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2021
II
Supervisora:
Prof”. Doutora Bendita Donaciano Lopes
2021
III
Índice
LISTA DE TABELAS...............................................................................................................................III
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................................... IV
DECLARAÇÃO DE HONRA........................................................................................................... V
AGRADECIMENTOS..................................................................................................................... VI
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................. VII
RESUMO....................................................................................................................................... VIII
ABSTRACT...................................................................................................................................... IX
INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 1
DELIMITAÇÃO DO TEMA..........................................................................................................................2
PROBLEMA DE PESQUISA.........................................................................................................................2
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................................3
OBJECTIVOS............................................................................................................................................ 4
HIPÓTESES...............................................................................................................................................4
1. TEORIA DE BASE.............................................................................................................................5
1.1. TEORIA INTERACIONISTA DE VYGOTSKY....................................................................................5
1.2. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS CHAVES............................................................................................6
1.3. O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM........................................................................................7
1.4. ELEMENTOS DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM...........................................................9
1.5. CONDIÇÕES E REQUISITOS PARA O ENSINO...............................................................................10
1.6. CARACTERÍSTICAS E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM...............................................................10
1.7. PROCESSO DE INTERACÇÃO E DE MEDIAÇÃO NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO........................12
1.8. RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO...................................................................................................13
1.8.1. Atribuições do professor.................................................................................................14
1.8.2. Atribuições do aluno.......................................................................................................15
1.9. AFECTIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO..................................................................16
1.10. A INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM....18
3. PERFIL DA AMOSTRA....................................................................................................................28
IV
CONCLUSÕES E SUGESTÕES..................................................................................................... 42
CONCLUSÃO..........................................................................................................................................42
SUGESTÕES............................................................................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................44
APÊNDICE...................................................................................................................................... 47
Anexos......................................................................................................................................................48
V
Lista de tabelas
Lista de gráficos
Gráfico 4: Sentimentos percebidos pelos alunos como quais deveriam existir na sala de
aula………………………………………………………………………….………….33
Declaração de Honra
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
________________________________
Agradecimentos
A minha irmã Florência Novela e seu esposo Miséro Mujui, pelo seu apoio
incondicional durante toda formação; aos meus irmãos e amigos o meu muito obrigado
Quero desde já deixar o meu muito obrigado e sincera gratidão a todos que de uma
forma e de outra contribuiriam para a concretização deste sonho em realidade.
IX
Dedicatória
Com honra e satisfação, dedico este trabalho aos meus pais Maria Ubisse e Samuel
Novela (em memória), ao meu filho Winners Jaguar, para que este sirva de inspiração
para a sua vida académica.
X
Resumo
Abstract
This monograph is entitled “The influence of teacher-student relationships in the teaching and learning
process, a case study at Quisse Mavota Secondary School. The study aims to analyze the influences that
the relations between teacher and student in the classroom influence in the teaching and learning process.
From the literature review we can see that Interpersonal relationships within the school are numerous, but
the relationship of teachers to their students and vice versa makes up the center of the educational
process. According to SOUSA and SILVA (2007) “the analysis of teacher-student relationships involves
interests and intentions, and this interaction is the exponent of the consequences, because education is one
of the most important sources of behavioral development and aggregation of values in the members of the
human species. . ”Students and teachers have interests and intentions for teaching and learning, which are
interconnected and dependent on each other. Descriptive and qualitative research was used as
methodological resource and a semi-structured questionnaire and interview were used for data collection.
Participated in this research, a sample of 10 teachers and 30 students, chosen at random and according to
the availability at Quisse Mavota Secondary School. Data collection at the school was made through
observations of the daily work of teachers, students and interviews with them. According to the results
obtained, it was possible to conclude that the teacher-student relationship is a fundamental category of the
learning process, as it dynamizes and gives meaning to the educational process. This relationship must be
based on trust, affection and respect. It is up to the teacher to guide the student to his internal growth, that
is, to strengthen his moral and critical bases, not leaving his attention only to the content to be given.
Introdução
Segundo Gomez (2000) citado por NUNES (2017:7), a relação entre professor/aluno
deve ser empática, onde ambos os parceiros da comunicação demonstrem a capacidade
para ouvir e reflectir sobre as questões que estão sendo abordadas por cada um dos
interlocutores. Assim, haverá mais possibilidade de abertura na comunicação e,
portanto, melhor o clima de aprendizagem. Nestes casos, a participação dos alunos nas
aulas é de suma importância, pois estará expressando seus interesses, preocupações,
desejos e vivências, e assim construindo activamente seu conhecimento
De acordo com Aquino (1996:34) citado por BELOTTI & FARIA (2010:12), a relação
professor-aluno é muito importante, a ponto de estabelecer posicionamentos pessoais
em relação à metodologia, à avaliação e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for
positiva, a probabilidade de um maior aprendizado aumenta. A força da relação
professor-aluno é significativa e acaba produzindo resultados variados nos indivíduos.
tão almejado. Entretanto, o que muitas vezes ocorre é que no meio desse processo
existem interferências, que dificultam a aprendizagem e ocasionam o fracasso escolar
(NUNES, 2017:7).
O trabalho foi estruturado em quatro capítulos, sendo que no primeiro tratou das
abordagens teóricas, ou seja, foi feita uma revisão bibliográfica sobre os diversos
autores que abordam diversas matérias relacionadas com relações entre professor-aluno
e processos de ensino-aprendizagem. No segundo capítulo foram descritos os
procedimentos metodológicos da pesquisa., no terceiro capítulo tratou-se da análise e
interpretação dos dados recolhidos no campo e no quarto e último capítulo foram
tecidas as conclusões e observações acercada pesquisa, bem como algumas
recomendações para a Instituição analisada.
Delimitação do tema
O estudo presente tem como objectivo fundamental analisar as influências das relações
professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem. A sua execução será feita em uma
escola pública, concretamente na Escola Secundária Quisse Mavota, no Distrito
Municipal Kamubukwana, no período compreendido entre Fevereiro a Outubro de
2019, período que abarca os três trimestres de aulas.
Problema de pesquisa
A relação professor-aluno enquanto elemento facilitador para uma aprendizagem mais
motivadora tem sido tema de discussão entre vários estudiosos da área (Vygotsky, 1993,
Fonseca, 1995; Arantes e Aquino, 2003; entre outros). O estudo da afectividade no
comportamento humano tem um papel crucial nesse contexto, já que é o afecto que
permeia essa relação. Desta forma, irá dar-lhe forma e sentido, sendo o canal por meio
do qual conhecimento e mudança poderão ter lugar (FERRO, 2017:16).
14
O Sistema Educativo moçambicano, ao longo dos últimos anos, tem vindo a introduzir
reformas importantes para a melhoria do desempenho escolar dos alunos do Ensino
Primário, a formação de professores e de gestores educacionais e o incremento das
acções de supervisão pedagógica, entre outras.
Assim, com o intuito de recolher dados sobre o modo como as relações professor-aluno
influenciam o processo de ensino e aprendizagem, se existe ou não um ambiente
positivo, acolhedor e capaz de gerar um sentimento de pertença e de aceitação, coloca-
se a seguinte questão de partida
Justificativa
Diferentes razões serviram de motivação e estímulo para que se efective a pesquisa em
relações professor aluno no ensino escolar a ser apresentada neste trabalho, e relatá-las
parece ser prioridade para entender a escolha dos tópicos teóricos que são abordados,
como também para orientar a compreensão do caminho que foi trilhado na discussão do
tema relação professor-aluno.
15
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Hipóteses
1. Teoria de base
Ao associar o homem ao seu contexto cultural (i.e. concebia o homem como ser
biológico e cultural), Vygotsky constrói a sua teoria, na nossa percepção, sobre três
pilares básicos, a saber: a história (filogénese do sujeito), o social (ontogênese do
sujeito) e a cultura (como este ser social interage com seus pares neste seu percurso
individual como ser no mundo), na medida em que busca descrever a natureza dos
processos psicológicos superiores no ser humano (i.e. o seu pensamento, os seus
mecanismos intencionais, as suas acções conscientemente controladas, a sua vontade,
sua metacognição) (CALDEIRA, 2013:18).
Nesse sentido, por considerar que cada pessoa é única e responsável pela construção do
seu conhecimento, bem como da sua própria cultura, e, por extensão, difere dos seus
pares nesse processo - revelando-se também um aprendiz diferenciado dos outros -
17
Professor: aquele que ensina uma arte, uma actividade, uma ciência; aquele que
transmite conhecimentos ou ensinamentos a outrem. Pessoa que ensina em uma escola,
universidade ou outro estabelecimento de ensino. - “Pessoa que, por conhecimento
adquirido ou experiência de vida, pode ser mentor, espelho e ou norte para outros que
desconhecem fatos ou acontecimentos”.
Aluno: etimologicamente, não significa sem luz, como sugerem algumas interpretações
que conferem ao prefixo “a” o sentido de negação. O vocábulo aluno proveio do latim
alumnus, antigo particípio médio-passivo substantivado do verbo alere “alimentar,
nutrir”. No sentido semântico, a palavra “aluno” conota aquele que precisa de alimento
para nutrir-se e crescer. O dicionário15 Houaiss indica que o vocábulo é originário do
latim e significava “criança de peito, lactente, menino, aluno, discípulo” (HOUAISS,
2005:173)
18
Ferreira e Frota (2002:7) citados por ARANTES & SANTOS (2015:4) discorrem sobre
esse processo expondo que para que o ensino seja um ato de conhecimento, é necessário
existir entre educador e educando uma relação dinâmica de autêntico diálogo
mediatizado pelo objecto a ser conhecido. Os autores explicam que “aprender é um ato
de conhecimento da realidade concreta, isto é, de uma situação real vivida pelo
educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade”.
A educação deve partir do diálogo, isto é, de uma interacção entre aluno e professor.
Dessa forma, o conhecimento previamente adquirido pelo aluno, em sua prática de vida,
assume importância tão grande quanto aquele trazido pelo professor. A educação se
torna uma troca, uma construção conjunta de saberes (Freire, 2005 citado por
ARANTES e SANTOS, 2015:5)
19
Alonso (2005:28) citado por ARANTES e SANTOS (2015:5), observa que “a qualidade
do processo de aprendizagem tem na convivência seu elemento catalisador”. Essa
convivência refere-se de forma ampla à relação professor-aluno-colegas. O contacto
directo com outros alunos, professores e tutores, seja por meios tradicionais ou
modernos (tecnologias aplicadas) cria situações de convivência que permitem a troca de
experiências e informações, possibilitando reelaborações do conhecimento produzido e
em produção.
Marques et al. (2012) citados por ARANTES e SANTOS (2015:6) aponta como
elementos do processo de aprendizagem: o professor, o aluno, o conteúdo e o ambiente.
Nesse modelo, o aluno contribui com a capacidade, experiência, esforço e dedicação. O
conteúdo é o elemento que se refere à adequação das disciplinas ao valor e significado
para o aluno, bem como sua aplicabilidade no dia-a-dia profissional. O ambiente se
refere aos valores e crenças disseminados pela escola, sobretudo àqueles que
fundamentam o conceito de processo de aprendizagem. Por fim, o professor contribui
com a habilidade de interacção com o aluno (relacionamento), domínio teórico
(capacidade cognitiva) e comprometimento com o processo de ensino-aprendizagem.
O entendimento desses quatro elementos e das diferentes interacções entre eles é que
deve ser o cerne do processo da melhoria da qualidade de ensino nas diferentes
instituições de ensino.
Nesse sentido, NETTO (1987) citado por ferro (2017:14) aponta algumas condições que
promovem um ensino eficiente, quais sejam:
Contínuo – que ocorre ao longo da vida, de modo que em cada período temos
sempre o que aprender;
Pessoal – cada pessoa é sujeito de sua aprendizagem, ou seja, ninguém pode
aprender por outrem, visto que a aprendizagem é intransferível de uma pessoa
para outra;
Activo e dinâmico - a aprendizagem só se realiza através da acção dinâmica do
aprendiz.
Gradual – ocorre gradativamente, conforme o ritmo de cada aprendiz.
Global – envolve o indivíduo em sua totalidade, isto é, em todas as suas
dimensões: motora, afectiva e cognitiva;
Integrativo – cumulativo – as aprendizagens são sempre integradas uma às
outras, constituindo-se num processo cumulativo, em que a experiência, actual
apoia-se nas experiências anteriores.
Pelo que foi exposto, podemos concluir que a aprendizagem é um processo complexo
que ocorre na mente humana (psiquismo) através da acção do indivíduo, envolvendo-o
em todas as suas dimensões.
Portanto, para Vygotsky, a sala de aula é, sem dúvida, um dos espaços mais oportunos
para a construção de acções partilhadas entre os sujeitos. A mediação é, portanto, um
elo que se realiza numa interacção constante no processo ensino-aprendizagem. Pode-se
dizer também que o ato de educar é nutrido pelas relações estabelecidas entre professor-
aluno (LOPES, 2009:6).
Segundo Sousa e Silva (2007:2) citados por SEVERO (2015:2) “a análise dos
relacionamentos entre professor-aluno envolve interesses e intenções, sendo esta
interacção o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais
importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros
da espécie humana.” Os alunos e os professores têm interesses e intenções ao ensino e à
aprendizagem, que estão interligadas e são dependentes uma da outra.
Para Souza e Silva (2007:3) citados por SEVERO (2015:3), essa relação depende de
vários aspectos: A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima
estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de
ouvir, reflectir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes
entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era
industrial com raras excepções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia,
para a liberdade possível em uma abordagem global, trabalhando o lado positivo dos
alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas
responsabilidades sociais.
escolar, entre outros motivos. Logo, o professor deve ser exemplo para seus alunos,
sabendo se portar devidamente.
Abreu e Masetto (1990) citados por SEVERO, (2015:6) afirmam que “é o modo de agir
do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que
colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa
determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflecte valores e
padrões da sociedade”. O professor muitas vezes é tido por seus alunos como ídolo, e o
admira por suas condutas e postura. Por isso, o professor deve estar atento ao seu
comportamento na presença de seus alunos no âmbito escolar.
Além do seu comportamento, o professor também deve saber dialogar com seus alunos.
Daí que, para esta concepção como prática de liberdade, a sua dialogicidade comece,
não quando o educador-educando se encontra com os educandos-educadores em uma
situação pedagógica, mas antes, quando aquele se pergunta em torno do que vai dialogar
com estes (Freire, 1973 citado por SEVERO, 2015:7).
Outra acção que deve ser realizada pelo professor, se refere à acção pedagógica em si,
ou seja, a transmissão de conhecimento. Acredita-se que as interacções entre
professores e alunos devem aprofundar-se no campo da acção pedagógica. O professor
assume um papel muito importante neste processo, pois constrói e conduz o fazer
pedagógico de maneira que atenda as necessidades do sujeito aprendente. (Miranda,
2008 citado por SEVERO, 2015:7). Logo, o docente tem papel fundamental para
auxiliar e mediar os alunos para obtenção do conhecimento.
ou não pelos seus professores, pois nem todos procuram saber quais os motivos de tais
comportamentos.
Outra atribuição dada ao aluno dentro da escola é a vontade de aprender. O que não
depende somente do professor. Para Perrenoud (2000) citado por SEVERO (2015:8), a
escola passa a ser um lugar onde o educando tem direito a ensaios e erros, onde expõe
suas dúvidas, explicita seus raciocínios e toma consciência de como se aprende,
permitindo tornar visíveis os processos, os ritmos e os modos de pensar e de agir. Uma
relação sadia com seus professores vai possibilitá-los alcançar seus objectivos.
O aluno não pode ser mais passivo e somente receptor de informações. Deve ser um
participante activo no processo de aprendizagem a partir de ensinamentos do seu
professor. Este por sua vez, deixa de ser peça central e divide esse espaço com seus
alunos nesse processo de aprendizagem mútua.
e cognitivo é fundamental para que o educador possa desenvolver uma boa e eficiente
acção pedagógica.
Depreende-se dessas colocações que a relação professor-aluno não pode ficar reduzida
ao processo cognitivo de construção de conhecimento, mas envolve dimensões afetivas
e de motivação tanto para o aluno como para o professor e que, para isso, estes últimos
29
Segundo (Almeida; Mahoney, 2014 citados por PARENTE, 2018) “tanto alunos como
professores expressam o desejo de relações interpessoais satisfatórias: que satisfaçam
suas necessidades”.
De acordo com Schiavoni (2009:328) citado por PAUPÉRIO (2016:12), para participar
adequadamente de um grupo é exigido um grau de aceitação por parte de seus membros.
Na dinâmica da sala de aula, pode-se observar que alguns alunos são mais aceitos que
outros, e que geralmente esses são os que demonstram grande número de competências
cognitivas e sociais, o que pode resultar em comportamentos mais amigáveis e
afectuosos, além de formas mais eficazes de interacção. Os alunos menos aceitos por
seus pares apresentam um padrão de comportamento característico, que inclui conflitos,
ser alvo de provocações, brigas, discussões e agressões, imaturidade, habilidades sociais
e cognitivas reduzidas.
Mahoney e Almeida (2005: 26) citados por PAUPÉRIO (2016:12), também destacam
que “a forma como o professor se relaciona com o aluno reflecte nas relações do aluno
com o conhecimento e nas relações aluno-aluno”.
30
De acordo com Baker (2006: 454) citado por PAUPÉRIO (2016:14), a relação
professor-aluno é o eixo condutor para a aprendizagem e para a percepção do aluno
sobre si mesmo como um ser social, integrado à escola. E se esta relação for positiva,
pode auxiliá-lo na sua adaptação e interacção com os colegas e com a escola. Pode
elevar sua estima, além de ser fundamental para o comprometimento com a
aprendizagem.
Freire destaca ainda que seja como for o professor, sempre deixará marcas, e a relação
professor-aluno perpassa por toda a vida escolar, interferindo no processo de ensino
aprendizagem. Para o autor, “a prática escolar é tudo isso: afectividade, alegria,
capacidade científica, domínio técnico a serviço da mudança.” (FREIRE, 1996:143).
Conforme assinala Libâneo (1994) citado por PAUPÉRIO (2016:15), o professor tem
como uma de suas funções promover situações em que o aluno possa avançar no seu
31
Para FONSECA (2002) citado por GERHARDT & SILVEIRA (2009), methodos
significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja,
metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente,
significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa
científica.
Exploratória
Como sendo de natureza exploratória e estudo de caso que segundo Gil (2007) citado
por GERHARDT e SILVEIRA (2009), este tipo de pesquisa tem como objectivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve:
Levantamento bibliográfico;
Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado; e
Análise de exemplos que estimulem a compreensão.
Qualitativa por descrever alguns pressupostos teóricos acerca do tema, que segundo
GERHARDT e SILVEIRA (2009), são características desse tipo de pesquisa a:
objectivação do fenómeno; hierarquização das acções de descrever, compreender,
explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenómeno.
Preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados,
centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.
Essa modalidade de pesquisa tem um mérito para os estudos em ciências humanas, pois
investiga uma dada realidade sem características generalizantes. Nesse tipo, de
investigação, a produção de um conhecimento de abrangência mais ampla (com alguma
34
vocação generalizante) não é o objectivo imediato. Não se pretende obter resultados que
possam ser universalizados, como anseiam metodologias investigativas de outros tipos
A entrevista semi-estruturada
A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de
dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.
Análise de conteúdo
Permitindo a descrição sistemática, objectiva e quantitativa do conteúdo da
comunicação.
A análise de conteúdo é uma técnica de tratamento de dados colectados, que visa à
interpretação de material de carácter qualitativo, assegurando uma descrição objectiva,
sistemática e com a riqueza manifesta no momento da colecta dos mesmos. Vem com a
intenção de destacar o conteúdo expresso na mensagem e suas representações, deixando
de lado a preocupação com as quantificações (GUERRA, 2014).
como um estudo censitário. Segundo Sedi (1979) citado por ARAÚJO (2010), em um
estudo censitário, “são colhidos dados de todas as unidades, o universo de pesquisa e os
resultados são válidos imediatamente para todo o universo”.
pesquisa com professores e alunos, assim como toda e qualquer pesquisa com seres
humanos, envolve questões relativas ao consentimento informado, a avaliação risco-
benefício.
Como um dos aspectos éticos usamos o consentimento informado que, segundo Sigaud,
et. all. (2009), o processo de consentimento esclarecido abrange informação e
compreensão plena do sujeito acerca dos procedimentos a que será submetido: os riscos
e os desconfortos potenciais, os benefícios e seus direitos, bem como a livre escolha ou
voluntariedade e manifestação inequívoca de vontade.
A sua residência oficial situava-se na região que hoje se encontra instalada a Escola
Secundária Quisse Mavota, inaugurada, oficialmente a 22 de Junho de 2006, por Sua
Excelência Presidente da República Armando Emílio Guebuza.
1º Turno: diurno que engloba todo o 1º ciclo com mil quatrocentos e oitenta e
um alunos distribuídos em vinte turmas
2º Turno que integra todo 2º ciclo constituído por 21 turmas com o total de mil e
seiscentos e onze alunos
Ensino a distancia constituído por mi e quinhentos e vinte e cinco estudantes
distribuídos em vinte e cinco turmas em períodos que compreende o diurno e
nocturno
No total dos efectivos de alunos que compõem a escola, dois mil e cento e oitenta e
cinco (2185) alunos, são do sexo masculino contra dois mil e seiscentos e sessenta e sete
(2667) alunos do sexo feminino que frequentam as 8ª, 9ª,10ª, 11ª e 12ª classe.
39
De salientar que a análise dos resultados desta pesquisa será feita à luz dos conceitos,
ideias e teorias, anteriormente abordadas na fundamentação teórica e alguns autores que
não foram contemplados da revisão literária, mas que debruçam relações professor
aluno n ensino e aprendizagem.
3. Perfil da amostra
Na perspectiva de LAKATOS & MARCONI (2003) a amostra corresponde a uma
parcela seleccionada da população ou universo, por meio da qual se estabelecem as suas
características comuns.
Para descrever o perfil da nossa amostra tivemos como base o sexo, idade, tempo de
serviço, formação académica/profissional e razões para a escolha da profissão docente
(para os professores) e sexo, idade, tempo de frequência na escola (para os alunos).
Professores
A tabela 1 ilustra a distribuição dos professores em função do sexo e da sua formação
académica/profissional:
Sexo Formação académica/Profissional
Tabela 1: Perfil dos professores em função do sexo e nível académico. Fonte: autora
De acordo com a tabela 1, podemos perceber que a maioria dos professores por nós
inqueridos é do sexo feminino com uma percentagem igual a 60% (6) contra os 40% (4)
dos professores do sexo masculino. Grande parte de especialistas ligados às estatísticas
populacionais tem começado por analisar e, posteriormente, caracterizar a estrutura da
40
população por sexo e idade, pelo facto de, em termos socioeconómicos, cada segmento
etário e sexual demandar necessidades e serviços diferentes.
Em relação a formação académica podemos observar que cerca de 90% (9) dos
professores apresentam como nivele mínimo o grau de licenciatura contra 10% (1) com
o grau de formação académica de mestrado. Essa tendência dos professores para a
formação académica superior em relação aos modelos disponibilizados pelo Governo
desde a Independência de Moçambique em 1975 (6ª classe + um a três meses que
vigorou de 1975 a 1977, 6ª classe + seis meses, de 1977 a 1982, 6ª classe + 1 ano, 1982
e 1983, 6ª classe + 3 anos, de 1983 a 1991, 7ª classe + 3 anos, de 1991 aos nossos dias,
IMAP9 (10ª classe + 2 anos), de 1997 aos nossos dias, 7ª classe + 2 anos + 1 ano, em
regime experimental, de 1999 à 2003, IMAP (10ª classe + 1 ano + 1 ano), de 1999 a
2004 e actualmente 10ª classe + 3 anos, que está sendo implementado em alguns
Institutos do País) tem como principal objectivo de responder às necessidades impostas
a nível global, com particular atenção ao contexto moçambicano face ao processo de
educação
Idade
O gráfico 1, ilustra a distribuição dos professores em relação a idade
41
Podemos observar de acordo com o gráfico que cerca de 50% (5) dos professores
possuem uma idade cronológica acima de 41 anos de idade. Este facto pode ser
considerado segundo Silva (2013) citado por MACHERICA (2019), como um factor
positivo para a Escola, se levado em conta a experiencia que o ser humano adquire em
cada ano vivido.
Tempo de serviço
Em relação ao tempo de serviço, apresentamos o gráfico 2
Podemos perceber de acordo com o gráfico que todos professores possuem entre 5 a 20
anos de serviço sendo apenas 30% (3) que possuem acima de 20 anos de serviço. Essa
questão segundo Silva (2013) citado por MACHERICA (2019) pode ser vista sob duas
42
Alunos
Para determinar o perfil dos alunos levou-se em consideração o sexo, a idade dos alunos
e o tempo de frequência na escola. Vale ressaltar que em relação a classe dos alunos,
optamos por escolher os alunos das turmas da 12ª classe pela sua disponibilidade no
acto da distribuição dos inquéritos.
43
Total 30 100%
De acordo com a tabela 2 podemos observar que o maior número dos alunos inquiridos
é do sexo feminino com uma percentagem igual a 66,6% (20) contra 33,3% (10) do
sexo masculinos. Esses dados corroboram com os dados fornecidos pela escola em
relação ao número total dos alunos pois segundo os mesmos, a escola possui um maior
número de alunos do sexo feminino em relação aos do sexo masculino.
da 8ª classe, para frequentar apenas 4 anos). O mesmo se verifica quanto aos alunos que
estão no tempo certo (em relação a idade e classe de frequência), possuem 2 anos de
permanência na escola para os que ingressaram para frequentar a 11ª e 12ª classe e
possuem 4 anos de permanência para os que ingressaram a partir da 8ª classe. Vale
ressaltar que incluem para a contagem de tempo de permanência o ano de frequência.
Sentimentos percebidos pelos alunos como quais deveriam existir na relação professor-
aluno
O gráfico 4, ilustra a distribuição dos alunos face ao seu posicionamento em relação aos
sentimentos nutridos como quais deveriam existir na sala de aula durante as interacções
com o professor:
45
Gráfico 4: sentimentos percebidos pelos alunos, como quais deveriam existir na sala de aula. Fonte:
autora
Conforme o gráfico ilustra, podemos perceber que maiores percentagens com 36,6%
(10), 33,3% (9) e 26,6% (7) dos alunos afirmam que durante as interacções do professor
com os alunos deveria haver mais respeito, mais paciência e compreensão, pois segundo
os seus relatos muitos professores ainda tomam a posição de mero detentor de
conhecimento dirigindo-se por vezes a estes de forma autoritária, desrespeitosa e com
menos compreensão.
Segundo LIBÂNEO (1994) o professor não apenas transmite uma informação ou faz
perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que
aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é
unidireccional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão agindo à
actuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos
conhecimentos.
46
Sentimentos percebidos pelos alunos como quais faltam nas relações professor-aluno;
O gráfico 5, lustra a distribuição dos alunos face ao seu posicionamento em relação aos
sentimentos por si percebidos como faltam nas relações professor-aluno na sala de aula
Gráfico 5: sentimentos percebidos como em falta nas interacções professor-aluno. Fonte: autora
De acordo com o gráfico acima, podemos perceber que cerca 73,3% (21) dos alunos
afirmam que durante o decurso das aulas sentem a falta de paciência por parte dos
professores. Estes afirmam que os professores têm-se dirigido com pouca paciência para
eles. Alguns alunos com cerca de 10% (3) afirmam que sentem que há menos
compreensão e respeito respectivamente durante as interacções na sala de aula.
Ao falar de uma relação professor aluno devemos nos preocupar que essa relação não
seja apenas do que é considerado “Bom” ou “Mau” aluno que temos dentro do ambiente
escolar, mas também devemos pensar no professor que temos dentro do ambiente em
que o mesmo desenvolve seu trabalho tanto da parte comportamental quanto na parte de
organizar e planejar sua aula. Devemos considerar que aluno sempre vê o professor
como um espelho, a postura adequada dentro da sala de aula são aspectos que
influenciam para essa relação professor aluno.
Para LIBÂNEO (1994) Cabe ao professor aprender que para exercer sua real função
necessita-se combinar autoridade, respeito, afectividade e paciência; isto é, ainda que o
docente necessite atender um aluno em particular, a acção estará direccionada para a
actividade de todos os alunos em torno dos mesmos objectivos e do conteúdo da aula,
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Para isso faz-se necessário o diálogo, conforme Libâneo afirma, o professor não apenas
transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes
atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O
trabalho docente nunca é unidireccional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram
como eles estão reagindo à actuação do professor.
De acordo com o gráfico podemos perceber que cerca de 40% (12) e 53,4% (16)
consideram que a sua interacção com o professor poderia ser melhor ou é aceitável,
respectivamente. Dos inquiridos, apenas 6,6% (2) consideram as suas relações com o
professor como boas.
Em relação ao desempenho percebido pelo aluno como resultado das relações que estes
mantém com o professore podemos perceber que cerca de 23,3% (7) consideram o seu
desempenho como bom contra, 23,3% (7) dos alunos que consideram o seu desempenho
como mau em consequência das relações que estes mantêm com o professor. Maior
percentagem com cerca de 50% (15) afirma que o seu desempenho é aceitável,
decorrente das influências que estes mantêm com o professor.
Podemos perceber uma clara consciência, por parte dos alunos, que tanto eles quanto os
professores precisam melhorar a relação entre si, sendo que a maior parte dos alunos
acredita que deve haver mais respeito entre eles. Uma pequena dos alunos parte vêem
seus professores como amigos, o que mostra a expectativa deles em relação aos
professores.
Dimensão afectiva
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A maioria dos professores afirmam existir uma cooperação cordial com os seus alunos,
leccionando as suas aulas com amor e carinho. Eles lidam com os seus alunos de forma
natural e de bom ânimo, dando explicação de acordo com o contexto em que cada
questão é colocada pelo aluno, criando e proporcionando ambientes em que inspirem
liberdade de expressão por parte do aluno mas mantendo o respeito. Relatam alguns
professores que como principais facilidades para lidar com o que encontra na relação
com os seus alunos são:
Estudos mostram que as relações entre o professor, o conteúdo escolar e o aluno são
profundamente marcados pela afectividade, podendo gerar impactos de aproximação ou
distanciamento entre o aluno e o conteúdo. Todas as actividades planejadas e
desenvolvidas pelo professor possuem influências na afectividade e na aprendizagem
dos alunos. A maneira que o professor apresenta o conteúdo em sua sala de aula pode
afectar cada aluno de uma maneira particular, repercutindo de diversas formas na sua
aprendizagem.
Como resultados obtidos a partir de uma relação saudável e cordial com os seus alunos,
os professores afirmam que os ganhos são maiores. A melhor forma de educar é levar o
conhecimento de mãos dadas com o afecto, é o que foi percebido e observado nesta
pesquisa. Os alunos conseguem ter um melhor rendimento quando são olhados com
carinho, respeito e sabem que alguém está se importando realmente com eles, seja em
casa ou na escola.
Dificuldade
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A superlotação das salas de aulas (o número de alunos chega a variar entre 90 a 100
alunos por professor) tem dificultado muito o trabalho docente e de certa forma tem
contribuído para o surgimento ou prática de indisciplina por parte dos alunos, como
indica o discurso de alguns professores.
Professor4,10: existência de maior número de estudantes na sala de aula
Professor5,8,9: relaxamento por parte dos alunos
Esse factor de acordo com os professores contribui negativamente naquilo que pode ser
o desempenho do próprio aluno uma vez que a atenção do professor pode não chegar
para todos alunos.
Comunicação e desempenho
Em geral, os professores afirmam tratar todos os alunos de igual maneira não havendo
no entanto nenhuma descriminação, facto que tem se evidenciado com a introdução e
obrigação do uso do uniforme escolar para os alunos do curso diurno, conforme se pode
perceber no discurso abaixo:
Professor1: não me comunico visto que estou num tempo difícil, poderão interpretar de
forma errada;
Professor5; tendo em conta que todos os dias estou com os mesmos dispenso contactos
extras;
Professor8: não, para evitar abusos ou conotações. O trabalho de docência é
integralmente feito no recinto escolar
Professor9: a comunicação é só dentro da aula e dentro do recinto escolar. Evito
desconfiança nas verdadeiras intenções e não vejo pertinência de procurar aluno fora do
tempo norma e fora do recinto escolar.
outra, para que o professor transmita o conhecimento para os seus educandos este deve
interagir com eles.
De acordo com Baker (2006: 454) citado por PAUPÉRIO (2016:14), a relação
professor-aluno é o eixo condutor para a aprendizagem e para a percepção do aluno
sobre si mesmo como um ser social, integrado à escola. E se esta relação for positiva,
pode auxiliá-lo na sua adaptação e interacção com os colegas e com a escola. Pode
elevar sua estima, além de ser fundamental para o comprometimento com a
aprendizagem.
Para o nosso terceiro e último objectivo específico, que diz respeito a Descrição das
influências das relações professor-aluno da escola secundária Quisse Mavota no
ensino e aprendizagem, podemos considerar alcançado, pode de acordo com os
resultado obtidos no campo, podemos perceber uma clara consciência, por parte dos
alunos, que tanto eles quanto os professores precisam melhorar a relação entre si, sendo
que a maior parte dos alunos acredita que deve haver mais respeito entre eles. Uma
pequena dos alunos parte vêem seus professores como amigos, o que mostra a
expectativa deles em relação aos professores
Conclusões e sugestões
Conclusão
A relação entre professor e aluno necessita fundar-se na superação da ideia de poder por
parte do professor e de passividade por parte do estudante, como, frequentemente se
observa em salas de aula.
Na percepção dos alunos, a relação que eles possuem com os professores influenciam
sim no seu aprendizado, tanto em aspectos positivos quanto negativos. Os alunos
conseguem perceber esse factor no dia-a-dia do relacionamento com professor, dentro
da sala de aula, tanto na forma como o professor demonstra interesse ou não pelos
educandos como nas práticas avaliativas, nas metodologias utilizadas e até mesmo na
interacção com o grupo na aula.
Como resultados obtidos a partir de uma relação saudável e cordial com os seus alunos,
os professores afirmam que os ganhos são maiores. A melhor forma de educar é levar o
conhecimento de mãos dadas com o afecto, é o que foi percebido e observado nesta
pesquisa. Os alunos conseguem ter um melhor rendimento quando são olhados com
carinho, respeito e sabem que alguém está se importando realmente com eles, seja em
casa ou na escola
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Sugestões
As relações humanas, embora complexas, são elementos fundamentais na realização
comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos
relacionamentos entre professor/aluno envolve intenções e interesses, sendo esta
interacção o eixo das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes
do desenvolvimento comportamental e elemento agregador de valores nos membros da
espécie humana.
Para melhorar este processo entre professor e alunos da escola Secundária Quisse
Mavota deixamos abaixo algumas sugestões que podem ser adoptadas pelos professores
com vista a garantir uma relação harmoniosa que inspira e motiva os alunos a uma
aprendizagem:
Referências bibliográficas
BELOTTI, Salua Helena Abdalla & FARIA, Moacir Alves de. Relação
Professor/Aluno. Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 1 – nº 1 - 2010
CHAVANA, Graça Celeste Moiane. Análise da influência dos estilos de liderança dos
professores no aproveitamento escolar no ensino primário na cidade de Maputo: O
caso da Escola Primária da Coop. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. Maputo Agosto
de 2015
FARIAS, Jucilene Pereira de Lima. A influência das relações entre professor – Aluno
no processo de ensino – aprendizagem, Brasília, 2014
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GERHARDT, Tatiana Engel & SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
PICANÇO, Ana Luísa Bibe. A relação entre escola e família - as suas implicações no
processo de ensino-aprendizagem. Lisboa, Maio de 2012
Apêndice
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Anexos