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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

Introdução ao Estudo da História das Sociedades

Nome: Beluz Pedro Trava

Código de Estudante: 708236784

Curso: Lic. em Administração Publica

Cadeira: Historia das Sociedades I, 1º Ano

O tutor(a): Trafina José Dava

Nampula, Maio, 2023


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Índice
Introdução....................................................................................................................................3

1. Introdução ao Estudo da História das Sociedades................................................................4

1.1. Sociabilidade.....................................................................................................................4

2. Conceito de Sociedade e de Cultura.....................................................................................5

2.1. O indivíduo: ser social......................................................................................................8

2.2. Cultura...............................................................................................................................9

3. Noção de Grupo Social e sua Natureza..............................................................................10

3.1. Características dos Grupos..............................................................................................10

3.2. Estrutura social................................................................................................................11

3.3. Sistema de Valores..........................................................................................................11

3.4. Papeis individuais...........................................................................................................11

3.4.1. Relações recíprocas.....................................................................................................11

3.4.2. Normas comportamentais............................................................................................11

3.4.3. Finalidade social..........................................................................................................12

3.4.4. Permanência................................................................................................................12

Conclusão...................................................................................................................................13

Bibliografia................................................................................................................................14
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Introdução
O trabalho que agora se apresenta, tem como tema Introdução ao Estudo da História das
Sociedades, no qual ira definir sociedade e cultura, enumerar as formas de organização socias,
explicar a natureza de grupo Social, brm como caracterizar os grupos sociais. Assim, A
socialização é um fenômeno necessário para a integração de um indivíduo à sociedade. Para os
sociólogos, a socialização é o processo pelo qual o impotente bebê humano gradualmente se
torna uma pessoa autoconsciente e culta, hábil nos modos da cultura em que nasceu. Portanto
Todas as sociedades têm caraterísticas que perduram por longas extensões de tempo, mesmo que
seus membros morram e nasçam novas pessoas. As sociedades têm muitos aspectos sociais e
culturais característicos, que persistem há gerações – entre eles, as diferentes línguas faladas por
seus membros. Pois A própria natureza humana exige que os Homens se agrupem. A vida em
sociedade é condição necessária à sobrevivência da espécie humana. É neste sentido que os seres
humanos organizam-se de muitas maneiras para poderem viver e trabalhar juntos dentro da
sociedade.

Objectivos:

Geral
 Abordar sobre Estudo da História das Sociedades
Especificos
 Definir o conceito sociedade e cultura;
 Enumerar as formas de organização social;
 Explicar a natureza de grupo Social;
 Caracterizar os grupos sociais.

Em termos metodológicos, o trabalho resulta de uma pesquisa bibliografia baseada em módulos e


outras fontes consultadas. E o mesmo está estruturado em diversos títulos e subtítulos que
corporizam
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1. Introdução ao Estudo da História das Sociedades


1.1. Sociabilidade
O homem é um ser social. A longa dependência da criança, desde o nascimento, das figuras dos
pais, leva a desenvolver todas as capacidades (inteligência, memória, linguagem, pré-
disposições, etc) na relação com o outro. Toda criança é dotada de instrumentos intatos que
favorecem o contato com outras pessoas, que irão influenciar a trajetória de vida dela. Aquilo
que inicialmente é uma necessidade de relação, indispensável para sua sobrevivência física,
torna-se rapidamente necessário para sua sobrevivência psicológica. Sua saúde mental e seu
equilíbrio emotivo dependem da qualidade de suas relações com o mundo externo. Para
compreendermos mais claramente o conceito de sociedade, devemos dar um rápido salto para
trás, para a aurora da civilização humana.

A humanidade resistiu às condições ambientais adversas porque conseguiu alimentar-se,


salvaguardar a sua prole e defender-se de animais predadores. A superioridade das forças da
natureza contra uma relativa fragilidade humana tornava indispensável a ação coordenada de
várias pessoas. Portanto, os seres humanos se alinharam em função de um objetivo comum que
era a sobrevivência e através dele coordenaram suas ações em grupo. A divisão de tarefas, a
linguagem necessária para a comunicação, a religião e outras formas de interação social foram
criadas tendo em vista a manutenção e perpetuação do grupo.

Podemos agora voltar desse longo salto que nos levou aos primórdios da humanidade, a fim de
chegarmos à uma definição geral de sociedade como “conjunto de pessoas no qual a vida comum
se caracteriza pela concordância intencional entre ações e metas dos membros”.

Podemos pensar a sociedade como um contexto de fundo em que se desenvolva a interação


humana ou como palco em que se desenrola uma representação. Ela é uma moldura que contém
e dá sentido às ações que nela se sucedem. Devemos ficar atentos para o fato de que a sociedade
não pode, em momento

algum, ser identificada como um conjunto único e indistinto, porque ela é composta de um
conjunto de subgrupos (instituições, famílias, clãs, parentelas, grupos por sexo e por idade, etc..),
que se comunicam entre si.

A socialização é um fenômeno necessário para a integração de um indivíduo à sociedade. Para os


sociólogos, a socialização é o processo pelo qual o impotente bebê humano gradualmente se
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torna uma pessoa autoconsciente e culta, hábil nos modos da cultura em que nasceu. A
socialização dos jovens possibilita o fenômeno mais geral da reprodução social – o processo pelo
qual as sociedades mantêm continuidade estrutural ao longo do tempo. No decorrer da
socialização, especialmente nos primeiros anos de vida, as crianças aprendem os modos dos mais
velhos, perpetuando valores, normas e práticas sociais. Todas as sociedades têm caraterísticas
que perduram por longas extensões de tempo, mesmo que seus membros morram e nasçam
novas pessoas. As sociedades têm muitos aspectos sociais e culturais característicos, que
persistem há gerações – entre eles, as diferentes línguas faladas por seus membros.

Como os sistemas familiares variam amplamente, a variedade de contatos familiares que o bebê
tem não é padronizada nas diferentes culturas. Em toda parte, a mãe costuma ser o indivíduo
mais importante no início da vida da criança, mas a natureza dos relacionamentos estabelecidos
entre as mães e seus filhos é influenciada pela forma e regularidade de seu contato, que é
condicionada pelo caráter das instituições familiares e sua relação com outros grupos da
sociedade.

2. Conceito de Sociedade e de Cultura


Sociedade: conjunto de pessoas que vivem em estado gregário, ou é o conjunto de indivíduos
unidos pelas leis comuns para atingir um fim determinado.

Cultura: é um sistema complexo de códigos e padrões partilhados por uma sociedade ou


um grupo social e que se manifesta nas normas, crenças, valores, criações e instituições que
fazem parte da vida individual e colectiva dessa sociedade ou grupo. (In Dicionário da Língua
Portuguesa, 2004, p.458).

Sociedade humana: é o conjunto de grupos sociais, compostos de pessoas unidas por laços
de interdependência e sociabilidade, cujo comportamento predominante é regulado por uma
estrutura social dinâmica resultante das acções dos vários agrupamentos que a constituem,
especialmente dos mais poderosos ou influentes.

A própria natureza humana exige que os Homens se agrupem. A vida em sociedade é condição
necessária à sobrevivência da espécie humana. É neste sentido que os seres humanos organizam-
se de muitas maneiras para poderem viver e trabalhar juntos dentro da sociedade. Segundo Karl
Mannheim, os contactos e processos sociais que aproximam ou afastam os indivíduos, provocam
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o surgimento de formas diversas de agrupamentos sociais. Tais formas são os grupos sociais e os
agregados sociais.

Formas de organização social

Grupos sociais Agregados sociais


Multidão
Público Primários Secundários

Permanentes Permanentes Massa


Estáveis Transitórios
Instáveis

Os grupos sociais são mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social.
Nos grupos sociais há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais
bem definidas. Por exemplo, na família, na escola, na igreja, no clube, no estado, etc.

Muitos grupos sociais formam-se a partir do próprio lugar geográfico onde as pessoas existem.
Outros grupos têm um número reduzido de membros e possuem um objectivo bastantes pecífico,
sendo que outros possuem uma grande variedade de metas. Em geral, os grupos que
normalmente as pessoas fazem parte, já existiam antes que elas entrassem e continuam existindo
mesmo depois de elas se retirarem dos mesmos.

Se você percorrer os acontecimentos cotidianos, ou de um único jeito qualquer de sua vida,


perceberá que participou e/ou interagiu com diversos grupos diferentes. Provavelmente terá
sentido mais afinidade com alguns deles e terá participado mais com eles do que com outros.

Na sociedade há diversos grupos que se integram, se compenetram e se sobrepõem uns aos


outros, todos com caraterísticas diferentes. Pensemos em alguns grupos que fazem parte do
nosso dia-a-dia: família, turma de escola, colegas de trabalho, time de futebol, grupos políticos,
igrejas, etc...
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Há variáveis que nos permitem classificar os diversos grupos e se referem a três ordens de
grandeza:

 Número de membros: basicamente a quantidade de pessoas que compõem determinado


grupo, sendo impossível determinar qual seria o número máximo de pessoas necessárias
para caracterizar um grupo. O número dos membros incide sobre o desenvolvimento das
relações e da comunicação e influencia a qualidade dessas relações. Quando o número de
membros é tão elevado que impede o relacionamento direto entre eles, há necessidade de
uma cultura comum que promove unidade e identificação dos diferentes membros.
 Interação e comunicação: para que seja criado um grupo é indispensável que se
desenvolvam entre seus membros interações regulares que, por sua vez, se baseiem numa
rede adequada de comunicações. É importante, porém, que essas relações se fundem
sobre algo significativo para todos os membros.
 Comunhão de valores e metas: eles representam o aglutinamento que mantém unidos os
diversos membros do grupo, que os faz interagir com uma finalidade e que torna
significativas suas ações. As metas representam a concretização dos valores que formam
a base das escolhas do grupo.

Um conjunto de pessoas não forma necessariamente um grupo. Pense na fila de supermercado:


um conjunto de pessoas que, devido à proximidade física, estão casualmente próximas e podem
acabar de engajando numa conversa ou outra por razões de cordialidade ou para passar o tempo
Estão todos agrupados em virtude de um objetivo individual, não procuram nenhum tipo de
coesão ou identificação entre os membros daquela fila. Acaso.

Portanto, o grupo social pode ser definido como um agregado de seres humanos no qual existem
relações específicas entre os indivíduos que o compreendem e cada indivíduo tem consciência do
próprio grupo e seus símbolos. Em suma, um grupo tem pelo menos uma estrutura e organização
rudimentares e uma base psicológica da consciência de seus membros.

Uma família, uma aldeia, uma associação esportiva, um sindicato ou um partido político são,
cada qual, um grupo nesse sentido. O entanto existem também grupamentos mais amplos de
indivíduos uma tribo, uma nação ou um império e os sociólogos em geral sempre fizeram
distinção entre essas entidades, concebidas como “sociedades inclusivas” e os grupos menores
existentes dentro delas. Alguns autores também identificaram uma terceira categoria de “quase
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grupos”, caracterizada por relações mais tênues entre os membros, menor consciência de grupo e
talvez uma existência mais fugaz, indicando, como exemplos desse fenômeno, multidões ou
turbas, agregados por idade ou sexo e classes sociais.

Nesse último caso as caraterísticas comuns dos indivíduos podem se tornar base para ação
comunal e talvez cristalizar-se em grupos organizados. A partir de vários pontos d vista,
portanto, o estudo de grupos pode lançar luz sobre algumas questões fundamentais do
pensamento social, com respeito à relação entre indivíduo e sociedade, às fontes de solidariedade
e estabilidade social e aos pré-requisitos de uma ordem democrática.

2.1. O indivíduo: ser social


Cada indivíduo, ao nascer, segundo Strey (2002, p. 59), “encontra-se num sistema social criado
através de gerações já existentes e que é assimilado por

meio de inter-relações sociais”. O homem, desde seus primórdios, é considerado um ser de


relações sociais, que incorpora normas, valores vigentes na família, em seus pares, na sociedade.
Assim, a formação da personalidade do ser humano é decorrente, segundo Savoia (1989, p. 54),
“de um processo de socialização, no qual intervêm fatores inatos e adquiridos”. Entende-se, por
fatores inatos, aquilo que herdamos geneticamente dos nossos familiares, e os fatores adquiridos
provém da natureza social e cultural.

O homem é um animal que depende de interação para receber afeto, cuidados e até mesmo para
se manter vivo. Somos animais sociais, pois o fato de ouvir, tocar, sentir, ver o outro fazem parte
da nossa natureza social. O ser humano precisa se relacionar com os outros por diversos motivos:
por necessidade de se comunicar, de aprender, de ensinar, de dizer que ama o seu próximo, de
exigir melhores condições de vida, bem como de melhorar o seu ambiente externo, de expressar
seus desejos e vontades.

Essas relações que vão se efetivando entre indivíduos e indivíduos, indivíduos e grupos, grupos e
grupos, indivíduo e organização, organização-organização, surgem por meio de necessidades
específicas, identificadas por cada um, de acordo com seu interesse. Vivemos em diversos grupos
(familiares, de vizinho, de amigos, de trabalho) nos quais interagimos e crescemos.

Os mais diversos grupos sociais influenciam na vida do indivíduo. O indivíduo tem, para si,
claras as características que o diferencia dos demais, como seus fatores biológicos, seu corpo
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físico, seus traços, sua psiquê que envolve emoções, sentimentos, volições, temperamento.
Todavia, o indivíduo, como objeto de estudo da psicologia social e da sociologia, é considerado,
segundo Ramos (2003, p. 238), da seguinte maneira: indivíduo dentro dos seus padrões sociais,
vive em sociedade, como membro do grupo, como “pessoa”, como “socius”. A própria
consciência da sua individualidade, ele a adquire como membro Grupo e indivíduo do grupo
social, visto que é determinada pelas relações entre o “eu” e os “outros”, entre o grupo interno e
o grupo externo

O grupo é uma realidade vital com profundo efeito sobre o comportamento dos indivíduos em
todas as situações sociais. Se afastássemos um Homem de todas o laço de grupo em breve ficaria
doente e possivelmente morreria; e se o integrássemos na lealdade de grupo, sua resistência e
sacrifício seriam quase inacreditáveis. Podemos então admitir que o comportamento do indivíduo
é controlado pelas experiências de grupo.

2.2. Cultura
O indivíduo, enquanto ser particular e social, desenvolve-se em um contexto multicultural, em
que temos regras, padrões, crenças, valores, identidades muito diferenciadas. Assim, a cultura
torna-se um processo de “intercâmbio” entre indivíduos, grupos e sociedades.

A partir do momento em que faz uso da linguagem, o indivíduo se encontra em um processo


cultural, que, por meio de símbolos, reproduz o contexto cultural que vivencia. Strey (2002)
aponta que o indivíduo tanto cria como mantém a sua cultura presente na sociedade.

Cada sociedade humana tem a sua própria cultura, característica expressa e identificada pelo
comportamento do indivíduo. Segundo Strey (2002, p. 58), “o homem é também um animal, mas
um animal que difere dos outros por ser cultural”. Para ele, a cultura refere-se ao conjunto de
hábitos, regras sociais, intuições, tipos de relacionamento interpessoal de um determinado grupo,
aprendidos no contexto das atividades grupais.

Assim, não podemos considerar a cultura como algo isolado, mas como um conjunto, integrado
de características comportamentais aprendidas. Essas características são manifestadas pelos
sujeitos de uma sociedade e compartilhadas por todos. Com isso, a cultura refere-se ao modo de
vida total de um grupo humano, compreendendo seus elementos naturais, não naturais e
ideológicos. Segundo Ramos (2003, p. 265), “as culturas penetram o indivíduo [...] da mesma
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forma que as instituições sociais determinam estruturas psicológicas [...] o homem pensa e age
dentro do seu ciclo de cultura”.

3. Noção de Grupo Social e sua Natureza


Geralmente quando falamos de grupo, automaticamente queremos indicar uma junção de pessoas
que ocupam determinado lugar. Esta definição seria muito limitada para o grupo social em
termos concretos e apelando a análise de vários sociólogos; pelo que podemos dizer que o grupo
social é a reunião de duas ou mais pessoas associadas pela interacção e, por isso capazes de
realização de acção conjunta visando atingir um objectivo comum. Ao longo da vida o indivíduo
participa de vários grupos sociais.

Segundo Fichter, os grupos sociais formam uma colectividade identificável, estruturada,


contínua de pessoas sociais que desempenham papeis recíprocos, segundo determinadas normas,
interesses e valores sociais, para a consecução de objectivos comuns. O que quer dizer que não é
somente um termo aplicado à mera colecção de pessoas que espontaneamente se encontram em
determinado lugar sem que estejam relacionadas entre si, mas sim a uma colecção de pessoas que
respondem a certos critérios.

3.1. Características dos Grupos


Os grupos apresentam diversidades entre si, não só na forma de recrutamento como também na
organização, finalidade e objectivos. A maioria dos autores destacam como características dos
grupos sociais as seguintes: identificação, estrutura social, papeis individuais, relações
recíprocas, normas comportamentais, interesses e valores comuns, finalidade social e
permanência.

Identificação: o grupo deve ser identificado como tal pelos seus membros e pelos elementos de
fora. As pessoas envolvidas devem ter consciência de que são membros do grupo. Os grupos
sociais são superiores ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ela já existe; ao
mesmo tempo o grupo é exterior ao indivíduo, quer dizer quando a pessoa sai do ele continua a
existir;

3.2. Estrutura social


é o conjunto de pessoas e grupos em interação. As estruturas se diferenciam umas das outras pelo
modo pelo qual os diferentes grupos têm ou não acesso aos recursos. No sistema social, é
evidente que as pessoas ou os grupos que têm a oportunidade de usar e controlar os recursos
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econômicos, tecnológicos e culturais se situam numa posição diferente, de mais poder do que os
outros. A estrutura social oferece, portanto, informações sobre a estrutura de poder e sobre a
dinâmicas do controle social.

No grupo cada componente ocupa uma posição relacionada com a posição dos demais.

3.3. Sistema de Valores


É um conjunto de modelos e de ideais coletivos da sociedade. Esses valores, que podem ser
morais, religiosos, culturais e individuais, influenciam o modo de exprimir e satisfazer as
necessidades e determinam os critérios d avaliação das pessoas e de julgamento de suas ações.

3.4. Papeis individuais


constituem a condição essencial para a existência do grupo e sua permanência como tal, pois
cada um dos seus membros tem uma participação determinada;

3.4.1. Relações recíprocas


As pessoas que constituem um grupo devem interagir mutuamente de modo directo e indirecto;

3.4.2. Normas comportamentais


são certos padrões, escritos ou não que orientam a acção dos componentes do grupo e
determinam a forma de desempenho do seu papel;

Interesses e valores comuns: o que é considerado bom, desejável, aceite compartilhado pelos
membros do grupo. Os membros unem-se em torno de certos princípios e valores, para atingir
um objectivo de todo o grupo.

Existe de algum modo uma interdependência o que acontece para um afecta o outro. Os
indivíduos envolvidos em um grupo devem procurar alcançar os objectivos estabelecidos;

3.4.3. Finalidade social


é a razão de ser e do objectivo do grupo (ex. económica, religiosa, cultural, filantrópica,
corporativa, etc.);

3.4.4. Permanência
Para que um grupo seja considerado como tal, é necessário que a interacção entre os membros se
prolongue durante determinado período de tempo (semanas, meses ou anos). As interacções
passageiras não chegam a formar grupos sociais organizados, forma sim os chamados (agregados
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sociais – público, multidão, massa), que se podem reunir em eventos de pouca duração. Ex.
comícios, espectáculos, greves, etc.
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Conclusão

Chegando a este ponto, conclui-se que, o ser humano, na verdade, é fruto das relações sociais.
Ao mesmo tempo em que ele é individual, é também coletivo, pois vive em um processo
constante de transformação, desde o nascimento até sua morte, por meio de interações grupais
(família, vizinho, trabalho), sendo influenciados por padrões culturais. A cultura fornece regras,
padrões, crenças, etc., que são aprendidas no contexto das atividades grupais. Então, é a partir
dessa realidade sócio-histórica que nos socializamos. E à medida que nos socializamos, que
ampliamos nossas relações, vamos também adquirindo novos papeis sociais e status que
determinam nossa posição social na sociedade. A partir da compreensão desses fenômenos
sociais, temos condições de explicar por que somos do jeito que somos e entender a nossa
identidade social. Mas vimos que tudo isso depende da capacidade de termos consciência de si-
mesmo, que também adquirimos, a partir das relações sociais e dos papeis que desenvolvemos.
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Bibliografia
GIDDENS, A. Sociologia. Rio de Janeiro: Editora Penso, 2012.
Dicionário do Pensamento Social do século XX. Outhwaite e Bottomore, 1996.

LANE, Silvia T. Maurer. O que é psicologia social. 22. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.

MYERS, David G. Psicologia Social. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

PISANI, Elaine Maria. Temas de psicologia social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.

RAMOS, Arthur. Introdução à psicologia social. 4. ed. Santa Catarina: UFSC, 2003.

SAVOIA, Mariângela Gentil. Psicologia social. São Paulo: McGraw-Hill, 1989.

SAWAIA, Bader (Org.). As artimanhas da Exclusão: análise psicossocial e ética da

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