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Marília Velardi
Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil
marilia.velardi@usp.br
RESUMO
The objective was to identify how the psychosocial component, one of the pillars of
the field of social representations and physical activity, may be linked to the choice of
physical activity practices by university students, awakening several sensations, motivations,
becoming a prominent factor in the scenario in question. . The study, based on the Theory of
Social Representations, used as a research instrument a semi-structured interview with
athletes and former university athletes, recorded in a digital platform. For the analysis of the
answers, the Collective Subject’s Discourse (CSD) was used, through which it was possible
to identify that the motivations for the practice of university sports come from a series of
psychosocial aspects that are expressed since the first contacts with physical activities. In
addition, the role of university entities is highlighted and other internal actions encourage the
participation of university people. The results from the DSC analysis lead us to identify the
importance of studies on psychosocial aspects for understanding those that involve adhering
to the practice of physical activities during university years and their future impacts on
adherence in subsequent periods of life.
Keywords: psychosocial; sports; university; representations; social.
RESUMEN
El objetivo fue identificar cómo el componente psicosocial, uno de los pilares del
campo de las representaciones sociales y la actividad física, puede vincularse con la elección
de prácticas de actividad física por parte de los estudiantes universitarios, despertando
diversas sensaciones, motivaciones, convirtiéndose en un factor destacado en el escenario en
cuestión. . El estudio, basado en la Teoría de las Representaciones Sociales, utilizó como
instrumento de investigación una entrevista semiestructurada a deportistas y ex deportistas
universitarios, grabada en una plataforma digital. Para el análisis de las respuestas se utilizó
el Discurso del Sujeto Colectivo (DSC), mediante el cual se pudo identificar que las
motivaciones para la práctica de deportes universitarios provienen de una serie de aspectos
psicosociales que se expresan desde los primeros contactos con la actividad física. Además,
se destaca el papel de las entidades universitarias y otras acciones internas fomentan la
participación de los universitarios. Los resultados del análisis de DSC nos llevan a identificar
la importancia de los estudios sobre aspectos psicosociales para comprender aquellos que
implican la adhesión a la práctica de actividades físicas durante los años universitarios y sus
impactos futuros en la adhesión en períodos posteriores de la vida.
Palabras clave: psicosocial; deporte; universitario; representaciones; sociales.
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
A combinação de práticas de atividade física com aspectos sociais pode vir a ser um
componente desafiador, dado o infortúnio de suportar situações que confrontam o estado de
equilíbrio emocional, psicológico ou físico. Esse cenário não está expresso somente no
campo de exposição à uma atividade ou prática física, e reúne uma variedade de componentes
que impactam a perspectiva de núcleos familiares, o estímulo social, ambiental, profissional,
baseados na cultura e aspectos estruturais. O histórico de experiências construídas ao longo
da vida pode acarretar sensações que partem diretamente para os dois lados, benéficas ou
maléficas. É imprescindível considerar o quanto esses fatores não passam ilesos mediante
qualquer troca ao longo da vida. É importante reiterar os benefícios da adesão das práticas, e
o quanto elas podem ser um artifício de realização, ilustrando uma válvula de escape
essencial mediante às inseguranças e anseios, de forma a proporcionar um espaço no qual se
possa ouvir e principalmente obter essa correspondência, entendendo o real impacto dessa
intersecção.
O ambiente universitário, um dos espaços recorrentes que podem ser habitados pelas
pessoas, carrega consigo o componente eufórico, desde o momento da aprovação na carreira
escolhida, até a primeira vivência com a quantidade variada de atividades que podem ser
exploradas ao longo do período de graduação. Os programas de atividade física, disciplinas,
além da prática de modalidades esportivas são opções que atingem alunos e representam uma
experiência que pode ser levada para a vida, seja para o simples lazer, para a participação em
campeonatos, ou até mesmo uma mudança no estilo de vida.
A adesão à essas práticas derivam não apenas de livre e espontânea vontade, mas
também de um histórico impulsionado pelo ambiente vivido, experimentações, indicações,
pressão familiar e outros componentes do campo psicossocial. Segundo Cheng et al (2016) “a
atividade física tem se mostrado associada a fatores intrapessoais, interpessoais e ambientais,
destacando a “autoeficácia” e o “apoio social” para a prática de atividade física como fatores
psicossociais mais investigados”.
O estímulo de práticas de atividade física representa uma forma de inserção que causa
diferentes emoções. Takeda e Stefanelli (2006) denotam a importância social da atividade
física quando utilizada para estimular a socialização precoce na infância, com reflexos
positivos na vida adulta. A antecipação ao estímulo esportivo no período infantil e seus
impactos futuros ainda são reiterados por Frascareli (2008), ainda que “sejam as experiências
da infância quais forem, elas têm um papel fundamental na formação do ser humano e são
significativas para a vida adulta. A pergunta precisa então seguir na direção de como essas
experiências particulares relacionadas ao esporte infantil atuam na formação de quem será o
adulto”. Essas experiências estão atreladas à uma especialização esportiva além da
socialização precoce, o que caracteriza uma válvula de escape diversificada. A especialização
esportiva é definida como um treinamento intenso durante todo o ano em um único esporte,
com a exclusão de outros esportes. (JAYANTHI, 2013) Esses possíveis impactos estão
presentes tanto na adolescência quanto na vida adulta, porém, há a possibilidade de não haver
adesão e manutenção na prática, desejo em realizar outras atividades destinadas ao lazer,
além de prioridades acadêmicas, que se tornam um componente afastador dessa relação.
Adotar ou não uma prática de atividade física parece, além dos aspectos psicológicos,
possuir relação com o modo como as pessoas representam os sentidos das práticas em seus
grupos sociais. Isso pode ser explicado pelos estudos que abordam a teoria das
Representações Sociais.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Dentro do prosseguimento e contexto do estudo, é de suma importância a abordagem
da chamada “Teoria das Representações Sociais”, desenvolvida e trabalhada pelo sociólogo
Serge Moscovici, a partir da década de 1960. A teoria diz respeito às ideias, expressões,
pensamentos e intervenções que estão ligadas ao componente de interação social,
reproduzindo e se modificando ao passar desses preceitos. De acordo com Reis (2013), as
representações sociais pontuam uma dimensão coletiva, mas sem separação dos indivíduos,
grupos e sociedade:
Esse domínio foge do que caracterizamos como “senso comum”, porém ainda assim
apoia-se na reprodução de ações compartilhadas entre a sociedade para com a construção de
uma realidade em conjunto. Denise Jodelet (2001), uma das grandes expoentes no que diz
respeito à representações sociais, discorre acerca desse fenômeno:
Essas representações não estão restritas à um único componente ou aspecto social. Ela
constrói muitas das nossas visões sobre determinados preceitos e moldam impressões, mas
sempre está sujeita à adaptações e alterações. O campo da educação física, por exemplo,
possui uma gama de interpretações por meio da sociedade e sempre esteve atrelada aos
conceitos de culto ao corpo, ao ensino prático de modalidades ou à realização da prática de
exercícios com finalidade de hipertrofia, porém a mesma compreende a propagação da
qualidade de vida, o que também não deixa de ser usufruído pelos atores que montam as
representações enquanto sociedade e são suscetíveis a entender as mudanças de expressão e
novas transformações que são trabalhadas pela construção coletiva da mesma.
Sendo assim, o presente estudo possui por objetivo identificar como diversos fatores
da esfera psicossocial, expressos em ações, patologias ou outros componentes podem exercer
influência quando a pessoa incorpora a prática de atividade física em sua vida,
excepcionalmente em caráter universitário.
MÉTODOS
A pesquisa possui caráter de natureza qualitativa. O presente estudo considera ser importante
a opinião e relatos de praticantes de atividade física nas dependências da Universidade.
Mediante ao fato, a seleção das pessoas foi delineada por conveniência. Foram entrevistadas
10 praticantes e ex-praticantes, com idade entre 18 e 30 anos, de algumas modalidades
oferecidas na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
(EACH-USP). As respectivas modalidades são: Basquete, Cheerleaders, Futebol de Campo,
Futsal, Handebol, Natação, Rugby, Tênis, Tênis de Mesa e Vôlei.
Como instrumento de pesquisa foi elaborado um roteiro para uma entrevista semi-
estruturada. Triviños (1987, p.145) descreve a entrevista semi-estruturada como:
Sendo assim, foram elaboradas questões apoiadas na literatura que permitiram diálogo
entre entrevistador e pessoas entrevistadas.
Para a análise das entrevistas foi utilizado o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC),
elaborado a partir dos anos 2000, por Fernando Lefèvre e Ana Maria Cavalcanti Lefèvre,
doutores em Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo. O método contempla a esfera
quali quantitativa: O aspecto qualitativo se refere às representações com que os discursos
diversos de cada sujeito são propagadas, ao longo de um histórico pautado. O aspecto
quantitativo está expresso por meio das interjeições numéricas, referentes à tabulações, à
quantidade de discursos. O DSC, em suas concepções, busca localizar e compreender o
chamado sujeito coletivo, descrito por Lefèvre e Lefèvre (2006), como algo que “vem se
constituindo numa tentativa de reconstituir um sujeito coletivo que, enquanto pessoa coletiva,
esteja, ao mesmo tempo, falando como se fosse indivíduo, isto é, como um sujeito de
discurso “natural”, mas veiculando uma representação com conteúdo ampliado”.
Família 2
Motivação própria 2
Experiência escolar 1
Aspecto cultural 1
O quadro 2 sintetiza as ideias centrais (IC) a partir dos relatos apresentados nas
entrevistas realizadas, por meio do questionamento “Você acredita ter sido motivado a
praticar esportes ou atividade física ao longo da vida?”
Quadro 2: Descrição das ideias centrais a partir da abordagem “Você acredita ter sido motivado a praticar
esportes ou atividade física ao longo da vida?”
IC
Nesta seção é apresentado o DSC a respeito dos relatos das 10 pessoas entrevistadas,
na qual as mesmas destrincham e expressam aspectos de suas referentes motivações acerca da
prática de atividade física e/ou esportes.
Desde pequena, por mais que minha mãe não gostasse que eu jogasse futebol, até por conta
de todo o estigma de que eu virasse "sapatão", eu sempre fui incentivada a praticar tudo. Na
escola, eu praticava balé, capoeira, e sempre fui uma criança ativa. [...] Quando eu olho
para trás, eu vejo o quanto foi importante ter praticado outras modalidades. Esse é o meu
legado, [...] eu vejo o quanto é importante, porque você associa valores, comportamentos, e
assim eu vejo o quanto foi importante ter o esporte na minha vida. [...] Eu era tão
estimulada quantos meu irmãos e meus primos, era muito motivada. Vivia no sítio, íamos
todo final de semana, só que fui fazendo 6 a 7 anos, e fui virando mulher na visão da
sociedade. Comecei a ver as meninas na escola que não jogavam por ficarem suadas, eu
levava duas camisetas pra jogar porque tinha vergonha. Eu tenho uma personalidade forte,
e as pessoas sempre associam isso com uma característica masculina. [...]. Comecei a me
perder nisso de ser feminina, mas quando me mudei pra cá, comecei a ver o vôlei, mas era
aquele vôlei “feminino”. Teve uma época que comecei a crescer muito, já estava na hora de
ser mulher, isso com 15 anos. [...] Eu também tive ótimas referências na família. A partir dos
17 anos eu comecei a entender mais, me entender como mulher, me entender na sociedade.
Eu acho que os estímulos foram muitos cortados com o tempo passando. Mas se eu não
tivesse ido atrás, não haveria. [...] Comecei a fazer judô por incentivo do meu pai e mãe, por
ser uma arte marcial e também pela questão cultural. Eu também fazia futsal ao mesmo
tempo, e era praticamente extracurricular. [...] Minha mãe, tem influência muito grande na
minha vida, em todas as coisas que eu fiz, ela sempre me motivou a fazer o que gosto, e como
eu gosto de tudo no aspecto artístico, eu gosto muito então, juntando a motivação que ela me
dá com o que sinto, acabo fazendo bastante. Em casa, sozinha eu me viro, to sempre
tentando fazer algo. [...] Eu sempre tive o esporte muito presente na minha vida, pelo
fanatismo do meu pai e familiares pelo futebol, sempre comprando bola para mim, para que
eu vestisse camisas dos times deles, e principalmente depois de ter ido para o Japão, o tanto
de atividades que fiz foi importante, porque você tem muito incentivo, as aulas de Educação
física eram todos os dias, ficávamos o tempo todo na escola para realizar as tarefas, e isso
acabou me ajudando, sempre estive nesse meio. [...] Fui motivado, acho que assim...pela
sociedade, no ponto de vista de que sou homem, e de princípio isso fica implícito. Mas
também de estar com os amigos e ser algo prazeroso. [...] O estímulo é esse: estar em algo
que eu gostava de estar fazendo. [...] Meu interesse veio de casa, assim, na escola não. Meu
pai sempre jogou bola também, ele achava legal jogar bola mas não era uma coisa de
incentivo tipo “vai lá e faz”, era mais por brincadeira mesmo, não por uma questão de
saúde ou questão do esporte e na escola o professor dava bola e era isso, sabe? Então não
era visto, acho que nunca foi muito visto como atividade prática.
O quadro 3 sintetiza as ideias centrais (IC) a partir dos relatos apresentados nas
entrevistas realizadas, por meio do questionamento “Você acredita que a universidade
influencia no processo de prática de atividade física ou esporte?
Quadro 3: Descrição das ideias centrais a partir da abordagem “Você acredita que a universidade influencia no
processo de prática de atividade física ou esporte?”
IC
Nesta seção é apresentado o DSC a respeito dos relatos das 10 pessoas entrevistadas,
na qual as mesmas destrincham e expressam aspectos referentes ao papel da universidade no
processo de prática de atividade física e/ou esportes.
Então eu fico assim, pensando pela Universidade enquanto instituição eu acho que não mas
ao mesmo tempo por existir atléticas dentro das Universidades,entendeu, e aí eu acho que
que é isso que incentiva na real assim, oh, eu acho que tem pelo que eu vejo dentro da
universidade a presença de uma atlética em uma faculdade ela é muito importante é muito
fundamental para que haja prática esportiva [...] Eu entrei na universidade e entrei com a
cabeça de que “ah legal, eu jogo tênis mas eu não sou atleta” sabe? Eu não estou em
competições eu não acho que eu tenho um nível de competir com alguém e a faculdade
“falou”: não, não tem nada a ver, vamos fazer, vamos treinar, você consegue, e aí me
mostrou bastante que deu certo a questão do esporte e atividade física [...] E aí eles falaram:
a gente precisa de alguém no tênis, e aí eu falei assim “ah será que eu vou?” [...] Bom, só de
estar lá a gente já ganha. Então fui com medo mas aí assim que você vê que foi tão bom. [...]
O ambiente universitário acaba ajudando você a entrar para alguma modalidade, e por
influência dos amigos você passa muito tempo na faculdade, então os treinos são nos
horários vagos das aulas, e isso acaba ajudando um pouco você a entrar numa modalidade
mas em questão de a faculdade mesmo te ajudar com alguma coisa isso não acontece, eu
acho que nunca vai, acho que também as coisas também ficam um pouco na dependência
quando a gente tem também um curso que prega muito isso, daí então muitos dos
engajamentos param por isso, né? Se você pensa assim, boa parte dos atletas são da
educação física, tem bastante gente de educação física, então eu acho que o curso ajuda e as
pessoas que entram para o curso normalmente gostam de fazer algum esporte alguma
atividade que seja, então isso acaba influenciando um pouco, crescendo bastante [...] As
modalidades tem que se virar, e não tem nem divulgação por parte da universidade. [...]
Sabemos que o curso (Educação Física e Saúde) influencia, tá ali gritando e é a chave. E
com certeza influencia porque até me motivou para outras coisas, como a corrida por
exemplo, que estou praticando, pra fazer uma maratona, porque sabemos que não é só
colocar um tênis e correr. [...] Falando da Universidade como um todo, eu acredito que foi
uma ajuda muito grande por me reconectar com o esporte, e ter essa oportunidade me
ajudou muito. Acho que falta em relação à Universidade essa exteriorização da prática para
além dos times, eu acho que poderíamos ter muitos outros projetos, e é muito bom ter a
atlética, jogos universitários, mas ainda é muito excludente. Muita gente começa o esporte
na universidade, mas ainda repercute muito esses esportes comuns, e eu acho que muita
gente ainda tem medo de bola, de contato, e muitas pessoas que vão treinar reclamam disso,
de já terem times, de já ser algo mais focado para isso, então eu, como atleta universitária e
estudante, sinto que se eu não fizesse educação física, eu teria menos experiências do que se
tivesse feito em outra universidade. Falta muita movimentação de cima para baixo, mas
acho que falta um contexto mais generalizado, da universidade mostrando o benefício da
atividade física no geral, de expandir a prática. Faltam muitas pessoas deficientes, faltam
pessoas pretas, pessoas que tragam essa diversidade na universidade e no esporte. [...] Eu
acho que influencia muito, o meu primeiro contato, foi no meu primeiro dia, então se você
chega no ginásio tem mil coisas acontecendo e se não, você pega uma bola e tá tudo certo.
Com os jogos, a atlética fazendo a parte dela, de incentivar o esporte universitário, a galera
se engajando, fazendo parte dos times, incentivando a fazer algo, vir aos treinos abertos.
[...] É tudo, é tipo, é um time, de pessoas incríveis, que estão ali te ensinando com paciência
e amor, dispostos a te ajudar, mesmo que você erre, e tipo, não tenho do que reclamar. Estar
no time é algo que sempre te ajuda a desbloquear habilidades e é muito bom. [...] Eu lembro
que quando entrei na faculdade e fiz a matrícula, já chegou uma pessoa de uma salinha (e
que eu não sabia que era da atlética), já veio uma pessoa perguntando: “você pratica
esporte?" então a partir daquele primeiro contato eu comecei a sentir que o esporte
universitário existia. Eu não tinha uma colega que jogava, só tinha homens, e quando eu vi
um grupo de meninas que jogava eu fiquei muito impressionada, e quando eu vi uma técnica
mulher, meu coração ficou mais amoroso, e aí eu falei: vou me sentir bem acolhida aqui.
Como o time foi bastante acolhedor, sendo uma nova aluna, e vendo as outras modalidades,
e outras meninas adentrando e conquistando sua parte em outras modalidades, é uma
sensação muito boa. Quando um planta uma sementinha o outro pega e todo mundo vai
criando um ambiente de EF, sabe? Se não existissem peças fundamentais para algo
relacionado ao esporte, você percebe que depende das pessoas e da vontade que elas têm.
Independente de ter atléticas, as pessoas iriam querer se motivar. [...] As vivências acabam
ajudando[...] Chamamos pessoas pra jogar, e o time foi incentivando, além de pessoas que
já querem entrar. [...] Temos essa emoção, gostamos de representar, mas não há um
trabalho árduo. [..] O pessoal dá tudo, tem pessoas que saíram jogando muito, saiu do curso
e virou profissional. Esse meio influencia. [...]
DSC: DISCUSSÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao passo em que a escolha por uma prática de atividade física, seja ela uma
modalidade ou não, é uma ação essencial dentro da composição de qualidade de vida e
também provedora de diversos estímulos ao longo da vida, o espaço para a expressão da
compreensão de uma variedade de ações e comportamentos dos praticantes por meio de
aspectos psicossociais vêm se tornando um objeto pertinente e interessante de estudo. Esses
aspectos carregam um histórico particular em cada pessoa, e são peça chave para o
engajamento no ambiente esportivo, sem se desgarrar de outras responsabilidades que a vida
pode trazer, como a pretensão de ingresso em uma universidade. A junção desses dois
ambientes representam válvulas de escape que podem permanecer, sempre que requeridas. O
papel familiar, assim como as motivações internas são agentes pontuais ao longo do processo,
além a disponibilidade de um local que os faça ser quem quiserem ser dentro da realização
por meio de uma infinidade de práticas. Essa comunidade de prática, construída ao redor das
representações sociais origina novas formas de pensar a atividade física, o esporte e afins.
Dentro desses pontos, vê-se necessária a busca por novas publicações e estudos que
tratem do campo das representações sociais na atividade física, sendo uma área com uma
amplitude de sentidos e significados relevantes ao componente social independente da prática
realizada. Se torna também essencial a abordagem do ambiente universitário, um dos mais
propensos a expressar estímulos referentes à atividade física e dessa forma, engajar uma rede
que sempre está a margem de adaptações, reflexões e sobretudo ações de diferentes formas.
REFERÊNCIAS
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uma abordagem psicossocial. Psicol. cienc. prof. , Brasília, v. 29, n. 4, p. 768-779, 2009.
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LEFEVRE, Fernando; LEFEVRE, Ana Maria Cavalcanti. O sujeito coletivo que fala.
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RAFAEL, Carla Beatriz da Silva. Representações sociais sobre educação física e atividade
física na perspectiva de pessoas com deficiência física congênita: um.estudo autobiográfico.
2013. 93 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal de Juiz de
Fora, Juiz de Fora, 2013.
TAKEDA, Osvaldo Hakio; STEFANELLI, Maguida Costa. Atividade física, saúde mental e
reabilitação psicossocial. Rev. Min. Enf.; 10(2): 171-175, abr./jun, 2006.
ANEXOS
ANEXO A - Formulário de informações básicas
ANEXO B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido