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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LIC. EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FISICA

ALCINO BAZIMA

ATANASIO AMERICO

CELSO ANDRADE

EDMILSON UATE

NELSON SABÃO

ATRIBUICAO DO DESPORTO DE CRENCAS E MITOS

COMPORTAMENTOS COMPETITIVOS E PRE-

COMPETITIVOS

Quelimane

2022
ALCINO BAZIMA

ATANASIO AMERICO

CELSO ANDRADE

EDMILSON UATE

NELSON SABÃO

ATRIBUICAO DO DESPORTO DE CRENCAS E MITOS

COMPORTAMENTOS COMPETITIVOS E PRE-

COMPETITIVOS

Trabalho de carácter avaliativo apresentado ao


curso de Educação Física e Desporto na
Faculdade de Educação na cadeira de PDE ,
leccionada pelo:

Docente:Nelson Ceia

Quelimane

2022
Índice
1 Introdução.......................................................................................................................3

2 Objectivos.......................................................................................................................4

2.1 Objectivo geral:...........................................................................................................4

2.2 Objectivos específicos:................................................................................................4

3 Atribuição de desporto de crenças, mitos ...........................................................5

3.1 Desporto e crenças.......................................................................................................5

3.2 Desporto e mito ..........................................................................................................5

3.3 Relacao desporto, crenca e mitos ...............................................................................6

4 Comportamento competitivo e pre-competitivo ............................................................7

4.1 Comportamento pré competitivo.................................................................................7

4.2 Comportamento competitivos ....................................................................................8

5 Conclucao…………………………...…………………………………………………9

6 Referências bibliográficas............................................................................................10
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1 Introdução
"O Desporto ocupa um lugar importante na vida social dos nossos dias. Contribui para o
qualidades psíquicas, cognitivas, afectivas e volitivas das estruturas do comportamento
e da múltiplo desenvolvimento físico do homem, é um factor importante no
desenvolvimento das dinâmica da personalidade" (Querol, 1988, p. 15). No entanto
quando o atleta participa em competição, encontra-se envolvido num meio de pressões
de vária ordem (público, treinador, dirigentes, jornalistas,etc.)pondo, às vezes, em causa
o seu rendimento. Contudo, ele tem de ser capaz de ultrapassar os obstáculos impostos
por essas pressões, o que nem sempre acontece da forma mais adequada.

Existe a crença generalizada de que fazer desporto faz bem à saúde das crianças. Por
isso, são cada vez mais os pais que apostam no desporto como forma de ocupação dos
tempos livres dos seus filhos, pois reconhecem que este veicula um conjunto de valores
e virtudes.
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2 Objectivos

2.1 Objectivo geral:

 Conhecer os comportamentos competitivos e pre-competitivos dos atletas e o


desporto de crenças e mitos.

2.2 Objectivos específicos:

 Mencionar os comportamentos competitivos e pre-competitivos;

 Descrever a relação entre desporto, crença e mitos;

 Explicar sobre o desporto de crença e de mitos.


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3 Atribuição de desporto de crenças, mitos

3.1 Desporto e crenças

O Desporto e crença são dois termos que transportam uma enorme atualidade, abrangem
uma diversidadede regras, rituais e convenções, mesmo se povoados por múltiplas
contradições. Le Bon (1922) enfatiza a qualidade expressiva, e não a racional, da
tomada de decisão coletiva e da escolha. O autor defende que uma crença é um ato de fé
de origem inconsciente, que força os indivíduos a admitir em bloco uma ideia, uma
opinião, uma explicação ou uma doutrina.

Higgs e Braswell (2004) notam que a crença funciona como um fator de influência das
variedades comportamentais, e que a essência do sagrado é vivenciada pelos fãs como
sentimento de dependência, respeito e confiança. Giulianotti (1999) faz eco desses
sentimentos, observando que o jogo moderno de certa forma, suplantou a religião não só
como a principal instituição capaz de coesão social, mas sobretudo, pela oportunidade
de experiências emocionais estéticas e estados de êxtase que levam a estados de
dependência.
Nesta linha argumentativa, Levinson e Christensen (2005) defendem que a perspetiva
religiosa do “Latin Root Obligare”, em que a crença se baseia essencialmente nas
noções de solidariedade, pertença e conexão, faz um paralelo entre o sistema de crenças
da experiência religiosa e o sistema de crenças que orienta os adeptos de futebol mais
fervorosos.

Um desafio de futebol desempenha um importante papel na sociedade moderna (Morris,


1985). O autor exemplifica que, à semelhança de uma assembleia religiosa, um desafio
de futebol não só junta uma vasta multidão, como também a associa a uma crença
comum – a crença desmedida na sua equipa.

3.2 Desporto e mito

Temos como um dado adquirido que o desporto promove valores – mais um mito. Não
temos dúvidas que o desporto promove valores, mas também promove contra-valores.
Tomarmos consciência da existência desses contra-valores, sabermos identifica-los e
reconhecermos que estes são obstáculos que se opõem à promoção de verdadeiros
valores é tarefa urgente e necessária.
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O mito da igualdade de oportunidades dos participantes no desporto também costuma


estar sempre presente dado que o espaço onde este desenvolve as suas actividades assim
como as normas que regem as mesmas são comuns. Mas este mito ignora as
desigualdades de condições desses mesmos atletas – condições individuais diferentes
(genéticas, anatómicas, fisiológicas ou psíquicas), diferentes condições de treino
(metodologias de treino, infraestruturas desportivas, competências de treinadores e
restante staff, apoios económicos) e até díspares condições de participação no momento
(tempo) – esse sim – comum a todos os competidores (onde todos os antecedentes atrás
assinalados emergem).

Sendo um mito algo que justifica uma crença comum, verificamos que o desporto está
cheio deles e ele próprio deles necessita… porque os mitos resolvem as nossas próprias
contradições: podemos justificar o «real» pelo «desejável». E podemos incorporá-los
nas nossas vivências, tal como nos explicava Kafka numa das suas metáforas: “Os
leopardos invadiram o templo e beberam o vinho dos vasos sagrados. Esse incidente
repetiu-se com frequência. Por fim, chegou a calcular-se de antemão a hora exacta do
aparecimento das feras. E a invasão dos leopardos foi incorporada no ritual.”

3.3 Relacao desporto, crenca e mitos

A sua relação com a religião torna-se num tipo de religiosidade caracterizada como “a
mais extrema de sempre”; cedeu de algum modo aos valores capitalistas em detrimento
de valores como a coragem, a gratuidade, a bravura… Mas para o conferencista falar no
desporto como religião ou religiosidade pode tornar-se ambíguo pois terá que colocar-se
a pergunta: “Mas que religiosidade é esta que invadiu o mundo desportivo?” No seu
ponto de vista, a velha aura dos Jogos Olímpicos deu origem a uma nova aura aliada ao
capitalismo. Deixou de fazer sentido a oposição entre ciência e religião, visto que
sociologicamente essa posição não é verificável nem sustentável. Daí que o “elemento
religioso esteja presente não apenas em toda a interpretação da vida social mas também
da vida humana”. Por isso, o desporto, mais em concreto o futebol, não deixa de ser
uma produção moderna de religiosidade, não constituindo de modo nenhum uma forma
de religião porque esta requer uma comunidade estável, um código moral, um rito, uma
crença e o futebol isso não tem nem possibilita sequer qualquer tipo de “religação” a
algo. É um risco, por isso, ver no futebol um sentido religioso pois poder-se-ia correr o
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perigo da religião ser diluída e confundida com meros símbolos sentimentais do


momento.

As narrativas míticas em relação ao desporto hoje em dia são sobretudo transmitidas


através da televisão, tanto em programas informativos como em programas de
entretenimento e em anúncios, principalmente programas desportivos e os anúncios que
promovem as celebridades. Segundo Smith (1998, citado em Hartmann, 2008, p.34), e
de acordo com o pensamento de Barthes já mencionado, para ter sucesso a narrativa
mítica não deve conter contradições, deve ser coerente e lisa e deve fazer sentido para a
audiência, relacionandose com a sua cultura e linguagem, reforçando os seus valores e
desejos. Na criação de mitos 8 ligados ao desporto estas narrativas quase sempre fazem
uso de histórias ligadas a desportistas individuais que são apresentados como heróis
(Hartmann, 2008).

4 Comportamento competitivo e pre-competitivo

Uma área de interesse e investigação no âmbito da Psicologia do Desporto é o estudo do


comportamento perante a competição desportiva, tendo por objectivo melhor
compreender e predizer as reacções e comportamentos diferentes ao enfrentar as provas.
Para além das características atletas não é suficiente para os apoiar psicologicamente na
competição pois, cada um apresenta um comportamento diferente, as capacidades que
eles possuem, o grau ou importância da competição e conduta e o rendimento dos
atletas. Porém o conhecimento das características psicológicas dos valores dos
adversários, podem influenciar o rendimento do próprio atleta, existindo diferenças
interpessoais e intrapessoais.

4.1 Comportamento pré competitivo

A ansiedade dos atletas nos momentos pré-competitivos coloca em cena as emoções,


capazes de provocar comportamentos positivos e/ou negativos que influenciarão no
desempenho dos mesmos.

As situações estressantes estão sempre presentes no cotidiano do homem, e aqueles que


melhor souberem enfrentar, lidar e ultrapassar estas situações terão maiores perspectivas
de sucesso (MARQUES; ROSADO, 2005). Mas, quando se trata do ambiente
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competitivo, o estresse deve ser avaliado de forma distinta da vida cotidiana, pela
especificidade do seu contexto esportivo que pode desencadear fatores tanto negativos
quanto positivos. Nesta perspectiva, nos momentos que antecedem a competição, o
atleta deve ser capaz de antecipar as oportunidades, os riscos e as consequências
podendo ocasionar medo e aflição. Do mesmo modo, a pressão da família, treinador e
torcida apresenta-se como um fator negativo para o desempenho esportivo, facilitando a
manifestação da ansiedade (BERTUOL; VALENTINI, 2006; VIEIRA et al., 2011).

Assim, olhar o indivíduo na sua totalidade torna-se um aspecto de singular importância,


principalmente no desempenho do trabalho conjunto entre treinador e psicólogo
desportivo. Estes profissionais devem conhecer as emoções e compreender os
comportamentos manifestados por cada atleta, representando assim um mecanismo
eficaz para auxiliar no equilíbrio diante das reações presentes nos momentos pré-
competitivos. Portanto, um adequado suporte psicológico permitirá às atletas
autocontrole das emoções, principalmente àquelas que são consideradas negativas a fim
de melhorar o rendimento competitivo.

4.2 Comportamento competitivos

A competição provoca comportamentos que variam de atleta para atleta, e que podem
ser ou não benéficos para a realização de uma prova. O treino psicológico permite-nos
modificar os estados psicológicos, ou seja, as bases de regulação do movimento.
Segundo Marques (s/d), "a tarefa central da Psicologia do Desporto consiste em,
utilizando os conhecimentos que lhe são próprios, aumentar a qualidade de formação
desportiva nos diferentes âmbitos, meios de prestação e grupos de idade e sexo".

O controlo das emoções no período que antecede as competições é resultado de uma


aprendizagem de skills (Habilidades) psicológicos. Cabe ao treinador, a tarefa de
utilizar certas técnicas de maneira a que os seus atletas possam responder de forma
apropriada evitando assim que comportamentos indesejados surjam.

Existe uma profusão de variáveis que podem influenciar a performance de um


determinado atleta. Essa influência de factores pode se tornar benéfica ou prejudicial
para determinada competição. Cabe ao treinador conhecer profundamente os seus
atletas, isto é, verificar e prever eventuais comportamentos não desejados para a
competição, assim como, aumentar aqueles que são benéficos.
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5 Conclucao

Depois do termino do trabalho, chegamos a conclusao de que uma competição pode


influenciar na mudanca ou desajuste do comportamentos dos atletas, e que variam de
atleta para atleta, e que podem ser ou não benéficos para a realização de uma prova. O
treino psicológico permite-nos modificar os estados psicológicos, ou seja, as bases de
regulação do movimento.

Pudemos tambem concluir que o desporto tem relação com a religião que torna-se num
tipo de religiosidade caracterizada como “a mais extrema de sempre”; cedeu de algum
modo aos valores capitalistas em detrimento de valores como a coragem, a gratuidade, a
bravura
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6 Referências bibliográficas
EDFESPORTES.COM. Buenos Aires : Junho,2012 VASSELAI, et al , apud NAHAS
(2006).

CRUZ, J..F (1989). Stress, ansiedade e rendimento no desporto de alta competição.


Jornal de psicologia.
FERRAZ, P.C (1997). Identificação dos comportamentos pré- competitivos em jovens
nadadores. Tese de mestrado. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.
Porto.
CARVALHO, A. (1995). Ansiedade no Desporto. Instituto Andaluz dei Deporte,
Málaga Rendimiento humano,INDE,Zaragoza.

COOLEY,E.J. (1987).Situational and Trait Determinants of Competitive state Anxiety.

CASAL, Valdês M., Hiron (1996). La preparacion psicológica de! Deportista - Mestey
Peceptual and Motor Skill, London.

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