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Periodização Tática: uma Proposta Metodológica para Jovens Judocas

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Olivio Junior Antonio Carlos Tavares Junior


São Paulo State University São Paulo State University
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Rui Resende Ágata Cristina Aranha


University of Maia - Portugal Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
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Journal of Sport Pedagogy and Research 5(1) - (2019) 4-12

Periodização Tática: uma Proposta


Metodológica para Jovens Judocas
José Olivio Junior1, Antonio Junior2,3, Rui Resende4, Agata Aranha5,
Armando Gonzales6, Alexandre J. Drigo1
1
Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências, Câmpus de Rio Claro,
São Paulo, Brasil; 2Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências,
Câmpus de Bauru, São Paulo, Brasil; 3Centro Universitário Anhanguera, São Paulo, Brasil; 4Universidade
Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil; 5Instituto Universitário da Maia, Portugal; 6Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal; 7Faculdade de Educação Física FEF-UNICAMP,
Campinas, Brasil.

Palavras-chave RESUMO
Judô, Periodização A atuação profissional em Educação Física, demanda a construção e debate de conhecimentos
tática, científicos aplicados, dentre estas, metodologias de ensino-aprendizagem-treinamento para
Especialização, jovens atletas. O objetivo deste estudo foi apresentar uma proposta de periodização tática para
Jovens judocas. jovens judocas. Os treinamentos foram formatados com o intuito de desenvolver os aspectos
técnicos e táticos, por meio da divisão da luta em “Unidades Funcionais” combinando com
as capacidades físicas necessárias para o treinamento de judô. Na competição alvo, o grupo
estudado conquistou 21 vitórias em 27 lutas e, principalmente, apresentou ampla variedade
nas formas de obter pontuações. Um judoca projetou os adversários nas quatro direções
possíveis, um para três direções, enquanto dois fizeram projeções efetivas para duas direções.
Dois judocas obtiveram pontuações de três outras formas, ou por punição ao oponente ou na
luta de solo, enquanto os outros dois atletas conseguiram pontuar dessas formas de duas
maneiras e uma maneira respectivamente. Os resultados apontam para a viabilidade do
modelo, com o desenvolvimento esperado das capacidades físicas e elementos para direcioná-
los ao alto rendimento esportivo, sobretudo pela individualização do desenvolvimento tático.
O número de vitórias, variabilidade técnica e tática e as duas vagas conquistadas na seletiva
nacional pelos judocas estudados contribuem para essa expectativa.

ABSTRACT
Keywords
The professional performance in Physical Education request the construction and
Judo, Tactical
debate of applied scientific knowledge, among these, teaching-learning-training
periodization,
methodologies for youth athletes. The aim of this study was to present a proposal of
Specialization,
tactical periodization for youth judokas. The trainings were formatted with the aim of
Youth judokas.
developing the technical and tactical aspects, by dividing the struggle into "Functional
Units", combining with the physical capacities necessary for judo training. In the target
competition, the group studied won 21 victories in 27 fights and, mainly, presented
wide variety in the ways of obtaining scores. A judoka designed the opponents in the
four possible directions, one for 3 directions, while two made effective projections for
2 directions. Two judokas obtained scores in 3 other ways, either by punishing the
opponent or in solo fighting, while the other two athletes were able to score those forms
in 2 ways and 1 way respectively. The results point to the viability of the model with
the expected development of the physical capacities and elements to direct them to the
high sport performance, above all by the individualization of the tactical development.
The number of victories, technical and tactical variability and the two places won in the
national team by the judokas studied contribute to this expectation.

*Correspondência - José Alfredo Olívio Junior, email: , oliviojudo@yahoo.com.br 4


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Introdução 2013; Franchini, Artioli, & Brito, 2013; Miarka,


Fukuda, Vecchio, & Franchini, 2016), tendo como
Devido ao alto nível competitivo, atualmente o judô principal ponto a variabilidade de ações motoras
caminha em relação aos modelos profissionais no que como um fator para o sucesso competitivo (Calmet &
tange a gestão, preparação de atletas e atividades Ahmaidi, 2004; Calmet, Miarka, & Franchini, 2010;
relacionados ao treinamento desportivo Franchini, Sterkowicz, Meira Jr, & Go Tani, 2008;
acompanhando o processo de esportivização (Ramil, Olívio Junior et al., 2009), com grande importância
2016) e espetacularização da modalidade (Gonçalo de aprimoramento nessa fase de especialização.
Jr, 2017), substituindo um modelo apontado por Baseado nesta perspectiva, a periodização tática pode
Drigo, Neto, Cesana, e Tojal (2011) como artesanal, ser uma possibilidade para o treinamento de judocas
no qual o saber-fazer era suficiente para as demandas em fase de especialização, mesmo sendo
do trabalho. Treinadores de destaque tem apontado a originalmente desenvolvida para esportes coletivos
necessidade de aprimorar a organização do (Garganta, 2001), quando assumimos o conceito de
treinamento como uma condição determinante para o tática como um conjunto de planos de ações,
desempenho esportivo (Tavares Junior & Drigo, norteados pelos processos psíquico-cognitivo-motor,
2017). que conduzem à tomada de uma decisão acertada para
Embora algumas formas de organização de cumprimento de uma meta esportiva, em um
treinamento de judô possam ser encontradas determinado espaço-tempo e situação (Greco, 2013),
(Azevedo, Drigo, Oliveira, Carvalho, & Sabino, ou ainda, alternativas que permitam a resolução de
2004; Franchini, Del Vecchio, Julio, Matheus, & situações problemas frente a um ou mais adversários
Candau, 2015; Sikorski, 2011), os modelos de e que é responsável pelo êxito competitivo (Greco &
periodização tradicionais (Matveev, 1997) e Viana, 1997). Por isso, analisar e compreender os
contemporâneos (Tschiene, 1987; Verkhoshansky, modelos de competição são fundamentais ao
2001) são apontados como possibilidades, se treinamento, pois esses dados vão ser a base para
adaptados ao judô, pelos treinadores (Tavares Junior estruturação desse modelo de periodização
& Drigo, 2017). Não obstante, a organização das (Garganta, 2001).
cargas de treinamento de forma racional aponta para Desta forma, nesse estudo, foi proposto um modelo
obtenção de resultados esportivos satisfatórios, pois de periodização tática para o judô. Utilizou-se do
otimizam a performance do atleta (Azevedo et al., método situacional (Greco, 2013) para nortear o
2004; Franchini et al., 2015). processo de treinamento, com objetivo de
Este estudo, centra-se na investigação de um modelo desenvolver a tática de maneira individualizada e
de treinamento voltado para atletas jovens, que estão uma adaptação ao modelo de blocos (Verkhoshansky,
em fase de especialização na modalidade (Platonov, 2001) para orientação das cargas de treinamento
2008; Smith, 2003). Logo, se preconiza que o físico. Assim, o objetivo deste trabalho foi expor uma
treinamento aplicado a estes atletas deve contemplar proposta de organização dos treinamentos de judô,
as necessidades e características particulares para esta pautados em uma periodização tática, apresentando
fase, correspondendo tanto a características de cunho alguns resultados coletados em um ciclo competitivo,
pedagógico quanto aos objetivos competitivos. Em em que os judocas tinham como meta a classificação
uma perspectiva bottom-up (Calvo, 2003) o para integrar a seleção brasileira (sub 18 e sub 21
treinamento destes atletas deverá conter elementos anos).
que desenvolvam as características identificadas no
alto rendimento (Franchini, Del Vecchio, Métodos e Procedimentos
Matsushigue, & Artioli, 2011; Franchini, Sterkowicz-
przybycien, & Takito, 2014; Torres-luque, O texto apresenta uma perspectiva de investigação-
Hernández-garcía, Escobar-molina, Garatachea, & ação (Tripp, 2005), descrito em forma de relato de
Nikolaidis, 2016), das quais, destacam-se: a força e experiência, do pesquisador e treinador responsável
suas manifestações apontadas como as principais por uma equipe de jovens judocas, associando a
capacidades motoras para o desempenho no judô Tardif (2002) enquanto uma busca da sistematização
(Amtmann & Cotton, 2005; Blais & Trilles, 2006; de conhecimentos baseados nos saberes experienciais
Ghrairi, Hammouda, & Malliaropoulos, 2014), com com relação aos processos pedagógicos envolvidos
grande aporte do metabolismo glicolítico (Drigo, na profissão. Portanto, o trabalho foi elaborado numa
Amorim, Martins, & Molina, 1996; Franchini et al., perspectiva de autobiografia, pois busca reconstruir
2011). As condições supra-citadas se assemelham ao as histórias de formação pela via escrita através da
encontrado nas competições das classes mais jovens história oral com o objetivo de auto revelação, além
(Krstulovic, Sekulic, & Sertic, 2005; Krstulovic, de considerar os fatores motivacionais que geraram
Zuvela, & Katic, 2006; Olívio Junior, Borin, tais reflexões (Schön, 2000).
Pasqualoto, & Braz, 2009). Os dados apresentados foram os coletados e
Na mesma perspectiva, os componentes técnicos e armazenados por meio das documentações pessoais –
táticos são determinantes na preparação do judoca enquanto treinador - do período correspondente do
(Andreato, Franchini, Moraes, Branco, & Machado, ciclo competitivo em uma equipe composta por

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jovens judocas da cidade de Araras-SP, no ano de Procedimentos


2014, que além do treinador, contava com uma equipe
multiprofissional constituída por auxiliar técnico, A periodização tática foi organizada em blocos para
preparador físico, psicólogo e fisioterapeuta. A contemplar a organização do treinamento das
construção desse relato originou-se através dos manifestações de força. Tal escolha se justifica pela
seguintes componentes: (1) dados e resultados de característica da modalidade, na qual as diferentes
avaliações feitas durante a participação dos atletas manifestações de força são determinantes ao
envolvidos; (2) a organização e opções desempenho. Com o objetivo de ofertar situações-
metodológicas que direcionaram o período de treino; problemas durante toda a periodização, para que os
(3) um diário reflexivo do treinador e; (4) o atletas busquem a melhor maneira de resolver técnica
entendimento da literatura específica que amparou a e taticamente, a orientação das sessões se deu por
programação do processo de treinamento. meio do método situacional (Greco, 2013). Cabe
ressaltar que as “situações-problemas” criadas foram
Participantes norteadas por meio de Unidades Funcionais (UF),
uma divisão pedagógica das partes que compõe uma
Com enfoque qualitativo a seleção dos participantes luta de judô (Olivio Junior & Drigo, 2015). As UF
foi intencional (n = 4) e composta por atletas que não utilizadas foram: Aproximação (Apr); Contato (Con);
estavam pré-classificados para a seleção brasileira Criação de oportunidade (Cro); Desequilíbrio (Des);
sub 18 e sub 21, e que na competição alvo, teriam a Aplicação (Apl); Projeção (Pro); Transição (Tra);
possibilidade de obter uma vaga na equipe nacional. Luta de solo (Lus).
Neste sentido, o grupo avaliado foi composto por As sessões de treinamento foram organizadas
duas atletas destras de 15 e 19 anos, com 58 e 48kg conforme orientação das cargas aplicadas e a
respectivamente e dois atletas, também destros, de 15 nomenclatura empregada a cada sessão foi de acordo
e 18 anos, com 52 e 56kg respectivamente. Os com predominância das mesmas, sendo divididas em:
judocas selecionados tinham entre 08 anos e 10 anos (1) Treinos táticos (TTa); (2) Treinos técnicos (TTe);
de prática, sendo 3 atletas faixas-marrom e 1 faixa- (3) Treino Físico (TFi) e; treino externo (TEx),
preta. Todos os judocas possuíam acompanhamento quando era realizado em outro local que não no clube
médico, fisioterápico e psicológico para a dos atletas.
manutenção dos níveis ótimos de saúde e bem-estar. Como controle de cargas de treino utilizou-se o
controle subjetivo de esforço (PSE) e o controle
Instrumentos subjetivo da recuperação (PSR) (Foster et al., 2001) a
cada sessão de treinamento e o Dayli Analysis Life
Foram avaliadas força e suas manifestações, além da Demand in Athletes (DALDA) (Rushall, 1990)
aptidão física específica enquanto aspectos semanalmente.
determinantes para o desempenho no judô. Houve
acompanhamento da composição corporal, pois o Distribuição das Cargas de Treinamento
judô tem limites de peso expresso por categorias,
entretanto esse dado não foi objeto do estudo. Em relação à nomenclatura dos períodos optou-se
Em relação à força foram avaliadas: (1) as aqui pela utilizada no método de blocos
capacidades de força máxima (FM) nos exercícios (Verkhoshansky, 2001), tendo foco maior nos
supino, terra, agachamento e clean por meio de uma componentes técnicos e táticos. A organização dos
ação voluntária máxima (AVM); (2) a resistência de blocos e seus respectivos componentes,
força isométrica por meio de barra isométrica em um características e objetivos são ilustrados na Tabela 1:
judogui, (3) resistência de força dinâmica de
membros superiores por meio de repetições na barra
(Franchini et al., 2004). O acompanhamento da
aptidão física específica foi mensurado pelo Special
Judo Fitness Test (SJFT) (Sterkowicz & Franchini,
1995). As avaliações físicas foram executadas antes
do início da periodização, em junho, durante os
blocos e a última avaliação foi realizada após a
competição alvo em dezembro.
O controle e avaliação dos componentes técnicos e
táticos se deram por meio de registros notacionais
cursivos da variabilidade técnica e tática dos atletas
em situações de combate priorizando as competições
de ajuste e alvo, definido pelas situações: formas de
pontuar e direções das projeções.

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Tabela 1 - Organização, características e objetivos da periodização tática.


Bloco Duração (semanas) Capacidades Físicas Unidades Componente Técnico/Tático Metas dos Atletas
Funcionais
A1 5 Resistência de força 1. Des Correções de gestos técnicos e aquisição Identificar potencialidades e dificuldades nas
Resistência Mista 2. Apl de novos elementos ações técnico/táticas
(Aeróbia/Anaeróbia) 3. Pro
4. Lus
A2 4 Força Máxima 1. Apr Foco nas ações de início e reinício das Identificar qual a configuração de pegada e
Potência 2. Con lutas, nos momentos de Apr e Con tanto movimentação os colocaria em situação de
3. Pro no que tange a ações ofensivas quanto vantagem na luta em pé e transição para a luta de
4. Tra para ações defensivas. Colocar-se em solo.
situação de vantagem após a Pro e Tra em
situação de lutas
B1 4 Resistência Especial de 1. Cro Variação no tipo de movimentação e tipo Criar o maior número de oportunidades
Força de pegada, com variação na resistência e possíveis para projetar e ou criar desconforto ao
comportamento tático dos oponentes. adversário.

B2 5 Resistência Especial de 1. Cro Criação de oportunidades durante a Testar hipóteses técnicas e táticas e buscar
Força 2. Apr aproximação e antes e depois do contato, treinar com parceiros que apresentem
Potência 3. Com em situação de vantagem e desvantagem. similaridade com adversários da competição
4. Lus Situações de vantagem e desvantagem na alvo.
luta de solo.
C 2 Potência 1.Pro Lapidação Tática e estratégias de luta. Focar nos ajustes, produzindo situações
Velocidade 2 Tra determinantes para a competição. Realizar ações
técnicas e táticas em máxima velocidade.

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Alguns pontos devem ser ressaltados para Tabela 2 - Força máxima


complementar as informações da Tabela 1. No Bloco
A1, o TFi foi composto por exercícios Exercício T1 T3
multiarticulares e combinação de exercícios, como Clean (Kg) 42.5±4.4 48.5±8.6
por exemplo agachamento seguido de Supino (Kg) 67.5±11.7 70±10.1
desenvolvimento. No Bloco A2 o TFi foi composto
por exercícios multiarticulares e LPO (Levantamento Agachamento (Kg) 105±12.9 115±12.9*
de peso olímpico). Os randoris (simulação de lutas) Terra (Kg) 78.5±10.7 85±10
nesse bloco foram feitos de maneira situacional e com Remada baixa (Kg) 65.25±6.1 72±9.7*
tempo máximo de um min. Para o Bloco B1 o *Diferença significativa (p<0,05) - Teste T Pareado.
trabalho de resistência de força especial no TFi foi
realizado com exercícios multiarticulares em circuito O comportamento da resistência de força isométrica
com duração entre 210 e 300 segundos. Os randoris de membros superiores, força dinâmica de membros
de curta duração situacionais foram utilizados e superiores e de tronco, monitorado por testes
também TEx, com randoris convencionais (tempo considerados específicos a modalidade, e pela equipe
oficial de competição) para que os atletas pudessem técnica como fatores determinantes ao desempenho,
testar as hipóteses adquiridas nos TTe. O método de principalmente quando se planeja o treinamento a
TFi no Bloco B2 também contemplou circuitos de longo prazo, apresentou evolução, conforme
exercícios multiarticulares, mas com incorporação de esperado. Os judocas obtiveram desempenhos
exercícios de potência e balísticos, com 280 segundos considerados bons para força dinâmica de membro
de duração (tempo oficial de luta). Randoris de curta superior e para resistência de força isométrica de
duração situacionais e TEx, com randoris membros superiores (Agostinho, Olívio Jr,
convencionais também foram utilizados. No Bloco C Stankovic, Escobar-molina, & Franchini, 2018).
todas as UF foram abordadas, com ênfase em Pro e
Tra, como destacado na tabela, os ajustes táticos
Tabela 3 - Testes de resistência.
foram individuais e apenas randoris situacionais e de
curta duração foram realizados. Teste T1 T3
Isometria (s) 50.2±20.6 58.7±33.5
Resultados Abdominal* 59±7.16 63.7±9.94
Embora o foco deste estudo tenha sido a apresentação Barra* 16.7±6.3 18.75±6.3
e compreensão da periodização tática no judô em *Número de repetições
atletas jovens e consequentemente, na necessidade de
evolução dos fatores técnicos e táticos, foram Com intuito de monitorar o desempenho físico
realizadas avaliações de controle das capacidades específico, optou-se pelo SJFT, o grupo se apresentou
físicas, testes de desempenho específico e avaliações de maneira estável durante o processo: quanto menor
psicológicas com o intuito de monitorar e aferir as o índice, melhor o resultado. O desempenho desses
adaptações que os atletas apresentaram neste período. judocas pode ser classificado como regular, segundo
Tais avaliações juntamente com o desempenho classificação proposta por Agostinho et al. (2018)
competitivo e os aspectos técnicos e táticos para atletas cadetes com alto nível competitivo.
apresentados pelos atletas na competição alvo
permitem um panorama geral desta proposta. Tabela 4 - SJFT
Neste sentido, em relação às avaliações gerais de T1 T3
controle, o grupo apresentou comportamento Índice 13.57±1.18 13.62±1.64
satisfatório e condizente com o esperado pela equipe
técnica, uma vez que atingiram índices, considerados
Embora consideremos que as avaliações físicas são
suficientes para sustentar as questões técnicas e
importantes para o processo de treinamento de atletas,
táticas esperadas.
consideramos que em longo prazo é a capacidade de
No que tange a força máxima o grupo apresentou
adaptação física, em conjunto com o aprimoramento
ligeira evolução em todos os exercícios (1 AVM),
técnico e tático, bem como a resiliência psicológica
aferida no início da periodização e uma semana após ao treinamento e as demandas competitivas que serão
a competição alvo, conforme apresentado na Tabela
determinantes para o rendimento esportivo. Portanto,
2:
a avaliação de fatores psicológicos é fundamental.
Neste grupo optou-se por monitorar semanalmente os
sintomas e sinais de estresse apresentados por meio
do DALDA. O grupo apresentou um comportamento
individualizado das respostas dos atletas no que tange
a “a” (pior que o normal), sendo que dois atletas
acusaram mais respostas “a” durante o bloco B do
treinamento. Outro ponto a destacar foi uma

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tendência a apresentar mais respostas “c” (melhor que determinantes. Portanto, conquistaram situações de
o normal) no último bloco da periodização, avaliação vantagem na luta em pé e no solo.
feita uma semana antes da competição. O número de Em relação as ações técnicas houve aumento na
respostas está apresentado na tabela 5: Número de variabilidade dos judocas, observado de maneira
respostas do DALDA, apresenta as respostas “a” e qualitativa ao longo da temporada, culminando com a
“c”, as respostas “b” (normal) não foram apontadas. competição alvo. No quesito estratégia e tática, nos
relatórios individuais dos atletas, constam que
Tabela 5 - Número de respostas no DALDA. seguiam um plano de ações claro e, conforme
04/jul 14/ago 04/set 02/out 14/nov 27/nov possibilidade individual, atingiram as metas
NM 5a e 4c 2a e 5c 9a 6a e 2c 12a e 2c 1a e 7c estabelecidas antes de cada luta, com maior eficiência
para JP e NM, que conseguiram, no decorrer de suas
IS 3a e 5c 2a e 1c 2a e 3c 1a 1a e 4c 2a e 5c lutas, adaptar suas opções táticas conforme
JP 7a e 9c 12a e 9c 16a e 7c 12a e 6c 12a e 6c 15a e 8c andamento dos combates e alterações na dinâmica
LM - - 2a e 8c - - - dos adversários confrontados, devido ao placar,
fadiga e ou oportunidades encontradas, apresentando
Dentre os resultados apresentados, consideramos os boa leitura dessa dinâmica competitiva, ressaltando
resultados competitivos e o relatório da competição que os resultados apresentados em Tática e técnica
como os mais importantes no tocante a relevância e são compilados das informações apresentadas pelos
as concepções teóricas do método utilizado, bem atletas em seus relatórios descritivos pós competição.
como a importância da evolução técnica e tática no
período, como relação ao Treinamento de Longo Discussão
Prazo, que esses judocas se encontram (Lloyd et al.,
2015). Os resultados competitivos são apresentados O principal ponto a apresentar neste trabalho é a
na Tabela 6 no Relatório da competição. possibilidade da aplicação da periodização tática
adaptada ao judô e identificar nesta metodologia os
Tabela 6 - Relatório da competição pontos positivos e negativos em relação à aplicação,
Direções monitoramento e resultados. Uma das dificuldades do
Lutas Estratégia
pontuadas
(Outras Individual
Tática Técnica monitoramento desta periodização é como apresentar,
(Vitórias) por meio de um instrumento de avaliação, a evolução
formas) ou Geral*
Enxergou soluções, técnica e tática de uma equipe de competição de judô,
Plano de
quando cansado
Ações devido à complexidade da modalidade. Para buscar
apresentava soluções uma sistematização optou-se pelo relatório de
NM 6 (6) 3 (3) ação efetivas
automáticas. Boa
(Individual)
leitura da dinâmica do
Variabilidade competição, mas sabedores de sua limitação.
combate. Embora os resultados competitivos dependam de
Plano de
Enxergou soluções, Variabilidade inúmeros fatores, pode-se considerar o desempenho
quando cansado Necessita dos atletas como positivo, uma vez que o grupo
IS 6 (4) 2 (2) ação
apresentava soluções maior
(Geral)
automáticas. efetividade obteve 21 vitórias em 27 lutas, conquistando dois
Calmo, pensava e primeiros lugares em quatro possibilidades. Porém,
Plano de executava com Ações cabe destacar que o resultado competitivo nesta
JP 7 (7) 4 (1) ação facilidade. Boa leitura efetivas competição não era o objetivo principal com estes
(Individual) da dinâmica de Variabilidade
combate. atletas e sim ofertar elementos que agreguem
Enxergou soluções, repertório técnico e tático promovendo o
Plano de Ações
LM 8 (4) 2 (3) ação
quando cansado
efetivas direcionamento ao alto rendimento, pois os mesmos
apresentava soluções encontram-se em fase de especialização da
(Geral) Variabilidade
automáticas.
*Plano Geral seguiu as metas estabelecidas antes das lutas; Plano Individual modalidade (Smith, 2003).
alterou as metas estabelecidas antes das lutas de acordo com a dinâmica do Neste sentido, a metodologia pautou-se em três
combate e do adversário. parâmetros principais para a organização do
treinamento, sendo o primeiro, e principal, o
O grupo obteve 21 vitórias em 27 lutas e, desenvolvimento de repertório técnico e tático dos
principalmente, apresentou ampla variedade nas atletas, partindo do que é observado como modelo
formas de obter pontuações na luta em pé. JP projetou geral na base (Carratalá-Deval, García-García, &
os adversários nas quatro direções possíveis, NM Fernándes-Monteiro, 2010; Olívio Junior et al.,
conseguiu o feito em três direções e IS e LM em duas 2009), em direção aos aspectos determinantes para
direções. NM e LM ainda obtiveram pontuações de sucesso internacional na modalidade (Calmet, Trezel,
três maneiras diferentes cada um, ou por punição ao & Ahmaidi, 2006; Franchini et al., 2008; Lima Kons,
oponente ou nas ações da luta de solo, enquanto IS Da Silva Júnior, Fischer, & Detanico, 2018; Miarka
conseguiu outras formas de pontuação de duas et al., 2016). O segundo parâmetro foi a dinâmica
maneiras diferentes e JP de uma maneira. Assim, temporal da competição no que tange aos tempos de
NM, JP e LM alcançaram cinco formas de pontuar e estímulo e pausa na luta em pé e no solo (Franchini et
vencer as lutas e IS quatro formas, executando ações al., 2013) e como terceiro parâmetro foi o controle de

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treino baseado principalmente na carga interna Branco, et al., 2015), demonstrando que essa proposta
(Foster et al., 2001; Viveiros, Costa, Moreira, parece ser viável para aplicação no judô.
Nakamura, & Aoki, 2011), nas avaliações de estresse Outro ponto que sustenta a abordagem metodológica
(Rushall, 1990) e nos relatórios técnicos e individuais é o desempenho competitivo. Os atletas que
dos atletas. obtiveram a primeira colocação na competição alvo,
Partindo destes parâmetros, estruturou-se o JP e NM, conseguiram pontuar para quatro e três
planejamento do treinamento, diferindo dos modelos direções respectivamente. Além disso, o grupo obteve
tradicionais, os quais utilizam de repetições de golpes pontuações de cinco outras maneiras, por meio de
e simulações de lutas durante todo o processo. Na punições e na luta de solo. Destaca-se, também, o fato
abordagem situacional proposta, a luta, e dos atletas, embora formados no mesmo local, pelos
consequentemente os componentes técnicos e táticos, mesmos técnicos, diferenciaram-se entre si em
foram fracionadas ao longo dos blocos. Esta relação às técnicas utilizadas, reafirmando o caráter
abordagem condicionou os atletas a compreenderem de adaptação individual ao modelo, em uma clara
e adaptarem seus repertórios técnicos de acordo com ruptura com as características das escolas de ofício,
suas características individuais, tornando-os mais nas quais os atletas executam técnicas que
adaptáveis e consequentemente com maior prioritariamente os seus “mestres” sabem executar
capacidade de identificar e escolher as ações a serem bem (Drigo et al., 2011).
executadas, baseando-se nas situações propostas
durante os blocos de treinamento. As diferentes Reflexões finais
formas que o grupo encontrou de pontuar ou executar
ações determinantes durante a competição respaldam Os aspectos referentes à periodização tática no judô,
essa avaliação com relação ao processo de aqui discutidos reforçam a premissa da necessidade
treinamento. de se buscar modelos de periodização específicos no
O direcionamento racional da periodização tática foi judô. Ainda, que uma organização racional das cargas
possível pela organização das situações em UF, de treinamento apresentem efeitos positivos sobre o
buscando ofertar desafios por meio do método desempenho competitivo e desenvolvimento do
situacional (Greco, 2013). Desta forma os atletas atleta, uma abordagem que busque desenvolver a
eram incentivados a identificar e resolver os tática como elemento central, tendo o
problemas situacionais para cada UF, pautando suas desenvolvimento físico como secundário demonstrou
ações de acordo com as características individuais. ser eficiente para judocas em fase de especialização,
Neste sentido, a possibilidade de correção e auxílio uma vez que contemplou os aspectos competitivos da
do técnico, no processo de ensino-aprendizagem- categoria, sem prejuízo nas capacidades físicas
treinamento, foi potencializada, uma vez que os proporcionando elementos para direcioná-los ao alto
pontos de ajuste eram focados em cada UF. Desta rendimento esportivo, sobretudo pela
forma, os randoris fracionados em situações padrões, individualização do desenvolvimento tático. O
possibilitam focar a periodização nos fatores técnicos número de vitórias, variabilidade técnica e tática e as
e táticos, rompendo com os modelos de periodização duas vagas conquistadas na seletiva nacional pelos
que priorizam as questões da preparação física dos judocas estudados apontam para a viabilidade dessa
atletas (Franchini, Branco, et al., 2015; Franchini, Del proposta.
Vecchio, et al., 2015). Contudo, embora os resultados relacionados ao
Cabe destacar que esse modelo de periodização do aspecto da preparação tenham sido satisfatórios para
treinamento gerou sintomas e sinais de estresse de a equipe técnica responsável, existe a necessidade de
maneira individualizada nos judocas, como maiores investigações sobre metodologias para o
observado pelas respostas obtidas na aplicação do judô, baseadas no componente tático, em outros
DALDA, o que pode ser conferido à identificação de locais de treinamento, com atletas de outras
cada um com as UF abordadas em cada período. categorias de peso e idade e com um número maior
Em relação às capacidades físicas, pode-se afirmar de atletas. Para isso, sugerimos que o processo de
que foi satisfatório, uma vez que nas avaliações, os treinamento, seja norteado pelas Unidades Funcionais
atletas apresentaram melhoras em relação ao T1, nas descritas no presente manuscrito ou que novas
capacidades determinantes, com exceção do SJFT propostas de organização e treinamento, dos
que ficou estável, considerado na média do grupo componentes técnicos e táticos, direcionem esse
como razoável para as categorias (Agostinho et al., debate para uma estruturação cada vez mais
2018). Os índices individuais dos atletas no que tange específica e adequada que atendam as demandas
a força foram classificados como bons e excelentes de motoras da preparação desportiva para o judô.
acordo com a tabela classificatória internacional
(Agostinho et al., 2018). Embora o modelo de Referências
periodização proposto privilegie os elementos
técnicos e táticos o comportamento das capacidades Agostinho, M. F., Olívio Jr, J. A., Stankovic, N.,
físicas apresentou similaridade com outros modelos Escobar-Molina, R., & Franchini, E. (2018).
de periodização (Azevedo et al., 2004; Franchini, Comparison of special judo fitness test and dynamic

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