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EMENTA
Ideias e representações sobre os africanos e a África. Discussão teórica e epistemológica acerca da construção dos
estudos africanos. Historiografia africana, africanista e as tendências de investigação da área no Brasil. A relevância da
História de África para as sociedades ocidentais. História da diversidade e multiplicidade africanas. Identidades,
Multiculturalismo e sociedades africanas. Diásporas africanas pós-coloniais. História africana na sala de aula e suas
implicações político-identitárias.
OBJETIVOS
• Identificar os processos de construção e desconstrução das ideias, discursos e representações produzidos sobre os
africanos e a África.
• Promover o conhecimento acerca da produção de ideias, identidades, discursos e representações pelos movimentos
intelectuais e políticos africanos.
• Analisar a constituição das epistemologias africanas e das historiografias sobre a África, as concepções teórico-
metodológicas e as escolas de historiadores africanos e africanistas.
• Identificar os elementos apontados como estruturais para a produção de conhecimento e para o ensino de história
relacionados aos estudos africanos.
• Promover a reflexão sobre parte dos debates e temáticas relevantes nos estudos africanistas atuais: os efeitos da ideia de
raça, do racismo e do colonialismo em África; os estudos diaspóricos e de gênero; os estudos acerca da escravidão
moderna-colonial e as formas africanas de servidão; os estudos africanos e os passados sensíveis; e o ensino de história
da África.
TÓPICOS
Metodologia
O curso será desenvolvido a partir dos debates sobre a bibliografia e os textos fílmicos. Serão utilizados os seguintes
instrumentos didáticos: aulas expositivas; leitura e análise da bibliografia; análise de fontes; debates abertos sobre as
literaturas obrigatória e complementar indicadas; exibição e discussão de textos fílmicos, reportagens e palestras.
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A 1ª avaliação versará sobre os debates e temas referenciais dos Tópicos I e II. A 2ª prova abrangerá os textos dos
Tópicos III e IV. Cada avaliação terá o valor de 50% da menção.
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Frequência, uso de meios digitais, acordos didáticos e Protocolo de Segurança Covid-19
1. A frequência será aferida diariamente por meio de chamada nominal ou assinatura pessoal em lista de presença.
2. Os/as Estudantes deverão frequentar, no mínimo, 75% das aulas. O limite de faltas é, portanto, de 15 horas ou 7,5
dias. É de responsabilidade dos estudantes o controle sobre sua frequência.
3. Não serão permitidas gravações das aulas, por qualquer meio e formato, devendo ser respeitados os direitos
sobre imagem e propriedade intelectual.
4. Plágios são proibidos.
5. A utilização de inteligência artificial para a produção de textos também é proibida.
6. Estudantes deverão comunicar ao docente caso não possam para acompanhar a disciplina de forma presencial e
regular.
7. Estudantes deverão verificar, com frequência, as mensagens e avisos na plataforma SIGAA.
BIBLIOGRAFIA
ASANTE, Molefi Kete. A História da África. A busca pela harmonia eterna. Petrópolis, RJ: Vozes, 2023.
CABRAL, Amílcar. Documentário. Lisboa: África Minha, 2008.
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HENRIQUES, Isabel Castro. Os pilares da diferença: relações Portugal-África, séculos XV-XIX. Lisboa: Caleidoscópio, 2004.
HENRIQUES, Joana Gorjão. Racismo em Português. O lado esquecido do colonialismo. Lisboa: Tinta da China, 2016.
HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula. Visita à História Contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2008.
HOUNTONDJI, Paulin J. (org.). O Antigo e o Moderno. A produção do saber na África Contemporânea. Luanda, Angola;
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KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação. Episódios de Racismo Quotidiano. Lisboa: Orfeu Negro, 2019.
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LOPES, Nei; MACEDO, José Rivair (orgs.). Dicionário de História da África, séculos VII a XVI. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
LOPES, Nei; MACEDO, José Rivair (orgs.). Dicionário de História da África, séculos VI a XIX. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
M’ BOKOLO, Elikia. África Negra. História e Civilizações. Até ao Século XVIII. Lisboa: Vulgata, 2003.
M’ BOKOLO, Elikia. África Negra. História e Civilizações. Do século XIX aos nossos dias. Lisboa: Colibri, 2008.
MACEDO, José Rivair (org.). O pensamento africano no século XX. São Paulo: Outras Expressões, 2016.
MANOEL, Jones; LANDI, Gabriel (Orgs.). Revolução Africana. São Paulo: Autonomia Literária, 2019.
MAZRUI, Ali. História Geral da África VIII. África desde 1935. Brasília: Unesco, 2010.
MBEMBE, Achille. África Insubmissa. Luanda, Angola; Ramada, Portugal: Edições Mulemba; Edições Pedago, 2013.
MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014.
MBEMBE, Achille. Sair da Grande Noite. Ensaio sobre a África descolonizada. Luanda, Angola; Ramada, Portugal: Edições
Mulemba; Edições Pedago, 2014.
MUDIMBE, Valentin Yves. A ideia de África. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022.
MUDIMBE, Valentin Yves. A invenção de África. Gnose, Filosofia e a Ordem do Conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.
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RODNEY, Walter. Como a Europa Subdesenvolveu a África. São Paulo: Boi Tempo, 2022.
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
01 2h 29/08 Apresentação do Curso. Comentários sobre os temas, objetivos, atividades, metodologias, frequência e
avaliação do curso.
02 2h 31/08 NDONGO-BIDYOGO, Donato. Acerca de los estereotipos sobre África. In CASTEL, Antoni; SENDÍ, José Carlos
(orgs.). Imaginar África. Los estereótipos occidentales sobre África y Los africanos. Madrid: Catarata, 2009.
03 2h 05/09 HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Apicuri, 2016. (“O Espetáculo do Outro”, p. 161-205)
04 2h 12/09 OLIVA, Anderson Ribeiro. Da Aethiopia à Africa: As ideias de África, do Medievo europeu à Idade Moderna.
In Revista Fênix, vol 5, ano V, nº 4, outubro/novembro/dezembro de 2008, p. 1-20.
(https://www.revistafenix.pro.br/revistafenix/article/view/83/76)
05 2h 14/09 PINTO, Alberto O. A retórica do discurso colonial em Tintim no Congo, de Hergé. In SCRIPTA, BH, v. 11 (20),
p. 79-97, 1º sem. 2007. http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/14022/11023
06 2h 19/09 OLIVA, Anderson Ribeiro. Visões sobre a África: representações e estereótipos coloniais nas capas da
revista Visão, Portugal (2006-2019). In REVISTA CRÍTICA HISTÓRICA, v. XII, p. 111-141, 2021.
https://www.seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/article/view/13067
10 2h 03/10 SARR, Felwine. Afrotopia. São Paulo: n1, 2019. (“Curar-se, nomear-se”; “A Revolução será inteligente”, p. 87-
108).
11 2h 05/10 ESHUN, Kodwo. Mais Considerações sobre o Afrofuturismo. In FREITAS, Kênia. Afrofuturismo. Cinema e
Música em uma Diáspora Intergaláctica. São Paulo: MASP, 2015.
12 2h 10/10 HOUNTONDJI, Paulin J. Conhecimento de África, conhecimento de Africanos. Duas perspectivas sobre os
Estudos Africanos. In Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, Março 2008: 149-160.
(www.ces.uc.pt/rccs/includes/download.php?id=983)
13 2h 17/10 LOPES, Carlos. A Pirâmide Invertida - historiografia africana feita por africanos. In Actas do Colóquio
Construção e ensino da história da África. Lisboa: Linopazas, 1995.
14 2h 19/10 BARBOSA, Muryatan. A construção da perspectiva africana: uma história do projeto História Geral da África
(Unesco). In Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 32, nº 64, p. 211-230 – 2012.
(https://www.scielo.br/j/rbh/a/C79HzkNt8QcwRBX8Cg5mSGH/?lang=pt)
15 2h 24/10 BARBOSA, Muryatan. Pan-africanismo e teoria social: uma herança crítica. In África, São Paulo. v. 31-32, p.
135-155, 2011/2012. (https://www.revistas.usp.br/africa/article/view/115352
16 2h 26/10 MACEDO, José Rivair. Intelectuais africanos e estudos pós-coloniais: considerações sobre Paulin
Hountondji, Valentin Mudimbe e Achille Mbembe. OPSIS (On-line), Catalão-GO, v. 16, n. 2, p. 280-298,
jul./dez., 2016 (https://www.revistas.ufg.br/Opsis/article/view/37298
17 2h 31/10 1ª AVALIAÇÃO
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TÓPICO III – OS ESTUDOS AFRICANOS E OS PASSADOS SENSÍVEIS
18 2h 07/11 M’ BOKOLO, Elikia. África Negra. História e Civilizações. Até ao Século XVIII. Salvador: EDUFBA, 2010, p. 328-
346) (“Tráficos Negreiros e Diásporas Africanas: Problemas historiográficos”)
19 2h 09/11 THOMPSON, Estevam. A escravidão na África e a escravidão no atlântico. In História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana. CIAR; UFG, 2016.
20 2h 14/11 MENDONÇA, Marina. O genocídio em Ruanda e a inércia da comunidade internacional. BJIR, Marília, v.2,
n.2, p.300-328 Maio/Ago. 2013. https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/bjir/article/view/3194/2501
21 2h 16/11 FONSECA, Danilo. Publicando o ódio: a Revista Kangura e a guerra civil ruandesa. In Cadernos de África
Contemporânea, Vol. 01 | Nº. 02 | Ano 2018. https://www.revistas.uneb.br/index.php/cac/article/view/14268
BERNARDINO-COSTA, Joaze. A prece de Frantz Fanon: Oh, meu corpo, faça sempre de mim um homem que
22 2h 21/11 questiona! In Civitas, Porto Alegre, v. 16, n. 3, p. 504-521, jul.-set. 2016.
https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/22915
M’BOKOLO, Elikia. “Conquistas europeias e resistências africanas”. In África Negra. História e Civilizações,
23 2h 23/11 tomo II. Do Século XIX aos nossos dias. Salvador: EDUFBA, 2011, p. 330-368.
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/cantarin/elpl-uab-literatura-africana-em-perspectiva-recepcional/material-
extra/Africa%20Negra-%20Historia%20e%20Civilizacoes%202013%20Elikia%20M.%20Bokolo.pdf/view
M’BOKOLO, Elikia. “A África Independente”. In África Negra. História e Civilizações, tomo II. Do Século XIX aos
24 2h 28/11 nossos dias. Salvador: EDUFBA, 2011, p. 629-675.
25 2h 30/11 MBEMBE, Achille. As formas africanas de auto inscrição. In Estudos Afro-Asiáticos, Ano 23, nº 1, 2001, pp. 171-
209. https://www.scielo.br/j/eaa/a/ddR69Y7Ptm6KDvv4tmHSvbF/abstract/?lang=pt
26 2h 05/12 LOPES, Carlos. O legado de Amílcar Cabral diante dos desafios da ética contemporânea. In Desafios
contemporâneos da África. São Paulo: Editora Unesp, 2012, p. 185-203
27 2h 07/12 2ª AVALIAÇÃO
MUNANGA, Kabengele. Por que ensinar a história da África e do negro no Brasil de hoje? In Revista do
28 2h 12/12
Instituto de Estudos Brasileiros,n. 62,p.20–31, dez. 2015.
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/107184/105723
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