papel que, muitas vezes, deveria ser de iniciativa do Estado, como prover serviços de
saúde, educação, treinamento profissional, entre outros. Elas surgem a partir de grupos
de pessoas que se organizam com o fim específico de atender interesses em comum sem
a finalidade de lucro (Magnus, 2007).

As entidades sem fins lucrativos estão, cada vez mais, adquirindo papel de destaque no
contexto social e econômico do país e influenciando política e socialmente nos rumos
da nação brasileira. Por isto, é fundamental que seus recursos sejam corretamente
empregados na busca de suas finalidades e de seus objetivos, sem desperdícios ou
desvios (Magnus, 2007).

O presente trabalho aborda sobre, as actividades das organizacoes sem fins lucrtivos.
Estruturalmente, o trabalho esta composto por: introdução que constitui a breve
contextualização do tema, desenvolvimento, aclaramento do conteúdo; conclusão,
síntese final e apresentação das fontes utilizadas que constituem a referência
bibliográfica
Contextualização
Entidades sem fins lucrativos, associações e fundações são instituições de natureza
jurídica que tem o objetivo de realizar uma mudança social, e que, as arrecadações e
receitas são destinadas única e exclusivamente ao patrimônio da própria instituição, no
caso, sem a finalidade de acumulação de capital. Em outras palavras isto significa que
empregam todo o seu lucro de volta na respectiva entidade. Estas também costumam ser
chamadas de Organizações Não Governamentais (mais conhecidas como ONGs) ou
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) (Reis, 2021).

Terceiro Setor – nesse segmento da sociedade, as atividades não têm característica


coercitiva ou lucrativa, objetivando o atendimento de necessidades coletivas ou
públicas.

Vários são os fatores que têm contribuído para o surgimento de um ambiente propício
ao desenvolvimento das organizações que constituem o Terceiro Setor dentre eles:

 O desempenho do mercado, que apesar de ter demonstrado grande competência


em se antecipar às necessidades de consumo de seus clientes, oferecendo
produtos e serviços com qualidade e alta tecnologia, não tem conseguido evitar
os problemas sociais desencadeados pelo processo de industrialização e
urbanização, agravados pela crise das últimas décadas;
 Sinais de esgotamento dos modelos de Estado de Bem-Estar Social em virtude
principalmente de:

(a) Dificuldades financeiras decorrentes da redução na arrecadação de receitas públicas


motivada pela crise econômica, fato que apresenta como resultado imediato a
diminuição das fontes de financiamento para os programas sociais;

(b) Burocratização e centralização excessivas, que aumentam a ineficiência dos


programas sociais e desencadeiam mecanismos de autoritarismo quanto à imposição de
políticas de distribuição de recursos;

(c) Mudanças em muitas das premissas que guiaram a construção dos welfare states,
como o envelhecimento rápido da população e mudança na estrutura da família
convencional;

 A disposição dos indivíduos em mobilizar-se, das formas mais diversas


possíveis, com vistas a minimizar o sofrimento de camadas excluídas da
população que se encontram alijadas do atendimento de necessidades básicas
como saúde, educação, alimentação etc. (Varela, 2006).

Tipos de Organização sem fins lucrativos


 Fundação: que são aquelas que são consideradas de fundo autônomo. Sua

finalidade é uma ação definida em seus estatutos. Ela é diferente do


cooperativismo porque é impessoal, podendo inclusive, mudar o seu foco
operacional ou, ainda, ampliá-lo.

 Organização não-governamental: são, popularmente, conhecidas como


Organizações sem fins lucrativos. Ela é caracterizada por ações de cunho social
no campo de políticas públicas. Seu grande sucesso está, diretamente ligado a
crise Estatal e ao desenvolvimento social. Elas fazem parte do chamado
“Terceiro Setor”.

 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público: também conhecida como


OSCIP. Trata-se de um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil. Ela
existe para poder facilitar o aparecimento de possíveis parcerias e de convênios
de todos os níveis do governo e assim, que as doações realizadas consigam ser
descontadas diretamente do imposto de renda desses.

 Terceiro Setor: essa terminologia é mais sociológica. Ela denomina todas as


organizações privadas que não tem vínculo com o setor público.

 Clubes de Futebol: o clube de futebol como nós conhecemos nada mais é do que
uma agremiação, que tem como finalidade principal, a prática do esporte (Reis,
2021).

Atividades das empresas sem fins lucrativos


Ao definir a área de atuação, e ao delimitar a população alvo de sua atividade, as
organizações do terceiro setor estão também nos apresentando sua representação
particular da questão social e o que pretendem fazer para contribuir para evitar o
éclatement da sociedade. Ao analisar a contribuição do terceiro setor, ou economia
solidária, para a construção da cidadania, Lipietz (1997), que está preocupado com as
implicações sociais da crise do emprego – propõe quatro campos, ou áreas,
fundamentais de atuação para as OSCs: a inserção social e profissional; serviços de
utilidade comunitária; a produção do patrimônio coletivo; e atividades culturais.
No que se refere à primeira dessas atividades, a inserção social e profissional, Lipietz
advoga que essas organizações combinem “inserção como processo e como destinação,
de modo a criar um saldo de empregos permanentes”. Isto é, que atuem também como
um espaço-mercado efetivo de trabalho, e não apenas como locus de passagem, ou
ponte, para o primeiro e o segundo setor. É preciso ter presente que as possibilidades de
absorção de mão-de-obra nesses dois setores estão saturadas, e que os desfiliados, não
raro, não dispõem da qualificação requerida para a eventual reinserção. Ao que se soma,
ainda, que face à reduzida oferta de emprego, e as características estruturais do
desemprego, para além de um certo limite, qualificá-los “não fará mais do que mudar
sua posição na fila de candidatos” (Lipietz, 1997).

Quanto às atividades de utilidade comunitária, Lipietz destaca duas: a atividade


ecológica e a questão dos pobres. A primeira refere a uma necessidade social geral e não
atendida nem pelo estado, nem pelas organizações do mercado, e que, portanto, alguém
terá de realizar. A questão dos pobres refere-se à situação das pessoas em condições
precárias e à daquelas que já foram excluídas. Nesse caso, já não se trata mais de
reinserção no mercado formal de trabalho, mas de criar pequenas atividades, que lhes
possibilitem o acesso aos recursos necessários para assegurar sua própria sobrevivência.
A idéia é fazê-las independentes da “caridade” do estado. Manter as pessoas nessa
situação estigmatiza-as e, conseqüentemente, agrava o problema da exclusão. Além de
que o fato de realizar atividades socialmente úteis contribui para a construção da
cidadania. O ideal, como assinala Lipietz, é que as organizações do terceiro setor
combinem o processo de inserção, através da geração de emprego, com o processo de
independização dos desfiliados de situações que possam contribuir para estigmatizá-los.

O terceiro tipo de atividade que aponta, “a produção do patrimônio coletivo”,


corresponde às formas coletivas, ou mutualistas, de solução de problemas, através das
quais os indivíduos acumulam um capital de reserva invisível e autônomo. As
comunidades semi-autônomas, ou grupos locais de troca, são um exemplo desse tipo de
atividade. Elas representam territórios10 no interior dos quais os bens produzidos são
intercambiados por um valor simbólico. A dinâmica social assim criada “contribui para
a construção de um capital comunitário, o qual é, em si, um bem coletivo”. Um dos
pontos sobre o qual o autor insiste é a importância da identificação coletiva dos
problemas e a construção conjunta de soluções, através de processos decisórios dos
quais devem participar beneficiários, agentes, ou trabalhadores das organizações sociais
e mantenedores.

Partindo da premissa que as expressões da cultura emanam da coletividade, ao mesmo


tempo em que a servem, ainda que o consumo do bem assim produzido possa ser
geograficamente desterritorializado, Lipietz propõe que as atividades culturais também
possam ser confiadas à organizações do terceiro setor.

Funções das atividades sem fins lucrativos


O Estado não consegue atender a todas as necessidades da população. Isto, aliado à má
distribuição de renda, desencadeia uma série de problemas sociais, especialmente em
comunidades carentes. É aí que entra o terceiro setor:

 As organizações do terceiro setor costumam ter um viés social.


 Muitas têm como propósito fornecer educação a quem não tem recursos para
pagá-la.
 Outras buscam capacitar jovens de risco para o mercado de trabalho e auxiliá-los
na busca pelo primeiro emprego.
 Há ainda as que foquem no esporte e na dança como uma forma de recuperar
jovens.
 Mas, o grupo que reúne as maiores entidades do terceiro setor é o da saúde
(Reis, 2018).

Estrutura e plano de conta


Os recursos financeiros utilizados pelas entidades que compõem o Terceiro Setor são,
normalmente, provenientes de interações com o Estado, organismos oficiais,
organismos privados internacionais, fundações nacionais e internacionais, empresas
nacionais e internacionais dos diversos segmentos da economia, bem como doações que
podem abranger recursos monetários ou outros tipos de recursos obtidos por essas
instituições. Esses recursos financeiros chegam às instituições do Terceiro Setor,
principalmente, sob a forma de contribuições, doações, subvenções, sendo que essas
modalidades de ativos podem ser assim definidas:

 Contribuições – transferências voluntárias e incondicionais de ativos para uma


entidade (beneficiária) advinda de outra entidade que não espera receber valor
em troca e não age como um proprietário (doador). A contribuição também pode
ocorrer sob a forma que cancelamento de passivos do beneficiário;
 Doações – “transferências gratuitas, em caráter definitivo, de recursos
financeiros ou do direito de propriedade de bens, com finalidade de custeio,
investimento e imobilizações, sem contrapartida do beneficiário.” Essas
doações podem ou não possuir algum tipo de restrição;
 Subvenções – contribuições pecuniárias, previstas em lei orçamentária,
concedidas por órgãos do setor público a entidades públicas ou privadas, com o
objetivo de cobrir despesas com a manutenção e custeio, com ou sem
contraprestação de bens ou serviços pela entidade beneficiada (Varela, 2006).

Funcionamento das empresas sem fins lucrativos


As entidades sem fins lucrativos geralmente dependem de doações e repasses de verba
para darem continuidade às suas ações.

Além disso, o apoio jurídico é especialmente importante na sua constituição. Isto porque
elas precisam atender a alguns requisitos, como obtenção de certificados como
o Cebas (Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social).

Isto é necessário para que a associação sem fins lucrativos goze de algumas imunidades
tributárias, como a isenção do recolhimento da cota sindical patronal, e pague
determinadas obrigações tributárias com alíquotas diferenciadas.

Tais exigências podem variar de acordo com a área em que a organização atua, como
saúde, educação, esporte e cultura.

Porém, elas também podem estar aptas a receber aporte financeiro de empresas e
pessoas físicas que destinam parte do seu Imposto de Renda para causas sociais.

Entre elas, é possível encontrar uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de


Interesse Público), que nada mais é do que uma entidade que conseguiu este título junto
ao Ministério da Justiça.

Para isso, é preciso apresentar uma série de documentos e atender a normas específicas.
Uma delas é a apresentação de dois balanços financeiros. Ou seja, a empresa sem fins
lucrativos precisa existir a pelo menos dois anos.

Demonstrações financeiras
Campomar e Shiraishi (2007), afirmam que o marketing ganha importância como uma
função administrativa nas organizações sem fins lucrativos quando estas se relacionam
com seu ambiente por meio do entendimento das características e estruturas do
comportamento dos grupos-alvo. Segundo esses autores, as atividades de marketing que
ajudam a concretizar esses relacionamentos são:

 O desenvolvimento da estratégia de marketing:

a) Realizando projetos de pesquisas para aumentar o entendimento das características e


estruturas do comportamento dos grupos alvo;

b) Entendendo a natureza e tamanho de seus mercados;

c) Encontrando caminhos alternativos para dividir o mercado em segmentos;

d) Definindo quais segmentos atender.

 A determinação do composto de marketing:

a) Oferecimento de benefícios em forma de produtos (bens físicos, serviços ou um


comportamento social recomendado);

b) Determinação do preço para obtenção dos benefícios;

c) Determinação da distribuição dos produtos;

d) Determinação dos meios de comunicação para comunicar o produto.


Conclusão
O terceiro setor é o termo usado para designar instituições privadas que trabalham em
serviços públicos sem possuir fins lucrativos. Entram nesta definição as entidades sem
fins lucrativos, como as associações e fundações.

Entidade sem fins lucrativos são companhias que reúnem um grupo de pessoas em prol
do bem comum para atingir um objetivo de cunho social, cultural, filantrópico, entre
outros. Assim, essa categoria de empresa não busca o lucro financeiro ou acumulação
de capital.

Ou seja, são organizações cujas finalidades diferem da maioria das empresas, as quais
normalmente buscam o crescimento financeiro dos sócios. Em geral, suas atividades
têm um viés social, mas não necessariamente filantrópico.
Referências bibliográficas
Boyajan, J., (2019). ONG, Instituição, Entidade e outros termos

Campomar, M. C.; Shiraishi, G. de F., (2007). Atividades de marketing em


organizações sem fins lucrativos: um estudo exploratório em entidades ambientalistas.

Carrion, Rosinha Machado., (2000). Organizações privadas sem fins lucrativos a


participação do mercado no terceiro setor

Magnus, C. de O., (2007). Controle interno financeiro em uma entidade sem fins
lucrativos

Lipietz, A., (1997). Ensaios sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades
arcaicas.

Reis, T., (2018). Terceiro setor: entenda a sua real importância social

Reis, T., (2021). Empresa sem fins lucrativos

Varela, P. S., (2006). Demonstrações contabéis para instituições do terceiro setor: um


estudo do statement of financial accounting standards nº. 117 (fas 117)

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