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2ᵒ ANO
TRABALHO DE COMPO
Para Camargo et all (2012) a palavra “cultura” é um termo antigo e o seu conceito está no centro das
discussões antropológicas mostrando ser um assunto inesgotável, permitindo que sejam feitas
interpretações distintas de seus usos e valores. Inicialmente, na sociedade romana, referia-se ao
cultivo de produtos relacionados com a terra, à educação, ao desenvolvimento da infância e ao
cuidado com os deuses.
Segundo Prahalad e Hammel (1995), a cultura organizacional pode ser entendida como a genética
corporativa e sua consequente influência como factor facilitador ou de resistência, nos processos de
mudança.
Luz (2003) citado por Camargo et all (2012), entende a cultura organizacional como o conjunto de
atributos físicos e psicossociais de uma organização que caracteriza o seu modo de ser e determina a
sua identidade. A cultura molda a identidade de uma organização, assim como a identidade e o
reconhecimento dos próprios funcionários. Neste sentido, segundo Srour apud Luz (2003) citado por
Camargo et all (2012), a cultura organizacional pode ser aprendida, transmitida e partilhada e, desta
forma, exprime a identidade da organização.
2.2 Factores que influenciam na cultura organizacional
Segundo Freitas (1991), a cultura é apreendida, transmitida, partilhada e recorrente de uma
aprendizagem socialmente condicionada, pois, constitui um conjunto preciso de representações
mentais e um complexo definido de saberes, que formam um sistema coerente de significações, e une
os membros da organização em torno dos mesmos objectivos e modos de agir.
Segundo Freitas (2007), a descrição dos elementos que constituem a cultura organizacional, a forma
como eles funcionam e as mudanças comportamentais que tais elementos provocam, são uma
maneira de tratar o assunto de forma mais concreta e possibilitar o seu reconhecimento e
entendimento mais facilmente.
2.3 As Organizações e a Cultura Organizacional
As organizações estão inseridas dentro de um ambiente e interagem com ele, recebendo delas
influências e influenciando-o. As pessoas que actuam nas organizações são agentes que contribuem
para esse intercâmbio constante, sendo seus valores componentes para a formação da cultura da
organização.
Smircich (1983) compreende a organização como um organismo adaptativo que existe por meio de
processos de trocas com o ambiente. Na visão da autora, a organização é também um sistema de
conhecimento. A noção de organização repousa sobre a rede de significados subjectivos que os
membros partilham e que parecem funcionar de uma maneira regular.
Para Morgan, toda organização está inserida em um espaço cultural e social e é este espaço que
determina como a organização será administrada. Toda organização recebe influência do contexto
cultural onde se insere.
As organizações são instrumentos criados para atingirem outros fins. A organização depende das
pessoas para atingir seus objectivos. É por meio da interacção entre as pessoas que se definem os
propósitos das organizações. É por isso que as ideias sobre tarefas, metas, propósitos e objectivos se
tornaram conceitos organizacionais tão fundamentais.
Dias (1998) afirmam que as organizações públicas têm como objectivo prestar serviços para a
sociedade. Elas podem ser consideradas como sistemas dinâmicos, extremamente complexos,
interdependentes e inter-relacionados coerentemente, envolvendo informações e seus fluxos,
estruturas organizacionais, pessoas e tecnologias. Elas cumprem suas funções, buscando uma maior
eficiência da máquina pública e um melhor atendimento para a sociedade.
Segundo Dussault (1992:13), as organizações de serviços públicos dependem em maior grau do que
as demais do ambiente sociopolítico: seu quadro de funcionamento é regulado externamente à
organização. As organizações públicas podem ter autonomia na direcção dos seus negócios, mas,
inicialmente, seu mandato vem do governo, seus objectivos são fixados por uma autoridade externa.
Percebe-se que as organizações públicas são mais vulneráveis à interferência do poder político, pois
são geridas pelo poder público. Elas, também, têm a missão de prestar serviços à sociedade.
Evidentemente, esta prestação de serviços está, habitualmente, em contradição com a limitação dos
recursos recebidos por elas. E, quando há recursos disponíveis, eles tendem a depender da decisão
política e das flutuações da capacidade económica do Estado.
3. Conclusões
Chegado ao fim deste trabalho com o tema: Funcionamento da Administração Pública Moçambicana:
Influência da Cultura Organizacional teve as minhas conclusões que organizações públicas são mais
vulneráveis à interferência do poder político, pois são geridas pelo poder público. Elas, também, têm a
missão de prestar serviços à sociedade.
Evidentemente, esta prestação de serviços está, habitualmente em contradição com a limitação dos
recursos recebidos por elas. E, quando há recursos disponíveis, eles tendem a depender da decisão
política e das flutuações da capacidade económica do Estado e na mesma senda dizer que as
organizações de serviços públicos dependem em maior grau do que as demais do ambiente
sociopolítico.
4. Referências Bibliográficas
Camargo, M. E. (2012) Impactos da Cultura e Clima Organizacional na Organizações; 1ª ed.
São Paulo.
Freitas, M. (2007) E. Cultura organizacional: evolução e crítica. 1ª ed. São Paulo:
ThomsonLearning.
Luz, R. (2003) Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro. Qualitymark. Praxedes, R. (2013)
Faltas Injustificadas: Consequências; S.l.
Srour, R. H. (1998) Poder, Cultura e Ética nas Organizações. São Paulo: Campus.