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Introdução tarefa 2

Das muitas manifestações culturais produzidas no século XX o esporte é aquela que se


consolidou como um fenômeno de escala global. A padronização das regras das
diferentes modalidades esportivas faz supor uma universalização das práticas, o que
leva a ideia de que o mesmo esporte pode ser praticado de maneira semelhante em
diferentes países ou grupos sociais. Essa falsa premissa levou a importação de modelos
de treinamento, sobretudo no contexto do esporte de altorendimento, com o uso de
inventários, protocolos, estatística e exaustivas repetições sequenciais de movimentos,
gerando uma verdadeira “linha de fabricação” de atletas, que copia, de algum modo, os
clássicos modelos de produção. É evidente que, tal cenário de preparação para a
competição, tem seu resultado bastante questionado, já que desconsidera as
particularidades dos corpos, das equipes e das culturas. Para aqueles que perceberam a
ineficácia desses controles e modelos, fica frustração e busca por novos referenciais.
Mas, para aqueles que não se deram conta de que estão envolvidos em uma busca
utópica, resta a dúvida de si, de suas competências pessoais e da gestão técnica do(a)
treinador(a) ou da equipe. Historicamente e hegemonicamente a Psicologia do Esporte
(PE) tem se voltado igualmente para o atingimento das metas vinculadas ao rendimento
de atletas e equipes esportivas, ocupando muitas vezes, o mesmo lugar perigoso de
padronização. Desenvolvida principalmente nos Estados Unidos da América e em
alguns países 10 Psicologia Social do Esporte europeus, a PE começou a se consolidar
nos anos 1970, como um conjunto de técnicas e estratégias de intervenção que visavam
o treinamento de habilidades mentais de atletas. Os tímidos avanços da área nos anos
que se seguiram, ainda que tenham sua importância histórica, gerou olhares
desconfiados por parte da coletividade mais ampla da psicologia, assim como,
igualmente, por parte de técnicos e atletas. Parte do insucesso experimentado no
passado pode ser creditada ao desconhecimento (ou desinteresse) dos psicólogos do
esporte, dos aspectos que escapavam a lógica objetiva e dos mapeamentos feitos pelos
inventários. Falamos aqui daquilo que talvez seja mais caro à psicologia de um modo
geral: a subjetividade, as histórias de vida, as relações interpessoais e os aspectos
culturais. Desprezado em um primeiro momento, essas questões ganharam força no
Brasil a partir dos anos 1990 quando a Psicologia Social se aproximou da Psicologia do
Esporte trazendo a dimensão cultural para o campo de pesquisa e de intervenção (Rubio,
2000). O pragmatismo que caracterizou o surgimento e o desenvolvimento dessa
especialidade enfocava, no passado, o desenvolvimento de conhecimento na busca e na
determinação de perfis psicológicos ou ainda tipos de intervenção cujo objetivo era
maximizar e potencializar a performance, tendo a finalidade clara da busca da vitória.
Nos últimos anos esse quadro sofreu grandes transformações indicando a necessidade
da construção de uma Psicologia Social do Esporte, em que o rendimento esportivo e a
integridade do atleta podem caminhar juntos, desde que se mantenha uma inquietude,
uma análise crítica e transformadora das diferentes práticas, fundamentalmente quando
o que se está em jogo é uma ameaça da integridade dos humanos envolvidos em
determinada prática esportiva. Isso só veio a reforçar o pressuposto de Lane (1984) de
que toda Psicologia é Social sem que isso signifique reduzir as áreas da Psicologia à
Psicologia Social. Nesse sentido é possível afirmar que a Psicologia do Esporte, que
trata do fenômeno esportivo em toda a sua complexidade, visando a compreensão da
dinâmica das relações envolvidas entre atletas, técnicos, dirigentes, mídia e
patrocinadores, 11 não é apenas uma Psicologia de rendimento de atletas e equipes, com
foco nos ditos “treinamentos mentais”, mas sim uma Psicologia Social do Esporte.
Ainda que o referencial de Psicologia Social utilizado pelos autores norte-americanos
esteja baseado em formas psicológicas que reduzem as explicações do coletivo e do
social a leis individuais (Bernardes, 1998), é possível avançar essa discussão em direção
a outras versões de psicologia social, tal como a psicologia sóciohistórica do esporte,
em que se busca situar o atleta e as equipes esportivas coladas a realidade social e
cultural vividas. Ou ainda uma psicologia construcionista do esporte, tendo como
premissa o entendimento de que as realidades são construídas em diferentes práticas, a
importância dos humanos e dos não-humanos nessa construção e a ruptura com as
dicotomias interior-exterior, sujeitoobjeto, mente-corpo. Diferentes paradigmas que
apontam a atuação “das psicologias”, entendida assim, no plural, sinalizando as variadas
formas de conceber a subjetividade (FURTADO; BOCK; TEIXEIRA, 1999). Isso
posto, compreende-se que não há um objeto uno de estudo para a Psicologia nem um
método único de investigação, tem-se aqui a constatação de que produzimos com os
nossos discursos sujeitos diferenciados (FREIRE, 2003). Se a Psicologia do Esporte for
considerada como co-participante das demais áreas das ciências humanas e do esporte
na compreensão e estudo do fenômeno esportivo enquanto uma manifestação cultural, e
não apenas nos aspectos relacionados ao desempenho do atleta e equipes esportivas,
será possível considerá-la como parte do campo dos Estudos Culturais. Isso porque,
conforme Escosteguy (1999, p. 137) este é um campo de estudos onde diversas
disciplinas se interseccionam no estudo de aspectos culturais da sociedade
contemporânea. Guareschi, Medeiros e Bruschi (2003, p. 37) entendem que os Estudos
Culturais têm como característica reconhecer a capacidade dos sujeitos sociais de
manifestar diferentes práticas simbólicas, sendo que estas estão situadas em um
determinado contexto histórico, e apresenta como proposta o estudo da cultura a partir
de uma abordagem interdisciplinar, condição fundamental para a existência e prática da
Psicologia do Esporte. Apresentação 12 O debate sobre a função e o papel da Psicologia
do Esporte passa necessariamente pela discussão do que é o fenômeno esportivo e como
o mesmo tem sido construído e explorado no imaginário esportivo na atualidade. Isso
porque o esporte contemporâneo, em seu processo de construção, sofreu influência das
transformações socioculturais dos diversos momentos históricos pelo qual passou,
absorvendo ao longo do século XX uma série de características da sociedade
contemporânea. O que tem sido observado nesse período é que dentre os vários
fenômenos que a sociedade atual vem produzindo, o esporte tem ocupado um dos
lugares mais destacados, valorizando a emergência de atitudes heroicas (Rubio, 2001,
2017). O esporte chamado de alto rendimento é um tipo de prática que pode se
relacionar ao esporte espetáculo, protagonizado pelo atleta profissional, ou ainda, a um
tipo de atividade esportiva que não é necessariamente remunerada, mas que exige do
praticante dedicação e rendimento que superam uma atividade de tempo livre ou
amadora. Na busca da vitória estão implicados valores próprios da sociedade atual,
como o trabalho alienante, onde o corpo é usado e manipulado pelo próprio atleta e pela
comissão técnica para alcançar o rendimento máximo. Na concretização desse intuito
está implicada a realização integral do potencial físico e emocional, tendo no psicólogo
um papel determinante, uma vez que o rendimento máximo pode estar associado às
habilidades e características do atleta, ou em outra direção na busca desse maximizador
em componentes externos, como o apoio social ou o uso de substâncias proibidas.
Ainda que utilizada indiscriminadamente para caracterizar diferentes atitudes, a ética é
um preceito que fundamenta vários conceitos. Portanto, não seria viável afirmar uma
ética do esporte, uma ética da psicologia ou quaisquer sub-éticas para contextos criados
conforme a necessidade social ou momento histórico, isso porque a ética busca refletir a
respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. O esporte, enquanto
valor cultural, passível da intervenção da psicologia, também é uma criação humana,
refletindo e recriando essa condição. Por isso é necessário refletir sobre a prática do
psicólogo no esporte e qual a sua relação com valores básicos fundamentais da
Psicologia (Luccas, 2000). Psicologia Social do Esporte 13 Essa discussão se torna
fundamental diante da dimensão que o esporte adquiriu como fenômeno sociocultural
contemporâneo. A necessidade da vitória a qualquer custo, da adequação às mudanças
de regras e calendários e os interesses comerciais de clubes e patrocinadores, chega ao
psicólogo do esporte como um imperativo de sua função no clube ou time, levando-o a
uma necessária e constante reflexão sobre seu papel social e profissional. Daí a
importância da clareza sobre a concepção de ser humano e de Psicologia com que se
atua. Porém, nem todo atleta contemporâneo busca apenas a vitória a qualquer custo. Há
praticantes, vinculados sobretudo ao esporte como uma atividade voltada para o lazer e
tempo livre, que seguem outra lógica: a do prazer, da saúde do corpo e da superação do
próprio limite. Ao desejo de ultrapassar os próprios limites, era dado o nome de areté
equivalente ao latino virtus que representava hombridade, valor (Rubio; Carvalho,
2005). No sentido cavalheiresco da palavra estava expresso o conjunto de qualidades
que fazem do homem um herói, e a vitória seria a confirmação desse valor. A areté
seria, portanto, a afirmação da condição pessoal daquele que pratica e vence um desafio,
sua realização é a luta contra tudo que tente impedi-la. Essa busca não representa um
individualismo egoísta que cifra ideais de amor a si mesmo, senão na busca incessante
pelo absoluto da beleza e do valor. Daí a atitude de agradecimento do atleta vencedor de
provas atléticas a seus oponentes. Mais do que tê-los como inimigos, o atleta que
praticava a areté via no adversário o parâmetro para a realização do seu próprio limite e
não alguém a ser superado, vencido e humilhado. O outro era o referencial para a
superação de si mesmo. Características como secularização, igualdade de chances,
especialização, racionalização, burocratização, quantificação e busca de recorde,
princípios que regem a sociedade capitalista pósindustrial, marcam a função do atleta,
tendo o rendimento como o princípio norteador. Assim, apontar apenas o rendimento
enquanto elemento marcante do esporte contemporâneo seria desconsiderar outros
valores no esporte que se transformaram com a ascensão do profissionalismo.
Apresentação 14 Desde sua origem, a atividade esportiva supõe sempre uma atividade
industrial e comercial próxima, que indica que o espaço esportivo foi transformado em
um setor da vida econômica e em uma área de consumo muito importante e dinâmica.
Essa condição foi possível em razão da construção espetacular da narrativa esportiva em
que a competição é uma metáfora das batalhas. Isso quer dizer que a espetacularização
do esporte foi construída relacionada ao desenvolvimento da própria prática esportiva e
com as intervenções e alterações propostas pelos distintos atores envolvidos. Essa
narrativa, preocupada em reforçar os aspectos competitivos como igualdade e equilíbrio
entre os oponentes, tem reforçado o imaginário da “batalha justa”, emocionante, de
resultado imprevisível, facilitando a emergência de consciências coletivas, identidades
nacionais e protagonistas carismáticos, transformando o campo da competição em
cenário de representação de atitudes heroicas de atletas que defendem uma equipe,
cidade ou país (Rubio, 2001, 2004). Considerando então a polissemia desse campo e
todos os atores nele envolvidos há que se propor que a Psicologia seja capaz de
promover que toda a sua compreensão transite para além da Psicologia do Esporte. Vale
ressaltar que nem toda Psicologia aplicada ao Esporte é Psicologia do Esporte clássica
(aquela voltada fundamentalmente para o rendimento). A Psicologia do Esporte tem
como meio e fim o estudo do ser humano envolvido com a prática do exercício, da
atividade física e esportiva competitiva e não competitiva (Rubio; 2000b; 2003). Esses
estudos podem abarcar os processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise
do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir da perspectiva
de quem pratica ou assiste ao espetáculo. Mas, a Psicologia do Esporte não é feita
apenas dos aspectos relacionados com a prática esportiva. Ela também é feita do estudo
do fenômeno esportivo a partir do referencial da Psicologia Social (Brawley; Martin,
1995; Brustad; rittertaylor, 1997; Rubio, 2004, 2007; Russel, 1993), e nisso os estudos
recentes realizados no Brasil têm se destacado no cenário internacional. Psicologia
Social do Esporte 15 Se naquilo que se refere ao psicodiagnóstico esportivo a Psicologia
do Esporte brasileira ainda busca sua maturidade, é na prática da intervenção
psicológica junto a atletas e equipes que se pode observar a multiplicidade de
perspectivas e o seu vigor. Isso porque após observar que a aplicação simples de
experiências internacionais não alcançava os mesmos resultados, psicólogos brasileiros
passaram a desenvolver estratégias de intervenção considerando as características
específicas da população e do local onde a prática ocorria. Isso levou a criação de novos
métodos e a apresentação de resultados, o que passou a despertar a atenção e
curiosidade de colegas de outros países. Resta ainda superar a barreira da língua para
que esses trabalhos ganhem a visibilidade e projeção que já conquistaram no terreno
aplicado. Se na perspectiva do esporte competitivo a intervenção visa o melhor
resultado, nas práticas de tempo livre, na iniciação esportiva, no esporte social e na
reabilitação, o que norteia o trabalho do psicólogo é a motivação e a adesão, o bem-estar
psicológico e o manejo de pensamentos e sentimentos que levam a busca da atividade
física e esportiva em diversos contextos sociais em cada uma dessas populações. A
diversidade sugerida pelo amplo espectro de settings, de populações e de expectativas
sugere um suporte teórico também variado que explique os diversos fenômenos
estudados (Rubio, 2005b). Daí uma ligação estreita com a Psicologia Clínica e a
Psicologia Social. Se no esporte de alto rendimento o esforço dos vários profissionais
que compõem a equipe técnica está voltado para a produção da vitória, nos demais
contextos esportivos a vitória pode estar identificada com a formação de um grupo para
a atividade, com a permanência na prática ou com a compreensão do significado do
processo que desencadeou ou culminou uma necessidade física. Essa ação específica faz
com que a Psicologia do Esporte se diferencie da Psicologia no esporte. Embora haja
flexibilidade naquilo que se refere às normas do esporte contemporâneo, há por outro
lado, uma quase absoluta rigidez nas instituições esportivas que regulamentam e
organizam o esporte tanto em âmbito nacional como mundial. Esse jogo indivíduo/
instituição tem gerado inúmeras interpretações do necessário, do possível e do desejável
no ambiente esportivo, demandando por Apresentação 16 parte de todos os envolvidos
com a área reflexões sobre ética, tanto em sua dimensão crítica e propositiva, quanto em
sua dimensão da relação (Guareschi, 2003). A dimensão crítica e propositiva da ética
presume a sua incompletude e sua constante atualização, uma permanente busca de
crescimento e transformação. A dimensão da relação envolve a discussão do indivíduo
na sua interação com o outro. Daí a importância da clareza sobre a concepção de ser
humano e de Psicologia com que se atua. Essas indicações apontam para a necessidade
de uma prática consciente e crítica da atividade profissional, independentemente do
local de sua atuação. O psicólogo tem ocupado no esporte espaço em um território
dominado historicamente por técnicos, preparadores físicos, médicos, fisioterapeutas,
nutricionistas, fisiologistas, constituindo-se em uma atividade multiprofissional por
excelência, regulamentada pelos vários códigos profissionais das diversas áreas que
compõem a equipe. Ter clareza do que fazer e até onde ir nessas circunstâncias é
fundamental para o bom andamento do trabalho do grupo e por uma conduta apropriada
(CRP-SP, 2011). Isso quer dizer que é preciso compartilhar o conhecimento e
procedimentos psicológicos, com os demais membros da equipe multiprofissional,
porém dentro dos limites que resguardem a privacidade de atletas e comissão técnica e a
conduta do psicólogo.

Resumo do chat GPT:

O texto aborda a relação entre esporte e Psicologia do Esporte, destacando a ascensão


global do esporte como uma manifestação cultural no século XX. O fenômeno esportivo
é discutido como uma prática padronizada em suas regras, que muitas vezes leva à
importação de modelos de treinamento e técnicas de alto rendimento de outros países,
resultando em uma abordagem de produção em massa de atletas. No entanto, essa
abordagem enfrenta críticas devido à falta de consideração pelas particularidades
individuais, das equipes e das culturas.

A Psicologia do Esporte é apresentada como uma disciplina que busca melhorar o


desempenho de atletas e equipes, mas também destaca a importância de levar em conta
aspectos subjetivos, históricos, interpessoais e culturais. O texto explora a evolução da
Psicologia do Esporte, desde seu início centrado em técnicas de treinamento mental até
sua expansão para considerar contextos sociais e culturais, especialmente no Brasil a
partir dos anos 1990. A psicologia social, em particular, é mencionada como um
componente essencial para entender as interações entre atletas, técnicos, mídia e
patrocinadores.

O autor argumenta que a Psicologia do Esporte não deve ser reduzida apenas ao
rendimento esportivo, mas sim vista como uma Psicologia Social do Esporte,
incorporando uma abordagem interdisciplinar. A discussão inclui a influência da ética
no esporte, com foco na busca pela vitória versus valores de prazer, saúde e superação
pessoal. Também é explorada a relação entre esporte e a sociedade contemporânea,
destacando como o esporte se tornou um fenômeno espetacularizado, influenciado por
valores comerciais e competitivos.

O texto conclui enfatizando que a prática da Psicologia do Esporte requer uma


compreensão consciente e crítica do papel do psicólogo no contexto esportivo, incluindo
a colaboração com outros profissionais e a consideração das especificidades individuais
e culturais.

Desafios éticos e culturais que justificam a psicologia social no esporte

Segundo o chat GPT:

Com base no texto que você forneceu, existem várias justificativas para a presença da
Psicologia Social no esporte:

1. Consideração das Particularidades: O esporte não pode ser tratado apenas como um
fenômeno padronizado e universal. A Psicologia Social no esporte se justifica ao
reconhecer a importância de levar em conta as particularidades individuais, das equipes
e das culturas. Essa abordagem contribui para uma compreensão mais profunda das
interações sociais e culturais que moldam o esporte.

2. Abordagem Holística: A Psicologia Social no esporte não se limita ao aspecto de alto


rendimento ou ao desempenho físico. Ela se baseia na compreensão de que o esporte é
um fenômeno complexo que envolve interações interpessoais, influências culturais e
valores sociais. Essa abordagem holística ajuda a criar um contexto mais amplo para a
análise do esporte.

3. Ética e Integridade: O texto aborda a importância de considerar questões éticas no


esporte, como a pressão pela vitória a qualquer custo e o uso de práticas questionáveis.
A Psicologia Social no esporte pode promover a ética esportiva, incentivando atletas,
treinadores e equipes a manterem a integridade e a conduta ética em todas as atividades
esportivas.

4. Bem-Estar e Saúde Mental: A abordagem da Psicologia Social no esporte também se


justifica pela preocupação com o bem-estar psicológico dos atletas. Ela reconhece os
desafios emocionais e mentais que os atletas enfrentam, oferecendo apoio para lidar
com a pressão, o estresse e outros aspectos psicológicos que afetam o desempenho e a
satisfação no esporte.
5. Equidade e Inclusão: A Psicologia Social no esporte é necessária para abordar
desafios relacionados à equidade e inclusão, como o racismo, o sexismo e a
discriminação. Ao promover um ambiente esportivo inclusivo e equitativo, essa
abordagem contribui para a formação de um ambiente mais justo e respeitoso para todos
os envolvidos.

6. Mudança Cultural: O texto destaca a evolução do esporte ao longo do tempo,


influenciada por mudanças socioculturais. A Psicologia Social no esporte pode
desempenhar um papel na compreensão dessas mudanças e na promoção de uma cultura
esportiva que reflita valores positivos, aceitação e respeito mútuo.

7. Promoção da Identidade e Valores: A Psicologia Social no esporte também é


importante para promover a construção de identidade individual e coletiva saudável
entre atletas e equipes. Ela pode ajudar a reforçar valores como fair play, superação
pessoal e respeito mútuo, contribuindo para uma experiência esportiva mais
enriquecedora.

Portanto, com base no texto fornecido, a presença da Psicologia Social no esporte é


justificado pela necessidade de enfrentar desafios éticos e culturais complexos,
promovendo valores positivos, inclusão, bem-estar psicológico e uma abordagem mais
ampla e consciente do esporte como um fenômeno social e cultural.

Desafios éticos e políticos que justificam a psicologia social do esporte.

O que é ética

Relação da psicologia do esporte, psicologia social e esporte

Desafios éticos e políticos

 Considerar as particularidades
 Ética e integridade do atleta
 Bem estar físico e mental dos atletas
 Mudança cultural dos esportes
 Promoção de valores

O texto trás no primeiro momento a relação do esporte e a psicologia do esporte no


século XX, onde o esporte se configura como fenômeno social global, sendo possível
ser praticado pelo mundo, graças à padronização das regras e sua pratica. Dessa forma
foi possível a importação de várias técnicas de treinamento, avaliação e estatísticas.
Mesmo tendo esse caráter universal, o uso do esporte como “copia e cola” acaba por
ignorar a individualidade do individuo que o pratica e sua cultura, o que acabava
deixando esse método ineficiente. Para tentar mudar esse quadro, a psicologia do
esporte surgiu na tentativa de alcançar esse melhor rendimento, mas podendo ter o
mesmo problema que o modelo anterior citado. Por esse motivo que o texto fala da
necessidade de unir a psicologia social com a psicologia do esporte. A psicologia social
estuda o individuo e a sociedade, já que um não existe sem o outro. Dessa forma o texto
defende a psicologia social do esporte, que visa estudar o individuo praticante (tanto no
âmbito do rendimento quanto no lazer). Dessa forma pode ser afirmado que o que
justifica a psicologia social do esporte é o desafio de promover: a consideração das
particularidades dos praticantes, uma vez que o esporte não ocorre no vácuo, tendo
influencia das particularidades dos praticantes, das equipes e sua cultura; a ética e
integridade dos atletas, onde se tenta evitar a apreensão pela vitória e o uso de métodos
questionáveis, sempre incentivando a manterem uma conduta ética; o bem estar físico e
mental, reconhecendo os desafios emocionais e mentais que os atletas enfrentam
oferecendo apoio para que lidem com o estresse excessivo e outros aspectos
psicológicos que afetam o rendimento e o prazer pelo esporte; a mudança cultural do
esporte, que ocorre ao longo da historia, buscando destacar valores positivos, aceitação
e respeito mutuo; e a promoção de valores como o fair play, superação pessoal,
enriquecendo as experiências esportivas, tanto no âmbito profissional, quanto no
amador.

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