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ABSTRACT
The theme of the present work discusses the legal implications in electronic sports
practices in an employment perspective, considering the Pelé Law, as well as Labor
Law and Sports Law as a basis to support legal protection. In this regard, the
problem question that guides the research is the following: how is it possible to sign
contracts in the employment relationships of cyber athletes under a legal bias? The
general objective of the work is to verify the repercussion of electronic sports
practices under a legal bias before the rules of Sports Law applicable by analogy, as
well as their repercussions in Labor Law. Specifically, recognize the importance of
technological advances to understand the concept of e-sports so that it is possible to
clarify whether or not it can fit the concept of sport. The purpose of the work is to
show the reality of cyber athletes and demonstrate which laws must be applied in
order to ensure their human and labor rights. An indirect source was used, making
use of bibliographical and documentary research, and Internet articles. In this sense,
it appears...
KEYWORDS: E-sports; cyber athlete; Pele Law; Labor Law; cyber athlete
1
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Rosângela Gonçalves Coelho Villas Boas
Governador Valadares, 16 de novembro de 2022.
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SUMÁRIO:
1 INTRODUÇÃO. 2 BREVE CONCEITO DO E-SPORTS. 3 O RECONHECIMENTO
DAS PRÁTICAS ESPORTIVAS ELETRÔNICAS. 4 OS ESPORTES ELETRÔNICOS
NO CENÁRIO JURÍDICO. 5 O DIREITO TRABALHISTA DOS JOGADORES
ELETRÔNICOS COMO UM DIREITO HUMANO E FUNDAMENTAL. 6
CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS.
1 INTRODUÇÃO
Outrossim, essa prática pode ser considerada como esporte pelo que
estabelece a Lei 9.615/1998, conhecida como Lei Pelé, em seu artigo 3º, inciso III,
que conceitua esporte como “desporto de rendimento, praticado segundo normas
gerais desta Lei e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, com a
finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do País e estas
com as de outras nações.” (BRASIL, 1998)
A Constituição Federal de 1988 estabelece que o Estado deve promover e
garantir o desporto como direito da sociedade. Além disso, é regulamentada por
normas nacionais e internacionais e por regras específicas de suas práticas em cada
modalidade esportiva.
Ao se falar em Desporto, entende-se como uma prática de atividade física
ligada ao futebol, vôlei, tênis, entre outros. Para Belmonte e Mello (2013, p. 34),
trata-se de “conjunto de normas e princípios reguladores da organização e da prática
do desporto”.
Tendo isso em mente, sabe-se de fato que o E-Sports é uma modalidade
esportiva, mesmo que não seja reconhecido oficialmente. Todavia, as relações de
trabalho que vem se estabelecendo entre clubes e atletas vão se aproximando cada
vez mais das formadas nos contratos usuais de trabalho.
Podemos perceber que a legislação brasileira ainda carece muito de
detalhamento sobre as relações de trabalho dos atletas de E-Sports e isso acaba
por ocasionar entendimentos diferentes por parte de juízes. Casos semelhantes
passam a ter interpretações distintas por ausência de atos regulatórios, trazendo
uma insegurança jurídica.
Existem muitas fragilidades nos contratos de trabalho, podendo então gerar
obrigações trabalhistas para os clubes, pois mesmo que o documento estabeleça o
contrário, a relação entre clubes e os cybers jogadores reúne todas as condições
necessárias para o reconhecimento do vínculo empregatício, conforme previsto na
CLT, tais como a pessoalidade, configurada em razão de que somente o atleta, de
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REFERÊNCIAS
BELMONTE, Alexandre Agra; MELLO, Luiz Philippe Vieira de. Direito do trabalho
desportivo: os aspectos jurídicos da Lei Pelé frente às alterações da lei n.
12.395/2011. São Paulo: Ltr, 2013.
COELHO, Helio Tadeu Brogna. E-sport: os riscos nos contratos de cyber-atletas.
Disponível em: https://pt.slideshare.net/moacyrajunior/esport-os-riscos-nos-
contratos-de-cyberatletas. Acesso em 29 nov. 2022.