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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade De Ciências De Educação


Curso De Licenciatura Em História

Egipto Antigo

Teresa Moisés cássimo: 96210045

Lichinga, Maio de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade De Ciências De Educação
Curso De Licenciatura Em História

Egipto Antigo

Trabalho de carácter
avaliativo a ser entregue na
disciplina de Historia da
África do Norte
Orientado pelo:

Tutor

Teresa Moisés Cássimo: 96210045

LICHINGA,Maio de 2022
Índic

e
1 Introdução.................................................................................................................................4
1.1 Objectivos..............................................................................................................................4
1.1.1 Geral....................................................................................................................................4
1.1.2 Específicos..........................................................................................................................4
1.2 Metodológica.........................................................................................................................4
2 Egipto Antigo............................................................................................................................5
2.1 A época e localização geográfica...........................................................................................6
2.2 A importância do rio Nilo para os egípcios............................................................................6
2.3 Os principais aspectos do Egipto Antigo são:.........................................................................6
2.3.1 Sociedade............................................................................................................................6
2.3.2 Escrita hieroglífica e demótica............................................................................................7
2.3.3 Crenças e aspectos religiosos..............................................................................................7
2.3.4 Economia............................................................................................................................8
2.3.5 Mumificação........................................................................................................................8
2.3.6 Ciências...............................................................................................................................8
2.3.7 Arquitectura egípcia............................................................................................................8
3 Política no Egipto Antigo..........................................................................................................9
3.1 O poder do faraó....................................................................................................................9
3.2 Justiça e leis...........................................................................................................................9
3.3 Os nomos................................................................................................................................9
3.4 Manutenção do governo.......................................................................................................10
4 Considerações finais................................................................................................................11
5 Referencias bibliográficas.......................................................................................................12
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1 Introdução

No seio da Egiptologia científica portuguesa convencionou-se uma divisão da


história da civilização faraónica em três períodos principais designados por «Império»,
isto é, três épocas de grande estabilidade política e apogeu civilizacional: o Império
Antigo, o Império Médio e o Império Novo.
Uma das civilizações mais importantes que irromperam na Antiguidade, há
cerca de 4.000 anos antes de Cristo, foi a civilização egípcia. O Egito Antigo
desenvolveu-se às marges do rio Nilo, no Nordeste da África, nas regiões chamadas de
Vales Férteis, em virtude dos compostos orgânicos presentes nas terras próximas ao rio
citado.

As grandes pirâmides do Vale de Gizé (localizadas perto da cidade do Cairo) e


os hieróglifos, ou a escrita hieroglífica, são, até os dias de hoje, exaustivamente
estudados por especialistas. As pirâmides perpassaram por muitos momentos históricos,
como a batalha de Napoleão Bonaparte travada próximo a elas nos fins do século XVIII.

1.1 Objectivos

1.1.1 Geral
 Analisar o aspecto da organização politica e social do antigo egipto

1.1.2 Específicos

 Apontar os foctores marcantes do imperio de antigo egipto;


 Conhecer como era a justica e economia do egipto antigo;

1.2 Metodológica

Foi feita a revisão bibliográfica no método de análise qualitativa.

Para Gil (1994, p. 71) ‘’A principal vantagem da pesquisa bibliográfica ou


análise qualitativa, reside no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama
de fenómenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar directamente’’
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2 Egipto Antigo

O Egito Antigo foi uma das civilizações que mais conseguiram estruturar sua
forma de organização social ao longo do tempo, (Andreu, 1996).

A civilização egípcia foi uma das mais impressionantes e duradouras da


Antiguidade Na história da humanidade, variadas civilizações e culturas, com suas
respectivas singularidades, enriqueceram o manancial de toda a nossa experiência
existencial. Uma das civilizações mais importantes que irromperam na Antiguidade, há
cerca de 4.000 anos antes de Cristo, foi a civilização egípcia. (Andreu, 1996).

O Egito Antigo desenvolveu-se às marges do rio Nilo, no Nordeste da África,


nas regiões chamadas de Vales Férteis, em virtude dos compostos orgânicos presentes
nas terras próximas ao rio citado, (Andreu, 1996).

Conforme afirma (Araújo, 2001) A antiga civilização egípcia fez-se presente no


seio das grandes civilizações que se desenvolveram na Europa, no Médio Oriente e na
Península Arábica. São vários os relatos de povos antigos sobre o Egito, desde hebreus
e fenícios até gregos e romanos. As grandes pirâmides do Vale de Gizé (localizadas
perto da cidade do Cairo) e os hieróglifos, ou a escrita hieroglífica, são, até os dias de
hoje, exaustivamente estudados por especialistas. As pirâmides perpassaram por muitos
momentos históricos, como a batalha de Napoleão Bonaparte travada próximo a elas
nos fins do século XVIII.
De acordo com o (Santos, 1998) Tradicionalmente, a história do Egito Antigo é
estudada em seis fases principais.
 Período Pré-Dinástico: começou por volta de 4000 a.C., quando os nomos
(pequenos estados) foram estabelecidos em torno da econômica agrícola,
artesanato e uso de metais.
 Período do Antigo Império: teve início em 2780 a.C e ficou marcado pela
unificação política do império sob a égide dos faraós.
 Período intermediário: quando houve a recuperação do poder pelos nomos.
 Médio Império: estendeu-se até 1.785 a.C.
 Novo período intermediário: caracterizou-se pela invasão dos hicsos, que se
estabeleceram no delta do Nilo até por volta de 1580 a.C.
 Alto Império: de 1580 a 1200 a.C., foi marcado tanto pela expulsão dos hicsos
quanto pela guerra intensa com diversos povos.
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Todas essas fases foram marcadas por personalidades específicas e eventos


singulares, como o cativeiro dos hebreus. Depois, houve o Período Helenístico, marcado
pela expansão e domínio da civilização grega comandada por Alexandre, o Grande,
(Bonhême, et al. 1998)

Após o domínio Helenístico, o Egito não teve mais um desenvolvimento autônomo,


sendo subordinado por outras civilizações, como ocorreu na época de Cleópatra, em que
o Egito tornou-se uma província dos romanos, (Araújo & Nuno, 2006)

2.1 A época e localização geográfica

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do


rio Nilo) entre 3.200 a.C. (unificação do norte e sul) a 30 a.C. (domínio romano).

2.2 A importância do rio Nilo para os egípcios

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma
extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte
(através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram
utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a
agricultura. Carreira, 2001).

2.3 Os principais aspectos do Egipto Antigo são:

2.3.1 Sociedade

Segundo (Baines, & Jaromir, 1984) A sociedade da civilização egípcia era


estamental, ou seja, estava dividida em várias camadas (estamentos), sendo que o faraó
era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes,
militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na
sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos
e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e,
geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam
por seu trabalho, apenas água e comida.
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Como afirma (Carreira, 2001). A posição que cada egípcio possuía na sociedade
era determinada pelo nascimento, ou seja, havia o critério da hereditariedade no Egito
Antigo. Por isso, era muito raro ocorrer mudanças de camadas sociais. Um artesão, por
exemplo, jamais conseguiria fazer parte da nobreza. Da mesma forma, seria impossível
um integrante um integrante da nobreza ir para uma camada social inferior.

2.3.2 Escrita hieroglífica e demótica

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a
divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas
principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do
cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As
paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do
faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel
chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era
utilizado para registrar os textos. (Santos, 1998)
Os hieróglifos egípcios foram decifrados, na primeira metade do século XIX,
pelo linguista e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta. faraó para
prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides,
templos, diques). Bonhême, et al. 1998)

2.3.3 Crenças e aspectos religiosos

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Os egípcios


acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte
de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As
oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como
objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas
guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía seu deus protetor e templos
religiosos em sua homenagem.
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2.3.4 Economia

A economia da civilização egípcia era baseada principalmente na agricultura.


Esta era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também
praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram
constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras
públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

2.3.5 Mumificação

Como acreditavam na vida após a morte, os egípcios mumificavam os cadáveres


dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida
após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal
de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida
na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins)
e para outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram
considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que
apresentavam: chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré
(agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar),
escaravelho (ligado a ressurreição). (Arruda, 1988).

2.3.6 Ciências

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram


conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e
templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes
conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano. (Guarinello, 2013)

2.3.7 Arquitectura egípcia

No campo da arquitetura, podemos destacar a construção de templos, palácios e


pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós.
Muitas destas construções foram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão
de obra escrava. As pirâmides, a esfinge de Gizé e o templo de Ramsés II (em Abu
Simbel) são as construções mais conhecidas do Egito Antigo. (Santos, 1998)
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3 Política no Egipto Antigo

No Egito Antigo o poder político estava totalmente concentrado nas mãos do faraó

3.1 O poder do faraó

Segundo Arruda. (1988). No Egito Antigo, o governo era monárquico e


teocrático (poder político fundamentado no poder religioso). O faraó era o rei,
considerado o filho do deus Sol e representante dos deuses na Terra. De acordo com a
mitologia egípcia, o faraó mandava no mundo terrestre, assim como os deuses
governavam o mundo celestial. Logo, o poder político no Egito Antigo ficava
concentrado nas mãos do faraó.

De acordo com (Santos, 1998) Os faraós herdavam o poder de seus pais. Desta
forma, o poder era hereditário e ficava, por grandes períodos, numa mesma família
(dinastia).

3.2 Justiça e leis

Era o faraó que criava e decidia sobre a aplicação das leis no Egito. Quem não
cumpria as leis faraônicas poderia ser castigado de diversas formas. Entre os castigos
mais comuns, podemos citar: prisão, pagamento de multas, açoites e até mesmo a pena
de morte (Arruda, 1988).

Nas cidades egípcias existiam os tribunais de justiça. Os faraós possuíam um


grande número de escribas e funcionários, que os ajudavam na administração do reino.
Todos esses órgãos governamentais formavam o Estado Egípcio. (Guarinello, 2013)

3.3 Os nomos

O Egito era dividido em nomos (espécie de províncias). Cada nomo era governado por
um príncipe, que tinha como seu superior o faraó. (Guarinello, 2013)
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3.4 Manutenção do governo

Segundo (ARRUDA, 1988) Grande parte dos rendimentos arrecadados pelos


faraós, usados para manter o funcionamento da máquina administrativa e a vida luxuosa
da corte, vinha dos impostos pagos pelas camadas mais pobres da sociedade
(agricultores, artesãos e pequenos comerciantes). O governo egípcio também usava a
mão de obra escrava na execução de grandes obras públicas (canais de irrigação,
templos, diques, reservatórios de água, etc.) e privadas (palácios, pirâmides, etc.)
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4 Considerações finais

Utilizando a pluralidade de povos, a diversidade cultural e a efetiva vastidão


territorial como critérios para a existência de um «império» torna-se difícil sustentar a
ideia de um período assim denominado na milenar história do Egito antigo. Mesmo a
única época que poderia, ainda assim, justificar melhor a designação (o Império Novo)
não se conforma integralmente à definição operativa e institucional de «império».
(Santos, 1998)
Quando observamos as inúmeras representações artísticas da realeza e
constatamos, por um lado, os tamanhos desproporcionados entre o faraó e os seus
súbditos ou estrangeiros inimigos e, por outro, a sua equiparação com as dimensões em
que são figurados os (outros) deuses, concluímos que elas indiciam já ou comprovam a
consideração do faraó como indivíduo superior, como deus universal por direito
próprio. Também aqui sacralidade e divindade se misturam. (Guarinello, 2013)
Não vemos neste período nada que se aproxime de uma união pessoal de várias
diversidades na figura do mesmo soberano que, pelos seus símbolos e ação, unifique ou
pretenda unificar os distintos hábitos e costumes, crenças e cultos, tradições e
particularidades.
Independentemente da personalidade do detentor do poder, a instituição
monárquica egípcia reenviava mais para modelos arquetípicos e estereotipados do
passado interno egípcio do que para (novas) dominações geográfico-culturais-
linguísticas resultantes das (novas) hegemonias conseguidas no devir histórico. (Santos,
1998)
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5 Referencias bibliográficas

Andreu, G. (1996). “Le vizir.” In AAVV, L’Egypte ancienne. Paris: Éditions du Seuil.
Araújo, L. M & Nuno S. R. (2006). As comunicacoes na Antiguidade. Lisboa:
Araújo, L. M. (2001). “Da teoria à prática: o exercício do poder real no Egito
faraónico.” Clio 5:33-57.
Arruda. J. J. de A. (1988). História Antiga e Medieval. São Paulo: Editora Ática.

Baines, J. & Jaromir M. (1984). Atlas of Ancient Egypt. Oxford: Phaidon Press Ltd.
Bonhême, M. A. et al. 1998. Pharaon. Les Secrets du pouvoir. Paris: Armand Colin.
Carreira, J. N. (2001). “Legitimação do poder no Egito Faraónico.” Clio.
Guarinello, N. L. (2013) História Antiga. São Paulo: Contexto.

Santos, M. J. V. (1998) História Antiga e Medieval. São Paulo: Ática.

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