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net/publication/272151156
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Resumo
O presente estudo teve por objetivo identificar a existência e descrever
do ponto de vista da gestão, as instalações esportivas existentes no Brasil
destinada ao Esporte de alto rendimento. Foi realizada pesquisa descritiva,
de caráter exploratório, com base em fontes secundárias documentais e
informações de dirigentes de confederações de modalidades esportivas
olímpicas. Os resultados mostraram que o país não dispõe de uma Política
efetiva para o desenvolvimento de Centros de Treinamento Esportivo. A
gestão destas instalações é predominantemente privada sendo que algumas
Confederações possuem este tipo de instalação, porém não podem ser
classificadas como Centros de Treinamento segundo requisitos internacionais
deste tipo de estrutura.
Abstract
The objective of this study was to identify the existence and describe
the management Sport Facilities in Brazil aimed elite sport. Performed was
descriptive and exploratory research based on documentary of secondary
sources and information with managers of National Olympic Sports
Organizations. The results showed that the country no have an effective policy
for development Sport Facilities. The management of these facilities is mostly
private their own national sport organizations and someone’s have facilities
for training athletes, but is not possible to classify this structures as training
centers according to international requirements of this build for elite sport.
Métodos e Resultados
Esta pesquisa se caracteriza como estudo descritivo, de caráter
exploratório, segundo critérios de tipologia de pesquisa de Vergara (2005),
dada a falta de conhecimento sistematizado sobre o tema instalações
esportivas para o esporte olímpico e de alto rendimento no Brasil.
Na primeira etapa foi realizada coleta de informações em fontes
documentais secundárias, através de levantamento de leis e de material
institucional sobre CTEs para modalidades olímpicas e sua gestão. As fontes
utilizadas foram os sites do Ministério do Esporte (ME), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e
Confederações Esportivas de modalidades Olímpicas.
Na segunda etapa foram levantadas informações junto às
Confederações responsáveis pelo desenvolvimento de modalidades
Olímpicas. Para tanto, foi realizado contato por correio eletrônico e telefônico
com gestores das 311 confederações esportivas responsáveis por 43
modalidades que fazem parte do programa olímpico no sentido de
confirmação e complementação das informações disponíveis nos sites. Este
etapa foi realizada durante os anos de 2009 e 2010.
Como resultados verificou-se que não existe na legislação esportiva
brasileira atual nenhuma ação efetiva ou referência específica quanto ao
papel do Estado na construção e manutenção de Centros de Treinamento
para as modalidades olímpicas e para o esporte de alto rendimento, bem
como os requisitos necessários para a classificação de uma estrutura com
esta finalidade.
1
Além de modalidades tradicionais, foram consideradas como Olímpicas o Basebol e Softbol (que sairão do
programa Olímpico oficial em breve), e o Golf e o Rugby (que entrarão no programa Olímpico a partir de 2016.
Conclusão
Nos documentos analisados não foram encontrados indícios ou
informações efetivas quanto à existência de centros de treinamento destinados
à preparação de atletas de alto rendimento de acordo com os parâmetros
de qualidade e de estrutura que devem ser observados para este tipo de
instalação esportiva.
No site do Ministério do Esporte não foram identificadas informações
oficiais sobre CTEs no Brasil. Em contrapartida, na Política Setorial de Esporte
de Alto Rendimento (BRASIL, 2006b), e em outros documentos referentes às
Conferências Nacionais de Esporte (BRASIL, 2004; 2006a; 2010) está expressa
a expectativa de que o Brasil se torne uma potência esportiva. Uma das
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