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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS


FACULDADE DE DIREITO

OS MECANISMOS DE INCENTIVO À FORMAÇÃO DE ATLETAS APLICADOS


AO FUTEBOL FEMININO

GABRIEL FELIPE RIBEIRO HENDERSON


SALLES

RIO DE JANEIRO
2022
GABRIEL FELIPE RIBEIRO HENDERSON
SALLES

OS MECANISMOS DE INCENTIVO À FORMAÇÃO DE ATLETAS APLICADOS


AO FUTEBOL FEMININO

Projeto de Monografia apresentado à


Faculdade de Direito da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Direito.

Orientador: Angelo Luis de Souza Vargas

RIO DE JANEIRO
2022
Salles, Gabriel Felipe Ribeiro Henderson.
Os mecanismos de incentivo à formação de atletas aplicados ao futebol
feminino/Penna, Maria Eduarda. – 2022
14 FOLHAS

Projeto de Monografia (graduação em Direito) - Universidade Federal do


Rio de Janeiro, Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Faculdade de
Direito.
Bibliografia: fls. 13-14
DADOS PESSOAIS

Gabriel Felipe Ribeiro Henderson Salles


DRE: 114192828
Celular: (21) 96968-2257
E-mail: gabriel-henderson@hotmail.com
Ed.: Rua Casemiro Martins, 38 – Jardim Palmares – Nova Iguaçu/RJ
CEP: 26.277-490
Turno: Noturno
Sugestão de Orientador: Profº. #
SUMÁRIO

I - INTRODUÇÃO.......................................................................................................6

II - REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................8

III - METODOLOGIA................................................................................................11

III. 1 Modelo metodológico....................................................................................11

III.2 Delimitação do tema e justificativa.................................................................11

III.3 Objeto do estudo.............................................................................................12

III.4 Objetivo geral.................................................................................................12

III.5 Questões a investigar......................................................................................12

IV - CRONOGRAMA................................................................................................13

V - REFERÊNCIAS...................................................................................................14
I – INTRODUÇÃO

Dissertar acerca do futebol feminino no Brasil envolve remontar todo o histórico de


décadas de proibição, exclusão e preconceito sofrido pelas mulheres. Nesse sentido, é
fundamental destacar a promulgação do Decreto Lei nº 1.399/1941 que, em seu Artigo 54,
cerceava a prática de alguns esportes às mulheres, dentre eles o futebol: “Às mulheres não se
permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo,
para este feito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às
entidades desportivas do país” (Brasil, 1941).
A referida proibição só foi revogada em 1979, o que não significou a regulamentação
do futebol feminino no Brasil, que só veio a acontecer em 1983, após intensa pressão mundial
e de instituições como a FIFA. Vale ressaltar que, a mencionada regulamentação não veio
acompanhada da profissionalização da modalidade, visto que apesar de a prática recreativa
ter existido durante o período de restrição às práticas competitivas, não se pode negar que o
impedimento à realização de torneios barrou o processo de profissionalização das jogadoras
(Goellner e Kessler, 2018, p. 36).
É fundamental apontar que a profissionalização não diz respeito apenas à assinatura do
contrato de trabalho de atleta profissional, ela vai muito além. A profissionalização do futebol
feminino envolve desde as atletas terem sim contrato de trabalho com seus clubes, mas
também que a modalidade seja tratada de forma profissionalizada, sendo fornecida boa
infraestrutura de treinamento, acompanhamento médico, planos de desenvolvimento,
patrocínio, entre outros. Dito isso, é evidente que para se alcançar uma profissionalização
plena da modalidade, muitos atores envolvidos no futebol devem colaborar, sem tirar a
devida importância da assinatura do contrato de trabalho, pois é a partir do contrato de
trabalho que as atletas terão os seus direitos garantidos.
A partir desse contexto, ressalto que outro ponto chave para tornar o futebol feminino
cada vez mais profissional é o incentivo e investimento na formação de atletas. Através da
formação de atletas e investimento no futebol de base é possível consolidar o produto futebol
feminino e fortalecer o mercado. Com isso, a presente monografia visa analisar as
especificidades do contrato de formação e a sua importância para o mercado do futebol,
analisando também quais os mecanismos de incentivo à formação de atletas, regulados pela
FIFA e pela CBF.
Nesta seara, o direito de formação foi abordado pela primeira vez na legislação
nacional a partir do advento da Lei 10.672/2003. A promulgação da referida lei teve como
objetivo alterar e acrescentar o instituto do direito de formação à Lei 9.615/98, que até então
não tratava sobre o tema. Vale dizer que a FIFA já tratava sobre o instituto do direito de
formação desde 2001 em suas regulamentações. O direito de formação visa proteger os
jovens atletas, ao passo que também busca garantir os direitos dos clubes formadores, dessa
forma, incentivando que os clubes formem atletas seguindo as diretrizes e regras
estabelecidas pelas federações.
O texto constitucional é um reflexo do entendimento de que todos os aspectos do
desporto são fundamentais para a formação do ser humano, sendo, portanto, de extrema
importância que o Estado exerça um papel de fomentador da prática desportiva. O esporte
enquanto elemento essencial para a promoção de valores e princípios, tem importante função
educacional no desenvolvimento da sociedade, devendo ser tratado como prioridade no
planejamento estatal. Eis o texto extraído da Carta Magna brasileira de 1988:
Art. 217. É dever de o Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais,
como direito de cada um, observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua
organização e funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto
educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

Dessa maneira, o incentivo à formação de atletas no futebol feminino é importante


não só pelo crescimento da modalidade, mas também pelo desenvolvimento e construção de
uma sociedade com valores, os quais podem e devem ser formados através do esporte. O
desporto, muito antes de ser visto nesta lógica mercadológica, ele sempre foi uma importante
ferramente educacional, fundamental para a promoção da dignidade da pessoa humana.
Neste sentido, SARLET (2015) nos ensina que os direitos fundamentais sociais não
estão sediados apenas no art. 6º da CRFB/88:
“boa parte dos direitos sociais consagrados, em termos gerais, no art. 6º da CF foi
objeto de densificação por meio de dispositivos diversos ao longo do texto
constitucional, especialmente nos títulos que tratam da ordem econômica (por
exemplo, no que diz com aspectos ligados à função social da propriedade urbana e
rural) e da ordem social (normas sobre o sistema de seguridade social,
designadamente, saúde, assistência e previdência social, bens culturais, família,
proteção do idoso, meio ambiente, educação etc.).” (2015.p. 616)

O desporto, enquanto direito fundamental social, é um direito substancial para a


garantia da dignidade da pessoa humana e do Estado Democrático de Direito. Assim, o
desporto pode ser identificado com um dos principais fomentadores do desenvolvimento do
ser humano, tanto individualmente, quando coletivamente, para a construção da sociedade.
Deste modo, ao expor o contexto histórico em que deu a estruturação do futebol
feminino no Brasil e ao explicitar de maneira ainda superficial sobre o instituto do direito de
formação, o objetivo do presente estudo é investigar quais os mecanismos de incentivo à
formação de atletas existentes e regulados no futebol e qual a importância do direito de
formação para a profissionalização do futebol feminino.
Para que o referido objetivo seja alcançado será realizada uma profunda pesquisa
doutrinária, em paralelo com a análise das normas e princínpios nacionais e internacionais
estabelecidos pelas federações, além da análise dos relatórios de pesquisa produzidos pela
FIFA e pela CBF. Esse estudo servirá como base para expor a relação entre a
profissionalização do futebol feminino e a formação de atletas.

II - REVISÃO DE LITERATURA

Antes de adentrarmos ao cerne da questão a ser explorada, é fundamental destacar a


relevância do desporto através das palavras do mestre Angelo Vargas:

“Trata-se, portanto, de envidar os imperiosos esforços no sentido, não só de


compreender o seu alcance e o seu impacto no contexto cotidiano e sim, sobretudo,
assinalar que tal fenômeno não ocorre isoladamente de outros fenômenos sociais e
portanto, irrefutavelmente, ele se desvela em total sincronia com o espaço e o tempo
e, por consequência, o desporto é uma das formas que nos permitem identificar os
níveis de evolução dos contextos sociais. Por este turno, importa mais uma vez ao
lume que, os demais fenômenos que compõem a sociedade contemporânea, estão de
alguma forma, infiltrados no desporto e numa incontestável relação dialética, por ele
se manifestam ou, no mínimo deixam as pistas dos seus contornos operacionais e
ideológicos.” (2017. p. 12 e 13)

Deste modo, tendo como ponto de partida o fato de que o desporto não está isolado
dos fenômenos sociais, o desporto é diretamente influenciado e moldado a partir de
acontecimentos da nossa sociedade, como é o caso da proibição imposta às mulheres de jogar
alguns esportes, dentre eles o futebol, como já citado anteriormente. Nesta esteira, o futebol
feminino veio a poder se desenvolver muito mais tardiamente do que o futebol praticado por
homens, e nesse sentido, um dos aspectos mais afetados, sem dúvidas, foi a formação de
atletas no futebol feminino.
Por esse ângulo, é importante que tenhamos a definição de direito de formação, para
compreender a sua importância ao desporto. Dessa maneira, Álvaro Melo Filho, esclarece que
o direito pela formação é aquele que:

“Titularizado por um ente desportivo a ser indenizado por todos os gastos realizados
com a educação, preparação e instrução técnica e tática de um jogador não
profissional e pela perda da chance de obter ganhos econômicos quando o jogador
não profissional passar a atuar em outro clube, com ou sem consentimento do clube
formador” (2011. p. 152)

É a partir desse contexto que que se dá a alteração no artigo 29 da Lei Pelé, e a


criação do artigo 29-A, ambas pela Lei 12.395/11. Assim, um dos idealizadores de tal
transformação legislativa, Álvaro Melo Filho, explica as modificações realizadas na Lei Pelé:

“Buscando lograr um justo equilíbrio entre os direitos de indenização dos clubes


formadores e a liberdade de escolha de trabalho profissional dos atletas, e, sobretudo
com o animus de prevenir a prematura ‘pilhagem de talentos desportivos’,
propusemos e inserimos na nominada Lei Pelé (lei nº 9.615/98), através da lei nº
12;395/11, um novel sistema de proteção, com razoabilidade e proporcionalidade
para elidir potenciais danos ao clube formador, desdobrado esse sistema em três
etapas: a.) Contrato de Formação Desportiva, sem vínculo empregatício, entre clube
e atleta, maior de 14 anos e menor que 20 anos e duração ajustada livremente entre
as partes (art. 29, §§ 4º e 6º); b.) Direito de preferência para firmar o clube formador
o primeiro contrato de trabalho desportivo profissional, com duração máxima de
cinco (5) anos (art. 29, caput); c.) Direito de preferência do clube formador para
renovar o primeiro contrato de trabalho desportivo profissional, com duração
máxima de três (3) anos (art. 29, § 7º)”

Nesta seara, extraem-se algumas importantes conclusões, como o fato de que o


contrato de formação desportiva não gera vínculo empregatício, apenas desportivo. No
entanto, ele é fundamental para que o clube tenha algumas garantias com relação à
permanência do atleta no clube ou com relação a sua transferência. Uma dessas garantias diz
respeito ao direito de preferência na assinatura do primeiro contrato profissional do atleta,
atentando para o fato de que na hipótese de esse direito de preferência não ser respeitado, o
clube deve receber uma indenização reparadora de danos à atividade de formação
proporcionada pelo clube ao atleta.
Desta forma, o grande desafio com o qual nos deparamos no futebol feminino é a
aplicação desses dispositivos que dizem respeito ao direito de formação. Sendo um dos
objetivos da presente monografia identificar qual o cenário do futebol de base feminino, como
se dá o direito de formação na modalidade, os obstáculos para a aplicação dos mecanismos de
incentivo à formação de atletas e a importância dessa aplicação.
Para além, conforme exposto anteriormente, o desporto possui importante função
social e educacional na nossa sociedade, estando os clubes diretamente relacionados a isso.
Nesse sentido, SPINELLI (2011), esclarece que:
“A função social exercida pelos clubes é de suma importância, pois a atuação dos
jovens atletas nestes clubes depende da sua freqüência na escola. Assim, as
categorias de base funcionam, em sua essência, como esporte-educação. É evidente a
importância desse trabalho para a formação de cidadãos preparados ao convívio
social. O Fim de tais projetos, além de representar um desastre do ponto de vista do
desenvolvimento do esporte em nosso país, ocasionaria uma lamentável perda para a
inclusão social advinda do esporte, mais precisamente, do esporte mais importante
de nosso país. E a cláusula penal é a garantia jurídica de retorno dos investimentos
no setor.”
Sendo assim, os mecanismos de incentivo à formação de atletas, como é o caso da
cláusula penal desportiva, funcionam como uma das maiores fontes de renda de qualquer
agremiação desportiva que explore o futebol profissional. E, é por essas razões, que é
necessária a existência de contratos de formação no futebol feminino, visando não só a
garantir direitos e rentabilidade ao clube, mas também a formação dessas atletas.
O Artigo 23 do Estatuto da FIFA de março de 2016 versa sobre como devem ser
formulados os Estatutos das Confederações, tendo o texto abaixo:

“Los estatutos de las confederaciones deberán cumplir con los principios de


gobernanza y, en particular, deberán incluir como mínimo, determinadas
disposiciones relativas a las materias siguientes:
j) constitución de los órganos legislativos de acuerdo con los principios de
representatividad democrática, teniendo presente la importancia de la igualdad de
género en el fútbol;”

Esssa foi a primeira vez que a FIFA incluiu a palavra “gênero” entre as suas
disposições, tendo sido o termo repetido outras vezes ao longo do Estatuto. A referida
mudança tem importante significado para o futebol feminino, pois a partir dela passaram a ser
realizadas algumas ações de promoção da modalidade nas confederações e associações
nacionais (ALMEIDA, 2019, p.76).

Por fim, Álvaro Melo Filho, em sua obra “Desporto na Nova Constituição”, defende:
“Além das ideiais e ideais subjacentes às normas desportivo-constitucionais, seu
conhecimento é essencial e vital, conquanto caberá às entidades, órgãos e pessoas
que integram a comunidade desportiva brasileira zelar pela eficácia jurídica e socials
de tais normas e fazer valer o direito nelas protegido e assegurados.”

Através dessa afimação, de um dos maiores expoentes do direito desportivo,


pode-se constatar que é dever dos atores envolvidos no futebol feminino, desde entidades de
administração do desporto, entidades de prática desportiva até atletas, zelar pela eficácia das
normas presentes na constituição, estatutos e regulamentos. Ou seja, é imperioso fazer valer
os direitos protegidos e assegurados às atletas do futebol feminino, desde a sua formação.
Tendo de maneira clara que, a garantia da eficácia dessas normas favorece não só as atletas,
mas também, de forma significativa, os clubes, possibilitando o crescimento e
desenvolvimento da modalidade.

III - METODOLOGIA

III.1 Modelo metodológico

O recurso metodológico a ser utilizado nesta monografia é o do tipo pesquisa


bibliográfica. Segundo o Tutorial de Pesquisa Bibliográfica, da Universidade Federal do Paraná,
esse método “consiste no levantamento de um determinado tema, processado em base de dados
nacionais e internacionais que contêm artigos de revistas, livros, teses e outros documentos”.

Entende-se que a pesquisa bibliográfica em termos genéricos, é um conjunto de conhecimentos


reunidos em obras de toda natureza. Tem como finalidade conduzir o leitor à pesquisa de
determinado assunto, proporcionando o saber. Ela se fundamenta em vários procedimentos
metodológicos, desde a leitura até como fichar, organizar, arquivar, resumir o texto; ela é a base
para as demais pesquisas. Todo tipo de estudo deve, primeiramente, ter o apoio e o respaldo da
pesquisa bibliográfica, mesmo que esse se baseie em outro tipo de pesquisa, seja de campo, de
laboratório, documental ou pura, pois, a pesquisa bibliográfica tanto pode conduzir um estudo
em si mesmo quanto constituir-se em uma pesquisa preparatória para outro tipo de pesquisa.
(FACHIN, 2017)
Notadamente, utilizou-se de fontes primárias tais como matérias veiculadas na internet,
análise de artigos científicos, regulamentos e relatórios das federações nacionais e internacionais,
textos doutrinários, dissertações, entre outras diversas fontes de dados.

III.2 Delimitação do tema e justificativa

O tema a ser analisado e investigado, os mecanismos de incentivo à formação de


atletas aplicados ao futebol feminino, será abordado sob a perspectiva das legislações
nacionais, internacionais e relatórios relacionados ao desporto e a prática desportiva até o ano
de 2021.
O presente estudo busca, a partir de doutrinas e legislações do âmbito do futebol,
analisar quais os mecanismos de incentivo à formação de atletas existentes, tanto em esfera
nacional, quanto internacional. A partir disso, investigar se há a aplicação desses mecanismos
no futebol feminino, e se sim, se há alguma diferença para o futebol masculino.
Em paralelo a essa análise, pretende-se também correlacionar as repercussões
jurídicas do cenário trabalhista das atletas no futebol feminino com a efetividade da aplicação
dos mecanismos de incentivo à formação de atletas, visando responder de que forma a
ausência ou não de contrato de trabalho das atletas influencia na aplicação dos mecanismos de
incentivo à formação.
Por fim, é importante ressaltar que a relevância desse estudo está justamente nas
possibilidades de desenvolvimento do futebol feminino. Ou seja, para que o futebol feminino
se desenvolva em sua plenitude é necessário que haja uma formação de atletas bem
consolidada. Por isso, a importância de investigar quais os mecanismos de incentivo à
formação de atletas que são estabelecidos pelas federações nacionais e internacionais, para
dessa forma, entender quais os obstáculos para a aplicação e efetividade desses mecanismos
no futebol feminino.

III.3 Objeto do estudo

O objeto do estudo é constituído pelos mecanismos de incentivo à formação de


atletas, especificamente no futebol feminino.

III.4 Objetivo geral

O objetivo geral do estudo é identificar quais os mecanismos de incentivo à


formação de atletas no futebol e a sua aplicação no futebol feminino.

III.5 Questões a investigar

● Quais os mecanismos de incentivo à formação de atletas existentes no futebol, que são


aplicados pelas federações internacionais e nacionais?
● Como funciona a aplicação desses mecanismos de incentivo à formação de atletas no
futebol feminino? Há diferença para o futebol masculino?
● Qual a importância da existência de contratos de trabalho no futebol feminino para a
aplicação e efetividade dos mecanismos de incentivo à formação de atletas?
● Quais as dificuldades enfrentadas no cenário do futebol feminino para a formação de
atletas?

IV - CRONOGRAMA

Atividades nos NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL
anos de 2021 e
2022
Pesquisa
bibliográfica
Pesquisa
jurisprudencial
Análise de
Dados
Redação da
Monografia
Defesa
13

V - REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Caroline Soares de. O Estatuto da FIFA e a igualdade de gênero no futebol:


histórias e contextos do Futebol Feminino no Brasil. FuLia/UFMG, 4 (1). 2019. P. 72-87.
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outras providências.

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