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Andrea de Castro
Claudina Arlindo Nhandimo
Egnência Américo Hoguane
Leandro Carlos Mondlana
Suzana Agostinho Loia
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Alfredo Mavanga Júnior
Andrea de Castro
(Licenciatura em Direito)
Universidade Rovuma
Nampula
2023
3
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Conflito de princípios......................................................................................................................9
Princípios em espécie....................................................................................................................11
Principios constitucionais..............................................................................................................11
Princípios infra-constitucionais.....................................................................................................13
Princípio da soberania................................................................................................................13
Princípio da democratização......................................................................................................13
Princípio da liberdade................................................................................................................14
Princípio da educação................................................................................................................14
Princípio da qualidade................................................................................................................14
Princípio da descentralização.....................................................................................................15
Princípio da segurança...............................................................................................................15
Princípio da eficiência................................................................................................................15
4
Princípio da moralidade na gestão desportiva............................................................................15
Conclusão......................................................................................................................................18
Bibliografia....................................................................................................................................19
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Introdução
Há alguns anos, o desporto passou a ocupar boa parte do tempo daqueles que a ele se dedicam,
tornando-se uma actividade primária em suas vidas.
Nesta conjuntura, o presente trabalho ira apresentar o conceito de direito desportivo, bem como
os seus princípios norteadores.
6
Introdução ao regime jurídico desportivo
A existência de uma disciplina autónoma está condicionada a um conjunto sistematizado de
princípios e normas, identificadoras e peculiares de uma realidade, distintas de demais
ramificações do Direito. O reconhecimento do Direito Desportivo passa, portanto, pela formação
de uma unidade sistemática de princípios e normas.
A peculiaridade do direito aplicável ao desporto é inegável. Álvaro Melo Filho sintetiza com
maestria o conjunto de normas desportivas, ao afirmar que o “desporto é, sobretudo, e antes de
tudo, uma criatura da lei. Na verdade, não há nenhuma actividade humana que congregue tanto o
direito como o desporto: os códigos de justiça desportiva, as regras de jogo, regulamentos de
competições, as leis de transferências de atletas, os estatutos e regimentos das entidades
desportivas, as regulamentações do doping, as normas de prevenção e punição da violência
associadas ao desporto, enfim, sem essa normatização o desporto seria caótico e desordenado, à
falta de uma regulamentação e de regras para definir quem ganha e quem perde.”1
Celso Antônio Bandeira de Mello, afirma que surge o regime jurídico-administrativo embasado
na “composição de elementos, sob perspectiva unitária, denominada sistema. Um sistema
coerente, lógico e harmônico de elementos em todo unitário, integrado em uma realidade maior”.
Nesse panorama sistêmico, que emprestamos do Direito Administrativo, é que se pretende
fundamentar a existência do Direito Desportivo a partir de um determinado regime jurídico, o
regime jurídico desportivo.
A doutrina pouco tem considerado o estudo do Direito Desportivo, como disciplina formada a
partir de um regime jurídico desportivo. Apenas o faz, no estudo dos seus diversos institutos e
legislação, através de postulados isolados.
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manifestações do desporto. O importante é, justamente, a tradução desses princípios no referido
sistema de Direito Desportivo.2
Demais disso, admitir que o Direito Desportivo estabelece vínculo indissociável, por
dependência, de qualquer área do Direito (Constitucional ou Administrativo, por exemplo) é
retirar-lhe a autonomia. Os regimes que regulam o objecto de cada matéria, apesar de no mais
das vezes semelhantes, não são iguais.
De outra parte, no regime desportivo, todos os princípios e seus derivados, encerram conceitos
cuja única e exclusiva premissa está centralizada no alcance, genérico ou operacional, de uma
determinada finalidade - privada, escoimada na autonomia constitucional conferida às entidades
directivas quanto a sua organização e funcionamento, ou pública, porquanto o desporto também
se insere no binômio “prerrogativas da Administração” e “direitos dos administrados”. É essa
cadeia de princípios que, linearmente composta no regime desportivo, visa assegurar a protecção
dos direitos e garantias de todas as pessoas físicas e jurídicas directa ou indirectamente
relacionadas com as actividades desportivas. Seja na execução directa dos fins almejados pela
sociedade desportiva organizada, seja no tratamento dispensado pelas entidades desportivas de
finalidade lucrativa ou não nos procedimentos para o atendimento das referidas finalidades.
2
Geraldo Ataliba, Sistema Constitucional Tributário Brasileiro, 1996.
8
Nesse sentido que, somente no regime desportivo, tido como sistema coeso e harmônico, os
princípios conferem absoluta compreensão e inteligência das normas de Direito Desportivo, sem
potencial limitação do processo interpretativo. É imperioso, portanto, reconhecer o princípio da
legalidade como a viga mestra, o centro gravitacional, mandamento nuclear de qualquer regime
jurídico. Dele resultam princípios próprios e peculiares que visam orientar as acções das
entidades públicas e privadas do desporto, na solução ideal dos anseios sociais. O agente,
investido na função desportiva, deve concentrar esforços em todas as suas actividades no
contexto político, social, técnico, jurídico e administrativo, em estrita observância da ordem legal
vigente.
O Estado de Direito só pode existir em base democrática. Contrapõe-se de um lado com o Estado
totalitário, no qual o Estado centraliza todo o poder, aniquilando as forças das pessoas e da
sociedade civil e, de outro lado, está o anarquismo, em que não há Estado, portanto não há
também relações de direito entre indivíduos. O Estado Democrático de Direito se complementa e
se correlaciona com a sociedade civil.
Nesse sentido, constatou-se que, na actualidade, o Estado não pode ser incumbido apenas de
cuidar da ordem interna e da segurança externa do país. Deve reconhecer a divisão de poderes,
acatar a ordem jurídica, e respeitar os direitos e liberdades individuais. Vale dizer, deve ter por
objectivo primordial a distribuição de justiça.
E não apenas a justiça, que corresponde a criar e aplicar as leis, mas a justiça social. Assim,
cumpre o Estado desenvolver o bem-estar da sociedade, através do implemento de actividades
para suprir suas necessidades.
Outrossim, o Estado de Direito, formal, que elabora, executa as leis e sanciona o seu
cumprimento, não pode fazê-lo, na modernidade, sem que a devida representação social -
democracia. Assim, o anseio social é quem determina e legitima o Estado.
Interagem e se comunicam, na medida em que mera legalidade não é suficiente para alcançar os
fins almejados pelo cidadão. É necessário que a lei reflicta a necessidade popular, e é nesse ponto
que predomina a moralidade.
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disseminadas na inversão de valores e crise moral de nossas instituições. A constatação da
existência de um Direito Desportivo, calcado em um regime sistêmico de elementos formadores
de um todo, contribui de sobremaneira para ampliar as condições de gerir o interesse à cura das
Entidades Desportivas.3
Portanto, o conjunto de princípios peculiares desse regime, constitui o seu elemento essencial.
Princípios são proposições directoras de uma ciência. Como bem observa José Afonso da Silva,
“princípios são ordenações que irradiam e emanam o sistema de normas”4. Na perspectiva de um
sistema desportivo, são os seus alicerces, bases e fundamentos. Constituem a fonte ou causa de
uma acção, resultante de um processo de pensamentos gerais e abstrações a partir do real
vivido5. É a própria essência de cada indivíduo, constituindo, segundo Japiassu e Marcondes,
"um preceito moral, norma de acção que determina a conduta humana e à qual um indivíduo
deve obedecer quaisquer que sejam as circunstâncias. Duas condições são necessárias: uma, que
seja tão claros e evidentes que o espírito humano não pode duvidar de sua validade; a outra, que
seja deles que dependa o conhecimento de outras coisas, de que possam ser conhecidos sem elas,
mas não reciprocamente elas sem eles".
Ainda que timidamente, é forçoso reconhecer que tanto a doutrina, como a legislação e a
jurisprudência, contemplam um número cada vez maior de princípios aplicáveis ao Direito
Desportivo. Percebe-se que, ao eleger um dado princípio, minimiza-se o processo apropriado de
tomada de decisão. Assim, um ato que esteja em desconformidade com um determinado
princípio aplicável, constitui o seu fundamento revogatório ou anulatório.4
3
SILVA, João Bosco e SCHMITT, Paulo M. Entenda o Projeto Pelé: ed. Lido, Londrina/Pr, 1997, cit. p. 84.
4
SCHMITT, Paulo Marcos. REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS DO DIREITO DESPORTIVO. Artigo disponível
em https://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/regime_juridico.pdf. Acessado à 06/05/2023.
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A função dos princípios
A importância do estudo dos princípios que orientam o regime jurídico desportivo reside,
principalmente, em aclarar o sentido das normas - o espírito das leis. Preconiza-se, todavia,
aplicar métodos de interpretação dos textos das leis sem, contudo, distanciar-se do objectivo para
as quais foram editadas.
Não basta conhecer a lei, faz-se necessário o seu estudo conceitual e principio lógico. Uma lei é
editada com uma finalidade específica. Distanciar-se desse fim - o espírito da lei - significa
incorrer em erro invencível de interpretação, qual seja, desprezar os seus princípios, explícitos ou
implícitos. Nem sempre os princípios se acham transpostos literalmente no texto das leis
(explícitos).
Conflito de princípios
Embora devam estar dispostos harmonicamente em um sistema coeso de normas, nem todos os
princípios são aplicáveis indistintamente de modo a informar, ao mesmo tempo, um conjunto de
normas. Essa aparente incompatibilidade de observância de um princípio em detrimento de
outro, pode ser dirimida através dos estudos de Robert Alexy, na Teoria de Los Derechos
Fundamentales (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid, 1993). O referido autor estabelece
5
Carlos Ari Sunfeld, Fundamentos de Direito Público,1998.
11
que os princípios diferenciam-se das regras, especialmente, quando estudados sob o prisma do
conflito ou colisão.
No caso dos princípios a solução não é tão simples. Não se pode, por exemplo, invalidar um
princípio em detrimento de outro, retirando-lhe do ordenamento jurídico. O que está em jogo não
é a validade do princípio, como no caso das regras. Ao contrário, parte-se do pressuposto de que
os princípios somente se acham em conflito se forem válidos ou consagrados no ordenamento
sistêmico.
Nesse sentido, Alexy formula o que denomina de ´ley de colisión’, para dirimir o conflito de
princípios. A lei sob análise utiliza uma didática de equacionamento exemplificativo para aclarar
a solução de princípios conflitantes.
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condicional. Nesses casos, o critério de preferência de um princípio é, em tese, mais objectivo e
concreto.6
Princípios em espécie
Principios constitucionais
Princípio da autonomia desportiva
Previsto no artigo 217, inciso I, da Constituição Federal, bem como no artigo 2º, inciso II, da Lei
nº 9.615/1998, o princípio da autonomia desportiva garante a liberdade de funcionamento e
organização às associações e entidades desportivas, sem que haja qualquer interferência do Poder
Público em suas questões internas.
Bem destaca a versão preliminar do voto do Dep. Gilmar Machado, relator do Projecto de Lei do
Estatuto do Desporto:
6
SCHMITT, Paulo Marcos. REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS DO DIREITO DESPORTIVO. Artigo disponível
em https://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/regime_juridico.pdf. Acessado à 06/05/2023.
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alguma modalidade de maior grau de dificuldade em seu desenvolvimento ou que seja menos
rentável, ela necessitará do incentivo governamental integral.
Em razão disso, as actividades desportivas não profissionais devem receber incentivos de forma
predominante em relação às actividades desportivas profissionais, pois, a primeira modalidade,
não é objecto de exorbitantes financiamentos por parte da iniciativa privada, já que a sua
finalidade não é o lucro.
7
DA SILVA, Lhuan Gaspar. Direito Desportivo: conceito e princípios. Artigo disponível em
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/direito-desportivo-conceito-e-principios/695229898 . Acesso em: 06/05/2023.
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Princípios infra-constitucionais
LEI Nº 9615/98
A Lei nº 9615/98, em seu art. 2º, arrola doze princípios dispondo sobre suas principais
características e conceitos, sendo desnecessário maiores comentários acerca de tais proposições
directoras da citada lei.
No entanto, é imperioso trazer à colação as anotações de Marcílio Krieger quando aduz que tais
“princípios fundamentais dão viabilidade prática tanto à garantia constitucional do desporto
como direito fundamental, quanto ao da autonomia das entidades práticas e dirigentes -
autonomia que pressupõe o respeito às normas constitucionais quanto às normas e regras
internacionais e nacionais da respectiva modalidade”.
pátrio:
Princípio da soberania
Pevisto no artigo 2º, inciso I, da Lei nº 9.615/98, o princípio da soberania indica que o Estado
brasileiro é autoridade suprema na questão da organização desportiva em seu território, sempre
levando em consideração as normas internacionais relacionadas ao desporto, e, principalmente, o
que determina a Constituição Federal e os princípios nela contidos.
Princípio da democratização
O princípio da democratização, previsto no artigo 2º, inciso III, da Lei nº 9.615/98, e partindo da
premissa de que o desporto é um “direito de cada um”, objectiva garantir acesso às actividades
desportivas, sem que haja qualquer tipo de discriminação e/ou distinção.
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participações de atletas brasileiros em competições desportivas voltadas para o público portador
de necessidades especiais e uma melhoria, também expressiva, em termos estruturais.
Princípio da liberdade
Previsto no artigo 2º, inciso IV, da Lei nº 9.615/98, o princípio da liberdade lecciona que,
considerando a capacidade e interesse de cada um, todos possuem liberdade à prática desportiva,
com a opção de vincular-se, ou não, a uma entidade de organização de determinada categoria.
Princípio da educação
O princípio da educação, descrito no artigo 2º, inciso VIII, da Lei nº 9.615/98, lecciona que o
Estado tem o dever de priorizar recursos públicos à promoção do desporto educacional voltado
ao desenvolvimento integral do homem como ser participativo e autónomo, sem que haja
selectividade e hipercompetitividade de seus participantes.
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Princípio da qualidade
Elencado no artigo 2º, inciso IX, da Lei nº 9.615/98, o princípio da qualidade trata da prática,
bem como da valorização dos resultados desportivos, educacionais e dos relacionados à
cidadania, bem como ao desenvolvimento físico e moral do cidadão.
Princípio da descentralização
O princípio da descentralização, previsto no artigo 2º, inciso X, da Lei nº 9.615/98, prevê que o
poder deve ser repartido, visando à organização e o funcionamento harmônicos dos sistemas
desportivos diferenciados e autônomos, seja federal, estadual, distrital e/ou municipal.
Princípio da segurança
Descrito no artigo 2º, inciso XI, da Lei nº 9.615/98, o princípio da segurança prevê que, as
integridades física, mental e sensorial dos praticantes de qualquer modalidade desportiva, devem
ser protegidas, sendo vedada, pelo ordenamento jurídico desportivo pátrio, a exigência
desmedida por resultado. É importante mencionar que a vedação à exigência desmedida por
resultados ocorre pelo fato do seu poder de causar eventuais prejuízos ao praticante do desporto
em razão da utilização de substâncias e medicamentos prejudiciais à saúde, como é o caso
do doping.
Princípio da eficiência
O princípio da eficiência, elencado no artigo 2º, inciso XII, da Lei nº 9.615/98 e obtido por meio
de estímulo à competência desportiva e administrativa, leciona que o Estado e/ou a iniciativa
privada, responsável pela organização da prática desportiva, devem agir com rendimento,
presteza e rapidez.
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Um exemplo prático do princípio da transparência financeira e administrativa é a possibilidade
dos sócios dos clubes, dos clubes membros de uma Federação e das Federações integrantes de
uma Confederação Desportiva de livre acesso à respectiva administração e contabilidade.
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da paz e do desenvolvimento econômico, social e humano, oferecendo, ao desporto não
profissional, um tratamento diferenciado.
8
Ibidem.
19
Conclusão
A legislação desportiva moçambicana é muito fraca, e assim sendo, cingimo-mos nas legislações
brasileiras, que é um dos pioneiros desta cadeira de Direito do Desporto, quem apesar disso
passa por um período complicado, pois é totalmente cheia de lacunas e totalmente desprovida de
sistematização e coerência.
Ainda ao longo do trabalho falamos acerca dos Princípios Fundamentais do Direito Desportivo,
que dividem-se em princípios constitucionais e infra-constitucionais. O principio constitucional
como o nome em si já sugere, são os princípios que encontram-se dispostos na Constituição de
um Estado. E os princípios infra-constitucionais são aqueles extraídos da experiência e práticas
desportivas, bem como da doutrina e das decisões judiciais, representado ideias gerais sobre
determinado tema pois, através deles, será possível obter uma legislação sistêmica e coerente,
sempre em sintonia com a legislação e constantes mudanças do Direito Desportivo internacional.
20
Bibliografia
Carlos Ari Sunfeld, Fundamentos de Direito Público,1998.
Diretrizes para a nova legislação desportiva: Revista Brasileira de Direito Desportivo, IBDD e
editora da OAB/Sp, segundo semestre/2002.
SILVA, João Bosco e SCHMITT, Paulo M. Entenda o Projeto Pelé: ed. Lido, Londrina/Pr, 1997.
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