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Alexandre Machado
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Machado, Alexandre F.
Bases Metodológicas da Preparação Física / Alexandre F.
Machado. – 1ª ed. – São Paulo: Ícone, 2011.
Bibliografia.
ISBN 978-85-274-1176-9
11-04107 CDD-613.71
preparação
Bases metodológicas da
física
Revisão
Juliana Biggi
Saulo C. Rêgo Barros
9
dade humana, chega à coordenação do laboratório de fisiologia (LAFIEX)
de Petrópolis.
Em 2007, começa a lecionar na UNIBAN de São Paulo na cadeira de
treinamento desportivo; no mesmo ano, começa a atuar com preparador
físico de alguns atletas em São Paulo.
Em 2008, ganha seu primeiro título como preparador físico (campeão
brasileiro de corrida de montanha). Consolida-se como preparador físico,
repetindo a façanha nos anos de 2009 e 2010, e consagra-se como o
único preparador físico com 3 títulos consecutivos no circuito brasileiro
de corridas de montanha.
Utilizando a experiência conseguida na preparação física, lança seu
primeiro livro sobre treinamento de corrida (Corrida – teoria e prática
do treinamento) em janeiro de 2009; em 2010, lança seu segundo
livro, com o título Manual de Avaliação Física, em parceria com outros
autores, sendo alguns deles professores da Uniban, como Cesar Cavinato,
Sandro Barone e Gabriela Molinari.
No início de 2011, como não poderia ser diferente, lança seu terceiro
livro com o título Corrida – bases científicas do treinamento, reunindo
as metodologias empregadas no dia a dia de treinamento, assim como
modelos práticos de planilhas para corrida. E agora está lançando seu
quarto livro, Bases metodológicas da preparação física.
Esta obra reflete uma combinação de conhecimento teórico em
fisiologia e treinamento com a intervenção profissional, estudando e
pesquisando teorias que confirmem pontos vinculados à prática. Alexan-
dre F. Machado emerge como estudioso da modulação matemática, que
coloca o lado empírico largamente utilizado de lado para nos fornecer
treinamentos com bases científicas.
Com orgulho, reafirmo a qualidade do autor e a validade da publi-
cação, e convido a todos para uma agradável e motivante leitura
10
Prefácio
11
Muitas ideias, crenças, conhecimentos e conceitos sobre preparação
física mudaram nos últimos anos, e com eles muitos enfoques, compor-
tamentos e atitudes sofreram pequenas e grandes modificações. Será
muito rico vermos nesta nova obra o que o autor, que é um estudioso
nesse tema, possa nos apresentar neste início de novo milênio.
Quando o convite me foi feito para escrever o prefácio desta maravi-
lhosa obra, eu tive o privilégio de ser um dos primeiros a ler e ter acesso
às informações de excelência nela apresentada; nesta obra estão reunidas
informações atuais sobre o processo de preparação física do atleta, além
da experiência espetacular que o autor apresenta, oriunda de sua vivência
prática durante anos na área da preparação física.
A obra está muito bem escrita, como os livros anteriores deste autor,
e é dividida de forma muito didática, destacando todo o processo de testes
de aptidão física com diversos protocolos à disposição, discute a meto-
dologia da preparação física com um enfoque moderno e especializado,
além de outros assuntos em que o autor destaca a importância da perio-
dização de forma exemplar, o que vai auxiliar o professor universitário a
ministrar os conteúdos correlatos com excelência, bem como o treinador,
na prática, para desenvolver seus planos de treino com maior segurança.
No texto deste livro, sobre importantes temas da preparação física
esportiva, encontram-se pérolas que não poderão passar despercebidas
pelos especialistas na área da Educação Física, que vivendo nestes tempos
modernos poderão avaliar seus programas e projetar os próximos com
maior expertise.
Trata-se de uma obra escrita e fundamentada nos conceitos científi-
cos a qual, sem dúvida trará luz aos especialistas que atuam na prática a
direcionarem melhor seus programas de treino para, com isso, atingirmos
um nível mais elevado em termos de resultado esportivo, além de apurar
as discussões acadêmicas acerca da preparação física esportiva.
12
O autor
13
• Professor do curso de graduação em Educação Física da Universidade
Bandeirante de São Paulo – SP, na disciplina de Metodologia do Trei-
namento Desportivo.
• Membro da Sociedade Brasileira de Fisiologia do Exercício.
• Professor convidado de diversos cursos de Pós-Graduação pelo Brasil.
• Ministra cursos em congressos pelo Brasil.
• Autor do Livro Corrida – teoria e prática do treinamento, Ícone
Ed., 2009.
• Autor do livro Manual de Avaliação Física, Ícone Ed., 2010.
• Autor do livro Corrida – bases científicas do treinamento, Ícone
Ed., 2011.
• Preparador físico do tricampeão brasileiro de corrida de montanha de
2008, 2009 e 2010.
• Preparador físico do bicampeão paulista de corrida de montanha de
2009 e 2010.
• Preparador físico do campeão paranaense de corrida de montanha
de 2009.
• Preparador físico do terceiro colocado no campeonato de maratona
de montanha K42.
14
Folha de
aprovação
CONSELHO EDITORIAL
15
Sumário
17
1
Bases fisiológicas
do movimento
humano
INTRODUÇÃO
CK
PC + ADP + H+ Creatina + ATP
Equação 1.3.
Adenilato Quinase
ADP + ADP ATP + AMP
Equação 1.4.
GLICÓLISE AERÓBIA
VO2 MÁXIMO
Genético
Idade e sexo
Treinamento
Por meio do teste de esforço é que se pode saber até que ponto os
sistemas conseguem responder bem a sua função e, mais ainda, pode-se
saber também como tais sistemas estão respondendo a um determinado
nível de estresse físico no decorrer do exercício (SHEPHARD, 1992).
Os diferentes testes ergométricos apresentam características distintas,
podendo variar de um sistema simples a equipamentos com elevado grau
de sofisticação tecnológica.
MÉTODO DIRETO
MÉTODO INDIRETO
CONDICIONAMENTO AERÓBIO
STEADY-STATE
A CONTRAÇÃO MUSCULAR
CICLO ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO
Capítulo 2 | O treinamento 61
e planejado que tem por objetivo atingir o máximo da condição física,
técnica, tática e psicológica de um atleta e/ou equipe em um tempo
determinado.
Os exercícios físicos utilizados como meio de treinamento podem
ser divididos em quatro categorias, descritas abaixo:
PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO
Genótipo
Capítulo 2 | O treinamento 63
Fenótipo
PRINCÍPIO DA ADAPTAÇÃO
Capítulo 2 | O treinamento 65
condição física de forma eficiente e segura para o praticante e/ou
atleta na sua respectiva modalidade.
• Carga de manutenção: Estas cargas são inferiores às cargas de
desenvolvimento, porém são de suma importância para o trei-
namento, pois elas permitem a estabilização da condição física
para que o praticante e/ou atleta possa continuar no processo
de desenvolvimento da condição física. Basicamente estas cargas
firmam o processo alcançado com as cargas de desenvolvimento.
• Carga de recuperação: As cargas de recuperação garantem ao
organismo o restabelecimento das condições biológicas e são uti-
lizadas após períodos longos de preparação e após competições.
Sua característica é sempre com cargas de volume e intensidade
baixos, garantindo a regeneração dos substratos energéticos gas-
tos durante o treinamento.
PRINCÍPIO DA SOBRECARGA
Capítulo 2 | O treinamento 67
física, com isso após aplicação de uma carga devemos respeitar alguns
critérios (DANTAS, 2003), sendo eles: tempo de recuperação, intensidade
da carga aplicada anteriormente, pois, caso contrário, cairemos em um
dos dois tipos de erros, que são a recuperação excessiva para carga apli-
cada (Figura 2.3, momento 4) e a recuperação insuficiente para a carga
aplicada (Figura 2.3, momento 2).
Capítulo 2 | O treinamento 69
total de exercícios, variável de intensidade que estão diretamente ligadas
às cargas utilizadas, velocidade de trabalho e amplitude de movimentos
(VERKHOSHNSKY, 1996) e densidade do treinamento nos períodos de
recuperação entre um estímulo e outro e entre uma sessão de treinamento
e outra (MAGLISCHO, 2010).
O praticante não pode treinar semana após semana com a mesma
demanda de carga de trabalho e ainda assim ter resultados biopositivos.
Para que o indivíduo possa ter adaptações biopositivas de forma cres-
cente e constante, se faz necessária manipulação das cargas de trabalho
de forma correta, pois a manipulação realizada de forma incorreta vai
gerar uma adaptação bionegativa e consequentemente não irá gerar a
adaptação esperada.
O método mais simples de melhorar o desempenho do praticante
é pelo aumento da intensidade de treinamento, mas se o objetivo é
melhorar o condicionamento aeróbio os aumentos na velocidade devem
ser monitorados para que o praticante não desvie o metabolismo aeró-
bio para o anaeróbio. As adaptações conseguidas rapidamente com o
aumento da intensidade são perdidas rapidamente, pois são apenas
ajustes fisiológicos, mas as adaptações estruturais obtidas com o treina-
mento de intensidade permanecem por semanas até meses mesmo com
um treinamento menos intenso.
A manipulação das cargas que envolve uma progressão do volume
de treinamento permite que os praticantes aumentem de forma cons-
tante o metabolismo aeróbio e a resistência muscular. A sobrecarga pelo
volume permite um desenvolvimento por até 16 semanas até o ponto de
platô do condicionamento, onde será necessária uma manipulação das
diferentes cargas para prosseguir com o aumento do condicionamento
(MIRWALD, BAILEY, 1986).
A densidade do treinamento certamente é o mais efetivo método para
o desenvolvimento da resistência muscular. Os intervalos de recuperação
reduzidos aumentam a quantidade de energia fornecida pelo metabo-
lismo aeróbio e diminuição da participação do metabolismo anaeróbio.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Capítulo 2 | O treinamento 71
Figura 2.4: Representação gráfica da continuidade de estímulos
e uma adaptação bionegativa com resposta.
PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE
CAPACIDADES FÍSICAS
Capítulo 2 | O treinamento 73
3
Periodização do
treinamento
INTRODUÇÃO
2) UNIDADE DE TREINAMENTO
3) MICROCICLO
4) MESOCICLO
5) MACROCICLO
7) PERFORMANCE
DESENVOLVIMENTO DA RESISTÊNCIA
MÉTODOS DE TREINAMENTO
MÉTODO CONTÍNUO
Exemplo:
Corrida de 20 minutos a uma velocidade de 8km.
Exemplo:
Corrida de 20 minutos, velocidade inicial de 8km, e a cada
5 minutos aumento de 1km.
Exemplo:
Corrida de 20 minutos, velocidade inicial de 8km, e a cada
5 minutos diminuição de 0,5km.
• Intervalado lento
Com um volume de 10 a 30 tiros, intensidades de 60% a 80% da
máxima e com distâncias que podem variar de 200m a 1.000m, é
característico do período de preparação básica do treinamento e sua
demanda energética utiliza basicamente as vias anaeróbia lática e
aeróbia. Intervalo ativo de recuperação com intensidade de até 50%
da FC máxima.
• Intervalado rápido
Com um volume de 20 a 40 tiros, intensidades de 80% a 95% da
máxima e com distâncias que podem variar de 100m a 300m, é
característico do período de preparação específica do treinamento e
sua demanda energética utiliza basicamente as vias anaeróbia alática
e lática. Intervalo ativo de recuperação com intensidade entre 60% e
65% da FC máxima.
• Sprint
Com um volume de 30 a 60 tiros, intensidades de 95% a 100% da
máxima e com distâncias que podem variar de 50m a 100m, é carac-
terístico do período de preparação específica do treinamento e sua
demanda energética utiliza basicamente as vias anaeróbia alática e
lática. Intervalo ativo de recuperação de 25m a 50m.
• Aceleração
Com um volume de 30 a 60 tiros, intensidades de 95% a 100% da
máxima e com distâncias que podem variar de 25m a 50m, é carac-
terístico do período de preparação específica do treinamento e sua
demanda energética utiliza basicamente as vias anaeróbia alática. Inter-
valo ativo de recuperação de 50m a 100m. Utilizado para desenvolver
a velocidade do atleta. Este tipo de intervalado tem a característica de
ir aumentando a velocidade gradualmente durante o percurso, par-
tindo de uma corrida de baixa velocidade para uma de alta velocidade.
Corrida
Nos modelos mais adequados para predizer a FC máxima em homens
(Equação 4.2) (FERNANDEZ, 1998) e mulheres (Equação 4.3) (FROELICHER,
MYERS, FOLLANSBEE, LABOVITZ, 1998), os resultados encontrados por
estas equações têm uma variação menor que 3bpm.
Onde:
FCmáx. = Frequência cardíaca máxima
FCR = Frequência cardíaca de repouso
IT= Intensidade do treinamento desejado (%)
Exemplo:
FCmáx. = 198bpm
FCR = 82bpm
IT = 75% da FCmáx = 0,75 (limite inferior do treinamento)
IT = 85% da FCmáx = 0,85 (limite superior do treinamento)
FCt = (198 – 82)0,75 + 82
FCt = 169bpm
FCt = 181bpm
AQUECIMENTO
ESTRUTURA DO AQUECIMENTO
VOLTA À CALMA
FORÇA DINÂMICA
Método de contraste
Exemplo:
a) 2 r (90%) + 6 r (50%) + 2 r (90%) + 6 r (50%)
b) 2 r (90%) + 6 r (50%) + 6 r (70%) + 2 r (90%) + 6 r
(50%) + 6 r (70%)
FORÇA EXPLOSIVA
FORÇA DE RESISTÊNCIA
EXERCÍCIOS FUNCIONAIS
MÉTODOS DE TREINAMENTO
Exemplo:
1. Supino reto
2. Supino inclinado
3. Crucifixo reto com halter
4. Extensão de cotovelo na polia alta
5. Extensão de cotovelo em decúbito dorsal com halter
barra longa
Circuito
Intensivo Extensivo
Número de estações 4–8 10 – 20
Número de passagens 2–3 4–5
Número de repetições 6 – 12 15 – 20
Intervalo entre as estações 30 a 90 segundos No máximo 30 segundos
Intervalo entre as
2 minutos 30 segundos
passagens no circuito
Execução Rápida Moderada
Duração do treinamento 10 a 30 minutos 20 a 40 minutos
Força máxima e
Objetivo Força de resistência
força explosiva
Sistemas energéticos Anaeróbio Aeróbio
SISTEMAS DE TREINAMENTO
Roubado
Forçado
DTA
Pirâmide
100º 6º 1
90º 5º 3
85º 4º 5
80º 3º 8
70º 2º 10
60º 1º 15
Set descendente
Super-set
Exemplo:
Super-set agonista-agonista: Exercícios flexão de cotovelo
em pé com halter barra longa (HBL) + flexão de cotovelo
no banco 45 graus com halter barra curta (HBC).
Tri-set
Exemplo:
Flexão dos ombros + abdução dos ombros + extensão
dos ombros
Pré-exaustão
Exemplo:
Exercício cadeira extensora + agachamento.
Exemplo:
Exercício flexão de cotovelo em pé com halter barra longa
(HBL), número de repetições 10.
O indivíduo realizará as primeiras 8 repetições com uma
ação concêntrica e as 2 últimas com uma ação excêntrica.
A grande dificuldade deste sistema é a operacionalização,
pois será necessário um professor para que, ao término das
8 repetições iniciais, ele possa promover uma sobrecarga
adicional para que o praticante se utilize da ação excêntrica
nas 2 últimas repetições.
O TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE
Water Running: Consiste em uma corrida que pode ser realizada com a
água na altura dos joelhos variando até os ombros (Figura 7.2). Pode-se
trabalhar com elevação dos joelhos, tornozelos ou ainda trabalhar com
o tronco projetado para a frente (RUOTI, TROUP, BERGER, 1994).
Jump Power: Exercícios com a utilização de saltos variados, que têm por
objetivo desenvolver a força, resistência, coordenação e velocidade de
membros inferiores.
PRESSÃO HIDROSTÁTICA
FORÇA DE EMPUXO
TEMPER ATUR A
DENSIDADE
VISCOSIDADE
ALTER AÇÕES NA FC
EQUIPAMENTOS
DESENVOLVENDO A VELOCIDADE
MÉTODOS DE TREINAMENTO
IMPACTO DO TREINAMENTO DE
COORDENAÇÃO NO ORGANISMO
TESTE
MEDIDA
ANÁLISE
VALIDADE
OBJETIVIDADE
AVALIAÇÃO AERÓBIA
Por meio do teste de esforço é que se pode saber até que ponto os
sistemas conseguem responder bem a sua função e, mais ainda, pode-se
saber também como tais sistemas estão respondendo a um determinado
nível de estresse físico no decorrer do exercício (SHEPHARD, 1992).
Os diferentes testes ergométricos apresentam características distintas,
podendo variar de um sistema simples a equipamentos com elevado grau
de sofisticação tecnológica.
Por meio do teste ergométrico é que se pode responder a algumas
questões como: qual a capacidade de realizar um esforço, qual é a requi-
sição metabólica para um determinado nível de esforço, se há alguma
anormalidade na relação ventilação-perfusão, se há algum defeito na
utilização de O2 pelos músculos (MACHADO, 2010).
Para se realizar a medida do VO2 máximo, vários protocolos foram
desenvolvidos, podendo estes ser de pista ou laboratoriais, máximos
ou submáximos, e ainda diretos ou indiretos. Os cientistas da área de
fisiologia do exercício e médicos utilizam-se de provas de esforço para
avaliar objetivamente o VO2 máximo (ADAMS, 1994). Durante a execu-
ção dos testes, deve-se estar atentos não só à qualidade, mas também
à sua facilidade de execução. Existem várias categorias de ergômetros,
muitas das quais são utilizadas somente para fins de performance em
treinamento desportivo.
MÉTODO DIRETO
MÉTODO INDIRETO
Contraindicações relativas:
• PA diastólica em repouso > 115mmHg ou PA sistólica em repouso
> 200mmHg;
• Doença cardíaca valvular moderada;
• Marcapasso de ritmo fixo;
• Aneurisma ventricular;
• Doença metabólica não controlada (Diabetes Mellitus);
• Doença infecciosa crônica;
• Desordens neuromusculares;
• Anormalidades eletrolíticas conhecidas;
• Gravidez avançada ou com complicações.
Contraindicações absolutas:
• Alterações significativas recebidas do ECG que sugerem um I. M.;
• Complicações recentes de I. M.;
• Angina instável;
• Arritmia ventricular não controlada;
• Arritmia atrial não controlada comprometendo a função cardíaca;
• Bloqueio AV de 3º grau sem marcapasso;
• Insuficiência cardíaca congestiva aguda;
• Estenose aórtica severa;
Aparentemente Doença
Risco aumentado
saudáveis conhecida
Teste Jovem Idoso Assintomático Sintomático
Submáximo Não Não Não Sim Sim
Máximo Não Sim Sim Sim Sim
Critérios de interrupção:
• O avaliado pede para encerrar o teste;
• FC alvo atingida;
• Limitações físicas (exaustão);
• Náusea e vômito;
• Claudicação introduzida pelo exercício;
• Palidez intensa;
• PAS > 250mmHg;
• PAD > 120mmHg em normotensos;
• PAD > 140mmHg em hipertensos;
• Dispneia severa e desproporcional à intensidade do exercício;
TESTES DE PISTA
TESTE DE CAMINHADA DE 3 KM
Em que:
V = velocidade média em km/h
t = tempo em minutos do percurso
V=
[ 3.000 × 60
________
t ] / 1.000
Em que:
Mc = Massa corporal (kg)
I = Idade em anos
S = (1) masculino ou (0) feminino
T = tempo gasto na caminhada em minutos
FC = Frequência cardíaca da última volta
652,17 – T
VO2 máx. = __________
6,762
Em que:
VO2 expresso em ml.kg-1.min-1
T = tempo em segundos
Em que:
D = distância em metros
T = tempo em segundos
VO2 expresso em ml.kg-1.min-1
Em que:
Mc = Massa corporal em kg;
Id = idade em anos;
S = sexo, 0 = mulheres e 1 = homens;
t = tempo em minutos;
FC = frequência cardíaca.
Em que:
V = velocidade em km/h.
Em que:
D = distância em metros;
T = tempo em minutos.
TESTES DE BANCO
Tabela de Classificação
Abaixo de 50 Fraco
50 a 80 Médio
Acima de 80 Bom
Em que:
FC = frequência cardíaca ao final do teste.
Obs.: Caso a FC esteja entre 140 e 149 bpm no final do terceiro minuto,
a carga não precisa ser aumentada.
Fator de correção:
Equação do VO2:
Em que:
W = carga em Watts
I = idade
FC = frequência cardíaca do último minuto de teste
W × 12 + 300
VO2 máximo = _____________
Mc
Em que:
W = Watts do último minuto de teste
Mc = massa corporal
Em que:
W = carga em Watts que encerrou o teste
200 + (12 × W)
VO2 máximo = ______________
Mc
Em que:
W = carga em Watts do último estágio do teste
Mc = massa corporal
Em que:
W = carga em Watts do último minuto
Mc = massa corporal
Id = idade em anos
W × 12 + 300
VO2 máximo = ______________
(eletromagnética) Mc
Em que:
Watts = carga em Watts
Kpm = carga em kpm
Mc = massa corporal
Em que:
FCR = Representa a FC de repouso.
FC6min = Corresponde à variação da FC entre o quinto e sexto minuto
de teste, sendo a FC obtida nos últimos 30 segundos do sexto minuto
menos a FC obtida nos últimos 30 segundos do quinto minuto.
FC5min = Corresponde à variação da FC entre o quarto e quinto
minuto de teste, sendo a FC obtida nos últimos 30 segundos do
quinto minuto menos a FC obtida nos últimos 30 segundos do
quarto minuto.
DHR = Déficit cronotrópico, reflete o atraso da resposta cronotrópica.
Em que:
DHR = A – (B – C)
Em que:
T = Tempo de teste em minutos
Em que:
T = tempo total do teste em minutos
Em que:
I = inclinação expressa em %
AVALIAÇÃO ANAERÓBIA
TESTE DE WINGATE
Tabela 10.10.
Distância Duração
Nº de Duração Modo da
Estudo Exercício do sprint do sprint
Reps. da Pausa Pausa
(m) (s)
AZIZ et al. Corrida – Pista 40 ~ 5,5 8 30 Alongamento
BALSOM et al. Corrida – Pista 15 ~ 2,6 40 30 Passiva
Corrida – Pista 30 ~ 4,5 20 30 Passiva
Corrida – Pista 40 ~6 15 30 Passiva
BALSOM et al. Corrida – Esteira 6 15 24 Passiva
DAWSON et al. Corrida – Pista 40 ~ 5,5 6 24 Caminhada
FITZSIMONS
Corrida – Pista 40 ~ 5,8 6 24 Caminhada
et al.
GAITANOS Corrida –
6 10 30 Passiva
et al. NM Esteira
Em que:
D40s = distância em metros percorrida no tempo de 40 segundos.
D5min = distância em metros percorrida no tempo de 5 minutos.
Exemplo:
D40s = 180m
D5min = 1.100m
LL = 124 – 0,83 × 180 + 0,202 × 1.100 = 196,8m/min
ou 11,8km/h
227
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