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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: A INCLUSÃO NA

PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NO BRASIL

Paolla Dominique de Gonzaga Ferreira1


Rômulo Monteiro da Silva2
Wallace de Sousa Santiago3
Mayara Cristina de Oliveira4

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca refletir acerca do cenário em que se estabilizou a Educação


Física Inclusiva na perspectiva adaptada em cenário Brasileiro nas instituições de desenvolvimento
da prática desportiva e educacional do desenvolvimento da expressão e do corpo.
A pesquisa se constrói em interface com um levantamento bibliográfico de cunho
exploratório e crítico para intensificar a ideia principal abordada no tema que a busca por
experiências contextuais da realização da educação física inclusiva adaptada e suas nuances e
entreves no que tange o contexto nacional Brasileiro e de seus profissionais.

1
Acadêmico do Centro Universitário Leonardo da Vinci –  UNIASSELVI - Licenciatura em Educação Física BEF
1825/2 – Fundamentos da Educação Física 12/11/2022.
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Acadêmico do Centro Universitário Leonardo da Vinci –  UNIASSELVI - Licenciatura em Educação Física BEF
1825/2 – Fundamentos da Educação Física 12/11/2022.
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Acadêmico do Centro Universitário Leonardo da Vinci –  UNIASSELVI - Licenciatura em Educação Física BEF
1825/2 – Fundamentos da Educação Física 12/11/2022.
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Autor externo do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - - Licenciada em Educação Física BEF
1825/2 – Fundamentos da Educação Física 12/11/2022.
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Assim nos questionamos: Há Inclusão da Educação Física Adaptada nas Instituições


Brasileiras de ensino na disciplina de Educação Física? A partir, deste objetivo geral vamos
destrinchar, identificar e produzir material referente de forma a analisar a literatura para
desenvolver essa temática.
Ressaltamos ainda que este diálogo se constrói através da interpretação e participação de
diversos autores e autoras que fundamentam este trabalho para poder desenvolver as discussões em
torno da proposta base do trabalho, como por exemplo: Strapasson e Carniel (2007); Pontes, T. et
all. (2021); Nascimento (2022); e outros que auxiliam na fundamentação e nas discussões de forma
a orientar o desenvolvimento do trabalho.
Diante dessa temática o trabalho realizamos uma pesquisa das obras pertinentes de forma a
se construir essa pesquisa bibliográfica, que apresentamos materiais e estudos como base para
desenvolver a pesquisa, além de trazer as discussões e análises a partir desse material existente
sobre a temática.
Por fim, como forma de analisar o material e discutir, buscamos nos orientar no que foi
apresentado nas literaturas escolhidas como esboço contextual do cenário brasileiro para fomentar
um direcionamento inicial sobre a Educação Física Adaptada e Inclusiva no Brasil.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 RESGATE HISTÓRICO DO CONTATO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A


EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E INCLUSIVA NO BRASIL

Ao longo da história da humanidade podemos notar que as pessoas com deficiência


passaram por diversos enfrentamentos no que tange a garantia de seus direitos, e isso evidenciou
justamente pela organização histórica e cultural que se desenvolveu a partir da sociedade vigente.

Historicamente, a preocupação com a participação de pessoas deficientes (em alguma


medida) ou que simplesmente apresentavam condições diferentes para a prática desportivas, foram
notadas em programas denominados de ginástica médica, na China, cerca de 3 mil anos a.C.
(STRAPASSON, MS. A; CARNIEL, Franciele 2007, apud GORGATTI; COSTA, 2005).

Os autores demonstraram que algumas sociedades já partilhavam ideias terapêuticas e


clínicas com o uso da educação física, mas somente a partir do século XIX, até 1930 que
vislumbrou-se os treinamentos físicos com orientação médica, como forma de preocupação para o
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desenvolvimento social, com a criança na escola de forma mais higienista. (STRAPASSON, MS.
A; CARNIEL, Franciele 2007 pg. 9).

Entretanto, nada disso dizia muito a respeito da pessoa com deficiência uma vez que foi
um processo naturalizado para atender demandas sociais vigentes, mas que ao mesmo tempo
serviram em certa medida como suporte e auxílio para elas, como citado Strapasson e Carniel
(2007) “o uso de exercícios terapêuticos em hospitais para a força e função muscular” que
indiretamente ajudaram nos processos de reabilitação e fortalecimentos de covalências (traumas,
lesões, doenças, operações e outros).

Nesse sentido,

...as atividades físicas para deficientes iniciaram com o intuito de reabilitar jovens
lesionados nas batalhas e foram introduzidas pelo médico (neurologista e neurocirurgião)
Ludwig Guttman, que acreditava ser parte essencial do tratamento médico para recuperação
das incapacidades e integração social. A partir de então, vem se difundindo pelo mundo
todo e hoje exerce papel fundamental na vida dos praticantes . (STRAPASSON, MS. A;
CARNIEL, Franciele 2007 pg 10 apud ADAMS, 1985; ROSADAS, 1989; WINNICK,
2004).

Somente ao longo de 1950 que houve cada vez mais alunos considerados deficientes a
adentrar nas escolas públicas, e isso forçou as intuições a repensarem uma visão e relação mais
humanística para a formação do seu público. E se tornou ainda mais evidente depois da fomentação
de diretrizes profissionais e orientações específicas para educação escolar inclusiva e adaptada.
(STRAPASSON, MS. A; CARNIEL, Franciele 2007, pg. 10).
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A educação física adaptada se constituiu em alguns pilares como podemos visualizar: 1-


No papel da Educação Física para o desenvolvimento intelectual, social e afetivo dos alunos,
inclusive os com deficiência; 2- Educação Física Adaptada de forma a discutir os problemas
biopsicossociais da população com deficiência e suas limitações e demandas; 3 – O tratamento sem
que houvesse desigualdades, para desenvolvimento da autoconfiança e possibilidade de inclusão; 4
– Ofertar atendimento especializado para proporcionar o desenvolvimento, além da integração na
sociedade. Isso tudo para fomentar estímulos e condições para o desenvolvimento.
(STRAPASSON, MS. A; CARNIEL, Franciele 2007, pg.11).

"O movimento rítmico e a expressão corporal desempenham um papel crucial no desenvolvimento físico,
emocional e social dos indivíduos. Conforme observado por Rodriguez e colaboradores (2017), 'a dança, a aeróbica
coreografada e outras atividades rítmicas proporcionam uma plataforma única para o aprimoramento da coordenação
motora, equilíbrio, agilidade e consciência corporal'. Além disso, essas práticas promovem a liberação de endorfinas,
neurotransmissores associados ao prazer e bem-estar, contribuindo para a redução do estresse e melhoria do estado
emocional. Estudos também mostram que a participação em atividades rítmicas em grupo fortalece os laços sociais e
promove a sociabilização, como destacado por Chang e colaboradores (2020) em sua pesquisa sobre os efeitos da
dança em grupos comunitários. Portanto, ao reconhecer o potencial das atividades rítmicas como meio de aprimorar a
saúde física e emocional, podemos incentivar sua prática como uma forma eficaz de promover um estilo de vida
equilibrado e saudável" (Rodriguez et al., 2017, p. 234).

Para isso ocorrer, ao ensinar e adaptar as práticas às demandas dos alunos e suas
limitações, para observar a idade cronológica que apresentam, para que possamos observar o
rendimento e o desenvolvimento motor, crescimento e consequentemente promover a saúde. A
Educação Física Adaptada deve ensinar uma nova perspectiva, não somente aos que utilizaram dela,
mas também fornece retorno significativo aos que lançam mão dela, para que possamos
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proporcionar ambientes mais inclusivos e desfrutar das práticas recreativas e esportivas.


STRAPASSON, MS. A; CARNIEL, Franciele 2007, apud ROSADAS, 1989).

Tabela 1: Benefícios do esporte na vida das pessoas com deficiência.

BENEFÍCIOS QUANTIDADE PORCENTAGEM %

Vencer as limitações, superação 23 38%

Inclusão, socialização 15 25%

Autoestima, valorização como ser 11 18%


humano

Disciplina, respeito, responsabilidade 7 12%


7

Outros 4 7%

Total 60 100%

FONTE: PONTES, T. et all. 2021.

Portanto podemos observar que nesse estudo do trabalho dos autores sobre os benefícios na
vida dos entrevistados, podemos interpretar que há desenvolvimento de diversas competências na
prática esportiva. E ainda existe um olhar para trabalhar a partir de suas cidadanias de forma a
incluir, e o desenvolvimento da performance deles, para que possam desempenhar melhor essas
práticas em seus contextos. Então o estudo denota um benefício amplo da prática esportiva, e,
sobretudo da prática de EF adaptada e inclusiva.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Deficiências, sejam elas físicas, visuais, intelectuais ou outras, são uma realidade a serem
encaradas desde o início dos tempos. Tendo em vista os avanços sociais e de compreensão das
pessoas, a busca pela promoção de igualdade, e a necessidade da integração enquanto sociedade.
Em meados do século XX houve uma grande mobilização política no sentido de construção e
investimentos referentes à inclusão. Foram iniciados então, nestes períodos, estudos e pesquisas
nesta área.
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Historicamente, avanços em relação aos direitos das Pessoas com Deficiência (PCD).
Delimitando um recorte cronológico entre a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(1948) e a Lei nº 13.409/2106 (Brasil, 2016), dispõem, dentre outras demandas, sobre a
reserva de vagas para PCD nas instituições federais de ensino brasileiras. Esses aparatos
legais e outras normativas existentes consolidam medidas de reconhecimento das PCD
como sujeitos de direito. (NASCIMENTO; Souza; FRANCO, p.2, 2022).  

Pessoas com Deficiência (PCD) encaram uma luta histórica e recorrente em nosso dia a
dia, pois ainda assim há traços de preconceitos e narrativas deste tipo nos dias de hoje. O ambiente
escolar é o local onde o aluno começa a entender o mundo ao seu redor, com o olhar mais crítico, e
está vinculado ao início da construção do entender do seu próprio papel dentro da sociedade como
um todo, entre outras coisas. Sendo assim, é onde geralmente o indivíduo passa a ter contato e
entender a o objetivo de inclusão escolar.

A Educação Física escolar é a disciplina que tem como foco o corpo e o movimento, com
ela o aluno pode entender a funcionalidade do seu corpo, expressar sentimentos e até mesmo se
comunicar.

Em um cenário de mudança e reconstituições sociais, a EF assume um papel importante


como área de conhecimento que se estrutura a partir do entendimento e contextualização
das dimensões corporais, intelectuais e emocionais do corpo com deficiência, em especial,
no contexto escolar. (NASCIMENTO; Souza; FRANCO, p.3, 2022).  

Apesar do exposto, ainda assim entre meados do século XX a 2019, não existem muitos
estudos e artigos relativos a cada tipo de Deficiência e Educação Física escolar. Conforme cita
Nascimento, Souza e Franco, "O contexto escolar delimitou um recorte temporal de investigações
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entre os anos de 1985 e 2019, cujos trabalhos, em sua maioria, enfocam a temática da deficiência
em uma perspectiva ampla, sendo ela categorizada como DG.” (p. 15, 2022).

Quando se trata de igualdade, questiona as práticas estruturadas de forma única, sobre as


diferenças de uma sociedade, que aparecem várias na área escolar, que se torna um grande desafio
para o dia-a-dia.

Para termos um grande desenvolvimento da deficiência na EF, primeiro precisamos


pesquisar quais são as mais apresentadas na área escolar, para saber como lidar com as adaptações,
do convívio com os alunos regulares e os deficientes.

A educação inclusiva na escola, requer mais atenção para busca de possibilidades para
igualdade de suas atividades na EF e incentivo de novos pesquisadores a ter uma atenção maior ao
assunto.

As melhorias aos direitos das pessoas com deficiência, determinam um recorde, pois tem
obtido uma grande evolução, e com isso tendo seus privilégios e reconhecimentos, dando mais
direitos a eles.

O artigo menciona Skliar, fala que a deficiência não é um problema dos deficientes ou de
suas famílias ou dos especialistas. A deficiência está relacionada com a própria ideia da
normalidade e com sua historicidade” (NASCIMENTO ,2019 apud SKILAR, 1999). Com isso
entendemos como eles foram ganhando seu espaço na sociedade, devido ao seu desprezo e visto
como anormais no início dos tempos, por isso esse discurso seria primeiramente aos PCD, para eles
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entenderem que a luta não foi em vão, e para que não desistam de lutar por seus direitos, e também
para sociedade ter mais empatia e respeito referente a inclusão, acabando com todo o preconceito e
discriminação constante, pelo fato não ter a semelhança de “homem padrão” e visto como incapaz.

A EF e a sociedade têm um papel importante para os PCDS, de forma que fazem com que
se encaixem mesmo com suas limitações, com isso reforça a importância de eles lutarem pelos seus
direitos nas áreas educacionais, políticas e culturais.

A importância da EF na escola é mostrar a eles como é possível ter uma vida normal e
incluída em todas as áreas da sua vida, despertando a vontade de viver e dando uma preparação para
todas dificuldades da sua caminhada.

É afirmado no artigo que são poucos os assuntos quando se fala de deficiência e EF


escolar, principalmente quando atinge o assunto em relação à inclusão e qualidade de ensino do
PCD (NASCIMENTO, pg. 12, 2019).

Com base em pesquisas de campo pode-se evidenciar não somente sucessos, mas também
falta de preparo dos professores de Educação Física para lidar com o dia a dia da inclusão escolar.
Muitos relatam a falta de formação continuada relativa à inclusão escolar e também a falta de
ferramentas adaptadas. A desmotivação profissional, e o despreparo afetam diretamente como a
educação física pode influenciar negativamente ou positivamente na vida de um aluno incluído.
(FIORINI, Manzini, p. 59; 2016). Nessas reflexões, identifiquei em observações, bem como nos
diálogos que tive com alguns docentes a necessidade de formação continuada em serviços
desses(as) (COSTA, p.897, 2010).  
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A formação continuada dos professores de educação física traz a seguridade e preparação


emocional para o saber lidar nas situações do dia a dia com improvisação e organização de ações
inclusivas.

Vislumbra-se que, para a formação continuada, mais do que oferecer recursos e materiais
didáticos aos professores de Educação Física, será preciso que de modo teórico e prático
eles aprendam a selecionar e adaptar um recurso a partir das características e
potencialidades dos alunos, e quais variáveis podem ser manipuladas (FIORINI, Manzini,
p. 59; 2016).  

Podemos ver que são fatores de sucesso a improvisação do professor com relação a
adaptação de ferramentas de ensino, assim como lidar com as situações de organização e
principalmente com o fator de motivação para lidar com emocional dos alunos incluídos e da turma
em si (FIORINI, Manzini, p. 56; 2016).

É preciso ressaltar que a prática de inclusão escolar através da educação física obteve
resultados positivos e negativos para com os alunos (não só os incluídos) e professores envolvidos.

Mas, a inclusão escolar não ocasionou apenas dificuldades para P1 e P2, pelo contrário, nas
aulas de Educação Física também eram vivenciadas inúmeras situações de sucesso e, o
mais curioso, nas turmas que ambos os professores relataram como “com dificuldade para
incluir''. (FIORINI, Manzini, p. 61; 2016).  

Numa inclusão dentro da educação física, os alunos estão ativamente participando, sendo
motivados, meios adaptáveis são usados e o trabalho em equipe é constante. Um aluno no meio de
toda essa movimentação consegue se sentir acolhido e motivado. Isso também foi visto por Costa
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em sua pesquisa “Os(as) estudantes deficientes visuais incluídos no ensino regular, são unânimes
em dizer que gostariam muito de poder participar desse conjunto de atividades físicas, esportivas e
de lazer junto a seus colegas de sala” (p.896, 2010).

4. REFERÊNCIAS

COSTA, Vanderlei Balbino da. Inclusão escolar na educação física: reflexões acerca da formação
docente. Mortiz: Revista de Educação Física. 12 Maio 2011. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/motriz/a/9N9DkRd7ZZJXbNvYTRD5hxb/?lang=pt Acessado em:
02/11/2022

FIORINI, Maria L. S; MANZINI, Educardo José. Dificuldades e Sucessos de Professores de


Educação Física em Relação à Inclusão Escolar. Revista Brasileira de Educação Especial. Jan-Mar
2016. Disponível em : https://www.scielo.br/j/rbee/a/9DgGGb7khDNxQX8CK7hrqGj/?lang=pt#
Acessado em: 02/11/2012.

GOMES, Jose Francisco Lucas. A Relevância da Educação Física para a Inclusão de Escolares com
Necessidades Educacionais Especiais Percalços e Conquistas ao Longo da História. “s.d.”.
Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/a-relevancia-educacao-
fisica-para-inclusao-escolares-com-necessidades-educacionais-especiais.htm Acessado em:
02/11/2022.

NASCIMENTO, Rodrigo Ribeiro; SOUZA, Beatriz Gomes de; FRANCO, Neil. Deficiências e
Educação Física: o contexto escolar em foco. Revista: Educação e Realidade.18 Jul. 2022.
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Disponível em: https://www.scielo.br/j/edreal/a/JhJHWvFB3cVwVfRZWRN7FKd/?lang=pt


Acessado em: 02/11/2022.

STRAPASSON, MS. A; CARNIEL, Franciele. A Educação Física na Educação Especial. Revista


Digital – Buenos Aires. Ano 11 – n° 104. Enero de 2007. Disponível em
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/
artigos/EdF_Ed_Especial.pdf. Acessado em: 02/11/2022.

PONTES, Tiago Magalhães, RODRIGUES, Marciana Aguiar, RODRIGUES, Marília Aguiar.


Educação Física Inclusiva: a informação é a chave para a inclusão. Revista Educação Pública, v. 21,
n° 18, 18 de maio de 2021. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/18/educacao-fisica-inclusiva-a-informacao-e-a-
chave-para-a-inclusao Acessado em : 02/11/2022.

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