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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE TABELAS
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta monografia é resultado da minha investigação e das orientações do meu
supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto e na referência bibliográfica.
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição de
ensino para obtenção de qualquer grau académico.
Autor
__________________________________
Supervisor
DEDICATÓRIA
Dedico esta Monografia Científica aos meus filhos Sheila Hélio Suambia, Lesney Valdemiro
Maricoa, e à minha mãe Benilde da Conceição Jaime, por tanto me suportarem e pela força
que me darem a nunca desistir de estudar.
ix
AGRADECIMENTOS
Agradeço, de igual modo, aos meus filhos, pelo apoio e pela compreensão, nos momentos
difíceis que juntos enfrentamos e sempre me deram forças.
x
RESUMO
Este trabalho de carácter científico tem como tema: Motivação como Factor de Desempenho
no Trabalho dos Professores da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Pedreira, Distrito de
Rapale, 2020-2021. O trabalho tem como objectivo geral: Analisar o papel da motivação no
desempenho dos professores da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Pedreira. Como forma de
antecipar a resposta, foram formuladas as seguintes hipóteses: O fraco incentivo da Direcção
da escola pode influenciar negativamente no desempenho dos professores da instituição em
estudo e as exageradas exigências dos gestores da instituição em estudo podem desmotivar o
bom desempenho dos funcionários. Quanto à metodologia da pesquisa, na sua abordagem,
usou-se a pesquisa qualitativa, e, quanto aos procedimentos, usou-se o estudo de campo. Para
a colecta de dados deste estudo científico, recorreu-se ao questionário. Esta pesquisa
envolveu um universo de vinte (20) professores da escola, sendo Nove (9) do sexo masculino
e Onze do sexo feminino. Deste universo, foi extraída uma amostra de catorze (14)
professores de forma aleatória, dos quais seis (6) do sexo masculino e oito (8) do sexo
feminino. Numa breve análise, a pesquisa concluiu que o fraco incentivo da direcção da
escola e as exageradas exigências dos gestores da instituição em estudo, influenciam
negativamente no desempenho dos professores.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A motivação para o desempenho profissional, ainda continua a ser um grande desafio para as
organizações, porque pode ter um papel determinante no aumento ou diminuição, tanto da
qualidade como da quantidade dos produtos e serviços oferecidos por elas, e porque cada
organização apresenta a sua peculiaridade que as diferencia umas das outras. Na área da
Educação, esta realidade não é diferente, por um lado pelo facto do educador em qualquer
segmento de ensino formal, representar um ser humano ímpar em subjectividades, inter-
relações e construções de saberes, e por outro, porque a definição de motivação nesta área
não é precisa. A motivação é um conceito que as organizações utilizam para explicar os
diferentes comportamentos, pois, estes resultam das necessidades que despertam no indivíduo
a vontade de alcançar determinados objectivos. É uma palavra com diversos significados,
assim sendo, a palavra motivação indica as causas ou os motivos que produzem determinado
comportamento, seja ele qual for. Entender as pessoas e mantê-las motivadas com um bom
desempenho para atingir o objectivo da organização, constitui um dos grandes interesses dos
líderes.
1.3. Justificativa
O interesse por este tema resulta das experiências profissionais que a pesquisadora teve no
âmbito das suas actividades de rotina enquanto funcionária da Escola Primária do 1º e 2º
Grau de Pedreira, tendo verificado a existência de índices elevados de absentismo no trabalho
por parte dos colegas de trabalho que frequentemente chegam atrasados e com tendências de
sair do posto de trabalho antes de terminar a carga horária diária, e isso traz consequências
negativas, principalmente aos professores assíduos e pontuais, uma vez que que se vêm
obrigados a assistir aos alunos dos colegas ausentes, sobrecarregando-se de tarefas
excessivas.
No que diz respeito à motivação pessoal, a paixão pelo estudo foi despertada durante o
exercício da actividade de docência na mesma instituição de Ensino, onde a pesquisadora
constatou a falta de motivação, a frustração, o cinismo e emoções negativas, queda no
desempenho, problemas nas relações interpessoais, absentismo e rotatividade no trabalho,
factos aliados aos conhecimentos adquiridos na cadeira de Psicologia da Motivação, no curso
de Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações que conduziram a autora a
interessar-se em estudar esta temática e explicar a influência da motivação no desempenho
dos professores da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Pedreira.
bem como conhecer as fontes que constituem entrave ao bom desempenho dos funcionários.
Igualmente, os resultados do estudo poderão ajudar na resolução de problemas práticos para a
melhoria das actividades na Escola Primária do 1º e 2º Grau de Pedreira.
1.4. Problematização
Falar sobre a motivação no local de trabalho revela-se pertinente num contexto em que a
realização de um trabalho ou uma actividade sem força de vontade ou por coação, gera
resultados negativos ou não desejados. Os trabalhadores são vistos como uma força dinâmica
para as empresas, sejam elas públicas ou privadas, e por essa razão, merecem tratamento que
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os motivem a trabalhar com zelo, vontade, para além dos seus deveres contratuais a que são
sujeitos.
Diante deste quadro, surgiu a seguinte pergunta de partida: Até que ponto a motivação
influencia no desempenho dos professores da Escola Primária do 1º e 2º Grau de Pedreira
– Rapale?
2.1. Conceitos-chave
2.1.1. Motivação
São múltiplas as definições de motivação e vários são os significados, e pode-se concluir que
a sua evolução no tempo parece não ter aberto caminho para uma definição consensual.
Contudo, todas as definições parecem conter a ideia de que a motivação é um impulso, um
sentimento que nos faz agir de modo a atingir determinados objectivos. Apresentamos, de
seguida, algumas definições.
O termo motivação provém do verbo latino movere que significa mover-se (Pintrinch, 2003).
Tal expressão indica um estado de despertar do organismo, uma força, uma energia, que
impulsiona o indivíduo na direcção de alguma coisa. As teorias da motivação procuram
alcançar três aspectos fundamentais: a energia, a direcção e o comportamento, ou seja, o que
leva um indivíduo a movimentar-se e a persistir em determinada tarefa (Pintrinch, 2003).
Para Casado. (2002), a motivação é um estímulo aplicado à vontade de realizar trabalho por
parte das pessoas. No entanto, Fontaine (2005), diz que a motivação está presente no dia-a-dia
do indivíduo, pois ela é necessária para iniciar, manter ou terminar qualquer acção.
A motivação é algo que tem que estar dentro das pessoas e que precisa ser exercitada para o
+alcance dos objectivos, basicamente significa a disposição de exercer um nível elevado e
permanente de esforço a favor das metas, sob a condição de que o esforço seja capaz de
satisfazer alguma necessidade individual.
Conforme Bergamini (2009), a maior dificuldade das organizações actualmente é saber lidar
com a motivação de cada pessoa, sem utilizar falsos motivadores como ameaças de punições,
promessas de prémios, más recompensas entre outros.
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Estratégias de motivação devem ser postas em prática para que uma organização consiga
motivar e engajar os seus funcionários, porque segundo Casado (2002), existe uma distinção
da compreensão do conceito de motivação e o que se espera dela na prática, visto que o
entendimento teórico sobre motivação está muito distante daquela que é aplicada nas
organizações.
O desempenho de um indivíduo depende muitas vezes de algo que o inspire para manter um
sentimento de motivação ao executarem suas tarefas rotineiras. Por isso, é fundamental que
uma organização procure sempre novas maneiras de motivar os seus colaboradores para
garantir uma boa performance de um negócio como um todo e, consequentemente, uma
vantagem competitiva diante dos concorrentes.
Motivação é a “força que estimula as pessoas a agirem e tem sempre sua origem numa
necessidade, cada um dispõe de motivações próprias geradas por necessidades distintas
originadas basicamente no seu interior” (CASADO, 2002 apud REZENDE, 2010).
A teoria mais conhecida sobre motivação é do teórico Abraham Maslow (1908), que
desenvolveu a teoria das necessidades. No contexto organizacional, tem-se falado muito em
motivação, para entender as necessidades dos colaboradores, para que estes estejam
motivados para atender aos objectivos da organização.
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Na teoria X, os gerentes têm a visão de que os colaboradores não vêm o trabalho como algo
natural, por isso necessitam de supervisão rígida para executarem suas funções.
Conforme Gil (2011: 203), os adeptos desta teoria, “supõem que a maioria das pessoas não
gosta de trabalhar e, consequentemente, sua equipe funciona apenas pela disciplina e pela
possibilidade de recompensa”. Este modelo de gestor é característico do fim século XX, e
cada vez menos encontra espaço no mercado de trabalho, porém muitas empresas ainda
alimentam este tipo de postura.
Na teoria Y, os gerentes entendem que os colaboradores vêm o trabalho como algo social,
necessário e que traz satisfação. Conforme afirma Teixeira Gomes (2011), neste modelo, “o
trabalho é considerado como fonte de satisfação e auto-realização, que estimula a participação
activa na resolução de problemas”.
Existem alguns gestores que permeiam posicionamentos das duas teorias, tendo ora atitudes
de uma e ora de outra, agindo de acordo com o ambiente da organização e as situações que se
apresentam. Achar um ponto de equilíbrio e ter o discernimento quanto à postura mais
adequada em cada caso é o desafio proposto aos gerentes.
De acordo com Fiorelli (2009), quando as pessoas estão motivadas, tornam-se mais
produtivas, agem com maior satisfação e tendem a produzir resultados previstos ou acima do
esperado. Chiavenato (1999) partilha da mesma visão e considera que um funcionário
motivado tem uma maior capacidade para desempenhar as suas funções na organização com
melhores resultados. Desta forma, a organização deve empregar estratégias que proporcionam
uma maior motivação e satisfação do colaborador.
Por isso é importante relacionar a motivação no trabalho com a Gestão de Pessoas (GP), que
Chiavenato (2011) conceitua-a como função a qual objectiva a colaboração das pessoas
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De acordo com Vergara (2012), a organização é o lugar onde as pessoas passam grande parte
do tempo das suas vidas e desenvolvem ali seu trabalho, por este motivo a GP é tão
importante. É essencial que as empresas se preocupem com os seus funcionários, e com toda a
infra-estrutura que ela oferece ao trabalhador para que ele possa desenvolver bem as suas
funções.
É importante que a motivação esteja alinhada com a definição dos objectivos organizacionais
de modos a orientarem o futuro da organização, porque segundo Gomes (2011), a motivação
está relacionada com objectivos futuros, ou seja é o motor que move em direcção do que se
deseja.
líderes de cada equipa como estratégia, afim de motivar os profissionais que necessitam de
maior motivação.
O compromisso com o trabalho ocorre quando o indivíduo considera que o que ele procura, o
que quer e o que precisa poderá ser concedido. Neste âmbito, os obstáculos ou as facilidades
servem como estímulo que conduz a novas acções, gerando dessa forma, as pessoas a uma
acção ou à inércia em diversas situações.
Sendo que o desempenho profissional representa uma parte importante das preocupações dos
gestores, com o objectivo de resolvê-los, foram criados mecanismos de gestão que visam
identificar os desvios de desempenho, determinar suas origens e corrigi-los.
estudar a organização para proporcionar a seus funcionários um ambiente que lhes motive e,
consequentemente, estimule na busca por melhor desempenho e desenvolvimento mais eficaz.
As organizações têm cada vez mais interesses em desenvolver e aprimorar técnicas, e cada
vez mais dedicadas a alcançar metas, a fim de compreender o que move os colaboradores para
um melhor desempenho. É importante para a liderança poder avaliar se o desempenho obtido
pelo cargo ocupado pelo colaborador está de acordo com o esperado pela organização, do
mesmo modo, é crucial garantir que as aspirações, desejos e necessidades do colaborador
também sejam atendidas.
Portanto, fazer a gestão do desempenho pressupõe tomar decisões com base em factos, há que
se escolher a forma como será feita a observação deste fenómeno, bem como as ferramentas
mais adequadas para aquilo que se pretende verificar, observando-se as principais
características.
que múltiplas influências podem afectar o potencial do ser humano que por sua vez
possibilitará um desempenho mais efectivo ou não.
A escola, como qualquer outra organização, para que os objectivos sejam atingidos, cada
parte precisa executar bem as respectivas funções. Os professores são os responsáveis pelo
processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares, mas os demais funcionários
também participam do processo educacional, dando o suporte necessário para que a
aprendizagem aconteça.
De acordo com Libâneo (2008), o modo de funcionamento de uma escola e os seus resultados
são afectados pelas suas práticas de organização e gestão. Sendo assim, entende-se que as
possibilidades de desenvolvimento nas escolas geram a necessidade da GP, o que irá
contribuir para o alcance dos objectivos da organização, tendo por referência os resultados
obtidos. (Chiavenato, 2014).
O diferencial das escolas actuais faz-se ao nível da sua capacidade de gestão interna e de
criação de uma cultura organizacional que resulte em melhores resultados escolares (Libâneo,
2008). A gestão do topo pode modificar as rotinas e contribuir para uma mudança na cultura
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da escola. Begot e Nascimento (2002) falam da importância da actuação do gestor escolar nas
relações e situações que envolvem a escola, bem como a urgência da mudança na estrutura da
GE.
Os responsáveis pelas actividades que dão suporte ao ensino, precisam estar integrados ao
projecto político-pedagógico de formas a melhorar a GE. Portanto, a GD é de extrema
importância, pois, gera um ciclo proactivo, em que as estratégias são desenvolvidas para todo
o processo organizacional, actividades, tarefas e pessoal, de modo que o feedback é obtido
através de um sistema de medição de desempenho que permite tomar decisões de gestão
apropriadas.
Este processo permite definir a forma como a escola utiliza os vários sistemas para gerir o
desempenho dos colaboradores, abrangendo o desenvolvimento estratégico, o controlo de
gestão, a gestão por objectivos, as métricas de natureza não financeira, a política de
incentivos.
No mesmo sentido, nos dias correntes, existe uma crescente preocupação em discutir e
analisar o conceito de desempenho profissional como um constructo comportamental
(Bendasolli, 2012), ou seja, como uma acção que é realizada pelo indivíduo que contribui para
o alcance dos objectivos organizacionais.
A crença de que o salário e outros ganhos económicos era a única forma de motivar ou
incentivar os trabalhadores para alcançar os resultados preconizados, deixa de fazer sentido
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com a teoria das relações humanas, na qual as fontes de motivação deixam de ser unicamente
económicas, passando a considerar-se também as recompensas sociais e simbólicas
(Chiavenato, 2003), como a comunicação, a personalidade do colaborador e do gerente, os
incentivos sociais do trabalho, a liderança, e as relações interpessoais e sociais dentro da
organização.
O estudo aprofundado sobre o desempenho exige fazer a distinção entre resultado e eficiência
(Bendasolli, 2012). O resultado não é sinónimo de desempenho, é uma consequência do
desempenho, ou seja, são as atitudes identificadas como relevantes para a obtenção de alto
desempenho num trabalho específico ao longo de uma carreira profissional ou no contexto de
uma estratégia corporativa. A eficiência transfere para a avaliação do resultado do
desempenho.
De tal modo que, segundo Bendasolli, (2012), o desempenho é uma acção de natureza
intencional, ainda que a cadeia de acções da qual faz parte possa ser automática. De acordo
com Chiavenato (2010), a motivação como factor preponderante para melhorar o desempenho
dos colaboradores, apresenta-se de duas formas:
A motivação nas organizações constitui uma vontade de empregar altos níveis de esforço em
direcção a propósitos organizacionais, conservados pela capacidade e esforço do indivíduo
com vista a satisfazer certas necessidades.
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“As pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenómeno ou então, o estabelecimento de relações entre variáveis.
São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas
características mais significativas, esta na utilização de técnicas padronizadas de colecta de
dados, tais como o questionário e observação sistemática”.
Quanto à abordagem, a autora recorreu à pesquisa qualitativa, tal que procurou analisar
profundamente o papel da motivação no desempenho dos professores da Escola Primária do 1º e
2º Grau da Pedreira.
“Pesquisa qualitativa preocupa-se com aspectos da realidade que não podem ser quantificados,
trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenómenos que não
podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.
“O estudo de campo focaliza uma comunidade que não é necessariamente geográfica, já que
pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra
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actividade humana. Basicamente a pesquisa é desenvolvida por meio de observação directa das
actividade do grupo estudado e de entrevistas ou questionários com informantes para captar
suas informações e interpretações do que ocorre no grupo”.
3.1.4.1. Questionário
LAKATOS e MARCONI (2003:200), definem questionário como sendo “um instrumento de
colecta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas
por escrito e sem a presença do entrevistador”.
Nesta pesquisa, o questionário foi aplicado a catorze (14) professores da escola. Cada
professor recebeu um formulário, sob forma de inquérito, com onze (11) perguntas abertas.
As perguntas eram as mesmas para todos os envolvidos e foram respondidas de forma
individual. Para garantir a confidencialidade e ética, a recolha dos inquéritos foi feita logo
após a finalização das respostas de cada envolvido. A utilização desta técnica permitiu maior
fiabilidade e individualismo. Este procedimento decorreu sob permissão da direcção da
escola, que disponibilizou uma sala de aulas e foi aproveitado o período de intervalo maior.
“As pesquisas sociais abrangem um universo de elementos tão grande que se torna impossível
considerá-los em sua totalidade. Por essa razão, nestes tipos de pesquisa é muito frequente
trabalhar com uma amostra, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõem o
universo que constitua parte ou subconjunto da população usada para obter informação acerca
do todo, isto é obter informações sobre o todo examinando apenas uma parte”.
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Esta pesquisa envolveu um universo de vinte (20) professores da escola, sendo quatro (4) do
sexo masculino e dezasseis do sexo feminino. Deste universo, foi extraída uma amostra de
catorze (14) professores de forma aleatória, dos quais três (3) do sexo masculino e onze (11)
do sexo feminino.
Masculino 4 3 Questionário
Feminino 16 11 Questionário
Total 20 14 -
4.1. Contextualização
Segundo Stoner & Freeman (1999:6), “Nenhuma organização pode funcionar sem certo grau
de comprometimento por parte de seus membros. O comprometimento está de certa forma
relacionado a factores motivacionais no ambiente organizacional”. Os autores firmam
também que “motivação é o factor que provoca, canaliza e sustenta o comprometimento de
um indivíduo”. Para estes autores, a motivação no trabalho manifesta-se pela orientação do
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empregado para realizar com presteza e precisão as tarefas e persistir na sua execução até
atingir o resultado previsto ou esperado
Assim sendo, facilmente se percebe que existia uma clivagem na relação entre os professores
e a Direcção da escola, em particular na área que envolve a comunicação em actividades
laborais.
Como tem sido os Actos administrativos? A pergunta teve como objectivo analisar o
posicionamento dos professores quanto aos procedimentos administrativos, que incluem a
actualização, orientação, planificação e tramiação dos documentos dos funcionários para as
promoções, progressões e as mudanças de carreira. A esta pergunta, 13 professores,
correspondentes a 92,8%, classificaram em suficiente e 1 professora, correspondente a 7,1%,
classificou em bom. Deste modo, pode-se concluir que os professores não estão satisfeitos em
como é conduzido o processo dos actos administrativos, condicionado pela direcção da
escola.
Sobre o Prestigio escolar? A finalidade desta pergunta foi perceber como a direcção da
escola tem direccionado o seu reconhecimento aos funcionários com o devido mérito, no que
diz respeito à valorização, premiações e recompensas. A esta questão, 12 professores,
correspondentes a 85,7% classificaram em mau e, 2 professores, correspondentes a 14,2%
classificaram em suficiente.
Ao observar as respostas, pode-se concluir que há falta de afecto merecido aos funcionários
que se dedicam nas actividades. Isso mostra que os chefes não ajudam muito e não são justos,
o que leva os funcionários a estarem insatisfação. Existe um grande sentimento de prestígio
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relativo ao trabalho dos funcionários, onde mais que a metade da população está insatisfeita
com o prestígio e que os inquiridos estão insatisfeitos com as recompensas materiais, ou seja,
sentem que não recebem recompensa satisfatória.
Como tem sido a Gestão escolar? A questão pretendia explorar dos inquiridos, como é feito o
planeamento, a organização, a liderança, a orientação, a mediação, a coordenação, o
monitoramento e a avaliação do processo de ensino e aprendizagem na escola. A esta questão,
10 professores, correspondentes a 71,4% avaliaram em boa e 4 professores, correspondentes a
28,5% avaliaram em suficiente. Ao avaliar pelas respostas, pode-se compreender que há uma
boa gestão do processo de ensino e aprendizagem.
A gestão escolar, como área de actuação, constitui-se, pois, em um meio para a realização das
finalidades, princípios, directrizes e objectivos educacionais orientadores da promoção de
acções educacionais com qualidade social, isto é, atendendo bem a toda a população,
respeitando e considerando as diferenças de todos os seus alunos, promovendo o acesso e a
construção do conhecimento a partir de práticas educacionais participativas, que fornecem
condições para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar um
cidadão actuante e transformador da realidade sociocultural e económica vigente, e de dar
continuidade permanente aos seus estudos.
Qual é a Relação sócio-profissional entre colegas? A pergunta tinha por objectivo perceber a
relação sócio-profissional entre os professores. A esta pergunta, 13 professores,
correspondentes a 92,8%, responderam que era boa e 1 professor, correspondente a 7,1%
respondeu que a relação entre colegas era suficiente. Pelas respostas, pode-se entender que a
relação entre os professores não deixa a desejar, ou seja, é boa.
Contrariando as respostas da pergunta anterior sobre a relação dos professores entre si, e
avaliando pelas respostas dadas a esta pergunta, pode-se concluir que mais de metade dos
inquiridos são cépticos quanto à relação com a direcção da escola.
que a capacidade motivacional era boa. A partir das respostas, pode-se compreender que a
direcção da escola pouco tem feito para motivar os funcionários para a realização das suas
actividades.
Dentro das organizações, nos dias actuais, um funcionário motivado consegue trabalhar com
maior satisfação pelo que faz, consegue buscar novos meios para contribuir no alcance dos
objectivos da empresa e em contrapartida, a empresa lucra mais, tem bons resultados em
todos os seus aspectos. A visão de que motivar é algo primordial dentro das organizações fará
com que a equipe trabalhe com mais afinco, dedicação e interesse.
Avaliando pelas respostas, pode-se entender que a direcção da escola tem imprimido maior
exigência na realização das actividades, dando espaço ao assédio moral.
No serviço público, caracteriza-se por condutas repetitivas do agente público que, excedendo
os limites das suas funções, por acção, omissão, gestos ou palavras, tenham por objectivo ou
efeito atingir a autoestima, a autodeterminação, a evolução na carreira ou a estabilidade
emocional de outro agente público ou de empregado de empresa prestadora de serviço
público, com danos ao ambiente de trabalho objectivamente aferíveis.
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Para Bergamini (1998), as pessoas podem se sentir motivadas desde que realizem tarefas e
emprenhem seus esforços realizando algo que irá satisfazê-las tanto pessoalmente como
dentro do ambiente em que vive. Ela sentirá um interesse maior de realizar determinada tarefa
desde que as condições do ambiente a favoreçam a persistir na direcção que a levará a
alcançar o objectivo e desde que tais tarefas e objectivos sejam importantes e de relevância
para ela.
regular. Assim, a hipótese confirma que as exageradas exigências dos gestores da instituição
em estudo podem desmotivar o bom desempenho dos funcionários.
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5.1. Conclusão
Chega-se a conclusão que a motivação de um ser humano é a base para atingir objectivos,
variando de pessoa para pessoa. Um funcionário motivado e produtivo é aquele que se
encontra no lugar certo, isto é, que ocupa uma posição capaz de evidenciar as suas
potencialidades, assim como de lhe proporcionar reconhecimento fidedigno que ressalve o seu
valor.
Referir ainda que a motivação é algo que tem que estar dentro das pessoas e que precisa ser
exercitada para o alcance dos objectivos, basicamente significa a disposição de exercer um
nível elevado e permanente de esforço a favor das metas, sob a condição de que o esforço seja
capaz de satisfazer alguma necessidade individual.
Importa sublinhar ainda que a motivação e desempenho profissional são factores que
concorrem para fazer mover o indivíduo para atingir os seus objectivos dentro de uma
organização. O desempenho está relacionado com as habilidades individuais e a motivação
para desempenhar determinada tarefa. É uma abordagem na qual os colaboradores no
exercício das suas actividades atingem os objectivos organizacionais traçados.
Há que observar também que o modo de funcionamento de uma escola e os seus resultados
são afectados pelas suas práticas de organização e gestão, e que as possibilidades de
desenvolvimento nas escolas geram a necessidade da gestão participativa, o que irá contribuir
para o alcance dos objectivos da organização, tendo por referência os resultados obtidos.
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5.2. Sugestões
Partindo das constatações e resultados obtidos no terreno por onde decorreu esta pesquisa, a
autora sugere o seguinte:
● A escola deve promover um ambiente sócio-profissional saudável para que ela seja um
lugar onde todos se sintam familiarizados;
6. Referências bibliográficas
Chiavenato, I. (2011). Introdução à Teoria Geral da Administração. (8ª ed.). Rio de Janeiro:
Elsevier.
Fiorelli, J. (2009). Psicologia para Administradores: integrando teoria e prática. (6ª ed.).
São Paulo: Atlas.
Fontaine, A. M. (2005). Motivação em contexto escolar. Lisboa: Universidade Aberta.
Gil, A. C. (2011). Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas.
Gil, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed: Atlas. São Paulo. 1999.
Lacombe, F. (2011). Recursos humanos: princípios e tendências. 2. ed. São Paulo: Saraiva.
Paro, V. (2007). Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São Paulo: Ática.
Luck, D. & HUNT, G. (2009787) Best Practice in Motivation and: Management in the
Classroom. (3ª ed.). Springfield: Charles C. Thomas Publisher.
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Apêndices
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Universidade Rovuma
Faculdade de Educação e Psicologia (FACEP)
Dados Pessoais
Estado Civil:
Justifique
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Suficient
6. A gestão escolar é:
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