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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Fonte: Shutterstock/Kirasolly.
CONTEXTUALIZANDO
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1.1 Momento maior de empatia ocorre quando o avaliador consegue se
posicionar no lugar da avaliação, como se lhe concedesse a palavra
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Assim sendo, é questão corrente deparar-me com pessoas que explicam
resultados de desempenho humano prioritariamente a partir de dados estatísticos,
enquanto outras utilizam-se sobremaneira de referências comportamentais para
a essa explicação.
Digo-lhe estar sendo bem ou mal interpretada em minhas funções desde
os tempos mais remotos da humanidade. Nessa época eu era muitas vezes
utilizada friamente apenas como instrumento de julgamento em função do bem e
do mal, se certas pessoas deveriam ser jogadas às feras ou não, sem levar em
conta seus valores positivos.
Mas, não vamos tão longe assim, pois, ainda hoje considerável número
de pessoas, entre elas muitos educadores, utilizam-se de mim de forma deturpada
para realizarem seus julgamentos a respeito de seres humanos. Isso me dói muito,
me deprime, pois minha função não vai por aí.
Gostaria muito que as pessoas me utilizassem para:
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inverdade. A diferença de habilidade consequente entre as duas pode-se explicar
da seguinte forma:
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Como AVALIAÇÃO, tenho plena consciência que poderia ser utilizada de
forma bem mais proveitosa do que como vem ocorrendo. Talvez eu não tenha
conseguido justificar suficientemente a minha utilidade junto aos diferentes meios
sociais desde que apareceu o ser humano na face da terra. Mas, se ainda for
possível, gostaria de me redimir desse fato, propondo as seguintes sugestões:
1. aos educadores:
• que entendam e façam entender aos outros que mais do que servir de
medida nos meios acadêmicos e escolares, pretendo intermediar a
valorização do ser humano em seus aspectos positivos e nas suas
deficiências;
• que tomem consciência e conscientizem as pessoas a deixarem de
alimentar receio por mim, pois não é função minha castigar, mas prestar
incentivo e apoio;
• que se convençam de que não é função minha aprovar ou reprovar, mas
ficar à disposição do ensino e da aprendizagem na intermediação de
providências que levem a todos os alunos a lograrem êxito em seus
estudos;
• que se conscientizem de que nos meios escolares, nas residências, nas
ruas, no meio rural ou seja onde for, o ato de ensinar e o de avaliar sejam
justapostos de forma solidária e simultânea;
• que se convençam os educadores de eu cumprir função de metodologia da
aprendizagem.
• que retornem aos meios escolares para se assegurarem dos reais objetivos
meus em qualquer ambiente de trabalho;
• que eu não seja utilizada para separar pessoas, mas para aproximá-las e
torná-las solidárias;
• que eu não seja empregada prioritariamente como medida quantitativa,
mas como meio de reconhecimento dos valores latentes e ostensivos do
ser humano;
• que o reconhecimento profissional ocorra pela valorização simultânea do
saber e do saber ser dos funcionários.
Como AVALIAÇÃO, também gostaria de dizer que não sou contra os
meus parentes próximos denominados medida, classificação, verificação e outros
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ainda menos conhecidos, mas também não nutro grandes simpatias por eles, por
diversos motivos:
• porque confundem as pessoas com relação à minha função
primeira que é a de valorizar o certo e o erro, sem deixar de
reconhecer dificuldades de aprendizagem e de desempenho dos
alunos, por exemplo, pois tal atitude se faz necessária para a
tomada de providências de reconstrução dos caminhos do saber;
• porque muitas vezes procuram explicar a natureza humana, com
suas virtudes e defeitos, somente a partir de dados numéricos,
quando somente esse dado não basta.
Também me causa desagrado o elevado investimento científico com que
é contemplado o homem urbano, em detrimento do homem rural.
Percebo que grande parcela dos intelectuais da academia não dedica
seus esforços acadêmicos ao homem do campo com a mesma intensidade
pedagógica quanto com relação ao urbano ou urbanizado. Esta convicção
encontra eco em estatísticas sobre trabalhos de investigação desenvolvidos e a
desenvolver na zona rural, cadastrados em órgãos do Ministério da Educação.
Esta realidade de tratamento desigual pela academia na relação entre o
homem da zona urbana e o da rural decorre de erro de avaliação, uma vez que a
sua importância econômica, social e cultural é de valor idêntica em nível nacional,
resguardadas as suas características individuais.
Gostei de conversar com você, pois não são muitos os educadores e
profissionais de outras áreas que se dão tempo para debates a respeito de meu
papel nos meios educacionais e em tantos outros da realidade social.
Ainda teríamos muito que conversar, pois percebi em você grande senso
de disponibilidade e de desprendimento para debater comigo a respeito da
importância do papel da avaliação onde quer que o ser humano atue.
Dou-lhe os parabéns pelo fato de muitas vezes ter concordado com o teor
de minhas intervenções, mas também por inúmeras vezes ter manifestado
posicionamentos contrários aos meus, o que enriqueceu muito o nosso debate.
Fonte: Both, 2012, p. 84-90.
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TEMA 2 – AVALIAR COM INICIATIVAS INOVADORAS FACILITA A
APRENDIZAGEM E O DESEMPENHO ESTUDANTIL
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transformando-as em práticas educativas, da mesma maneira como o docente se
vale da avaliação em ambiente escolar.
Com base nesse exemplo familiar, é possível dizer que é bastante plausível
o entendimento de que a avaliação orienta a aprendizagem, seja em meio familiar,
seja em ambiente escolar, prescindindo de instrumentação no cumprimento do
seu objetivo educativo.
Mesmo assim, se o uso de instrumento de avaliação favorecer de alguma
forma a aprendizagem do estudante, então, para que não empregá-lo? No
entanto, o uso de instrumento de avaliação exige da docência esforço múltiplo,
pois múltiplas são as exigências e expectativas dos estudantes ante variados tipos
de instrumentos. Tal fato explica-se por um motivo bastante simples: nem todos
os estudantes conseguem externar de igual modo conhecimentos na relação com
todos os instrumentos de avaliação. Por isso mesmo, o uso de multiplicidade
instrumental exige dos professores empenho redobrado.
Senão, exemplifiquemos a situação constatada com alguns exemplos
práticos. O primeiro desses exemplos poderá se valer de duas modalidades de
avaliação sobre um mesmo tema com duas questões, sendo uma dissertativa e
outra objetiva. Com relação a esse primeiro exemplo, possivelmente poderá ser
constatada a diversidade preferencial com relação ao uso de uma ou outra das
modalidades de avaliação num ambiente escolar por cada um dos 20 estudantes.
Ou melhor, parte dos estudantes demonstra certa facilidade na expressão
dos conhecimentos ao dissertarem sobre um tema, ao passo que outros tantos
estudantes dão preferência à avaliação objetiva no apontamento dos
conhecimentos mediante a marcação da alternativa correta, por exemplo.
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TEMA 3 – A MULTIPLICIDADE DE POSSIBILIDADES INOVADORAS DE
AVALIAÇÃO TEM RAZÃO DE SER COM RECURSOS HUMANOS DE ESPÍRITO
INOVADOR
Fonte: Shutterstock/Kojihirano.
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TEMA 4 – INICIATIVAS INOVADORAS DE AVALIAÇÃO, SIM; PRÁTICAS
ULTRAPASSADAS, NÃO
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4.1.2 Avaliação sob inspiração inovadora
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compartilhada com os estudantes;
g. avaliação por autoavaliação: essa modalidade avaliativa é tão importante
pedagogicamente quanto a heteroavaliação. Sugere-se que tanto a auto
quanto a heteroavaliação constituam processo perene de mútua
aprendizagem;
h. avaliação por pares: esta modalidade de avaliação, ou avaliação cega,
propõe que um ou mais profissionais procedam individualmente à avaliação
dos mesmos trabalhos de estudantes. Após concluída a avaliação por
pares, é realizado o confronto dos diferentes resultados para um parecer
final;
i. avaliação por robótica: essa modalidade avaliativa pode até parecer
entretenimento, no entanto, no meio educativo ela representa uma forma
agradável de incentivar e orientar a aprendizagem. O educador vale-se de
robôs integrados em metodologias de promoção de conhecimentos e de
aprendizagem;
j. avaliação por desafios: ante problemas postos pelo professor, alunos
buscam soluções criativas, sem antes estabelecerem debate interpares.
Pode tratar-se, por exemplo, de análise conjunta de temas que causam
alguma dificuldade de compreensão e de assimilação com relação aos
principais conteúdos que lhes dão a devida sustentação técnica e/ou
pedagógica;
k. avaliação por blogs: trata-se de comunidades de aprendizagem virtual em
que estudantes estão conectados com ambientes externos e com o seu
próprio ambiente educativo, simultaneamente. Constitui essa forma de
aprendizagem atividade estimulante por si só, além de propiciar
permanente meio de comunicação e de identificação de interesses
educativos.
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TEMA 5 – A AVALIAÇÃO É CONSIDERADA INOVADORA QUANDO OS SEUS
CAMINHOS A CONDUZEM A RESULTADOS ESPLENDOROSOS
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Mesmo em ambientes educativos em que metodologias tradicionais ainda
imperam, acredita-se que logo eles se rendam às novidades educativas que vão
se impondo aos poucos como necessidade premente à atualização em novas
práticas pedagógicas, muito por conta e sugestão de estudantes que se valem
sempre mais de meios de comunicação social impregnados de apelos à
necessidade de atualização em experiências tecnológicas e metodológicas.
Em ambientes educativos onde a transdisciplinaridade provoca diversas
formas de integração de conteúdos com origem de diferentes disciplinas que vão
se “conversando”, os caminhos para a criação de experiências inovadoras
diversas, inclusive as relacionadas com a avaliação que visa à aprendizagem,
sucedem-se espaços de tempo cada vez mais curtos.
A flexibilidade curricular vai permitindo aos poucos que estudantes optem
por montagem de grade curricular com elevado grau de personalização, cujo
necessário equilíbrio entre teoria e prática se estabelece com conhecimento de
causa. Essa possibilidade oportuniza ao estudante criar gosto pelo curso que
desenvolve, a ponto de melhorar o nível de seu desempenho sensivelmente.
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No meio educativo, ser inovador por vontade e competência sugere vida
longa a iniciativas de elaboração de conhecimentos como aporte à aprendizagem
e ao bom desempenho estudantil.
Iniciativas inovadoras com experiências educativas têm grande
possibilidade de prosperar pedagogicamente quando o ambiente escolar assume
como um todo compromissos com a devida criatividade de fazer diferente, sim,
mas principalmente de realizar bem as atividades que promovem
desenvolvimento social e educativo.
FINALIZANDO
Causou-me especial satisfação a elaboração deste texto, uma vez que ele
envolve um trinômio pedagógico de especial importância no meio educativo e
social: avaliação, inovação e boa qualidade de desempenho.
Assim, o trinômio em questão compreende componentes de primeira linha
na formulação de saídas criativas, consequentes e duradouras na implementação
de experiências de valorização do universo da educação.
A avaliação compõe a comissão de frente do núcleo pedagógico do qual
também fazem parte a inovação e a aprendizagem. A avaliação é constituída de
processo metodológico em alto grau, formando com a inovação e a aprendizagem
um triângulo pedagógico de inestimáveis recursos de orientação para uma
educação em alto estilo.
A pergunta que se faz é: como se estabelece a função metodológica da
avaliação? A resposta talvez seja mais simples do que a própria pergunta. A
avaliação é, por si só, metodologia que orienta para a aprendizagem, em que a
inovação forma ponto de equilíbrio pedagógico quando em ambiente educativo.
Como processo metodológico a avaliação:
O presente texto, por certo, ainda não é conclusivo, por isso, melhor
dizendo, apenas interrompido, uma vez que todo ele ainda está por merecer
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considerações metodológicas de como agir com as diferentes sugestões que o
compõem. Mas, para cumprir essa ação, convido a você, leitor, a selar
compromisso comigo para tal fim.
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LEITURA OBRIGATÓRIA
Saiba mais
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adeptos que entendem ser função da avaliação também a de lançar olhares à
educação como um todo.
O currículo de curso, por exemplo, merece o estabelecimento de ações
avaliativas que lhe favoreçam sempre melhor pertinência em âmbito formativo.
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REFERÊNCIAS
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