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Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................5
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NOSSA HISTÓRIA
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CULTURA E IDENTIDADES
As aulas foram desenhadas para que você não apenas adquira informações
significativas sobre várias concepções de cultura, mas também para que conheça o
conceito de identidade, sua relação intrínseca com a diversidade humana e o
significado da cidadania, como um princípio fundamental do projeto de uma
sociedade efetivamente democrática.
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tornou-se amplamente implantado. A aceitação geral e uso do termo reflete um novo
interesse em questões centradas na identidade não apenas no nível do indivíduo,
mas também como o conceito se aplica a coletivos.
Identidade individual
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outros (Tedeschi, 1981)? Quais são os custos sociais, pessoais e econômico de
conseqüências, como, por exemplo, o estresse, o resort de fantasias individuais e
em grupo e outras formas mais abertamente destrutivas do mal comportamento nas
organizações, como fraude (Punch, 1996)?
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Identidade organizacional
Outros têm argumentado que uma reputação favorável pode gerar retornos
em excesso para uma empresa através da inibição da mobilidade dos rivais (Caves
& Porter, 1977), sinalizando a qualidade do produto (Klein &Leffler, 1981), atraindo
melhores candidatos (Stigler, 1962), melhorando o acesso aos mercados de capitais
(Beatty e Ritter, 1986), e atraindo investidores (Milgrom& Roberts, 1986).
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A clara implicação desta pesquisa parece ser a de que as organizações
precisam adotar projetos de identidades que provoquem ou possibilitem legitimidade
de suas atribuições. No entanto, a identidade continua a ser um tema implícito em
todas as novas abordagens institucionais, e poucas pesquisas sobre os atributos de
identidade específicos associados com a alta legitimidade em contextos particulares
tem sido realizada.
Assim, sugere um novo caminho a seguir, por borrar a distinção habitual entre
as organizações e seus ambientes.
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a) toda organização possui uma cultura;
b) essa cultura explica muitos dos fenômenos que ocorrem na organização;
c) ela favorece ou dificulta a performance organizacional;
d) a cultura pode ser diagnosticada e, aplicando-se certas metodologias,
gerenciada, transformada, ou até inteiramente criada;
e) a liderança é o processo que determina a formação e a mudança da
cultura; e
f) um dos papéis mais importantes dos líderes nas organizações é
justamente a criação, a gestão e, se necessário, a mudança da cultura.
A outra abordagem em estudos da cultura organizacional que contrapõe a
funcionalista é a perspectiva crítica ou sócio antropológica.
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sindicato, trabalhador, governo, sociedade, e tantos outros, que representaram
fontes de pequenos e, por vezes, grandes desacordos. Tanto os argentinos quanto
os brasileiros achavam que essas clivagens interpretativas eram radicais e
irredutíveis. Dentre os diversos conflitos da dinâmica cultural na organização,
destaca-se certas interpretações conflitantes de tempo e espaço.
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facilitando os mecanismos de controle e reduzindo os custos das instalações, dado
que eram os principais investidores, queriam economizar o máximo.
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da teoria das organizações, a partir da utilização de analogias. Ele apresenta
diferentes metáforas que se prestam à compreensão das organizações. Cada
metáfora revelaria uma face do fenômeno organizacional. Por um lado, a força de
sua abordagem reside na perspectiva multidisciplinar.
Geertz (1983a) sugere que as metáforas do jogo, do drama e do texto têm sido
privilegiadas pela teoria social contemporânea para que se interprete a realidade
social. No que se refere à utilização da metáfora do texto, parte do pressuposto de
que as instituições sociais, os costumes, as mudanças e os atos do cotidiano são
passíveis de leitura em algum sentido.
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Mas vale lembrar que, para Geertz, o antropólogo constrói interpretações de
segunda mão, ele interpreta interpretações, lê o texto cultural por sobre o ombro dos
nativos. A rigor, são os próprios sujeitos sociais que interpretam em primeira mão
sua própria cultura para dar sentido as suas vidas. Se a cultura é uma coleção de
textos que os indivíduos escrevem, reescrevem e lêem em suas interações
cotidianas, o antropólogo deve tomar parte nessas interações para interpretar esses
textos, o que não significa virar um nativo, mas aprender a viver com – e não como
– eles, sendo de outro lugar e tendo um mundo próprio, diferente (Geertz, 1983b e
2001).
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literária, que os leitores constroem diferentes leituras de um texto, pois possuem
distintos conhecimentos prévios devido a suas biografias particulares.
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dão sentido a suas vidas. No entanto, tais interpretações não são sempre idênticas
e muitas vezes as clivagens interpretativas configuram uma arena de disputas para
estabelecer a retórica discursiva “verdadeira”.
Como se isso não bastasse, tais atores estão posicionados de forma diferente
e desigual na estrutura social e inserem-se, nesses mesmos termos, na estrutura
organizacional, o que sinaliza para uma outra localização social: o pertencimento de
classe. Toda essa complexidade possui influência marcante na diversidade de
interpretações a que se presta a cultura organizacional, entendida como um texto.
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negassem suas trajetórias particulares, seus panos de fundo culturais, para efetuar
uma interpretação orientada para a mesma direção. Sendo assim, não existem
“verdadeiras” culturas organizacionais, tampouco culturas fortes ou fracas, mas
distintas versões sobre a cultura organizacional, isso porque, como bem afirma Vallé
(1985, p. 242), “não há percepções ‘oficiais’ do mundo”.
CULTURA ORGANIZACIONAL
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possuem seus próprios estilos e singularidades que as diferenciam e as tornam
únicas.
Por outro lado, embora de uma forma mais amena, uma cultura profissional ou
industrial pode influenciar os ambientes local, regional ou nacional e um bom
exemplo disso foi à revolução que jovens revolucionaram o Vale do Silício. Da
mesma forma que uma cultura organizacional pode ser entendida como um
subsistema de contextos culturais maiores, ela pode ser analisada como o contexto
em que subculturas são desenvolvidas. Em empresas grandes e/ou diversificadas
suas culturas podem aumentar em complexidade de tal forma a gerar subculturas
muito diferentes.
Uma subcultura não é boa ou ruim, pois seu valor para a organização depende
da influência que nela exerce. Um bom exemplo dessa influência, que os executivos
prontamente reclamam, são os silos organizacionais representados pelo conjunto de
normas, valores característicos de rotina e discursos que são desenvolvidos dentro
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das subculturas de uma organização, que tornam a coordenação e a colaboração
entre elas difíceis ou impossíveis.
O conceito de cultura forte, definido por Jennifer Chatman e Sandra Cha como
o acordo sobre o que é valorizado e a intensidade com que esses valores são
mantidos, ajuda a esclarecer o problema dos silos organizacionais. Enquanto
organizações comsilos podem ter alta intensidade dentro de suas subculturas, as
diversas subculturas não concordam com o que mais importa. As culturas
pressupõem similaridades e acordos sobre determinados assuntos, no entanto,
também dependem das diferenças.
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Tentou minimizar o problema através do conceito de cultura para as
organizações. Inspirados em seu trabalho, Barry Turner, Andrew Pettigrew,
Pasquale Gagliardi, Gareth Morgan e Peter Frost e Lou Pondy e Linda Smircich
iniciaram os estudos de simbolismo organizacional, que em princípio não foram
levados a sério pela corrente principal da teoria da organização modernista.
Simultaneamente começou-se a formar uma identidade para a subcultura dentro do
campo de internacionalização dos estudos organizacionais.
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Dificuldades semelhantes enfrentam os gerentes dinamarqueses que tentam
usar as práticas de liderança distintamente dinamarquesas para controlar
subsidiárias internacionais em países conhecidos por distâncias mais altas de poder.
Tais dificuldades, de acordo com Hofstede, são o resultado de diferenças de
expectativas culturais.
Schultz propõe que é possível estudar uma determinada cultura a partir do que ele
chama de “artefatos da cultura organizacional”, utilizando exemplos divididos em três
categorias: (i) objetos, (ii) expressões verbais e (iii) atividades, previamente
selecionados e agrupados. Não sendo tendencioso e desprendendose dos seus
próprios conceitosculturais, mesmo que leve algum tempo, é possível que após
algumas análises e diálogos não somente se alcance uma compreensão sobre a
cultura observada como também servirá de meio para compreender a sua própria
cultura e o conceito de cultura em geral.
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Símbolos, Simbolismo e comportamento simbólico
Note-se que reconhecer que um artefato está sendo usado como um símbolo
não corresponde necessariamente a conhecer o seu significado. Descobrir o
significado de um símbolo envolve interpretação dentro do contexto cultural
adequado. Os membros de uma cultural podem ou não estar ciente de usos
simbólicos de artefatos de sua cultura, mas os artefatos em si podem ser absorvidos
diretamente por qualquer pessoa.
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Assim, enquanto os símbolos são frequentemente partilhados, as suas
interpretações são diferentes. Para aqueles que produzem um artefato com um
propósito em mente significado simbólico pode ser claro e direto, mas uma vez que
outros adotam o artefato, vão expressar seus próprios significados com ele.
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Além de conceituar organizações como narrativas, simbólico-interpretativas
pesquisadores da cultura organizacional usam a epistemologia narrativa para
estudar a sua própria teorização como um ato narrativo. Esta abordagem foi
desenvolvida pela primeira vez pelo teórico organizacional John Van Maanen (são
relatórios de fatos sociais que nos dizem o que realmente acontece nas
organizações).
Porém, existem segmentos que defendem que cultura não pode ser
gerenciada em função de serem limitadas por normas e valores baseadas em
suposições de que essas normas e valores estão muito enraizados na cultura da
empresa.
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deve a fatores como estrutura de poder e alta visibilidade em relação a outros
membros da organização.
Porém isso não garante que essas ações dos gestores sejam a mais correta.
Daí esse dilema se encontrar no cerne da questão. Existem aqueles(principalmente
pós modernistas) que acreditam que a cultura representa controle. Outros não.
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De acordo com os simbólicos-interpretativistas a visão de mundo é uma
realidade socialmente construída que ajuda os membros para coordenar suas
atividades e a fazerem sentido as suas experiências de identidade. Neste contexto,
os simbólicos-interpretivistas referem-se a cultura organizacional como a ação dos
membros da organização rotineiramente em orientar sua experiência identidade e
atividade.
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