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Este artigo oferece uma visão abrangente sobre a gestão do esporte como uma área

de investigação acadêmica tanto em termos de atuação profissional quanto de


pesquisa científica em Educação Física. O autor começa contextualizando o
desenvolvimento dessa disciplina desde a década de 60, destacando como ela evoluiu
ao longo do tempo. Uma parte importante da análise é dedicada ao atual estágio
acadêmico da gestão esportiva. Isso inclui uma discussão sobre os cursos de pós-
graduação disponíveis, associações profissionais e a presença de revistas científicas
na área. Esse contexto acadêmico é crucial para entender como a gestão esportiva é
ensinada e pesquisada.

O artigo esclarece os conceitos-chave relacionados à gestão do esporte, fornecendo


definições claras e precisas, sendo fundamental para estabelecer uma base sólida de
compreensão. Ele explora as nuances da terminologia usada na área de gestão do
esporte, destacando como os termos "gestão" e "administração" são frequentemente
utilizados e debatidos. Além disso, o autor destaca a confusão no Brasil, onde a
gestão do esporte muitas vezes é tratada como "marketing" esportivo. Ele ressalta a
diferença entre "marketing" e gestão, explicando que o "marketing" envolve a
facilitação de trocas entre produtores e consumidores, enquanto a gestão abrange a
coordenação de atividades de produção e "marketing."

O artigo aborda as diferentes subáreas e principais linhas de pesquisa dentro da


gestão do esporte. Essa segmentação ajuda a identificar as variadas áreas de
especialização e os tópicos de pesquisa relevantes. Dentro das subáreas de gestão e
liderança no esporte e marketing esportivo, os pesquisadores têm explorado uma
variedade de tópicos específicos. Por exemplo, na gestão de recursos humanos, as
pesquisas têm investigado a satisfação de atletas, o comprometimento organizacional
de professores de academias, a efetividade de técnicos esportivos, entre outros. Em
relação ao comportamento do consumidor esportivo, os estudos analisaram a
motivação de espectadores, a motivação de consumidores da prática esportiva, a
identificação com equipes esportivas e o consumo de bens esportivos, entre outros.
Exemplos de estudos sob diferentes teorias são fornecidos, o que ajuda a ilustrar
como a pesquisa é conduzida nessa área. Uma característica interessante do artigo é
sua abordagem internacional, comparando o desenvolvimento da gestão do esporte
no Brasil com o cenário global, sendo importante para contextualizar a disciplina e
fornecer informações valiosas para a definição de objetivos em termos de ensino,
pesquisa e prática profissional.
A leitura ressalta a relevância da gestão do esporte em resposta à crescente demanda
do mercado por profissionais especializados nesse campo. Isso está diretamente
relacionado ao crescimento do esporte e da atividade física como negócios lucrativos.
É evidente que a gestão do esporte desempenha um papel fundamental no
gerenciamento do poder econômico associado ao esporte, em organizações públicas
ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

No contexto brasileiro, a pesquisa em gestão do esporte ainda está em estágios


iniciais. Embora existam grupos de pesquisa relacionados ao assunto, eles geralmente
não se concentram exclusivamente nessa área. A maioria das linhas de pesquisa no
Brasil está voltada para a subárea de gestão e liderança no esporte, com menos
ênfase em marketing esportivo, ética e aspectos legais. O autor destaca a falta de
publicações especializadas em gestão do esporte no Brasil, o que leva os
pesquisadores a publicar em revistas nacionais de outras áreas. Eventos científicos
também têm sido usados para divulgar pesquisas na área no país. A realização de
megaeventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de
2016 é vista como uma oportunidade para impulsionar o desenvolvimento da gestão
esportiva, tanto como campo profissional quanto acadêmico. A experiência da
Austrália após os Jogos Olímpicos de Sydney 2000 é citada como um exemplo
positivo, onde o país aproveitou a expertise adquirida para sediar outros grandes
eventos esportivos e expandir a oferta de cursos em gestão esportiva nas
universidades.

A conclusão sugere que o potencial desses megaeventos pode ser um catalisador


para o crescimento da área de gestão do esporte no Brasil, beneficiando tanto a
prática profissional quanto a pesquisa acadêmica na área. A pesquisa destaca a
importância dos conceitos discutidos para compreender a complexidade e as
necessidades sobre gestão do esporte.

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