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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CIÊNCIAS ECONÔMICAS
 
 
GUSTAVO DE MARTINI MARIZ - RA00331321

LUCAS MURARI ABOU ASSALI – RA00330889

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE SOCIOLOGIA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, SP
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 DEFINIÇÃO 4
3 MILLS 4
3.1 IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA 5
4 WEBER 6
4.1 AÇÃO SOCIAL 6
4.2 TEORIA DA DOMINAÇÃO 6
5 DURKHEIM 7
5.1 FATO SOCIAL 7
5.2 CONSCIÊNCIA COLETIVA 8
6 MARX 8
6.1 MATERIALISMO DIALÉTICO 9
6.2 MAIS-VALIA 9
7 CONCLUSÃO 10

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
Nesse trabalho, será abordada a importância da sociologia para o desenvolvimento
pessoal e profissional, e a significância dos aprendizados das aulas. Além disso será
comentado sobre alguns sociólogos vistos em sala, como Charles Wright Mills, Max Weber,
Emile Durkheim e Karl Marx e suas principais teorias.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 DEFINIÇÃO 

A sociologia é uma disciplina acadêmica que estuda a sociedade humana, suas


estruturas, organizações e interações. Ela busca compreender como os indivíduos se
relacionam entre si, como os grupos sociais se formam e se mantêm, como as normas e os
valores sociais são estabelecidos e como as instituições sociais influenciam o comportamento
humano.
A disciplina sociológica desempenha um papel importante na compreensão dos
desafios e problemas sociais enfrentados pelas sociedades contemporâneas. Ela ajuda a
identificar padrões de comportamento social, analisar as causas e consequências das
desigualdades sociais e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas mais
informadas e eficazes. 
No âmbito da economia, a sociologia estuda as instituições econômicas, como
mercados, empresas, organizações internacionais e políticas públicas, analisando suas origens,
funcionamento e impactos sociais.
Portanto, a sociologia é um conhecimento empírico, que utiliza métodos de pesquisa,
como coleta de dados, observação, entrevistas, questionários e análise estatística, para
investigar os fenômenos sociais. Esses métodos permitem aos sociólogos coletar informações
e testar hipóteses, a fim de produzir conhecimento válido e confiável, e, com esses dados,
busca contribuir para a compreensão da sociedade e para a formulação de políticas públicas e
estratégias de intervenção em diferentes campos da sociedade.

3 MILLS

Charles Wright Mills (1916-1962) foi um sociólogo, pesquisador e professor norte-


americano, mestre em artes, Filosofia e Sociologia pela Universidade do Texas e doutor em
Sociologia e Antropologia pela Universidade de Wisconsin
Sua pesquisa enfoca a desigualdade social, o poder das elites, o declínio da classe
média, a relação entre o indivíduo e a sociedade e a importância da perspectiva histórica como
componente fundamental do pensamento sociológico. Sua principal contribuição na
sociologia foi a imaginação sociológica, descrita a seguir.
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3.1 IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA

A "imaginação sociológica" é um conceito desenvolvido por Charles Wright Mills em


seu livro "A Imaginação Sociológica". Essa obra busca estimular uma forma de pensar
sociologicamente, conectando a vida pessoal dos indivíduos com as estruturas sociais mais
amplas.
A imaginação sociológica envolve a capacidade de ir além da visão limitada do
indivíduo e compreender como as questões pessoais estão interligadas com os contextos
sociais, históricos e políticos em que vivemos. Trata-se de uma forma de pensamento que
permite perceber que nossas experiências individuais são moldadas por forças sociais,
econômicas e culturais, e que essas forças têm implicações mais amplas na sociedade como
um todo.
A utilização da "imaginação sociológica" assenta na necessidade de compreender o
significado social e histórico do indivíduo na sociedade e no período em que se manifesta a
sua situação e a sua existência. Ela é usada para ver o que acontece ao nosso redor e o que
acontece conosco como a interseção entre a biografia e a história social.
Anthony Giddens, importante sociólogo do século XX descreve a “imaginação
sociológica” de forma magistral:
“A imaginação sociológica nos pede, sobretudo, que sejamos capazes de
pensar nos distanciando das rotinas familiares de nossas vidas cotidianas para poder
vê-las como se fosse algo novo. Consideremos o simples ato de beber uma xícara de
café. Que poderíamos dizer, desde um ponto de vista sociológico, deste feito de
comportamento, que parece ter tão pouco interesse? Muitíssimas coisas. Em
primeiro lugar, poderíamos apontar que o café não é só uma bebida, já que tem um
valor simbólico como parte de uns rituais sociais cotidianos. (...)
Em segundo lugar, o café é uma droga que contém cafeína, a qual tem um
efeito estimulante no cérebro. A maioria das pessoas na cultura ocidental não
considera que os adeptos ao café consomem drogas (...)
Em terceiro lugar, um indivíduo, ao beber uma xícara de café, forma parte
de uma série extremamente complicada de relações sociais e econômicas que se
estendem por todo o mundo. (...) O estudo destas transações globais constitui uma
tarefa importante para a Sociologia.
Finalmente, o ato de beber uma xícara de café supõe que anteriormente
se tem produzido um processo de desenvolvimento social e econômico. ”

  
 
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4 WEBER 

Max Weber (1864-1920) foi um sociólogo, jurista e economista alemão considerado


um dos fundadores da sociologia moderna. Ele nasceu em Erfurt, Alemanha, e é conhecido
por suas contribuições teóricas e pela análise abrangente da sociedade, economia e política.
Suas teorias não correspondiam a nenhuma corrente de pensamento de sua época, mas
seu pensamento parecia ser uma síntese genuína da moderna tradição científica e filosófica
alemã. Algumas de suas principais teorias e ideias, detalhadas a seguir são a ação social e a
teoria da dominação.

4.1 AÇÃO SOCIAL

A ação social é a correlação do comportamento de um indivíduo com as atitudes de


seus pares. Em sociologia, essas atitudes podem ser definidas em tipos, que serão discutidos a
seguir. Essas divisões, porém, são ideais porque as sociedades são dinâmicas, envolvendo
cada indivíduo individualidade, subjetividade e interpretações únicas.
Weber divide as ações sociais em quatro definições, segmentadas em ações racionais e
irracionais.
A ação racional pode ter relação a fins ou a valores. A ação relacionada a fins tem um
objetivo estabelecido de maneira racional, no qual o autor da ação social procura atingir um
objetivo. Para isso, o autor utiliza-se dos meios necessários que garantam esse objetivo final.
Já a ação relacionada a valores, o indivíduo orienta suas ações de acordo com seus valores e
crenças pessoais. O indivíduo age de acordo com aquilo que considera correto levando em
conta por exemplo valores familiares ou religiosos.
Na divisão da ação irracional, ela pode ser tradicional ou emotiva. Na ação tradicional
o indivíduo pauta suas ações de acordo com as tradições, vivências e costumes da sociedade
da qual faz parte, e a ação emotiva é baseada em questões de afinidade, afetividade e aspectos
emocionais do indivíduo.

4.2 TEORIA DA DOMINAÇÃO


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Em um de seus estudos mais importantes, o sociólogo alemão Max Weber propôs três
tipos de governo puramente legítimos, cada um dos quais produz um tipo diferente de
autoridade. Weber enfatizou que esses tipos ideais são construções teóricas e que, na
realidade, a dominação legítima é frequentemente uma combinação desses elementos. Além
disso, as formas de dominação podem mudar ao longo do tempo e variar entre diferentes
contextos históricos e culturais.
O primeiro tipo de dominação é a tradicional. Esse tipo de dominação é baseado em
costumes, tradições e autoridade hereditária. Ela se sustenta pela crença arraigada na
legitimidade do poder exercido por líderes tradicionais, sendo um exemplo disso a família
patriarcal. Os filhos obedecem aos pais por uma relação de fidelidade há muito estabelecida e
respeitada.
O segundo tipo é a dominação carismática. Nela, a relação é baseada na crença dos
subordinados nas qualidades superiores do líder. Essas qualidades podem ser dons
sobrenaturais e coragem e inteligência inigualáveis. Pode-se tomar como exemplo qualquer
grupo religioso centrado na figura do profeta, que só graças às suas aptidões e conhecimentos
pessoais, sem recorrer à força consegue recrutar um grande número de seguidores.
O terceiro tipo de dominação é a legal. Esse tipo de dominação é baseado em regras,
leis e procedimentos formais. A autoridade legal é estabelecida por meio de instituições
burocráticas e de um conjunto de regras e regulamentos claramente definidos. Essas regras
determinam ao mesmo tempo a quem e em que medida as pessoas devem obedecer.

5 DURKHEIM

Émile Durkheim (1858-1917) foi um sociólogo, filósofo e antropólogo judeu francês


amplamente reconhecido como um dos fundadores da sociologia moderna. Dedicou-se ao
estudo científico da sociedade e desenvolveu teorias e conceitos importantes para
compreender a estrutura social, as instituições e os fenômenos sociais.
Durkheim acreditava que a sociedade é um objeto legítimo de estudo científico e que
os fenômenos sociais devem ser analisados com base em métodos empíricos e rigorosos. Ele
procurou estabelecer a sociologia como uma disciplina acadêmica autônoma, separada da
filosofia e da psicologia. Dentre suas teorias mais famosas, estão os fatos sociais e a
consciência coletiva

5.1 FATO SOCIAL


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Um dos principais conceitos de Durkheim é o Fato Social, que é o entendimento da


sociedade como uma realidade objetiva, podendo ser estudada assim como outras áreas.
Existem três elementos essenciais que o tornam factuais: a generalidade, a externalidade e a
coercitividade.
A generalidade argumenta que as instituições sociais são universais e se aplicam a
todos os indivíduos em uma sociedade.
A externalidade argumenta que as instituições sociais existem independentemente das
vontades ou ações dos indivíduos, não podendo ser alteradas facilmente por grupos isolados.
Por fim, a coercitividade diz que as instituições sociais exercem um certo grau de
poder ou força sobre os indivíduos, e é necessária para garantir que as instituições sociais
sejam respeitadas e mantidas pelos membros da sociedade.

5.2 CONSCIÊNCIA COLETIVA

A consciência coletiva é um conceito central na teoria sociológica de Émile Durkheim.


Ele definiu a consciência coletiva como o conjunto de crenças, valores, normas e ideias
compartilhadas pelos membros de uma sociedade. Essa consciência coletiva é transmitida de
geração em geração, e desempenha um papel fundamental na coesão social e na regulação do
comportamento individual.
Para Durkheim, a consciência coletiva é uma entidade social sui generis, ou seja, uma
realidade social distinta que existe além dos indivíduos. Ela representa a influência da
sociedade sobre os indivíduos e molda suas percepções, comportamentos e identidades. A
consciência coletiva é internalizada pelos indivíduos desde a infância por meio do processo de
socialização.
Durkheim argumentou que a consciência coletiva é responsável por estabelecer e
reforçar as normas sociais e os valores morais que guiam a conduta dos membros da
sociedade. Ela fornece um senso de identidade coletiva e de pertencimento a um grupo social
específico. Por exemplo, em uma sociedade, a consciência coletiva pode definir o que é certo
e errado, o que é considerado aceitável ou desviante, e influenciar os comportamentos
individuais em conformidade com essas normas.

6 KARL MARX
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Karl Marx foi um filósofo, economista, historiador, sociólogo, teórico político,


jornalista, e revolucionário socialista alemão. Banhado nas ideias de Hegel e Ludwig
Fleurbach
Marx considera o Homem mergulhado nas relações sociais, as quais moldam os humanos,
assim como, influenciam no que pensam e no que fazem, levando que as relações sociais
condizem o comportamento individual. Também teve grandes contribuições ao campo da
sociologia. Ele, Durkheim e Weber formam a tríade dos sociólogos clássicos
6.1 MATERIALISMO DIALÉTICO
Uma de suas principais contribuições a este campo é a ideia do Materialismo
Dialético. Quanto a ele diz Marx:
“A mistificação que a dialética sofre nas mãos de Hegel não impede, de
modo algum, que ele tenha sido o primeiro a expor as suas formas gerais de
movimento, de maneira ampla e consciente. É necessário invertê-la, para descobrir o
cerne racional dentro do invólucro místico…. O movimento, repleno de
contradições, da sociedade capitalista faz-se sentir ao burguês prático de modo mais
contundente nos vaivéns do ciclo periódico que a indústria moderna percorre e em
seu ponto culminante — a crise geral. ”
Hegel admitia que a Ideia, a Razão, é a substância de toda a vida natural e espiritual.
Portanto, todo o real é racional e, por consequência, também a História se desenha
racionalmente, desenvolvendo-se com uma lógica racional, com um sentido. Os vários
aspectos da realidade fazem parte de um todo continuamente em evolução dinâmica. Esta
evolução faz-se através do conflito de elementos opostos, o que se traduz na dialética. O
espírito começa por formular uma afirmação que constitui a tese. O espírito começa a
desenvolver um conjunto de objeções, chegando a uma afirmação contrária da primeira, que
constitui a antítese. O confronto entre a tese e a antítese, o espírito desenvolve um esforço no
sentido para encontrar uma nova afirmação que constitui a síntese. Esta síntese passa a
constituir uma nova tese, a qual se inicia a erguer novas objeções, e assim por diante. Marx,
sendo hegeliano de formação, aplica o seu método não ao mundo das ideias, mas à realidade
material. Marx é materialista, contrariamente à Hegel que é idealista. No materialismo que foi
inspirado por Feuerbach, para quem só a matéria existia.

6.2 MAIS-VALIA

A Mais-valia, é uma das outras grandes contribuições e críticas ao sistema capitalista.


Marx percebe uma discrepância enorme entra o salário que vai ao trabalhador e o que fica
para o capitalista O trabalho realizado durante os dias pelos quais o trabalhador efetivamente
é remunerado, é chamado por Marx de trabalho necessário, pois é o tempo de trabalho que
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proporciona a ele as condições para sua subsistência. Os outros dias de trabalho, cujo valor é
apropriado pelo capitalista, é denominado trabalho excedente. A mais valia, por sua vez, é o
valor gerado pelo trabalho excedente. Para Marx, há duas formas de extrair mais valia. Uma
delas é por meio do prolongamento da jornada de trabalho, para além do tempo necessário
para que o trabalhador produza as condições de sua subsistência, e da apropriação desse
trabalho excedente pelo capitalista. Ou seja, aumenta-se a jornada de trabalho sem que o
salário tenha um aumento proporcional. Essa forma de extração de mais valia é chamada
de mais valia absoluta.  É possível aumentar a exploração de mais-valia sem alterar o número
de horas trabalhadas. Isso pode ser feito por meio de melhorias nos processos técnicos de
trabalho, que aumentam a produtividade. Adquirir máquinas que tornem o trabalho mais
rápido ou organizar a disposição dos trabalhadores nas fábricas de modo mais eficiente.
“A produção de mais valia absoluta gira exclusivamente em torno da
duração da jornada de trabalho; a produção da mais valia relativa revoluciona
totalmente os processos técnicos de trabalho e as combinações sociais.’’ (MARX, O
Capital, Livro 1, Vol. 2, p. 586). 

7 CONCLUSÃO 
 
  Os cursos de Sociologia são de extrema importância, principalmente quando se
considera que o texto é quase que totalmente dele retirado.
Especialmente para estudantes de ciências econômicas como nós, a relevância dos cursos de
sociologia se torna ainda mais aparente. Isso porque a sociologia fornece uma perspectiva
crítica e reflexiva sobre a economia e os mercados, permitindo que os alunos entendam as
relações sociais por trás das atividades econômicas e financeiras.
Além disso, a sociologia pode ajudar os alunos a compreender as dinâmicas sociais e
políticas que afetam a economia e a relação entre desigualdade social e problemas
econômicos. Isso é ótimo para que os alunos se tornem profissionais mais capazes e
conscientes.
As ações de poder funcionam e como nos engajamos social e politicamente para mudar nosso
ambiente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BODART, Cristiano. Charles Wright Mills: Criador do conceito de imaginação sociológica.


Café com Sociologia, 2012. Disponível em: https://cafecomsociologia.com/charles-wright-
mills/. Acesso em: 22 maio 2023.

FRAZÃO, Dilva. Charles Wright Mills. ebiografia, 2015. Disponível em:


https://www.ebiografia.com/charles_wright_mills/. Acesso em: 22 maio 2023.

ROCHA, Larissa . Imaginação Sociológica. Descomplica, Ano da Publicação. Disponível


em: https://descomplica.com.br/d/vs/aula/imaginacao-sociologica/. Acesso em.

ELIAS, Kauane . Ação social: o que é o conceito desenvolvido por Max Weber. Estratégia,
2023. Disponível em: https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/sociologia/acao-
social/. Acesso em: 22 maio 2023.

CRUZ, Natália . Ação Social: aprenda o que é e entenda o que pensa Weber. Quero Bolsa,
Ano da Publicação. Disponível em: https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/acao-social.
Acesso em: 22 maio 2023.

MORAES, Isabela. Mais valia: o conceito central da teoria marxista. politize, 2019.
Disponível em: https://www.politize.com.br/mais-valia/. Acesso em: 22 maio 2023.
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