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TRABALHO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA
“O ESPORTE COMO
PROFISSÃO”

ALUNO: CRISTOPHER BASTOS


ESCOLA: E.E. JOÃO BREMBATTI
CALVOSO
TURMA: 2º A
PROFESSOR: ADEMIR
O ESPORTE COMO PROFISSÃO
Em tempos de exceção, estudar as relações de trabalho no contexto esportivo é um
desafio, para não dizer um tabu. O esporte de alto rendimento ou profissional é
compreendido, principalmente pela mídia esportiva, como “o lugar” onde atletas e
demais profissionais recebem remunerações diferenciadas, que promovem conforto
material acima da média da população e que, em sua prática, podem levar o indivíduo
a tão almejada ascensão social, mesmo que essa não seja a realidade da maioria das
modalidades esportivas. Pouco ou quase nada é dito sobre as relações precarizadas,
limitadas e invisibilizadas do campo do trabalho esportivo, tendo importância o status
de “celebridade”, os “casos de sucesso e de superação” fortalecendo assim, a
dimensão espetaculosa que gera o distanciamento do mundo real. É no campo do alto
rendimento que se apresentam os desafios da formação da identidade atlética, que,
apesar de contar com uma lei nacional (9.615/98, conhecida como Lei Pelé), pouco
auxiliou nas relações de formação e de trabalho dos atletas profissionais. Este fato
pode ser observado não só no Brasil, mas na história do Esporte, ao considerarmos
que a transição de esporte amador para esporte profissional decorreu da excessiva
competitividade da sociedade contemporânea levando a um abandono das atividades
tidas como amadoras.

Vale ressaltar o incentivo à especialização, estrutura do Esporte Moderno que


apresenta os mesmos valores da sociedade capitalista, como a necessidade de
mensuração dos resultados. A profissionalização no esporte alterou a organização
esportiva, sendo que a ideia de carreira profissional passa a ser, de fato, uma opção
de vida. A competição atlética ganhou visibilidade e complexidade ao se tornar
espetáculo esportivo e produto da indústria cultural e o atleta tem na sua força de
trabalho corporal o reconhecimento de transformá-la em ganho financeiro; além disso,
é mão de obra qualificada de um sistema que vive as suas custas, mas que não o
respeita e nem o protege.

Principalmente no Brasil, o esporte no século XX é considerado uma estratégia de


mercado pelas grandes empresas que entendiam a importância da visibilidade de
suas marcas relacionadas ao resultado atlético: um produto a ser consumido. É
importante salientar que a modalidade futebol serviu e ainda serve para o mercado
brasileiro, como base para as discussões do mundo do trabalho do alto rendimento,
isso porque, do ponto de vista político-financeiro, é a modalidade que tem maior poder
e representatividade nas instituições representativas nacionais. Tentativas
democráticas de discussão sobre o campo de trabalho esportivo foram realizadas
entre 2014 e 2015, no calor dos Megaeventos Esportivos, com a possibilidade da
constituição de um Sistema Nacional Esportivo (SNE). O fato é que discussões foram
feitas, sugestões e teses organizadas, estudos de diferentes modelos mundiais foram
apresentados e quase nada se avançou. Ainda foram abortados itens propostos nos
textos iniciais, sendo que atualmente, o documento que vigora é o Plano Nacional do
Desporto (PND), circunscrito na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados.

Este último quesito não apresenta sequer um item mencionando as condições de


trabalho do atleta de alto rendimento e pouco ou quase nada descreve sobre a atual
condição de trabalhos dos demais profissionais do contexto esportivo. Sendo assim,
este GT pretende questionar a participação democrática participativa na formulação
do PND, além de apontar a falta de cuidado e atenção com as condições dos
trabalhadores profissionais que se relacionam com o contexto esportivo. Vale recordar
que o Brasil, somente na década de 90, realizou as primeiras discussões sobre a
transição do esporte como atividade amadora para uma atividade profissional
atendendo, principalmente, às demandas das instituições esportivas e mantendo o
modelo de regras a partir de uma única modalidade: o futebol. Ressaltamos também
que as medidas provisórias que hoje são a estrutura de base da Lei Pelé, foram
constituídas em sua maioria por interesses empresariais. Os profissionais envolvidos
com o contexto esportivo têm queixas sobre o pouco espaço dado a eles nas
discussões dos documentos oficiais.

Com isso posto, o GT pretende acolher trabalhos que possam discutir a formação
atlética dos praticantes das diferentes modalidades esportivas, entendendo que um
indivíduo que assume uma ocupação desenvolve atitudes profissionais que têm
diferentes dimensões: técnica, política, emocional e estética. Estas dimensões
existem dentro dos limites gerais colocados pela cultura da sociedade o que não
significa impedimentos, mas sim, discussões a respeito da cultura esportiva
preponderante e a necessidade de transformá-la. Para o desenvolvimento de uma
identidade profissional, pretende-se que sejam incorporadas definições pré-
concebidas de quem é esse profissional, ao mesmo tempo em que, um processo de
idealização e descoberta da realidade ocorra através do enfrentamento de desafios e
limites à questão de quem o indivíduo está se tornando. Vale aqui integrar as
instituições esportivas nesse processo, tão importantes para as constituições da
cultura vigente. Além disso, agregar soluções e ideias para a elaboração dos
contratos de trabalho e práticas profissionais do campo esportivo considerando as
especificidades das modalidades esportivas praticadas. Esse detalhamento é
necessário para que sejam respeitadas as especificidades, o que não o corre
atualmente com a Lei Pelé em vigor. O GT incentiva as pesquisas que discutem e
abordam as formas de proteção às crianças e adolescentes praticantes de
modalidades esportivas que possam estar expostas a exploração do trabalho infantil,
às situações de violência, à discriminação, entre outras, avaliando a necessidade de
afastamento das práticas esportivas de base que são imprescindíveis para o
desenvolvimento da carreira esportiva de alto rendimento.

O GT também pretende dar espaço para pesquisas que discutam a formação e a


identidade profissional do Psicólogo do Esporte, profissional que se forma na
especialidade após ter concluído seu curso de graduação, pois nem sempre teve
contato com a matéria em sua grade curricular. O mercado promove o aumento de
cursos expansão cultural, com carga horária mínima, apresentando o tema aos
alunos, mas não fornecendo os subsídios necessários para uma prática profissional
de qualidade. A formação do especialista em Psicologia do Esporte se dá oficialmente
com a qualificação em cursos de especialização reconhecidos pelo Ministério da
Educação e Cultura (MEC) e/ou pela aprovação na prova de Concurso para Título de
Especialista em Psicologia do Esporte.

QUESTÕES SOBRE “O ESPORTE COMO


PROFISSÃO”
1. Qual é a maioria dos jogadores profissionais de futebol em relação ao ensino superior?

a) Eles possuem um diploma de graduação, ou estão cursando.

b) Eles possuem um diploma de graduação, mas não terminaram o curso.

c) Eles não possuem um diploma de graduação.

d) Eles possuem um documento como prova da sua área profissionalizante

2. Quais são as principais habilidades necessárias para ser um jogador de basquete


profissional?

a) Agilidade e altura

b) Força e velocidade

c) Coordenação motora e resistência

d) Foco e resistência

3. Quais são os requisitos para ser um atleta olímpico?

a) Um diploma de graduação, além de um bom desempenho em competições regionais

b) Um bom desempenho em competições regionais, além de passar por exames médicos

c) Um diploma de graduação, além de passar por exames médicos

d) Um diploma de graduação, além de um bom desempenho em competições regionais e


passar por exames médicos

4. Qual é a idade mínima para um atleta se tornar profissional no futebol?

a) 16 anos

b) 18 anos
c) 21 anos

d) 17 anos

5. Qual é o esporte mais popular no mundo?

a) Futebol c) Tênis

d) Basquete d) Vôlei

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