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Índice
1.0 Introdução.............................................................................................................................3
1.1 Objectivos..........................................................................................................................4
1.1.1 Geral...........................................................................................................................4
1.1.2 Específicos..................................................................................................................4
1.2 Metodologia......................................................................................................................4
3.0 Conclusão............................................................................................................................13
1.0 Introdução
A psicologia enquanto ramo social que estuda o psíquico, tem abarcado diversas áreas de
conhecimento, e o desporto não é excepçao.
Como afirma Araújo (2002), quando estamos a praticar atividade desportiva nos são
requeridas esforço dispêndio de energia que não são meramente físicos, mas também
psicológicos e emocionais.
Assim, pode concordar com Weinberg e Gould (2001), quando afirmam que entre 40% a 90%
do sucesso numa competição pode ser determinado por fatores psicológicos. Ou seja quanto
mais elevado for o nível em que determinado atleta está, mais elevada a fasquia e
consequentemente mais elevada a importância de todos os fatores que possam interferir no
desempenho, nomeadamente os fatores psicológicos.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Compreender o papel da psicologia e psicólogo no desporto;
1.1.2 Específicos
Definir o conceito psicologia desportiva;
Descrever o papel do psicólogo no âmbito do desenvolvimento desportivo a nível
escolar, treinamento e competiçao;
Indicar a importância do psicólogo e da psicologia no desporto.
1.2 Metodologia
Para a realização do presente trabalho recorreu-se à pesquisa bibliográfica.
A qual nas plavras de Gil (2002), é toda e qualquer pesquisa feita com auxílio em materiais já
elaborados e publicados, como é o caso de livros, jornais, revistas científicas, etc.
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Segundo Samulski (2009), psicologia do desporto (P.D) é um dos ramos da psicologia pouco
explorado e conhecido no meio acadêmico, entretanto tem sido muito estudado e divulgado
nas faculdades de educação física onde existem três cadeiras voltadas para essa área.
De acordo com Weinberg e Gould (2017, p. 4), a Psicologia do desporto “(...) consiste no
estudo científico de pessoas e seus comportamentos em contextos esportivos e de exercício e
na aplicação prática desse conhecimento”.
Assim, pode-se conceituar a psicologia do desporto como uma área no qual os conhecimentos
científicos da psicologia são aplicados à área do desporto, procurando melhorar e potenciar a
saúde e o bem-estar desportivos. Ou seja, a Psicologia do desporto foca-se nas interações
entre a psicologia e o desempenho desportivo, sobretudo os aspetos psicológicos que
contribuem para um desempenho desportivo de excelência e ainda para o bem-estar de
treinadores, atletas e outros agentes desportivos;
Segundo Rubio (2000, cit. em Weinberg, & Gould, 2017) a história da psicologia desportiva
confunde-se com a da própria psicologia, em uma visão geral, pois os primeiros estudos
relacionando os aspectos psicológicos e a actividade física datam do final do século XIX e
início do XX.
Davis et al (1995, cit em Barreto, 2003) foi na década de 1920 que surgiram os primeiros
laboratórios e institutos da psicologia desportiva, sendo estes presentes na antiga União
soviética (Rudick, Puni), nos Estados Unidos (Griffith), no Japão (Matsui) e na Alemanha
(Schulte, Sippel).
Já Samulski (2009) defende que foi somente nas décadas de 60 e 70 que a área começou a
receber maior atenção e organização, tanto na Europa como na América do Norte. E que
Coleman Griffith foi considerado o Pai da Psicologia desportiva, por ter sido o primeiro a
criar um laboratório desta psicologia em 1925, na Universidade de Illinois (EUA).
O desporto escolar que tem por objetivo a formação, norteada por princípios sócio-educativos,
preparando seus praticantes para a cidadania e para o lazer.
Para Barreto 2003) o psicólogo educacional se ocupa mais da análise de dinâmicas de grupo,
em actividades mais relacionadas ao ensino e à pesquisa, do treinamento mais pedagógico do
que clínico; por seu turno, o psicólogo clínico é aquele que faz psicodiagnóstico esportivo e
pratica intervenções clínicas tanto individualmente no atleta quanto nos contextos grupais.
Araújo (2002) defende que o papel do psicólogo âmbito escolar é transmitir conhecimentos e
habilidades técnicas esportivas, para tal os profissionais precisam ter conhecimentos das
capacidades psicológicas necessárias para melhor compreender o comportamento humano no
âmbito do desporto sendo essa a função de professor.
O desporto educativo segundo Blázquez (1999 cit. em De Rose, 2000) busca colaborar para o
desenvolvimento global e potencializar os valores da criança. O desporto educativo encontra-
se no meio destes dois extremos, constituindo-se como uma atividade cultural, possibilitando
a formação básica e contínua através do desporto Esta possibilidade de iniciação desportiva
tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento de atitudes motora e psicomotoras em
relação com os aspetos afetivos, cognitivos e sociais, respeitando os estágios de
desenvolvimento humano.
Para Lima (2001, cit em Samulski, 1998) a orientação educativa no desporto vincula-se a três
áreas: a integração social, o desenvolvimento psicomotor e as atividades físicas educativas.
Na primeira área, seria assegurado a participação autêntica, possibilitando assim aos
educandos a oportunidade de decisões sobre a própria atividade a ser desenvolvida. Já no
desenvolvimento psicomotor seria oferecer oportunidades para atender as necessidades de
movimento, bem como o desenvolvimento de competências críticas, como a autoavaliação. E
as atividades físicas educativas englobariam a concretização das aptidões em capacidades.
Desta forma, podemos afirmar que o desporto educativo é um caminho para o pleno
desenvolvimento da cidadania no futuro das pessoas.
De acordo com Samulski (2009) a intervenção psicológica na pratica esportiva como, por
exemplo, no desporto escolar e de rendimento pode ser realizada através de alguns programas
psicológicos de treinamento, assim como por medidas psicológicas de aconselhamento
também chamado de Counselling e acompanhamento conhecido também por coaching.
Assim, neste campo, o psicologo tem atuado contribuindo para a manutenção do bem estar
geral do individuo, não visando o atleta, mas todos os que fazem da atividade física um meio
para melhorar seu estado geral de saúde o que inclui a saúde mental.
Para Baras e Miranda (1998) do ponto competitivo, esta pode atuar em dois grandes setores: a
psicologia relacionada à atividade esportiva e a psicologia relacionada ao atleta que se estende
aos técnicos, árbitros e dirigentes.
Contudo, para Sanchez (1999, cit em Barreto, 2003) o desporto competitivo também tem o
seu lado positivo, uma vez que potencializa o desenvolvimento pessoal do indivíduo,
simulando situações que todos enfrentarão no futuro. O professor/ treinador ensina a ganhar e
a perder, sendo que esta aprendizagem poderá proporcionar o desenvolvimento de
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competências pessoais enriquecedoras para a vida, como por exemplo, lidar com o sucesso,
com o fracasso, com a frustração, com a vitória e com o sucesso.
Nistch (1989, p.203, cit em Barreto, 2003) os psicólogos neste nível tem o papel de:
a) Desenvolver uma teoria de ação esportiva como base para a aplicação e o prognostico
de fenômenos psicológicos no desporto, no sentido de que nada é mais prático do que
a boa teoria;
b) Desenvolver procedimentos diagnósticos para medir características psicológicas de
pessoas, de situações e de atividades esportivas (como por exemplo, motivação para o
rendimento, medo e agressão no desporto, coordenação psicomotora, personalidade de
atletas e treinadores);
c) Desenvolver medidas de intervenção psicológica para o ensino, treinamento,
competição e terapia (preparação e assessoria psicológica).
De acordo com Singer (1993, cit em Samulski (2002), o psicólogo do desporto tem as
seguintes tarefas:
A psicologia do desporto é fundamental pois tem como objetivo ajudar a melhorar não só o
desempenho e o rendimento dos atletas, mas também promover o bem-estar e
o desenvolvimento pessoal e social, assim como as competências psicológicas, de todos os
envolvidos no contexto desportivo (Weinberg & Gould, 2001).
Promove a qualidade de vida dos diferentes agentes desportivos, bem como para uma
boa saúde psicológica e emocional.
Segundo Weinberg & Gould (2001) no contexto da psicologia do desporto o psicólogo pode
ainda desempenhar outras funções, tais como:
Para Modesto e Aviz (2021), os psicólogos que trabalham na área da psicologia do desporto
assumem diversas funções e atividades, das quais podemos destacar:
Esta monitorização e acompanhamento permitem que o psicólogo possa dar apoio aos
agentes desportivos em diferentes contextos e na gestão dos diferentes aspetos da sua
vida. Isto pode implicar acompanhamento individual às pessoas que têm responsabilidade
de liderança nos diferentes contextos, como treinadores, dirigentes desportivos, personal
trainners, entre outros;
O psicólogo neste âmbito pode desenhar e elaborar programas de formação, bem como de
desenvolvimento pessoal e profissional, e depois implementar e avaliar estes programas.
De facto, na formação desportiva de treinadores, atletas ou árbitros, por exemplo, há
geralmente sempre presente uma componente de psicologia do desporto, que é geralmente
ministrada por psicólogos;
O papel do psicólogo funciona como uma sustentação para que os atletas possam se utilizar o
auxílio dos psicólogos do desporto, tanto em horas de extremas dificuldades como, em
situações de extrema alegria, como a conquista de um título em um campeonato. A função do
estagiário também era intervir com cada esportista na superação dos medos que os prejudicam
durante os jogos.
3.0 Conclusão
Durante a realizaçao do trabalho, constatou-se que para se ser bom no desporto, não basta ter
uma boa compleição física e treinar muito. É necessária também uma boa inteligência
emocional, um bom reportório de competências socioemocionais como a motivação, a
persistência, a tolerância à frustração, a gestão da ansiedade, do stress e da pressão, a
capacidade de trabalhar em equipa, entre muitas outras.
Ou seja, um atleta pode estar em excelente forma física, mas, se não conseguir gerir e
controlar o stress ou lidar com a pressão no momento da competição, dificilmente conseguirá
ter uma boa performance.
Samulski, D. (2009). Psicologia do Desporto: Conceitos e novas perspectivas. (2ª ed). Barueri:
Manole.