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RESUMO
1. Introdução
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3. Revisão Bibliográfica/ estado da arte
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3.2- Um Breve Histórico da Psicologia Do Esporte
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Em 1920, a psicologia do esporte apareceu em diferentes formas na Alemanha,
na União Soviética e nos Estados Unidos da América (EUA). Os psicólogos Avksentii Puni
e Piotr Rudick, que se destacaram em Moscou nesse período, desenvolveram o primeiro
trabalho sobre psicologia no Instituto Soviético de Educação Física; na Alemanha, Leizig
e o psicólogo Schulte Sippel, do Instituto de Educação Física de Berlim, publicaram o
primeiro livro "Sport Body and Soul in: An Introduction to the Psychology of Physical
Activity”; nos Estados Unidos, Coleman Roberts Griffith enfocou a relação entre
psicologia e esporte. (GONZÁLES, 1997)
Destes, Coleman Griffith é considerado o pai da psicologia do esporte porque foi
o primeiro a criar o Laboratório de Psicologia do Esporte, inaugurado na Universidade
de Illinois em 1925. Coleman pretendia investigar um conjunto de fatores psicológicos
relacionados ao desempenho atlético, e sua pesquisa envolvia assuntos de
aprendizagem, habilidades motoras e variáveis de personalidade. Ele criou vários testes
e em 1923 tornou-se o primeiro professor universitário a ensinar psicologia do esporte.
A criação do Laboratório Griffith marcou o início do período histórico (1920-1940) em
que a psicologia do esporte começou a ser desenvolvida e pesquisada na prática nos
Estados Unidos. Nesse período, também surgiram os primeiros trabalhos de preparação
mental com a seleção olímpica da Tchecoslováquia.
Após a Segunda Guerra Mundial, entre 1945 e 1964, vários laboratórios de
psicologia do esporte surgiram nos Estados Unidos, como os de Franklin Henry
(Universidade de Berkeley), John Lawther (Universidade da Pensilvânia) e Arthur Slater-
Hammer (Indiana University), as universidades oferecem cursos de psicologia do
esporte. Bruce Ogilvie e Thomas Tutko também são co-autores de "Atletas
problemáticos e o que fazer com eles" e Este livro é tão popular entre treinadores
esportivos e atletas que Ogilvie é conhecido como o pai da psicologia esportiva aplicada
(COX, QIU & LIU, 1993). A corrente teórica que influenciou as pesquisas nesse período
foi o behaviorismo de Watson, que Skinner difundiu principalmente nos Estados Unidos.
Entre 1950 à 1980 a Psicologia do Esporte começou a construir a sustentação
teórica que embasa o setor da Psicologia, mesmo apesar das contribuições anteriores
de autores como o Griffith, que focou nas características psicológicas, tirando o foco da
área comportamental motor. Nesse sentido, diante às diferenças culturais, cada país
enfatiza aspectos diferentes da Psicologia do Esporte.
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Em 1965, por iniciativa da Federação Italiana de Medicina do Esporte, foi fundada
em Roma a International Society for Sport Psychology (ISSP), tendo Ferrucio Antonelli
como seu primeiro presidente, indicando este ramo do conhecimento recentemente em
todo o mundo. Após a fundação do ISSP, a North American Society for Sport
Psychology and Physical Activity Psychology (NASSPA) foi formada em 1966, essas
organizações sediam oficialmente as conferências internacionais mais influentes na
área: o Congresso Mundial de Psicologia do Esporte, realizado a cada quatro anos pelo
ISSP, e o Congresso anual da NASSPPA. Em 1970, foi criado o primeiro periódico
específico para a profissão, o International Journal of Sports Psychology. Machado
(1997) escreve que essa juventude pode ser a razão de haver tão poucos estudos
analisando seu nascimento e desenvolvimento, não só no Brasil, mas no mundo.
Na década de 80, houve a passagem do enfoque do comportamento do esporte
para uma concepção cognitiva, acompanhando as tendências da Psicologia. No ano de
1886 se formou a divisão 47 (Sport and Exercise Psychology) na American Psychological
Association (APA), onde ela especifica a qualificação necessária para se tornar um
psicólogo esportivo. Diante disso, se deram claras a existência de duas psicologias
esportivas, sendo elas educacionais e clínicas, reconhecendo que as duas são essenciais,
mas precisavam de certificações para atuar em seus campos. (COX, QIU & LIU, 1993).
A psicologia clínica tem como foco a intervenção (diagnóstico psicológico,
técnicas de treinamento psicológico, aconselhamento e acompanhamento de atletas),
apenas os psicólogos e a psicologia educacional (trabalho de ensino, técnicas de
motivação de grupo e desenvolvimento de pesquisas) são desenvolvidos por
profissionais de psicologia e graduação em psicologia da área de atuação acadêmica.
Com essas especializações, clínicas e educacionais, em 1979, a psicologia do esporte
surgiu de forma sistemática no Brasil. Naquele ano, foi fundada a Sociedade Brasileira
de Psicologia do Esporte, Atividade Física e Recreativa (SOBRAPE), tendo como
professor o médico Benno Becker Junior. Segundo Samulski (2000), o Brasil lidera na
América Latina, como evidenciado pelo elevado número de publicações e congressos
realizados na região sul, bem como pela quantidade de laboratórios de psicologia do
esporte existentes. Brasileiro.
Em 2006, surgiu também no Brasil a Associação Brasileira de Psicologia do
Esporte (ABRAPESP), iniciada por um grupo de psicólogos e profissionais de educação
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físicos dedicados a discutir e fomentar a pesquisa e a prática profissional em psicologia
do esporte no país. Atualmente, a associação é presidida pela psicóloga Kátia Rubio. Em
nível nacional, as primeiras intervenções antecederam a criação da SOBRAPE e do ISSP
sendo realizadas em 1958 por João Carvalhaes, psicólogo do São Paulo Futebol Clube,
que posteriormente trabalhou com a Seleção Brasileira de Futebol. Outro profissional é
Athaide Ribeiro da Silva, que atuou na seleção brasileira de futebol em 1962 e 1963.
Casal (2007) comenta que não é por acaso que a psicologia do esporte no Brasil
começou com o futebol, já que é um esporte nacional e, portanto, o esporte de maior
investimento econômico e popularidade social. Fica claro, portanto, que o
desenvolvimento da psicologia do esporte no Brasil ocorreu de forma emergente e não
apresentou correlação positiva com o desenvolvimento da psicologia como ciência e
profissão.
As causas do subdesenvolvimento não possam ser procuradas apenas na
psicologia do esporte, mas também na instabilidade dos recursos à disposição do
esporte (CASAL, 2007). A formação profissional é a disciplina da psicologia do esporte
que está ausente dos currículos da maioria dos cursos de psicologia no Brasil e, quando
o faz, é eletiva, embora a disciplina exista como disciplina obrigatória nos currículos de
educação física há quase duas décadas (RUBIO, 2000). Nesse sentido, a psicologia do
esporte parece ser um tema de interesse tanto dos profissionais do esporte quanto dos
profissionais da psicologia.
Vale ressaltar que a formação de profissionais de psicologia do esporte no Brasil
é um processo um tanto complicado, pois é difícil encontrar cursos dedicados a esses
profissionais além de programas de treinamento. Mestrado/Doutorado, levando a várias
metodologias e caminhos (falsos) em diversas outras profissões que de alguma forma
interferem na formação dos profissionais (MACHADO, 1997). O percurso histórico do
campo é resumido, observando que a psicologia do esporte e do exercício é
reconhecida mundialmente como uma disciplina educacional e um campo no campo
clínico, demonstrando perspectivas contínuas e promissoras de desenvolvimento.
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3.3- A Psicologia do Esporte em Ação
Entre muitas tarefas, o psicólogo esportivo aplica suas teorias e técnicas em seu
trabalho profissional e comprova sua utilidade na prática esportiva. Mas isso não quer
dizer que vá prescrever receitas ou patentes, como muitos treinadores esperam. A
partir do trabalho árduo e do rigor científico na prática desportiva, desenvolver-se-á um
campo ideal de investigação. Na verdade, o que se busca é abordar uma questão que
tem sido colocada, sendo a divergência de concepções e entendimentos sobre o que é
ciência e o que é prática entre os profissionais do esporte. Complementar a isso é que
os treinadores devem aprender teórica e metodologicamente com psicólogos do
esporte que devem aprender e compreender as realidades e questões da prática
esportiva com os profissionais que trabalham nesta área com eles (SAMULSKI, 2009,
P.48).
Devido às peculiaridades da área, os profissionais graduados em psicologia não
possuem formação suficiente para atuar na área esportiva, portanto, ao nível de
mestrado ou doutorado, é necessário, entre outras coisas, adquirir treinamento
esportivo, biomecânica, fisiologia do exercício, cinesiologia, conhecimento adicional,
como medicina, regras esportivas e cultura, para obter compreensão suficiente do
esporte para poder falar com o atleta. Atletas e membros da equipe. (WOLFE, 2015)
As noções subjetivas do atleta, como sua concepção sobre suas próprias
habilidades, nem sempre correspondem à sua realidade, sendo necessário diagnosticar
e investigar cuidadosamente as habilidades mentais e físicas de seu desempenho antes
mesmo de iniciar um trabalho real com o atleta, buscando traduzir conceitos subjetivos
irreais em conceitos objetivos reais (SAMULSKI, 2009). Nesse sentido, são vitais que os
psicólogos do esporte trabalhem com outros profissionais para atingir o objetivo maior
de capacitar os atletas a obter um melhor desempenho em suas carreiras esportivas
(SAMULSKI, 2009, P.29).
As intervenções psicológicas são cada vez mais reconhecidas no campo do
esporte, no contexto de um processo de preparação mental que se insere em um
processo mais geral voltado para o desenvolvimento das capacidades físicas, técnicas e
táticas (MACHADO, 2006).
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As intervenções psicológicas devem ser planeadas e reguladas por vários fatores,
ou seja, o psicólogo desportivo deve ter um conhecimento completo da área em que
atua, conhecimento dos atletas, que praticam o profissionalismo, nível de execução,
programa de treinamento, tipo de relacionamento mantido com o treinador, ambiente
emocional do atleta e local da intervenção.
Este trabalho de psicologia desportiva deve assentar na atuação de profissionais
psicólogos, nomeadamente ética profissional, confidencialidade e confidencialidade da
informação, salvo algumas informações que necessitam de ser partilhadas com a equipa
para assegurar o bom andamento do trabalho, mas estas informações devem ser
protegidas pelas partes relevantes Constrangimentos à transparência no processo de
proteção de privacidade (WOLFF, 2015). Entrevistas e observações são essenciais para
investigar o que o atleta precisa desenvolver, somente após isso um plano de
intervenção com metas e objetivos claros a serem alcançados, sempre acompanhado
por um membro da equipe e discutido com o atleta, sempre acompanhando o
andamento da evolução do processo. (WOLF, 2015).
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3.5- Os Impactos da Psicologia do Esporte no Desenvolvimento Humano
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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formadores, sejam educadores da educação física ou técnicos, influenciando e
determinando a sua transformação como um atleta.
REFERÊNCIAS
COX, R. H., QIU, Y. & LIU, Z. (1993). Overview of Sport Psychology In: Handbook of
Research on Sport Psychology (Singer, R; Murphy, M. & Tennant, L. K., org), cap. 1, p. 1-31.
DAVIS, S., HUSS, M. & BECKER, A. (1995). Norman Triplett and the dawning of sport
psychology. The Sport Psychologist, 9, 366-375.
FEIJÓ, O. G. Psicologia para o esporte: corpo & movimento. 2ed. RJ. Shape Ed. 1998.
GONZÁLES, J. L. (1997). Psicologia del Deporte Madrid: Editorial Biblioteca Nueva, 1997.
SILVA, Lucas Vieira de Lima; FILHO, Wilson Graciano dos Santos; PINTO Adriele Vieira de
Lima. Contribuições da Psicologia ao Esporte de Alto Rendimento. Revista de Psicologia,
Jaboatão dos Guararapes, v. 4, n. 11, jul. 2010.
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