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INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
1 - MODELAÇÃO COMPETITIVA ..................................................................... 5
2 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO ............................. 11
3 - AVALIAÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE DAS CARGAS DE
TREINAMENTO ............................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 38
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 39
2
INTRODUÇÃO
3
A organização e estruturação do treinamento esportivo são
fundamentais neste contexto, pois o entendimento sobre a planificação no
processo de formação do jovem atleta. Neste sentido, Gomes (2009) alerta que
o planejamento consiste na tarefa de reunir os elementos resultantes da
atividade organizada que se destacam, facilitando o controle das diferentes
variáveis e o resultado final que se busca atingir.
O início do processo é constituído da verificação da situação ocorrida no
ano ou período anterior, abrangendo desde a análise de rendimento do grupo e
dos atletas nos diferentes componentes do treinamento (físico, tático, técnico e
psicológico) até as questões administrativas. Tais situações ocorrem devido ao
processo de treinamento esportivo estar em constante transformação.
Segundo Borin e Gonçalves (2004), são escassos os estudos que
relacionam o rendimento esportivo com os aspectos organizacionais do
treinamento, tornando possível supor que as indagações de ordem estrutural,
financeira e administrativa ainda não estão totalmente esclarecidas.
A relação entre a condição do atleta e a carga de treinamento constitui o
problema central da teoria e o planejamento do treinamento. Trata-se de um
assunto que requer a atenção dos especialistas e uma investigação científica
contínua e permanente (Gomes, 2009).
Com isso, e considerando o treinamento esportivo como um processo
objetivo, sistêmico e de longo prazo, as decisões tomadas em campo pelos
treinadores ou preparadores físicos devem também ser fundamentadas em
informações objetivas, pois cada uma delas poderá potencialmente afetar todo
o processo. Tais informações constituem um aspecto fundamental e primordial
do esporte moderno a avaliação e o controle - que nos permite conhecer o
estado atual dos atletas, fazer prognósticos de rendimento, corrigir programas
de treinamento, entre outros.
Nesse sentido, o entendimento do que se pode chamar de modelação
competitiva (Matveev, 2001) é o primeiro passo a ser executado, a seguir,
conhecer a estruturação e organização do treinamento e, por fim, entender o
processo de avaliação, monitoramento e controle da carga do treinamento.
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1 - MODELAÇÃO COMPETITIVA
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ii) modelos de formações estruturais importantes do processo de
treinamento (etapas da preparação plurianual, macrociclos,
períodos);
iii) modelos das etapas do treinamento, dos mesociclos, dos
microciclos;
iv) modelos das tarefas do treinamento e de suas partes;
v) modelos dos exercícios e dos conjuntos de exercícios do
treinamento.
Quanto aos modelos que se referem ao entendimento da atividade
competitiva, Platonov (2008) divide a modelação competitiva em três blocos:
Modelos Gerais: refletem a característica do objeto ou processo de
acordo com os dados de pesquisas de um grupo relativamente grande de
esportistas que possuem características semelhantes, como sexo, idade, nível
competitivo e especialização esportiva; possuem um caráter de orientação
geral e refletem princípios mais gerais do treinamento e da atividade
competitiva da modalidade praticada;
Modelos de Grupo: são construídos com base no estudo de um conjunto
concreto de desportistas (ou equipes) caracterizados por sinais específicos
dentro dos limites de determinada modalidade. Esportistas que atingem
resultados de destaque podem ser classificados em grupos relativamente
independentes (modelos de grupo), em cada um dos quais, são reunidos
atletas com estrutura semelhante quanto a atividade competitiva e preparação.
Modelos Individuais: baseiam-se nos dados de pesquisas prolongadas,
elaborados separadamente para cada esportista, que estabelecem
prognósticos individuais sobre a estrutura da atividade competitiva ou da
preparação.
Cabe destacar que se encontram estudos que contemplam mais de um
dos três blocos propostos por Platonov (2008) no que se refere a modelação
competitiva, nos quais os autores procuram comparar as características gerais
da modalidade com um grupo ou um atleta que se destaca em detrimento ao
modelo geral.
Observa-se esta particularidade no estudo de Penatti et al., (2009) que
observou diferenças técnicas entre os tenistas finalistas de uma competição
grand slam em detrimento dos demais participantes. Semelhança é observada
no estudo de Franchini et al., (2008) com judocas, em que é apontado maior
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variação técnica/tática em atletas considerados de super-elite (atletas que
medalharam mais que uma vez nas mesmas competições) em detrimento dos
atletas considerados de elite (medalhistas uma única vez em campeonatos
mundiais ou olimpíadas).
Embora os apontamentos encontrados nos modelos produzidos nos
diferentes níveis (Geral, Grupo e Individual) forneçam informações importantes
para a organização da preparação esportiva, a utilização dos mesmos deve ser
vista com cautela. A utilização de modelos gerais garante a orientação geral da
preparação esportiva e a participação nas competições, criam condições para a
ampla administração do treinamento e da atividade competitiva. No entanto, foi
determinado que a eficácia da utilização de modelos gerais e de grupo para
orientação e correção do processo de treinamento é bastante alta durante a
preparação de jovens ou desportistas adultos que ainda não atingiram o alto
rendimento (FILIN, 1996). Porém estes modelos são ineficazes quando se trata
de atletas de nível internacional, uma vez, que a característica individual destes
faz com que os mesmos se diferenciam dos modelos gerais (MATVEEV, 1996).
Particularmente durante a atividade competitiva que auxilia na
caracterização dos modelos, o registro das ações que caracterizam os gestos
específicos das modalidades, conhecido como Scoult, tem crescido muito nos
últimos anos. Com isso, tem se tornado uma ferramenta importante de coleta
de dados estatísticos e no controle e na avaliação da partida a fim de verificar
se os objetivos foram atingidos. Porém, existem poucos estudos que
direcionam de maneira efetiva o entendimento do jogo, englobando os
diferentes componentes do treinamento.
Cabe aqui ressaltar que vários trabalhos são realizados sobre
parâmetros fisiológicos (VO2 máximo, concentração de lactato, frequência
cardíaca máxima) ou parâmetros antropométricos (% de gordura, massa
corporal, estatura, índice de massa corporal). Porém, a maior parte deles
aponta para informações de como o atleta se encontra no início da temporada.
A grande limitação observada é a ausência de dados sobre os demais
períodos, principalmente no competitivo e, mais ainda, ao longo da vida
esportiva do jogador.
Alguns ensaios isolados em nosso meio (Borin et al., 1999; Borin et al.,
2007; Olivio Junior et al., 2009; Braz e Borin, 2009; Braz et al., 2010) têm
procurado caracterizar a ocorrência de ações, os aspectos metabólicos e
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outras informações importantes no âmbito do treinamento esportivo em
diferentes modalidades.
No basquetebol, por exemplo, Borin et al. (1999), procurando
caracterizar o metabolismo predominante por meio das zonas de intensidade
do esforço, utilizando modelo proposto por Zakharov e Gomes (2003), indicam
que a modalidade situa-se na zona mista, ou seja, aeróbio-anaeróbio.
Outro estudo relevante (Borin et al., 2007) objetivou a determinação dos
níveis de concentração de lactato em partidas oficiais do Campeonato
Nacional, na categoria adulta, em fase semi-final. Os principais resultados
apontam para valores de lactato próximos no início das partidas, em ambas as
posições: 2,23±0,17mM para armadores e 2,30±0,40mM para laterais, porém
com diferença significante ao final, com armadores apresentando valores
superiores, 4,47±0,21mM, em relação aos laterais, 3,70±20 mM. Tais dados
situam-se como indicadores importantes para preparadores físicos e demais
membros das comissões técnicas, tanto na elaboração, como na prescrição e
controle do treinamento.
Ainda no basquetebol, buscando analisar e comparar saltos verticais de
atletas em diferentes quartos de jogo e posições, Borin et al. (2011) apontam
para a proximidade quanto aos dados iniciais durante todos os quartos de jogo,
nas duas partidas avaliadas. Em relação às posições do jogo e o tempo de
participação, os armadores se destacam com diferenças significativas
avaliadas ao final do segundo e terceiro quarto. A conclusão é que os
resultados assemelham-se a achados de outros autores (Abdelkrim et al.,
2009; Cortis et al., 2011), levando a crer que a fadiga de membros inferiores no
salto não ocorre devido à relação com ações fisiológicas e da quantidade de
saltos durante as partidas.
No voleibol, Duarte Filho (2012), procurando quantificar e classificar as
ações técnicas dos atletas ponteiros do voleibol masculino de alto nível nos
dois jogos das finais do Campeonato Paulista de 2011, aponta para dados
relevantes no total de cada jogo, como média de 74±3,4 saques; 55±4,5
movimentos de manchete para realizar recepção do saque; 83±3,0 movimentos
de ataque e 80±4,4 bloqueios.
Na mesma modalidade, porém no feminino, Cugini (2011) realizou a
quantificação e a análise de vários tipos de saltos que aconteceram durante as
partidas finais de voleibol, em cada posição específica, em jogos da superliga
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feminina de voleibol 2009-2010 e 2010-211. Os principais resultados mostram
que as levantadoras executaram 155 saltos verticais para realizar
levantamentos, as atletas que atuam na posição de ponta executaram 111
saltos com deslocamento para realizar o ataque enquanto as opostas, 71
saltos. Por fim, as jogadoras que atuam no meio de rede, o maior valor obtido
de salto foi o do tipo sem deslocamento para execução de bloqueio, com 166
ações.
Diante do exposto, existe a necessidade da produção de mais trabalhos
no sentido de apontar para a diferenciação de valores nas diversas categorias.
Isso porque a maioria dos estudos mostra valores no âmbito adulto. Para
outras categorias, o mais comum é a simples transposição de tais escores para
as categorias menores (mirim, infantil e juvenil ou em algumas modalidades
sub-13, sub-15 e sub-17). De fato, ao observar os valores de movimentos
ofensivos no basquetebol feminino entre a categoria adulta e juvenil
apresentados por Borin et al. (2004), é importante notar a diferença significativa
entre ambas, mostrando que os valores devem ser adequados a cada faixa
etária.
Verifica-se assim que informações específicas devem estar presentes
nas planilhas da comissão técnica das diferentes modalidades para se adequar
às cargas de trabalho de acordo com as necessidades das diferentes faixas
etárias, dos períodos de treinamento ou competições.
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2 - ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TREINAMENTO
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Para a formação de jovens atletas, em que a prioridade é o
desenvolvimento multilateral, o modelo de Matveev tem demonstrado bons
resultados (BENELI et al., 2006), pela sua base pedagógico-metodológica, que
proporciona grande segurança na administração do treinamento.
Com a determinação dos objetivos e escolha do modelo de treinamento
adequado, torna-se importante os princípios e regras que regem o processo de
preparação esportivo e, a seguir, conhecer as capacidades físicas utilizadas na
modalidade, para melhor adequar as cargas ao longo do macrociclo de
treinamento.
De fato, o treinamento esportivo moderno atua como um processo
pedagógico que ocorre na orientação dos conhecidos princípios científicos.
Tanto na teoria como na prática do treinamento esportivo, como em outras
áreas de atuação, que lidam com problemas relacionados com ensino e
educação, uma atenção especial é direcionada aos princípios teórico-
metodológicos, que devem refletir tanto as normas e as leis, como também a
organização e o planejamento da atividade a ser praticada. Porém, nesta linha,
a teoria do treinamento desportivo defende que o conhecimento dos princípios
científicos, comumente chamados de leis e regras pode, na prática, orientar o
caminho do sucesso (Gomes, Souza, 2009).
Vale aqui destacar que as regras representam por si mesmas a fonte
primária com objetivos bem definidos em suas relações na esfera da atividade
esportiva, e os princípios (aqui considerados como secundários às regras) são
adequados somente quando revelam objetivamente as regras e não são
aleatoriamente deduzidos, pois deve haver interação entre regras e princípios
(Gomes, 1999).
O princípio é sempre uma busca contínua e não estática, ou seja, está
relacionada com o processo, pois não deve se encerrar em si mesmo. Seguir
princípios exige certos sacrifícios, não esperando resultados imediatos e sim,
satisfação a longo prazo. Nos momentos de estresse e pressão, os princípios
são colocados à prova, afinal muitas vezes, são exigidas soluções de curto
prazo.
De fato, os princípios são adequados somente quando revelam
adequadamente as regras existentes objetivamente e não são deduzidos
arbitrariamente. Por exemplo, ao expor os princípios significativos para a
orientação exata da atividade do técnico na preparação do atleta, inicialmente
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os princípios pedagógicos gerais devem ser seguidos de acordo com os
conhecimentos aplicados das regras do ensino e educação.
Além disso, devem ser entendidos por regras de preparação do
desportista, que representam o que objetivamente une tanto os fatores da
preparação que exercem influencia na orientação determinada, como a
atividade do técnico e dos atletas, os meios e métodos do treinamento, e
também o dinamismo da reação dos diferentes sistemas do organismo do
atleta com o resultado do treinamento aplicado e o grau de preparação em
geral.
No âmbito do treinamento esportivo, como a estrutura lógica é a
organização para a aplicação dos métodos científicos de treinamento, que
visam por meio de mecanismos pedagógicos, atingirem o mais alto rendimento
humano, em diferentes aspectos e características tanto do indivíduo como de
uma equipe, estudos (Matveev, 1996, 1997) tem avançado com sucesso
aproximando o conhecimento da teoria com as aplicações do esporte em geral,
considerando principalmente as problemáticas das interações regulares entre a
atividade preparatória e competitiva do esportista.
A literatura especializada tem formulado uma série de princípios, como
os didáticos que são usualmente utilizados no ensino, os metodológicos
considerados clássicos na Educação Física e alguns outros como os gerais e
especiais, que diferem de autor para autor. Ao compreender que a teoria e
metodologia do treinamento desportivo é uma área nova e possui
particularidades e especificidades próprias de cada modalidade, verificam-se
problemas complexos na elaboração científica dos princípios.
Martin et. al. (2008) apontam no âmbito do treinamento esportivo, que a
organização dos princípios científicos ao longo do tempo, busca orientar e
fundamentar as diferentes concepções de treinamento. Entretanto, até o
momento, não foi possível elaborar um conceito e uma classificação
abrangentes, aceitos no meio especializado, principalmente pelas diferentes
opiniões sobre a importância do treinamento esportivo no interior da sociedade.
Assim, os autores acima citados sugerem que a classificação seja dividida em
três blocos:
i) Princípios pedagógicos gerais: condicionamento social das decisões
sobre ações, da preferência do desenvolvimento global da
personalidade, consciência da ação do treinamento, manutenção e
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garantia da saúde, orientação das ações do treinamento nas
necessidades e interesses dos atletas, conformidade do
desenvolvimento das ações.
ii) Princípios sobre a estrutura e organização do treinamento: sintonia
das decisões sobre treinamento; orientação na eficiência das ações
do treinamento; divisão de processos de treinamento em longo prazo
em etapas intermediárias; orientação em objetivos de treinamento;
desenvolvimento de desempenho geral e especifico; especialização
a tempo e crescente; individualização crescente; condução e
regulação permanentes do treinamento.
iii) Princípios da Estruturação Metódica de conteúdo do treinamento:
condicionalismo mútuo de precondições de desempenho de
condicionamento, coordenativo e técnico motor, bem como da tática
desportiva; complexidade de efeitos do treinamento; especificidade
de adaptação do treinamento e da competição; criação de
fundamentos ótimos de orientação para realização de ações de
acordo com o treinamento; ativação psicofísica ótima; qualidade
ótima de execução dos exercícios de treinamento; crescente
solicitação no treinamento; treinamento contínuo; periodização das
ações do treinamento.
Seguindo outra direção, Matveev (1997) apresenta uma saída razoável
para expor os princípios para orientação exata aos diferentes membros da
comissão técnica de qualquer equipe desportiva, dividindo em dois grupos
fundamentais:
i) os gerais ou também denominados como pedagógicos, que
representam os princípios pedagógicos gerais, que configuram na esfera da
pedagogia (didáticos) e contemplam os conhecimentos aplicados às regras
universais do ensino e da educação;
ii) os específicos ou biológicos, abordam a especificidade de preparação
do atleta e a orientação predominante das influências sobre o aperfeiçoamento
das capacidades biomotoras do organismo, o que determina o significado
dominante da metodologia de influência prática, apresentados
preferencialmente pela complexidade dos exercícios físicos.
Ainda neste segundo grupo destacam-se os princípios elaborados na
teoria e na metodologia da Educação Física, que asseguram o caráter
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permanente do processo de formação do indivíduo, considerando os objetivos
a serem atingidos nos diferentes períodos de desenvolvimento físico e motor, a
alternância de cargas de trabalho e intervalos de descanso e a construção
cíclica do sistema de treinamento ao longo do tempo.
Ao refletir sobre tais classificações, nota-se que as regras especiais da
Educação Física e, de forma geral, no âmbito do treinamento esportivo, todo
treinador deve fundamentar inicialmente seu trabalho nos princípios gerais do
ensino e da educação (pedagógicos), apesar destes não se identificarem com
as particularidades específicas do treinamento desportivo e, portanto, não
constituírem a totalidade das regras e leis que guiam a atividade do treinador.
Nesta direção, o segundo bloco (os específicos ou biológicos) dos
princípios formulados pela teoria e metodologia da Educação Física
apresentam um significado especial, pois se relacionam diretamente com as
regras da Educação Física e do treinamento esportivo, criando assim uma
ligação direta entre os princípios gerais da pedagogia e os específicos da teoria
da Educação Física e dos esportes.
Ao referir-se sobre Princípios Científicos do treinamento esportivo a idéia
que se tem em primeiro plano é buscar seguir as orientações para o
desenvolvimento e manutenção do aspecto biológico do atleta para alcançar o
seu máximo rendimento.
É fundamental que treinadores e preparadores físicos entendam que o
alcance do maior nível em qualquer desporto só é viável por meio do
desenvolvimento geral das possibilidades funcionais do organismo e o
progresso múltiplo dos aspectos físicos e psicológicos. Importa aqui destacar
que as diretrizes não somente sejam orientadas no sentido do aperfeiçoamento
desportivo, mas também quanto às leis gerais do sistema de Educação e da
Educação Física.
Nesse sentido, destacam-se diferentes princípios como o da
conscientização, saúde e motivação, que devem ser considerados e
respeitados no processo da preparação esportiva.
Em outra direção, a orientação para a realização dos mais variados
exercícios em diferentes etapas da preparação, principalmente no
aperfeiçoamento e manutenção de resultados direciona-se no sentido de que
para treinar bem e corretamente é necessário ter conhecimento em diferentes
áreas principalmente as Biológicas e Humanidades.
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Nesse sentido, destacam-se os princípios da Individualidade biológica,
Adaptação, Inter-relação entre Preparação Geral e Específica, Continuidade,
entre outros.
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3 - AVALIAÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE DAS CARGAS DE
TREINAMENTO
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futebolista, seguido da estimulação metabólica específica e aprimoramento da
velocidade.
Na mesma modalidade e utilizando a mesma classificação de conteúdo,
Oliveira et al. (2012) buscaram avaliar e discutir o efeito de sete semanas de
treinamento em 15 atletas profissionais em diferentes capacidades biomotoras.
Todos os atletas foram submetidos a dois testes: Yo-Yo Endurance Test Nível
1 e salto horizontal em dois, momentos distintos (M1): início do programa de
treinamento e (M2) após o término do período preparatório. Os resultados
apontam que o conteúdo funcional (1.890 minutos) foi predominante sobre o
neuromuscular (1.595 minutos) e nos testes houve melhora na distância
percorrida no Yo-Yo Endurance Test Nível 1 de M1 (2376,0±202,4m) para M2
(2581,3±173,1m) e melhora no salto horizontal de M1 (2,44±0,1m) para M2
(2,48±0,1m).
Sendo assim, a estrutura do treinamento esportivo caracteriza-se
particularmente pelos seguintes aspectos: conveniente ordenação dos
conteúdos da preparação no processo de treinamento (exercícios de
preparação física geral e especial, técnica e tática); relações entre os
parâmetros da carga do treinamento (características quantitativas e qualitativas
do treinamento e competição); sucessão das diferentes ligações do processo
(sessões isoladas e suas partes, microetapas, etapas, macro ciclos). A
estruturação de todos estes aspectos possibilita o desenvolvimento de
momento ótimo de forma desportiva, observada dentro de uma perspectiva
temporal (Oliveira, 1998).
Contudo, parece razoável que o entendimento global do processo de
avaliação da aquisição esportiva depende de todos os fatores apresentados
acima. Por isso, o esclarecimento e o registro destes em todas as etapas do
processo é fundamental tanto para avaliar as reais causas como conhecer os
melhores resultados obtidos por meio de testes e observações.
Platonov e Bulatova (2003) preconizam que o controle do treinamento
pode ser efetuado de três formas: por etapa (que caracteriza as modificações
do estado físico do atleta decorrentes da influência da preparação ao longo do
tempo), corrente (se baseia na avaliação dos estados físicos dominantes nas
cargas de distintos microciclos e regimes de treinamento) e operacional (serve
para revelar as reações imediatas do organismo do atleta durante a realização
dos exercícios), através das avaliações diagnósticas, somativas e formativas,
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que representam a avaliação inicial, ao longo e durante o treinamento
(MARINS e GIANNICHI, 2003). Simões et al. (2004) procuraram controlar a
carga de treinamento pela razão testosterona/cortisol (T/C) durante um período
de 16 semanas, mostrando que a razão T/C sofre maior influência do volume
do treinamento do que da sua intensidade.
Especialmente nos modalidades esportivas coletivas, em que as ações
durante os jogos e treinamentos são diversificadas (BANGSBO, 1994; REILLY,
2005), algumas pesquisas têm direcionado quais marcadores fisiológico-
bioquímicos auxiliariam no controle e monitoramento, pois acompanhariam as
adaptações geradas pelo treinamento: i) maior concentração de testosterona
em jogadores jovens de elite quando comparados aos não de elite; ii)
capacidade de tamponamento do H+ que está diretamente ligada ao
desempenho em “sprints” repetidos; iii) tempo de remoção do lactato após
atividades intensas; iv) aumento do limiar anaeróbio, entre outros, e, quando
negativas: a) aumento do nível de cortisol/cortisona; b) aumento da creatina
quinase; c) alterações na subpopulação de leucócitos que pode indicar
imunossupressão; e d) aumento da uréia plasmática, entre outros (FRY,
MORTON e KEAST, 1992; HANSEN et al., 1999; BISHOP et al., 2004;
BALDARI et al., 2004; MALM et al., 2004; HOFFMAN et al., 2005; McMILLAN,
2005; KLAPCINSKA et al., 2005; ROUVEIX et al., 2006).
A alteração dos marcadores fisiológico-bioquímicos é modulada pela
carga de treinamentos e jogos (HOFFMAN et al., 2005; PRESTES et al., 2005);
por isso, deve-se atentar para os fatores que a compõem, como o volume,
intensidade (SIMÕES et al., 2004) e a freqüência de solicitação (SMITH, 2003),
já que uma sucessão inadequada da relação estímulo-pausa ao longo do
processo de treinamento pode levar o atleta a ultrapassar seu limite de
adaptação e ocasionar perda de desempenho ou mesmo o overtraining
(FOSTER, 1998). Períodos de recuperação adequados parecem auxiliar na
resposta adaptativa positiva do treinamento (SIMÕES et al., 2004),
demonstrando a importância da correta sucessão de aplicação da carga.
Dentro do treinamento, o acompanhamento da forma desportiva torna-se
importante para o delineamento das cargas, mas o controle da carga aplicada e
a comparação com a programada tornam-se importante já que muitas vezes
existe certa diferença entre as duas (FOSTER et al., 1996). O monitoramento
do programa de treinamento de atletas de elite deve fazer parte do processo
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anual, referenciado pelo controle do volume (quantitativo) e da intensidade
(qualitativo) do treinamento e a pausa ou recuperação.
O controle do volume de treinamento é algo de características simples,
já que representa a duração da influência – tempo gasto, número de
repetições, entre outros, diferentemente da intensidade que representa a força
momentânea da influência (MATVEEV, 1996). A discussão acerca do controle
dos componentes da carga, mais precisamente da intensidade de treinamento,
torna-se importante na medida em que se tente estabelecer um método que
demonstre as alterações na intensidade de diferentes treinamentos e
praticidade para utilização no dia-a-dia dos desportos coletivos.
Treinamentos que envolvam exercícios de alta intensidade são difíceis
de controlar, principalmente em atividades acíclicas como o basquetebol, que
concentram diversos tipos de ações, como acelerações curtas e mudanças
rápidas de direção, o que levaria à utilização de métodos menos práticos, como
a análise de filmagens de treinos e jogos para um possível controle da carga
(FOSTER et al., 2001, KOKUBUN e DANIEL, 1992; KOKUBUN et al., 1996). A
avaliação envolvendo a monitoração do programa de treinamento tem sido
pouco utilizada nos estudos com atletas, principalmente quando comparada às
outras formas existentes.
A intensidade do treinamento tem sido controlada por diversos índices,
generalizados (ritmo de movimentos, entre outros); particulares (relação do
número de ações mais ativas, entre outras) e funcionais (freqüência cardíaca,
lactato sanguíneo e consumo de oxigênio entre outros) (MATVEEV, 1996).
A freqüência cardíaca é um dos indicadores mais utilizados para
monitorar a intensidade de esforço, destacadamente pela sua praticidade na
aferição e estreita relação com o consumo de oxigênio e lactato sanguíneo em
exercícios de carga constante (LAURSEN et al., 2005).
Uma alternativa aos diversos índices utilizados tem sido a percepção
subjetiva de esforço (PSE) que, durante um trabalho físico, é utilizado para
demonstrar informações gerais de trabalho muscular, cardiovascular, função
respiratória e sistema nervoso central (BORG, 1982). A PSE tem sido
empregada em atletas e adultos saudáveis quando avaliados durante o
treinamento e competições (FOSTER, 1998; FOSTER et al. 2001).
Inicialmente proposta por Borg (1982), a escala de percepção de esforço
foi construída através de um teste em ciclo ergômetro com aumento linear da
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intensidade, sendo determinados o consumo de oxigênio e a freqüência
cardíaca, estabelecendo-se 15 níveis de esforço, que vão de 6 (extremamente
fácil) até 20 (que se encontra acima de extremamente pesado – 19), sendo
estes valores usados pela relação com a freqüência cardíaca (60 a 200
batimentos.min-1).
Posteriormente à construção da primeira escala de percepção de
esforço, o próprio Borg (1982, 2000) estabeleceu nova escala (CR-10), agora
com 12 níveis de esforço, de melhor empregabilidade e entendimento dos
indivíduos avaliados.
Esta nova escala também estava relacionada ao esforço durante o
exercício e, por sua relação com a anterior, não era linear (13 níveis com os
valores entre 0 e 10), o que poderia dificultar a objetividade na coleta dos
dados referentes à intensidade do exercício (FOSTER et al., 1996).
Nesse sentido, Foster et al. (1996; 1998) adaptaram tal escala para uso
linear, deixando-a com 11 níveis (entre 0 e 10), relativos à intensidade de
esforço.
Após propor nova escala de percepção, agora para intensidade do
treinamento, Foster (1998) apresenta uma metodologia interessante para o
controle da carga psicológica aplicada ao atleta, aliando a duração da atividade
em minutos à intensidade da sessão de treinamento, obtida através do escore
da escala de percepção subjetiva de esforço (CR-10) adaptada.
Ao longo de um microciclo, procura estimar a carga total da semana
(CT), entendida como a somatória das diárias, expressas em unidades
arbitrárias, sua variação, que é o produto da divisão da carga média pelo seu
desvio padrão (Monotonia); e um equivalente de esforço semanal sobre o
organismo do atleta (Strain), que é uma relação entre CT multiplicado pela
Monotonia.
Tal autor aponta que cada um desses aspectos parece guardar certa
independência dos demais, ajudando a explicar episódios de doenças do trato
respiratório superior (FOSTER, 1998), que podem estar associadas a uma
queda na atividade do sistema imunológico, provocada por um “esforço
semanal” acima dos valores suportáveis.
Posteriormente às primeiras publicações de tal método, diversas foram
as pesquisas que validaram o método com variáveis fisiológicas, como a que
utilizou freqüência cardíaca, lactato sanguíneo; consumo de oxigênio entre
34
outros indicadores (FOSTER et al., 2001; IMPELLIZZERI et al., 2004;
DELATTRE et al., 2006).
Além disso, diversas modalidades individuais e coletivas como no
futebol, ciclismo, esquiadores de cross-country, rugby, triathlon, corrida e
basquetebol tem sido monitoradas com o referido método buscando quantificar
a carga de treinamento e entender a organização do treinamento (FOSTER et
al., 2001; IMPELLIZZERI et al., 2004; JURADO et al., 2005; DELATTRE et al.,
2006).
Por se tratar de um método subjetivo, alguns autores buscaram
verificar sua relação com indicadores mais precisos, como Herman et al (2003)
constataram que o controle da intensidade do exercício por meio tanto da
freqüência cardíaca quanto da PSE são fidedignos e podem ser utilizados
como bons indicadores na prescrição e monitoramento do treinamento, para
intensidades acima do limiar de lactato (altas intensidades) tais como limiar
anaeróbio, concentrações de lactato e a freqüência cardíaca, para verificar sua
validade e fidedignidade no monitoramento do esforço.
Na mesma direção, Seiler e Kjerland (2006) realizaram estudo com
atletas de resistência de elite, buscando métodos para monitoramento do
treinamento e distribuições ótimas de intensidade do exercício, e propuseram
monitorar três variáveis distintas, a freqüência cardíaca, a PSE e o lactato
sangüíneo. Ao final do estudo constataram que as intensidades desenvolvidas
nas atividades, não apresentaram diferenças significativas quando
quantificadas pelas três formas de monitoramento, indicando que todas são
meios válidos para tal aplicação.
Particularmente em nosso meio o presente método tem sido utilizado
em atletas da elite do basquetebol que participam de eventos nacionais e
internacionais. Para as disputas, por exemplo, do Campeonato Paulista de
Basquetebol Masculino Adulto, uma equipe do interior paulista, no período
preparatório, teve cinco semanas para se preparar (13 de Julho a 16 de
Agosto) com atividades em um período e 28 sessões de trabalho, com duração
média de 120 minutos. As figuras 1 e 2, apontam para a média das cargas
diárias de treinamento relatadas pelos atletas segundo as semanas de
treinamento.
Na figura 1 verificam-se algumas particularidades como: a
distribuição ondulatória das cargas ao longo das semanas de treinamento,
35
alternância entre estímulo e recuperação e caráter cíclico do processo de
treinamento, entre outros.
36
Figura 2: Distribuição das cargas no período preparatório de treinamento
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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